Rodada 4 do Classic 3 acontece nesta semana num momento em que os doze times ainda estão colados na tábua classificatória, e com possibilidade de mais arrocho: jornada pode se encerrar com ninguém rompendo a barreira dos 7 pontos
Com duas equipes entrando no modo férias mais cedo neste ano, a movimentação da última matéria sobre cancelar o réveillonamarrou a tabela do Classic 3. São três joguinhos para cada time num universo de onze, ok. Porém, somente os líderes Cachorro Velho e Soberanos, e o terceiro posicionado, o estreante Real Madruga, têm dois triunfos cada. Depois disso, exatamente a metade dos times do torneio etário somam quatro pontos, seguidos de All Games, um a menos, e quem não avançaria, hoje, ao mata-mata: Ras Time e La Coruja, que, curiosamente, estão a uma vitória simples de alcançar a galera intermediária. Para dar o tempero chuteirense que Victor Petreche ama, a 4ª rodada, a ser disputada entre amanhã e quarta-feira, poderá unir ainda mais as doze agremiações na pontuação geral.
Pelos enfrentamentos da terceira rodada, ficou claro à pessoa amante do Classic 3 que todos os times compreenderam a gravidade do perigo real e imediato de os fogos de artifício na praia de Copacabana no fim do ano serem acompanhados à distância. Ver o Cristo Redentor com a família precisaria planejamento por esta época de junho, mas se tornou não-garantido. Note que nem foi falado sobre um máximo favorito ao título e à eliminação precoce até agora, somente “(fortes) candidatos”.
As duas equipes a disputar paralelamente a Ouro 35 abrem os trabalhos: quando Interativo e Real Madruga se enfrentarem, provavelmente o resultado influenciará o jogo de fundo no mesmo dia 10, entre Sagrado e o líder Cachorro Velho. Cachorrada e madrugada acima, mas interativenses e sagradistas podendo sair da meiuca e meter na tabela uma potente tranca de sistema digital bancário contra hackers antes das quatro partidas da quarta-feira. Coincidência ou não, foram times que apresentam, em três jogos, boas condições de seguirem rumo à complexa classificação: o CV lançando o zagueiro-artilheiro Jonas ao ataque; RM e seu entrosado elenco chefiado dentro de quadra por Zé Mannis; interativada potente com sua artilharia comandada por Zé Henrique; Beça, o desembargador do sincronizado sistema defensivo sagradista. Isso são apenas aperitivos.
Se quem está em cima, descer no placar na terça-feira ante quem tá em baixo, fatalmente teremos um final de rodada no dia seguinte com a tabela ainda mais embolada, porque ninguém passaria a ter a possibilidade de romper a barreira dos sete pontos. Exceto o Soberanos. Logo, o primeiro confronto do Estádio Chuteira de Ouro 14 no dia 11 seria fundamental, até porque, o adversário da soberanada é o vice-campeão da primeira edição, o Ras Time. A turma de Macaulin está na zona destinada às férias antecipadas, mas um triunfo sobre a falange de Gatti, Digão, Justen etc. – que enxerga o momento como primordial às pretensões soberanísticas, o título e mais nada, óbvio – seria a pedra filosofal para a autorreabilitação da alma do RT.
Na partida de fundo opondo Se7e de Perdizes e All Games, não há possibilidade de algum disparar na tabela. Ainda assim, aqui, o vencedor teria um prêmio além dos três pontos: talvez a recuperação da autoconfiança individual e coletiva. Quem discordar quanto à qualificação dos elencos, é sugerido procurar atendimento psicológico, pois de uma lado existem Rubão, Gio, Nei, Gallego, entre outros bons se7istas, e do outro, nomes como Haianon, Pipo, Paulinho Japonês, Valdeco etc. A questão para 7 e AG está justamente na sugestão acima dada: se cuidarem das próprias mentes, entenderem alguns limites e capacidades, colocarem tesão nas apresentações, e apostarem na concentração total para determinada rodada, poderão brigar pela taça.
São duas equipes instáveis há boas temporadas. O AG chegou a ser apontado como páreo a Divino, campeão, e Arouca, vice-campeão, até a metade da temporada passada. Na primeira edição de Chuteira Classic, foi tão candidato ao troféu quanto os arouquistas, os detentores da glória. Depois de três apresentações, com uma vitória e duas derrotas (destas, a mais preocupante, a goleada para o Real Paulista), a 4ª rodada servirá de medidor para o que a turma de Matraca poderá aprontar ainda neste ano.
