Um time em franca evolução começa a acertar na defesa e ganha jogos primeiro se defendendo bem, depois atacando com qualidade. Apesar de alguns tropeços, o Roleta Russa Olímpico mostra que a curva ascendente é real e que o topo é questão de tempo.
 
O rival da quarta rodada foi o forte Condor’s, time rápido e habilidoso, que tem em Guel e Diony seus referenciais de velocidade e em Neno a habilidade para criar situações de perigo. Mas o antídoto, como citado acima, é uma fortaleza defensiva e a aposta na qualidade individual e coletiva de um time que se conhece muito bem.
 
A partida começou com o time vinho tinto melhor. Neno apareceu duas vezes dentro da área com boas condições de finalizar, mas foi freado pelo goleiro Caio e pela defesa, com Pina. O Roletinha respondeu com a dobradinha Kuminha-Brian: o camisa 10 avançou pela direita e bateu cruzado, mas o ponta esquerda, que fechava quase dentro do gol, não teve calma para finalizar e abrir o placar.
 
Sem medo de arriscar e “testando” o goleiro, o Condor’s pegava a bola e batia na meta. Vaidade zero, mas um pouco de pressa em terminar jogadas que poderiam ser mais perigosas. Em contrapartida, o alvinegro trabalhava bem a bola com toques rápidos, preferencialmente de primeira, buscando um companheiro em situação clara de gol.
 
Foi assim que nasceu o primeiro gol do jogo, após Thomas receber lindo passe de Kuminha, mas bater na defesa. A bola sobrou para Plec, bem colocado, que bateu de chapa, no canto esquerdo alto, fora do alcance de Jhonny.
 
O Condor’s ainda teve uma chance de empatar na primeira etapa. O cerebral Neno recebeu passe no costado da zaga, a única falha grave do sistema defensivo no primeiro tempo todo, e ficou cara-a-cara com Caio. Esperou o goleiro definir e bateu no outro lado, mas pegou muito embaixo da bola e perdeu uma ótima oportunidade. Que fez falta.
 
A etapa complementar continuou bem disputada e Kuminha acertou a trave com um minuto de jogo. Diony, que se destacava pelas alas, respondeu com uma cabeçada perigosa, que o goleiro Caio teve que se esticar todo para evitar o gol. Um milagre à la Gordon Banks.
 
O Roletinha era melhor no trabalho em equipe e chegou ao segundo gol após girar bem a bola nas proximidades da área adversária. Com jogadores cercando a meta rival, o bate e rebate da defesa serviu Brian, que aproveitou a oportunidade dourada e desta vez teve mais calma para chapar pro fundo do gol.
 
Com a vantagem no placar, o Roleta usava e abusava dos toques de primeira, girando a posse e fazendo praticamente todos os jogadores trabalharem. Do outro lado, o Condor’s tinha pressa e tentava ser mais objetivo, às vezes perdendo a cabeça na hora de finalizar.
 
Diony, bem posicionado, perdeu outro gol e consagrou a noite do arqueiro. A defesa funcionava como um ferrolho, não permitindo que Neno e Guel entrassem com velocidade e tocando a bola. Assim, restava só o arremate de média distância, que praticamente batia na parede e voltava.
 
Cansado de tanta pressão na defesa, Kuminha armou ótimo contra-ataque e lançou Thomas. O camisa 8 nem precisou dominar e devolveu com um toque só, deixando o parceiro na paralela da área. Kuminha bateu forte, rasteiro, tirando as chances do goleiro e decretando o final em 3 x 0.
 
A vitória serviu de gangorra para as equipes, deixando o Roletinha na terceira posição, com sete pontos, enquanto o Condor’s caiu para a quinta colocação e tem cinco pontos ganhos. Na próxima rodada, o Roleta Russa Olímpico mede forças contra o Ras, velho conhecido; já o time vinho tinto encara o Magnatas.
           
Ficha técnica
 
Roleta Russa Olímpico 3 x 0 Condor’s – 4ª rodada do XII Chuteira de Prata
 
Gols: Kuminha, André Plec e Brian (RRO)
 
Cartões amarelo: Diony (C)
 
MVPs: 1 - Pina (RR Olímpico), 2 - Kuminha (RR Olímpico), 3 - Diony (Condor’s)