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Subir ou não subir, eis a questão? O que esconde discursos meritórios e outros mais e até autodepreciativos

Parabéns para Cura Ressaca (venceu o Grupo B da Aço 20), Catadão (ganhou o Grupo A do Chuteira Cinco 18) e Pisa (faturou o Grupo B da Estrelato 14), os três últimos times a conquistar vaga direta para a respectiva divisão acima. Juntam-se aos primeiros classificados (no dia 25/out/24) - Sauna (levou o Grupo B da Bronze 25) e Puzzle (dono do Grupo A da Aço 21) - e à turma que teve acesso obtido no sábado do feriado de finados: É o Centro Mané e Cabotagem Vasco (abiscoitaram os Grupos A e B, respectivamente, da Prata 28), Lauzangeles Galaxy (captou o Grupo A da Bronze 25), SIMA (obteve o Grupo B do Chuteira Cinco 18) e Manochaco (adquiriu o Grupo A da Estrelato 14).

Normalmente, a Contra-Ataque destaca acessos com uma retranca jornalística. O saudoso parágrafo é para avisar o povo chuteirense o valor da façanha de se colocar à frente de outras sete equipes ao longo de uma corrida que dura sessenta dias aproximadamente. Na coluna da semana passada, teve destaque um dos critérios de desempate: confronto direto. Pois bem, maior recado sobre a importância lançada pela organização da LCOF7 em cima da fase de grupos só é comparada justamente com ganhar a chave: sobe direto para a divisão consecutiva no semestre seguinte. É dessa forma que times comuns surpreendem a concorrência ou desligada ou moradora em discursos que precisam, antes, ser provados.

É o Centro Mané e Sauna foram os dois pontos fora da curva. Quando confirmaram as respectivas primeiras posições de suas chaves, essas divisões ficaram abaladas. Causaram inveja, ódio, indignação. Igualmente pensamentos sobre o nível técnico delas (divisões). Alguns (poucos) jogadores – aqui serão mantidos em sigilo os nomes – não acreditaram quando ficaram à frente de agremiações como Originais, Ventiladores, Olimpo, Avaí Xurupita, Sanjamaica, Joga Fácil etc.

Ignorância. Na concepção da palavra, e não no que mídias a transformaram em depreciativo. Porque todo ser humano é ignorante em algum assunto.

Tratando-se de LCOF7, você que pratica esta leitura já pode ter imaginado que o jogador que desdenhou do próprio time, ao invés de valorizar tudo o que foi conquistado, preferiu focar no medo de disputar a nova divisão no próximo semestre. Porque eu nunca conheci alguém que disputa em alto nível com receio por ter conquistado um objetivo tão grandioso. Talvez o jogador seja ressabiado em perder a atual ternura de se sentir poderoso: “eu só venço, ué, e por que subiria para perder?”.

É mais uma análise filosófica sobre equilíbrio nas divisões. Há um fenômeno iniciado pelo Olimpo, e que parece ter tomado conta de outras equipes: ganhar, mas não subir. Ser campeão sem ter de jogar a Ouro, no caso do vencedor da Aço 10. Do mesmo pensamento partilha o SPQSF, time que mais vezes disputou a mesma divisão prateada. Estende-se para o Rabisco, que abriria mão da Série Bronze para retornar à Série Aço (mas levantando a taça bronzeada, claro).

Importante a compreensão (você não precisa concordar, mas respeitar) sobre nossas reais forças nesse delicioso paradoxo. Ficaria estranho um campeão de divisão não disputar a série acima. No caso da Série Ouro, seria equivalente ao então vencedor deixar de defender seu título. Nas demais, a ojeriza à ideia só pode ser aventada se o contexto estiver alinhado. Relaciona-se com equilíbrio nas divisões.