Enquanto isso, o 7 tenta provar que pode ser apontado como candidato consistente. Tem um triunfo, uma igualdade e um revés. O problema ficou escancarado justamente na derrota, ao Sagrado, quando se aguardava a equipe de Pereira alcançando o topo: os velhos problemas de cozinhar demais o ritmo do jogo e do adversário, não marcar tentos, ser surpreendido, e depois ter de correr atrás para descontar o prejuízo, mantiveram-se. A equipe vive muitas vezes de Gallego, quando há muita qualidade envolvida individualmente entre os jogadores de linha. A sugestão é que o coletivo monitore a própria TDHA durante os cinquenta minutos.
Ao mesmo tempo, na Arena Chuteira de Ouro 9, mais quatro equipes vão movimentar o tabuleiro comercial do Jogo da Vida do Classic 3. O nome Arouca precede a própria reputação, mas é cristalina a maior dificuldade da turma de Markinho nesta temporada. Com pouca movimentação no mercado de contratações, ainda padece da ausência de sua referência no ataque, sem ter encontrado ainda alguém que desempenhe as mesmas funções de Murilo de prender o melão na frente e ser o finalizador principal. A aroucada ficou previsível, porém, permanece forte, e aqui problemas psicológicos quanto a fechar uma partida passam longe. Reencontram um time a cada jogo mais aplicado: o JP.
Giorgio, Galhardi, Tieppo, Ramalho e cia. vêm ganhando terreno desde o Classic 2, quando alcançaram as quartas de final. De ‘terreno’, entende-se entrosamento e firmeza. Talvez enfrentar os arouquistas justamente vindo de uma derrota dolorida, de virada, ao Soberanos, não seja a melhor opção. Mesmo assim, é de conhecimento que se trata de um elenco comprometido a se superar e ser melhor a cada disputa. Se quem quer ser campeão não pode escolher adversário, logo, essa seria a oportunidade ideal de os jpzenses saírem de perto da areia movediça.
Algo que o Real Paulista se atentou ao superar com goleada o freguês All Games. Paira até um sentimento de inconveniência repetir que o problema do RP é o próprio RPC, acostumado a se desinteressar pela primeira fase. Dá-se ao luxo pelos jogadores acima da média, e, principalmente, por essas feras jogarem de maneira entrosada, na maioria das vezes, sob a orquestração de Levy. Enfrentar Papai do Axé, Joãozinho, Dutra, e demais realzenses paulistanistas, tem de estar preparado: para ser amassado, ou contemplado.
Terá como desafio o lanterna La Coruja. Doze pessoas apostadoras no ChuteiraBet para cada dez não vão colocar fé no excelente sistema defensivo da corujada, capitaneada pelo suspenso Gira e com a segurança de Valtinho na meta. Quase a metade do elenco tem características de marcação, o que explica muitos placares apertados para quem supera a corujada. Ante o Interativo na rodada passada, fez o forte ataque rival sofrer, mostrando que, inclusive, o LC poderá deixar o Chuteira Classic 3 apertadinho. Como ficarão as pessoas enamoradas no dia 12...
OS ELEITOS PELA REDAÇÃO NA 3ª RODADA:
O MELHOR E O PIOR DA 3ª RODADA DO CLASSIC 3:
- o melhor “Real Madruga, Soberanos e Real Paulista Classic tiveram triunfos significativos, apresentando consistência técnica, tática e psicológica. Só que o resultado obtido, junto à exibição diante do forte Se7e de Perdizes, fez do Sagrado o principal destaque. Outra vez apostando no sistema defensivo, com Beça o delegando para que jogadores como Filé pudessem surpreender nos contra-ataques, os sagradistas conquistaram sua primeira vitória na história do Chuteira Classic com mérito, mesmo com (enganadora) diferença mínima no placar” (Dodô)
- o pior “A notícia sobre o Arouca sofrer goleada é rara como a passagem do cometa Haley na Terra, mas com João Gualtieri ajudando a deixar o placar elástico ao Real Madruga com suas defesas, igualou-se à relevância do decepcionante futebol apresentado no resultado sem gols entre Cachorro Velho e Ras Time, numa disputa de injetar sono. Porém, nenhuma dessas equipes fez performance tão abaixo da média e crítica quanto o All Games. Diante do carrasco Real Paulista Classic, o time de Índio lembrou um sorvete: até começou firme, mas foi derretendo diante do ótimo ataque do RPC até levar seu sexto revés em seis disputas na história da LCOF7 contra o time de Sujinho” (Dodô)
PARA AGITAR (COMO SE PRECISASSE) A 4ª RODADA DO CLASSIC 3:
(3º) Real Madruga x Interativo (9º) – 10\JUN\25 – Arena Chuteira de Ouro 10
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