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HidroNG não aparece e Roleta Russa, que não tem nada a ver com isso, faz a festa

O HidroNG não veio pro jogo. De novo. Até entrou em quadra — com apenas quatro na linha (e assim permaneceu até quase o fim do primeiro tempo) — mas não viu a cor da bola. Mesmo com o reforço dos atrasados, continuou sem ver, para a alegria dos jogadores do Roleta, que curtiram o horário do almoço com muitos gols como entrada, prato principal e sobremesa.
 
O time de Luisinho Fernando já saiu atrás antes do apito inicial. Dois jogadores a menos na linha. Isso que o jogo atrasou mais de meia hora e que Panela foi escalado, e se trocou, pra quebrar um galho, às pressas. Somado a tudo isso, o Hidro não contou com a habilidade de seu camiseta 10, Léo Rinaldi, um dos principais jogadores da equipe e um dos ausentes de corpo.
 
Não deu outra. Primeiro lance, primeiro gol do Roletão. Aos 10 segundos no relógio do cronista, 15 segundos na súmula… a verdade é que quase nem deu tempo de apertar o botão pra disparar o cronômetro. Alemão deu a bola em Cenoura, que deu no gol. 1 x 0!
 
A torcida feminina que acompanhava o Roleta já ficou animada com a possibilidade dos namorados se alegrarem um pouco (vinham de três derrotas em três jogos), mas ao mesmo tempo ficaram também empáticas aos adversários. “Se eu fosse do time me recusava a jogar”; “não tá nem chovendo...”.
 
O Roleta Russa praticamente jogou outro esporte, de tão estranho que ficou o desenho tático do jogo com tamanha vantagem. Ora parecia handebol, com dois armadores e dois pontas — e todos os jogadores cercando a linha defensiva do adversário. Ora parecia squash; um paredão entregue às vontades e arremates do time — ou melhor, tiro esportivo, com alvo igualmente sem resistência, como a parede do outro esporte, e que casa melhor com o nome do time. Era isso, essa comparação está ótima. Era um time com armas de fogo, de grosso calibre, e outro com… quatro arminhas d’água.
 
E não se economizou bala, principalmente no primeiro tempo. O Roleta girou a bola de um lado pro outro até Alemão arriscar, à esquerda do gol. Era só o segundo lance do jogo. Aos 2 minutos, chegou um atrasado, mas era mais um jogador pro time do RR, que já contava com um suplente, aliás.
 
Aos 4 minutos, Alemão recebeu de novo, depois de ficar mais de meia hora desmarcado esperando a bola chegar na ala direita. Ele até pareceu cogitar a possibilidade de tocar pra alguém, mas como a marcação nunca chegava, arriscou. A bola triscou na trave direita e foi pra fora.
 
No lance seguinte, não teve marcação de novo, e pra ter certeza que faria o gol dessa vez Alemão ficou literalmente parado ao lado da trave. Denis tocou pra ele, e Alemão teve só o trabalho de empurrar a bola pro gol aberto. 2 x 0!
 
Depois, o Roletão deu uma revezada, pra todo mundo poder fazer o seu. Japa fez igual Alemão e tentou duas vezes seguidas. A primeira Baki defendeu. Na segunda Japa fez o favor de mandar direto pra fora. Pediu desculpa pra geral, mas perdeu a vez no brinquedo.
 
Então, foi a vez de Bahia. Ele igualmente ignorou as opções de passe, mas combinou antes com o goleiro pra não ter erro. Chutou e a bola passou por baixo de Baki, que facilitou a comemoração. Goleiro não precisa ser vilão. Viva o gol, viva o futebol! 3 x 0! Por outro lado, o gol se tornou tão banal, que logo ficou chato pra todo mundo. Aos 7, Cenoura recebeu de frente pra meta e bateu rasteiro. 4 x 0!
 
A torcida feminina dizia que o goleiro do Roleta podia ter um banquinho pra descansar lá na outra área e decretou “Hoje, todo mundo faz gol!” Todo mundo menos o Thiago. Que vergonha, senhor Thiago....
 
A discussão em torno da mesa da súmula era se teria sido menos vergonhoso um w.o.. Alguém pediu tempo técnico na quadra, que serviu apenas como pausa comercial praquele filme trash, meio terror meio comédia e diversão, além de dar descanso de 1 minuto pra Baki, claro. Na volta, pra não dizerem que não falamos de Hidro, tentativa tímida do time azul e branco no ataque. Fabinho brigou e a bola sobrou pra Bruninho, que chutou por cima do gol.
 
Aos 11, mais um atrasado, mas de novo pro Roleta. Nada de chegar alguém pro Hidro. A torcida feminina, sempre com espírito esportivo melhor que dos homens, sugeriu que os juízes expulsassem dois jogadores do Roleta pra equilibrar as ações.
 
Enquanto isso, os roletenses em quadra não queriam saber de perdoar, precisavam era tirar a barriga da miséria e o saldo de gol negativo das últimas partidas. Alemão recebeu de novo na posição de ponteiro de handebol, no pé da trave, e dessa vez tocou pro meio. Denis fez. Tudo era tão fácil que parecia realmente que estavam jogando com as mãos. 5 x 0!
 
