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Nois Que Soma bate Mercenários e conquista quíntupla coroa: é o mais novo dono da Ouro!

 
Quis o destino que Nois Que Soma e Mercenários se encontrassem mais uma vez, desta vez no palco principal do Chuteira, a final da Ouro, pouco mais de dois anos após a cisão que transformou em duas uma das principais equipes do torneio e pouco mais de 6 meses da decisão da Prata passada.
 
De lá para cá tudo mudou, para depois voltar ao que já tinha sido antes. Debilitados pela perda de meio time, o Mercenários conheceu o amargo do rebaixamento, se reconstruiu na Prata e retornou à Ouro em posição de destaque. Enquanto isso, o dissidente NQS galgava divisões ao longo dos semestres, conquistando, de uma só vez, os títulos do Chuteira 5, Aço e Bronze de maneira consecutiva e avassaladora. Aquele que parecia ser o capítulo definitivo da saga veio no ano passado, quando ambas se encontraram na decisão da Prata. A vitória por 4 x 0 do Nois Que Soma foi um duro golpe para os caveiras.

 

A oportunidade de revanche viria em seis meses. Ambos relegados ao segundo plano na primeira edição do Chuteira moderno sem a presença do multicampeão CAV, Mercenários e NQS surpreenderam e chegaram, mais uma vez, à final. O time de Marquinhos se credenciou com boa primeira fase e vitórias épicas contra TáLigado e Arouca Jrs., liderado por Thiaguinho, Dri Ferreira e Maciel. Já o Nois Que Soma superou um início irregular (foi derrotado por Arouca Jrs. e Mulekes) para triunfar no mata-mata, eliminando Futsamba e Arouca em batalhas igualmente espinhosas. Pesou o entrosamento de Paulinho, Luiz Fernando, Murilo e cia. 

Por isso, era grande a expectativa sobre a final: as arquibancadas nunca estiveram tão cheias. O que se viu foi um bom jogo, cadenciado e surpreendentemente limpo, se considerarmos a rivalidade latente entre os dois lados. No fim do dia o NQS fez valer sua superioridade técnica, bateu o adversário por 3 x 1 e, sem maiores sustos, levou o caneco para casa.

 
Um fator foi preponderante para a conquista "sossegada": um gol de Neres logo no primeiro minuto de jogo. Mal a bola rolara e o camisa 23 já estava recebendo passe do campo de defesa entre dois defensores adversários e batendo forte a alto para marcar o 1 x 0. O Mercê, que não esperava tomar um gol tão cedo, passou os minutos seguintes tentando por a cabeça no lugar e acertar o passe no meio de campo.
 
Camisa 10 da equipe, Thiaguinho jogava como o sujeito mais recuado da equipe, cadenciando as tentativas de empate. Quando Fabricio disparou na direita e bateu cruzado, Tinho teve que conceder escanteio. O Nois Que Soma revidou rapidamente com Paulinho disparando do meio da rua e assustando a defesa rival. Na sequência foi a vez de Beleti quase ampliar o placar, após bolão de Luiz Fernando, que jogava atrás dos atacantes do NQS.


Se a reta inicial foi marcada pelos poucos passes errados, com o passar do tempo as duras disputas pela bola no meio de campo começaram a chamar atenção: em boa parte das vezes, as defesas levavam a melhor sobre os ataques, com destaque para Beleti e Maciel, cada um do seu lado. Mesmo cornetado pelos seus companheiros do banco, Fabricio quase mudou a história da partida quando escapou da marcação trabalhando com Dri Ferreira e cruzou para Tulio, que aguardava na área. Mas faltou o espírito de matador ao camisa 5, que deveria ter se jogada na bola para completar para a rede. Ele não o fez e a redonda saiu.
 
Com o passar do tempo, a proposta das duas equipes ia ficando clara: enquanto o Mercenários colocava todas as esperanças em jogadas de pivô que quase sempre começavam com Thiaguinho, passando pelos pés de Fabricio, o Nois Que Soma apostava na transição rápida. Felipinho e Murilo davam muito trabalho para Itália e Maciel quando caíam pelas pontas, enquanto Beleti volta e meia surgia como elemento surpresa; em uma das tentativas do camisa 12, a bola passou muito rente ao gol de Alan. 
 

André Luis levantou a torcida do Mercenários quando deu um lindo toco em Rafa Martins, que estava pronto para fazer o segundo. Ao contrário do rival, o NQS vibrava pouco quando desarmava, o que preocupava Bollito. Os caveiras tentaram se aproveitar e só não empataram porque Tinho barrou tentativa de Marcos. A entrada do Paulinho mercenário para auxiliar Thiaguinho na ligação ajudou o time a se organizar melhor. O resultado foi a conquista do empate aos 21, com Maciel recolhendo na esquerda e mandando uma bomba cruzada. 1 x 1!
 
