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A Prata Amada tem novo dono: The Homer encarna o espírito copeiro para dar o troco contra o Originais e se sagrar campeão da edição 28

Luiz Andreassa
Dez 14, 2024
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O que vale fazer para conquistar a glória? Até onde um time está disposto a mudar seu estilo para levantar o troféu? Os jogadores mais técnicos topam se dedicar à marcação? O The Homer respondeu a essas perguntas da maneira mais óbvia: para alcançar a glória, cada sacrifício é válido! Tão acostumada a dominar os adversários e a empilhar finalizações, a equipe encontrou uma nova face de sua personalidade - uma face copeira, guerreira - para vencer o Originais por 4 x 3, devolver a derrota na Bronze 24 e voltar ao topo! O bonde aurinegro, já tão vitorioso, pode gritar e comemorar de novo, pois é o GRANDE CAMPEÃO DA PRATA 28!

Originais preparado para erguer sua segunda taça de campeão em 2024

The Homer, na quinta final seguida na LCOF7, queria a recuperação

Uma das características mais marcantes do TH é seu elenco farto e qualificado, com peças de reposição capazes de mudar o rumo das partidas. Mas é impossível não destacar um nome em especial: o capitão Luisinho. Decisivo em tantas etapas da vitoriosa jornada de sua equipe, ele voltou a desequilibrar na grande decisão. Primeiro, como garçom. Na marca do primeiro minuto jogado, ele lançou na área ao cobrar lateral pela direita. O original Isaias não conseguiu cortar de cabeça e a bola sobrou limpinha para MV dominar e mandar para dentro! 1 x 0! Início fulminante!

O revés tão cedo obrigou o Originais a partir ao ataque, dominando a posse de bola e ditando o ritmo a partir de então. Ao contrário do que costumam fazer, os comandados do professor Pedrão recuaram as linhas e começaram a parar o adversário com faltas – foram três em menos de cinco minutos jogados. Mas nem assim Isaque foi parado ao dominar pela esquerda, sair de dois marcadores ao avançar para o meio e finalizar por cima, na primeira boa tentativa de empate.

Digão na marcação sobre Isaque: o zagueiro mostrava que o TH estava on fire

Até então com dificuldades na criação, os cervejeiros passaram a encontrar espaços quando usaram os lados da quadra. Uma bola roubada chegou a Luisinho (o de amarelo e branco), que abriu para Ronald soltar uma pancada e carimbar a trave esquerda da meta defendida por Pietro. Foi por muito pouco! Pouco depois, Ceará descolou lindo passe para Ronald na ponta direita. Desta vez, o camisa 7 rolou para o meio, onde Isaque pegou de primeira e mandou por cima! Houve tentativa também na bola parada: Luisinho cobrou escanteio, Isaias apareceu livre no miolo da área, mas cabeceou para fora.

Quando o empate parecia mais próximo, Luisinho (o de amarelo e preto) apareceu novamente. Ele recebeu de Diga junto à lateral esquerda, ainda na altura do meio da quadra, e como craque decisivo que é, partiu pra cima. Logo depois de driblar Ronald, o capita teve liberdade para ajeitar e desferir um balaço no ângulo esquerdo! Golaço para ampliar a vantagem! 2 x 0!

Luisinho chama a responsabilidade: campeão com o Divino da Prata 24, o craque começava a despontar na decisão

A comissão técnica liderada por Simon teve de pedir tempo para reorganizar a frouxa marcação original. Quanto à parte ofensiva, Luisinho seguiu como a melhor arma para desmobilizar a sólida defesa comandada por Digão, Martins e Cristian. Em uma das tentativas, ele arrancou pela esquerda e finalizou para defesa segura de Pietro. Em outra, recebeu de Isaque, encarou a marcação e arrematou de perna direita. Pietro voou para espalmar, mas não conseguiu dar direção à bola, que sobrou viva dentro da área. Isaias apareceu livre e só cumprimentou! 2 x 1 e o jogo foi pro intervalo aberto novamente!

A segunda etapa começou parecida com a anterior: com o Originais buscando o ataque pelos lados. Logo nos primeiros segundos, Ronald arriscou de longe e mandou perto do poste esquerdo. Em seguida, Ronald arrancou em velocidade, escapou do carrinho de Digão e só não deixou tudo igual porque Pietro saiu para defender com a perna! Luisinho, por sua vez, chegou a arrancar gritos de gol por parte da sua torcida ao balançar as redes, mas pelo lado de fora!

