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Pulsante no banco de reservas e escolhido melhor técnico da Bronze no 1º semestre de 2017, Róger quer exorcizar o “cavalo paraguaio” que tanto lhe persegue e levar o Paraguay à Prata

Quando foi realizado o sorteio da Série Bronze, as apostas para conquistar os primeiros lugares do Grupo A eram concentradas em 2 Tok’s e Olimpo, equipes que subiram da Série Aço. Porém, se tem um time que vem atuando de forma humilde, comendo pelas beiradas e “quebrando a banca”, este é o Paraguay.  Com 15 pontos em seis rodadas (5v e 1d), os albirojos lideram o grupo, dois pontos à frente da Academia Competition, e depende apenas de si para subir de forma inédita à Série Prata.
 
Para falar desta equipe com DNA da seleção homônima, de defesa sólida e ataque eficiente, o entrevistado não será o fazedor de gols Cunha, nem Kaue ou mesmo o paredão Tom, mas sim seu treinador, Rogério Silva Macedo, conhecido no mundo chuteirense como Róger. Administrador de empresa, corintiano roxo, pai da Gabriela, de 7 anos, boleiro desde criança, pilhado, joga junto com o seu time ao melhor estilo dos técnicos sul-americanos e ala paraguayo durante 11 anos. Pendurou as chuteiras e assumiu o comando paraguayo no começo de 2017, quando acabou escolhido melhor técnico da Bronze no semestre de estreia e está com o grito de campeão entalado na garganta.
 
Entre os assuntos abordados: a boa fase da equipe, os desafios finais e se o termo “cavalo paraguaio” será exorcizado este ano ou não. Desfrutem, pois o papo está bom.
 
Há quanto tempo está a frente do Paraguay?
O Paraguay tem 21 anos de fundação. Entrei em 2000 e defendi a equipe durante 11 anos. Em 2017 veio o convite para ser técnico, o time foi bem no meu semestre de estreia, quando terminamos em 2º lugar na chave – atrás do Abre o Olho –, mas acabamos eliminados pelo Spartacus jogando bem. Fui eleito o melhor treinador da Série Bronze na ocasião.
 
Como é participar do Chuteira de Ouro?
Muito legal. A organização é boa. Eu adoro futebol, tanto é que fui acompanhar, sábado passado, os jogos, ver os futuros adversários (La Coruja e Olimpo), mesmo o Paraguay estando de folga. Eu gosto de futebol, gosto do ambiente. A organização é boa; o Douglas e o Lucas vêm fazendo um trabalho legal de conteúdo. Sempre acompanho o Planeta Chuteira e está caminhando bem.
 
Já presenciei você acompanhando os jogos das outras equipes para coletar informações. Faz parte da estratégia? Podemos dizer que temos o Roger “olheiro” dentro do Chuteira?
Faz parte e eu gosto de ganhar. Sou nervoso, pilhado, tenho um coração bom e gosto de ganhar. Então, tem outros times melhores do que o Paraguay e temos que obter as informações deles para poder enfrentá-los. Faz parte da estratégia,claro.
 
Na atual edição da Bronze, o Paraguay teve o seu melhor começo de campeonato dentro do Chuteira, com cinco vitórias nas cinco primeiras rodadas. Houve alguma mudança significativa no grupo para que alcançasse tal feito?
Do ano passado pra cá saíram o Cléber, que era um bom goleiro, Cauezinho (foi para o Bode) e o Léo. Em compensação, chegaram Carioca, Bruno e o Tom, que está voltando à sua melhor fase como goleiro. Ele está mais focado, concentrado, em forma, e isso agrega muito. O Paraguay é um time de amigos, mas todos se cobram, então, antes deste campeonato, conversamos seriamente que era a nossa hora de querer algo a mais, de comprometimento, raça, que é a nossa característica. Acho que estamos no caminho certo. Só que sabemos como é o Chuteira, se não terminar em 1º do grupo, se não subir, se não for campeão, não adianta ter a melhor campanha, pois o objetivo não foi alcançado.
 
Subir é uma coisa, chegar ao título…
É outra história, só que eu quero o título! Eu quero ser campeão! Subir para a Prata é uma consequência, queremos ser campeões! O time está quietinho, bem humilde, bem “paraguaio”, defesa sólida e estamos indo devagar. Ainda não conquistamos nada e temos mais dois jogos complicados pela frente.
 
Semestre passado, o time ficou próximo do rebaixamento. O que aconteceu: o elenco sentiu o quase acesso no primeiro semestre?
No 2º semestre do ano passado eu estava um pouco afastado, mas não foi por causa disso que quase caiu. O Paraguay sentiu a falta das peças que falei e, por não ter conseguido algo melhor no primeiro semestre, deu uma deprimida. O grupo desanimou e este ano voltamos para alcançar o nosso objetivo.
 