A igualdade duraria exatos três minutos. Na correria pela virada, o Mercenários se lançou para frente, pressionando o NQS e obrigando o auribranco a cometer faltas perigosas. Na cobrança de sua quinta infração a favor na primeira etapa, os caveiras reclamaram toque de mão da barreira. O juizão fez que não ouviu e o Nois Que Soma aproveitou: Tuco, que acabara de entrar, pegou a defesa rival desarrumada e disparou pela direita. Da linha de fundo fez cruzamento perfeito para Felipinho completar para a rede: 2 x 1! O banco do Mercenários enlouqueceu, talvez de forma exagerada.
 

 
 
 
A bola voltou a rolar alguns minutos depois. O Nois Que Soma precisava sacramentar a vitória o mais rápido possível. Para a segunda etapa, a equipe voltou menos pilhada, mas ainda era perigosa: batendo falta, Paulinho só não anotou o terceiro porque Alan impediu. Tuco teve chance ainda mais clara após "altinha" de Murilo e Rafa Martins, mas isolou. Para provar que ainda estava no páreo, o Mercenários respondeu com Dri recebendo de Rafael, mas Tinho cresceu e impediu que os adversários se animassem.
 
Líder da defesa dourada, Beleti cobrou mais atenção da retaguarda e pediu tempo técnico. O NQS voltou mais alinhado, com Tuco de volta e Luiz Fernando acumulando as funções de defensor e de cérebro. Mesmo sem a letalidade de outros dias, Murilo dava algumas canseiras nos rivais, sobretudo em Rafael, que foi inclusive amarelado por chegada mais dura no camisa 11.
 
A grande vantagem do NQS seguia sendo a velocidade na transição: quando as jogadas davam certo, bastava um ou dois passes de Paulinho, Luiz ou Murilo para que o time chegasse na área de Alan. Um pouco isolado, Neres ficou bem perto do terceiro em uma dessas jogadas. 
 

 
 
 

Já o Mercenários seguia apostando em Dri Ferreira e Fabricio pelas pontas, Tulio "solto" e Thiaguinho armando o time à frente da zaga de Maciel e Kazu. A formação até conseguiu empurrar o NQS para o campo de defesa durante algum tempo – Paulinho e Tinho chegaram até a discutir –, mas não teve força para chegar ao empate novamente.
 
Para piorar, volta e meia o Nois Que Soma encaixava alguma jogada de perigo: aos 16, por exemplo, Paulinho deu grande passe para o livre Tuco marcar aquele que seria o terceiro, mas o camisa 6 chutou torto demais e desperdiçou a chance.
 
A oportunidade perdida não fez tanta falta: no lance seguinte, o NQS finalmente chegou a terceiro. Escanteio cobrado, Beleti desviou no segundo pau e Pedro Paulo apareceu no meio de área para testar no gol aberto e correr para o abraço. Ou melhor, correr para a provocação, visto que o camisa 18 subiu no alambrado diante de jogadores das equipes eliminadas que acompanhavam a partida, gerando um pequeno incidente.
 
 

"Nada está decidido", era a mensagem passada por Bollito para seus comandados. Só que a torcida não queria saber de paciência e já começava a cantar olé, mesmo com os jogadores do Mercenários correndo feito loucos atrás de uma fagulha de esperança. Mas Luiz Fernando, Markinellas e Beleti se seguraram bem – o camisa 12 ainda foi amarelado no fim do jogo, saindo de campo mais bravo que o Gattuso após cometer quatro faltas durante o jogo.
 
No último minuto, Luiz Fernando e Paulinho tiveram oportunidades de anotar mais um e transformar a segunda final entre os dois irmãos em uma nova goleada; as duas tentativas foram para fora e os dois jogadores mais importantes da campanha do NQS saíram de quadra sem marcar – mas com a taça, o que é certamente mais importante.
 
Quando o apito soou, tudo virou festa. O Nois Que Soma é a primeira equipe a conquistar todas as 5 divisões do Chuteira de Ouro – e o que é mais incrível, de maneira consecutiva. “Zeramo esse joguinho”, comemoraram os jogadores, antes de erguerem a taça e saborear mais uma conquista. Virou rotina.
 
 
 

Ficha técnica
 
Nois Que Soma 3 x 1 Mercenários – Final do XXI Chuteira de Ouro
 
Gols: Neres, Felipinho e Pedro Paulo (N); Maciel (M)
 
Cartões amarelo: Beleti e Levy (N); Kaká, Marcos e Rafael (M)
 
MVPs: 1 - Luiz Fernando (NQS); 2 - Beleti (NQS); 3 - Maciel (Mercenários)
 
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