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Está aberta a temporada de caça a favoritos na Série Bronze! Até agora ninguém dita as regras e tudo pode acontecer

Todo campeonato deve conter favoritos apontados de véspera. Não sei dizer se é politicamente correto lembrar que é apenas o peru a falecer de antemão (não quero brigas com ninguém que ama bichinhos tanto quanto eu, não me leve a mal por ainda usar esse tipo de ditado pois sou da década de 1980), porém o apontamento de times A ou B – às vezes um C e D –  sem sequer ter completado a rodada inaugural faz parte do espetáculo e fomenta a gana de cada jogador por desempenhar um papel diferente do que lhe fora imaginado, ou, exatamente o que dele, ou do time que foi falado, justamente de véspera. O caso da edição 23 da Série Bronze está mais para a primeira situação.

Tudo na atual divisão bronzeada é diferente. Porque não há favoritos absolutos para nada! Exceto a briga por vaga direta na próxima Prata via primeira colocação das chaves, ao qual poucos conseguiram mostrar um pouco mais de consistência e confiança depois de duas partidas realizadas por cada equipe, trata-se de uma divisão sem fortes equipes. Fortes, no sentido de serem "imbatíveis". Exemplo foram Cacildes de Ramos e Panela na edição anterior, sempre apontados como seríssimos postulantes à atual Série Prata – fato consumado. A cada rodada eram desafiados, mas vencê-los seria como descobrir uma nova fonte de energia sustentável para os próximos dois séculos (o Zona Nossa descobriu).

Não existem culpados para essa situação. Trata-se, inclusive, de um momento raríssimo a respeito de competições da Liga Chuteira de Ouro F7. Tem total ligação com o tema "Tempo" que gosto de trabalhar nesta coluna. Semana passada mesmo analisei a atual Série Ouro e mostrei o árduo trabalho de uma equipe novata na divisão dourada visando a própria sobrevivência.

Volto a lembrar sobre o período inativo da Liga Chuteira de Ouro F7 – em termos de divisões. Perder três ou quatro semestres (a depender de quem disputou o Chuteira|100) não estava nos planos de ninguém e isso desencadeou uma onda de equipes subindo de divisão, deixando as cinco principais divisões desequilibradas em termos biológicos (muitos times não voltaram da pandemia, lembremos). Não há questionamento quanto às qualidades técnicas, mas sim das físicas. Na reestruturação que completará quase três anos, nosso amado campeonato terá, no ano que vem, o seu real ajuste. Por enquanto, o olhar para a Bronze é peculiar.

Nem o Bicho Solto, atual vencedor da Série Aço, pode ser considerado candidato único (ou um dos dois) ao título bronzeado. Seria natural receber tal responsabilidade por tudo o que o BS entregou no semestre anterior. Porém, a saída de alguns jogadores – casos de Marquinhos e Dybala – não chegou a desqualificar o elenco, pois Du Fernandes foi astuto para se reforçar, por exemplo, com Renan Assumpção, entre algumas outras novidades. Até o real entrosamento chegar levará um tempo não necessariamente longo, mas sim desnecessário, pois o BS chegaria como o grande favorito a levantar outra taça.

O Fúria ZB é outra equipe a não se afirmar na Bronze – que se torna a divisão mais imprevisível de todas as outras em andamento. De Pisca a Rafinha – passando por Tieppo, Renatinho, Leandro Feitosa etc. – o FZB não somente possui um elenco de respeito: tem Leandro Dias como técnico, e Renan Barnabé para o auxiliar. Porém, não sai do mesmo lugar a turma capitaneada por Kauê Godoy. Sempre passa sufoco. Inclusive nas vitórias. Inconsistente, é mais uma equipe boa no papel.

Só que o caso do FZB é distinto, por exemplo, em relação ao Cozinha da Villa, ao Colônia 355, ao Lapiros, ao Acima da Média, ao Madureira, ao Ventiladores. São equipes em fase de crescimento, às quais esse estágio de um ano na Série Bronze fará bem em suas trajetórias na Liga Chuteira de Ouro F7. São os "times da pandemia" que, hoje, estão mais maduros e se encorpando. Normal não serem apontados como favoritos a nada na antevéspera. Se tivessem uma média de idade na casa dos 28 anos talvez esse tema não seria levantado por aqui na Contra-Ataque. Não é o caso do FZB, deixando um ponto de interrogação do tamanho de um elefante sobre a atual Série Bronze.

Das "equipes da pandemia", o Cozinha da Villa levantou a taça da edição 8 da Copa Estrelato. Porém, cobrar Rad, Menó, Bryan, entre outros jogadores do CV, na mesma intensidade que nomes tarimbados do FZB seria de extrema covardia e sensacionalista. Aqui, não falo de investimento, pois tanto Kauê Godoy e Will Pedroso são apaixonados pelos seus, respectivamente, FZB e CV: suscito a vontade de ser realmente campeão.

Fico pensando sobre motivação. Imagino o amigo Renatinho Deeke, multicampeão com o Nois Q Soma, num dilema sobre "vou ao Chuteira de Ouro para fazer outro semestre vencedor ou apenas me divertir com meus amigos pois já tenho quase todos os títulos de divisões em meu currículo?". Essa é a dúvida dos sonhos, e Renatinho os materializou dentro de quadra. Foram conquistas à base de muito esforço. Só que o momento é FZB, e nenhuma gestão Godoy levantou taça dentro das cinco principais divisões – muito menos venceu qualquer chave – até hoje. Nunca disputou uma Série Prata o FZB.

Tanto Bicho Solto quanto Fúria vão crescer na Bronze. Já lideram com 100% cada um o Grupo A – junto ao Cozinha da Villa. Vão se entrosar (os três) até começarem a se enfrentar, mas, pelo menos em se tratando dos dois primeiros, a tendência era de serem apontados como bicho-papões. Ainda não são.

O Grupo B sofre um pouco mais: apontar um candidato legítimo ao título é um teste de raciocínio lógico dos mais cabeludos. Ou você acha natural o Canxa Mirra ser o único com duas vitórias iniciais na chave? Pela minha experiência como jornalista na Liga Chuteira de Ouro F7, digo que beira o surreal uma equipe vinda da Aço pela colocação geral como critério estar à frente de Ou Não, Madureira, Ventiladores e Paraguay. Sobre os paraguayos, estão em reformulação, mas não dá para negar esse detalhe, que esse período deixa o grupo bastante inconsistente. Em teoria, a vaga direta à próxima Prata poderá cair no colo dos especialistas em fase de classificação, os madureirenses.

"Por que o ON está descartado?" deve ser o pensamento de Decão, Racy, Jhonny e outros ounãosistenses que leram até aqui essa minha análise. Simples responder. Primeiro, formou uma forte equipe para a atual temporada, mas o excesso de raça poderá prejudicar o time em alguns confrontos. Difícil confiar numa equipe tecnicamente ótima, mas que tem no fator psicológico seu carma. Segundo, porque escrevi "em teoria" e "poderá cair no colo", e não "cairá no colo do Madureira".

Existe a necessidade de lembrar a ausência do Astúcia. Com certeza bagunçaria ainda mais a brincadeira bronzeada. As cenas da vida entraram em ação e levaram os astuciosos a outros rumos e desafios. Seria candidato sério a ser campeão. A saída astuciosa deixou a Série Bronze pra ninguém até o momento.
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