O fenômeno ‘ganhar e não subir’ é diferente do ‘subir de forma inesperada’. Nenhum discurso do Sauna foi contra o acesso conquistado à Prata 29 (próximo semestre). Os saunistas entendem que podem fazer como Colônia 355, Marola e Gbex – equipes com a mesma faixa etária e que dão uma aceleração à Prata 28 que poucas pessoas visualizam. O Olimpo é mais velho, e não faz questão do jogo mental e físico que se pratica na Série Ouro. Idem o SPQSF. Com isso já foram dois concorrentes a menos pro É o Centro Mané na fase de grupos. Como o Originais demorou para mostrar sua potência, a equipe de Gordo, JD, entre outros centristas, fez as vitórias necessárias ante times do seu nível e foi pra Ouro 35 primeiro. Poderia ter sido o Ou Não ao invés do ECM se pensarmos com o raciocínio de que os centristas estão na Ouro por acaso, por pura falta de qualidade da divisão.

Não é a realidade. O ECM conquistou o acesso dourado na sua quarta participação na Série Prata. Maturou-se e reforçou-se ao mesmo tempo para montar um time sólido e letal dentro de quadra. Se Guapo e cia. não enchem os olhos com o estilo de jogo centrista, pelo menos criam uma ilusão difícil de extirpar de uma mente chuteirense mais enviesada: era mais fácil ganhar do É o Centro Mané nas temporadas passadas, e as provas foram os magros placares vencidos pelos centristas neste semestre. Duelo, Ventiladores, Originais, Olimpo, SPQSF e Gbex são prova. O ECM só não ganhou do rebaixado Ou Não.

Faz-se necessário um retorno ao conceito de equilíbrio. Quando aventada a contextualização, fica mais fácil entender situações como a do próprio jogador desdenhar da façanha de seu time. Às vezes ele não confia no elenco para algo superior. Não é moleza ‘bater e voltar’. Foi o que aconteceu com o Lapiros em 2024: disputou a Prata 27 para ser rebaixado para disputar a Bronze 25 nesta temporada. A lapirada ganhou maturidade com a experiência prateada para realizar boa campanha na atual divisão bronzeada. Porém ficou nítido que aquela Prata 27 não era o momento.

Isso pode amansar ou aliviar as dores de times como o Na Hora É Bom. Estreou em 2023 no Chuteira Cinco 16 e veio parar na Bronze 25. Sempre pela fase de grupos, jamais pelo mata-mata. Nunca tinha disputado uma eliminatória em algum estádio Chuteira de Ouro. Estreou em um deles nas oitavas de final, mas, diante enorme expectativa, repetiu os insucessos dos dois últimos semestres e acabou eliminado pelo tradicional Joga Fácil. O NHB é uma ótima equipe, bem técnica com jogadores como Chicão, Paraglider, Tomazin, Zidane, Pio etc., mas não sabe jogar fase final definitivamente.

Talvez aqui resida o antídoto para o estresse. Se o NHB enxergar que não está preparado para jogar uma Série Prata – como teve gente que imaginou, mas se iludiu (eu inclusive) – ainda, disputará a Bronze 26 em nível elevado tal qual o Lapiros anda realizando, ou como o É o Centro Mané obteve na atual Série Prata. As percepções subjetivas são deliciosamente traiçoeiras.

Pela terceira vez? – Ao confirmarem presença nas quartas de final da Ouro 34, Interativo e Fúria ZB buscam manter uma marca obtida nas duas últimas temporadas: um time vindo da Série Prata levantar o caneco dourado. Os feitos anteriores foram realizados por Sexta-Feira e Panela. Inclusive, o atual campeão pode tirar dos interativistas o sonho do título, e o campeão da Ouro 31, Wake ‘n’ Bake, do FZB.

Mesmo assim, serão confrontos de elevada categoria se os quatro elencos vierem repletos. Com Pedalástico, bicampeão da divisão com o Torce Contra, no Interativo, e agora o pentacampeão dourado com o Nois Q Soma - Beletti - no Fúria ZB, fica complicado sustentar que o nível da Série Ouro está duvidoso.
 
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