O Luisinho do Originais, cercado pela marcação do TH: algo estava diferente em relação à final da Bronze 24

Se um lado não aproveitava as chances, o outro era cirúrgico – principalmente quando a bola caía nos pés de seu principal jogador. Peça importante no ataque, Tuco dominou no peito e esperou a passagem de Luisinho. Logo que recebeu, o camisa 11 puxou para o meio e disparou um tiro certeiro. A bola saiu do alcance de Kido, pegou na trave esquerda e descansou dentro da meta! Mais um golaço e vantagem restabelecida: 3 x 1! E a diferença só não ficou maior porque o próprio Tuco, ao receber cruzamento de Edson, mandou por cima mesmo estando quase embaixo das traves. Incrível!

A partir daí, o TH mais do que nunca passou a usar a experiência para esfriar o jogo. Ao Originais, só restou apostar que uma faísca realimentasse a chama da sua esperança. Como antes, o caminho se abria pelos flancos. Aos 11 minutos, Ronald deixou Edson na saudade pelo lado direito, avançou à linha de fundo e cruzou rasteiro. Levi, que saíra do banco para dar nova energia ao ataque original, se adiantou à marcação e desviou para as redes! 3 x 2! Dois minutos depois, Ceará descolou uma cavadinha obscena para Luisinho disparar livre pelo lado esquerdo. De primeira, ele bateu no alto da meta, venceu Pietro e deixou tudo igual! 3 x 3 e o jogo pegava fogo de vez!

Só que a alegria do campeão da Bronze 24 duraria pouco. Ao tentar jogada no lado canhoto, Tuco sofreu falta. Luisinho chamou a responsa, colocou a bola no chão e, na cobrança, rolou para a área. A defesa original parou como se os ponteiros do tempo tivessem emperrado e Tuco apareceu para, de carrinho, fazer a alegria da Grande Família do The Homer! 4 x 3!

Giro e Tuco apontam para a lente: a verdade é que sobrou experiência ao TH

Com o apito final cada vez mais próximo, o Originais passou perto de empatar em um dos raros contragolpes cedidos pelo rival. Levi disparou ainda do campo de defesa e passou pelo último marcador, mas adiantou demais a bola, permitindo a chegada de Pietro. Logo depois, Isaque tirou do chapéu um passe em profundidade para Ceará, que concluiu rasteiro da entrada da área. Pietro defendeu com o pé para salvar de novo! Isaque também tentou ao dominar com espaço de frente para o gol, mas o chute saiu fraco, passível de defesa por parte do goleirão.

O The Homer se agarrou à vantagem e seguiu ocupando seu lado da quadra. Mesmo assim, o Luisinho original conseguiu concluir a gol, mesmo que quase sem ângulo, e a pelota passou por toda a área antes de sair pela linha de fundo. Foi a derradeira finalização. Não demorou muito, e a arbitragem apitou pela última vez, decretando mais um título homerista.

Jogadores do The Homer comemoram a retomada de uma trajetória vitoriosa

A vitória suada, conquistada na raça e na aplicação tática, tem muitos significados. O significado da revanche diante do seu grande rival, que venceu o mesmo “duelo das aberrações” alguns meses atrás. O significado da capacidade de um elenco mudar sua forma de jogar e mostrar sua face copeira. Mas, acima de tudo, o significado de empilhar mais uma taça na sua jornada pela LCOF7: Copa Estrelato, Chuteira 5, Aço e, agora, Prata! É mais uma glória nessa história ao mesmo tempo tão curta e tão vitoriosa.

O Originais, por sua vez, sai decepcionado, mas sabe que ajudou a fazer uma final à altura de todas as altíssimas expectativas. Sua participação no certame foi marcada pelo futebol ofensivo, pela resenha e pela humildade. Humildade que o capitão Isaias teve de sobra ao entregar ao adversário o troféu. Atitude que simboliza a grandeza dessas duas esquadras, campeãs natas, personagens indispensáveis do universo Chuteira de Ouro. Esperamos por novos encontros na elite em 2025!

Originais, vice-campeão da Prata 28

A nossa Prata Amada agora está pintada de preto e amarelo, e o bonde está mais forte do que nunca. O The Homer merece todas as salvas, glórias e exaltações, pois nasceu mesmo para isso: SER CAMPEÃO!

Isaias, revelação do Originais, cumprimenta Portuga (à direita): o espírito da LCOF7 personificado na imagem

The Homer, campeão da Prata 28!

Ficha técnica

The Homer 4 x 3 Originais – Final do XXVIII Chuteira de Prata

Gols: Luisinho (2), MV e Tuco (TH); Isaias, Levi e Luisinho (O)

Cartões amarelos: Giro e Martins (TH)

MVPs: 1 – Luisinho (The Homer) | 2 – Luisinho (Originais) | 3 – Tuco (The Homer)

Premiação individual

Artilheiros: Isaque (Originais) e Mika (Bicho Solto)

MVPs fase de grupo: Mika (Bicho Solto) e Muriloko (Cabotagem Vasco)

MVP das finais: Luisinho (The Homer)

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