Aos 13, o Hidro bateu uma falta na trave, com Fabinho. Na sequência, Bruninho mandou pra fora. Rafão nem pulou na bola, pra não sujar o belo par de meias amarelo-fluorescente. O pessoal da súmula agora se inconformava com a habilidade do Roleta em conseguir fazer, além de gols, muitas faltas. Metade do primeiro tempo e já eram 4 infrações assinaladas e anotadas, jogando, lembrando, com dois a mais.
 
Quase 14, Japa recebeu na direita e, sem goleiro, perdeu o gol. Baki se recuperou no lance. Na sequência, os árbitros viram uma oportunidade de participar também do massacre e inventaram um recuo de bola do Hidro. Felizmente, Murilinho foi solícito e ajudou a defesa adversária a afastar o perigo.
 
Aos 17, não teve jeito. Cenoura recebeu na esquerda e cruzou pro meio da área. Japa dessa vez não perdeu. 6 x 0! O pessoal da súmula começou a ficar preocupado se o papel ia dar.
 
Luisinho tentou uma pro Hidro. Chutou antes do meio da quadra. Bola fácil pro goleiro, com absolutamente ninguém do Hidro no rebote, mas por algum motivo ele caiu estranho e mandou pra lateral.
 
No lance seguinte, Luisinho perdeu a bola no meio da quadra pra Juninho, que carregou ela, driblou o goleiro e chutou pro gol vazio. Luisinho voltava da corrida e descontou a raiva ali mesmo, contra a rede. Do outro lado, só felicidade. 7 x 0! Aos 24, enfim chegou um reforço pro Hidro, Vini Costa. Aos 25, ele entrou em quadra e até tentou um chute, fraco, fácil pro goleiro Rafão. Fim da primeira parte.
 
O primeiro lance bom do segundo tempo foi a chegada de mais dois jogadores pro Hidro, coisa que não ia mudar muito o panorama do jogo, mas que ao menos deu uma esperança pro torcedor mais otimista do bom futebol. Na quadra, lance perigoso que quase tirou um de cada lado: cabeça com cabeça, Vini Costa e Thiago ficaram no chão, mas felizmente logo se recuperaram e continuaram na partida.
 
O jogo continuou ruim, na verdade pior. Sem grandes emoções. A melhor chance do Hidro veio de jogada tramada aos 5 minutos. Bruninho tocou pro meio e Fabinho furou deixando a bola pra batida de Vini Costa, que mandou forte mas sem direção. No minuto seguinte, mais um gol do Roleta, pra não perder o costume. Mesma facilidade do primeiro tempo. De novidade, só o autor do gol, Volt. Ele recebeu no meio e fuzilou. 8 x 0!
 
Tempo e enfim o Hidro voltou com seis na linha, mas era como se não tivesse a formação completa. O time pouco criou até o final do jogo. A organização já estava considerando criar um grupo de WhatsApp para anotar por lá os possíveis gols excedentes. Afinal, só cabem 17 na súmula. Foram muito otimistas eles.
 
Alemão, aos 12, lançou Bahia, que só desviou na saída de Baki. 9 x 0! A torcida já queria ir pra casa almoçar. Aos 14, Cenoura recebeu na intermediária e chutou no alto, colocado. 10 x 0!
 
Bahia fez um corte pra zaga adversária aos 16, evitando mais um. E o 11º tento só veio aos 18. Antes, Vini Costa tentou pelo Hidro e Rafão fez uma defesa com uma mão só, mandando pra linha de fundo e finalmente caiu uma gota de suor de seu rosto. Aí veio tabela entre Murilinho e Cenoura e Murilinho fez o dele. 11 x 0!
 
Thiago reclamava com a zaga, pra não perder a pegada. “Vai ficar olhando até que horas?”. Antes que alguém entendesse do que ele tava falando, Alemão foi lá e fechou a conta, tocando na saída do goleiro, após tabelar com Juninho. 12 x 0!
 
Deu tempo ainda de Rafão fazer boa defesa em cobrança de falta de Fabinho, e de Cenoura ajudar a zaga e vibrar, arrancando admiração da mesa. “12 x 0 e ele tá jogando como se estivesse 0 x 0…”
 
Os árbitros terminaram o jogo com 25 minutos mesmo, apesar das paradas, encerrando o show de horrores para o bem da nação chuteirense. O Roleta é agora o 5º colocado do Grupo A e volta à quadra na rodada 5, colocando-se à prova contra o Invictus. E o Hidro depois dessa sacolada vai até descansar, pra pensar no futuro na liga, se é que haverá futuro.

Ficha técnica
 
HidroNG 0 x 12 Roleta Russa – 4ª rodada do XVII Chuteira de Bronze
 
Gols: Cenoura (3), Alemão (2), Bahia (2), Denis, Japa, Juninho, Volt e Murilinho (RR)
 
Cartões amarelos: Juninho e Thiago (RR)
 
MVPs: 1 - Cenoura (Roleta Russa); 2 - Alemão (Roleta Russa); 3 - Bahia (Roleta Russa)
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