O Paraguay está na Bronze desde 2016, quando chegou às quartas e foi eliminado pelo Spartacus, como você bem lembrou. O que falta para que o grupo suba mais um degrau e alcance o acesso?
Faltou um pouco de tranquilidade que hoje a gente tem. Estou mais pilhado do que os próprios jogadores. Pilho eles quando quero e dependendo do jogo isso é necessário. Às vezes passo um pouco do ponto, faz parte. Tem alguns jogadores que assimilam melhor, outros não, mas faz parte. Hoje, o time está mais unido e sabendo o que quer.
 
A última rodada não foi ótima por conta da vitória da Competition e a diminuição da vantagem para dois pontos apenas. O que esperar dos duelos finais contra La Coruja e Olimpo?
Dois jogos difíceis. O La Coruja está na briga pela classificação, mas ao mesmo tempo para não cair; será um duelo complicado para nós. Vamos buscar a vitória de qualquer jeito, pois será muito importante e, dependendo do resultado entre 2 Tok’s x Academia Competition, podemos sair já com o acesso. Primeiro temos que fazer a nossa parte para depois pensar no outro jogo.
Acompanhei também o jogo do Olimpo (x 2 Tok´s) e futebol não tem merecimento, e sim, bola na rede. Eles [Olimpo] mereciam sorte melhor, tem uma molecada boa, que corre muito, tem espírito e é um excelente time. Talvez seja o melhor da nossa chave.
 
Do que foi observado até agora, quais equipes que preocupam o Paraguay dentro e fora da chave?
Competition, 2 Tok’s, Se7e de Perdizes, Olimpo, todos estão no mesmo nível. Ninguém sobressai. A vantagem é que nós temos uma defesa sólida e seguramos o ataque deles. Na outra chave, eu conhecia o La Buça Romana, agora não conheço. A imprensa fala tanto que o La Buça é o melhor time da Bronze, não cheguei a acompanhar uma partida deles neste semestre, mas falam que é o melhor time da divisão, se reforçou bem, tá comprometido, querendo subir para a Prata. Pelo que ouço, o La Buça é o melhor time. Gostei do Magnatas, assisti ao jogo contra o Rio-Sampa, é uma equipe equilibrada, com bons jogadores, e acredito que o Interativo possa dar trabalho.
 
A derrota para o Se7e de Perdizes foi considerada “acidente de percurso”?
Foi doída. Não foi “acidente de percurso”, pois o Se7e marcou muito e jogou bem. Não merecia ganhar, mas ganharam e gostam de aprontar. No segundo tempo, o Paraguay mandou no jogo e olha como são as coisas: eles chutaram uma bola na trave e fizeram o gol, só para ter uma ideia de como foi a partida. O mais justo seria o empate. Aí ficaríamos em uma situação confortável. A vitória do 2 Tok’s contra o Olimpo caiu do céu, pois tirou praticamente a chance deles [Olimpo] terminarem em primeiro.
 
Qual o jogo inesquecível do Róger no comando do Paraguay?
Semestre passado jogamos contra o Astúcia, em que perdíamos por 3 x 2 e conseguimos uma virada espetacular nos minutos finais. Também teve o jogo contra o Abre o Olho, que, embora tivéssemos perdido, jogamos bem. Enfim, são muitos jogos, mas classifico esses dois.
 
Defina o Paraguay em uma palavra ou frase.
O Paraguay é “Raça e Paixão”. São 21 anos de história, time de amigos, que vem se renovando através dos amigos. Faço parte da velha guarda e eles esperam aparecer por aqui, pois todos acompanham e gostam do time.
 
Você falou da velha guarda, poderemos ver de novo Paraguay disputando o Chuteira Master em breve?
Disputamos a primeira edição do Chuteira Master, mas acho que o pessoal estava mais preocupado em beber cerveja do que jogar. Quem sabe.
 
O termo “cavalo paraguaio” é coisa do passado ou continua no presente?
É coisa da imprensa. Deixa a “imprensa marrom” falar e criar os seus factóides. Pode-se dizer que é “cavalo paraguaio”, porque no primeiro semestre do ano passado quase subimos, no segundo semestre quase caímos e hoje estamos no meio termo. Na verdade, nós começamos a beijar a “zebra”. Não “pegamos”, apenas flertamos e ainda não “catamos” ela. Imagina só, cavalo paraguaio com zebra, que cruzamento sairia. Quem sabe pegamos essa zebra de jeito. Seria ótimo. Estamos focados para algo melhor.

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