Seu novo uniforme é de PR1MA! Facilitamos a sua vida!

    Agilidade e comodidade para você focar apenas no que importa... o seu time! @pr1masports e (11) 99210-4656

    Veja mais

MachuPichu e Real Madruga fazem partida equilibrada e emocionante, com um 3 x 3 definido nos acréscimos

MachuPichu e Real Madruga abriram a primeira rodada do XXXI Chuteira de Ouro em um confronto com simbolismo interessante: era o encontro do vice da Ouro com o vice da Prata. Na expectativa para descobrir o quão distantes as duas equipes estariam em níveis competitivos, ficamos na igualdade.
 
E aqui não dá para entrar no mérito de dominância da partida. Os peruanos tiveram mesmo mais volume e posse de bola, mas os madruguenses gostam de jogar sem a redonda. Vilhena, Carioca e Ninja foram grandes destaques do RM, que sempre aposta no seu esforço defensivo e nas chegadas de Cainho, Flavinho, Ornelas e Jailson. Sem Thiago Lucas e Alemão, Lucaneta e Vinizera assumiram o protagonismo, com Henry sendo decisivo e Barreto sempre seguro.
 
Tudo só foi mesmo decidido no detalhe. Uma virada para cada lado, acréscimos dramáticos, confiança para o restante da temporada e, acima de tudo, a consciência de que as duas equipes podem e precisam fazer mais, pelo menos para se manter na briga pelas vagas ao mata-mata.
 
Sem fugir da sua identidade, o Madruga já começou a partida atrás da linha da bola. Não tava fácil vencer a defensiva madruguense, apesar de o MachuPichu conseguir uma infiltração pela esquerda, já no primeiro minuto, depois da tabela de Dan com Henry. Mas Carioca saiu do gol para encerrar a conversa por ali.
 
Segurando a posse de bola e, como era de se esperar, sem sofrerem grandes pressões em seu campo defensivo, os peruanos foram experimentando, assumindo o risco de tornar a coisa bem feia. Como no chute de Digo, que passou perto de ser noticiado como um OVNI pelos órgãos de ufologia.
 
Restava aos senhores do Madruga nos salvar desses primeiros minutos esquisitos. Flavinho foi ligeiro para desarmar Caique aos 3. Ornelas soltou a bola na esquerda para Cainho disparar em contra-ataque, mas o RM 13 errou a pontaria por alguns quilômetros.
 
Saindo do campo do “nem perto” para o do “quase”, os times foram se calibrando. Tedas cobrou curto o escanteio da direita. Lucaneta bateu cruzado e Dan quase conseguiu completar! A bola ainda passou perto da trave direita antes de ir para fora. No lance seguinte, Vilhena fez uma boa jogada pela direita, tabelando com Ornelas para chegar à ponta. Cainho não alcançou o cruzamento do RM 3 e também viu a bola sair dos limites das quatro linhas.
 
Mas a aproximação foi curta e rápida. O jogo mudou de cara quando o Madruga buscou equilibrar sua posse de bola e diminuir a intensidade com a qual buscava atacar, ao passo em que o MachuPichu se mostrou preocupado e recuado. As reclamações de Ornelas foram assumindo o sentido contrário, em termos de intensidade, já arrumando bronca com a arbitragem. Aos 8, Barreto chegou duro na disputa e desarmou o RM 9, que explodiu em reclamações logo depois de cometer falta em cima de Digo, no seguimento da jogada. É o famoso “pra nós você não marca”. Tanta discussão fez a defesa se desconcentrar. Digo botou a bola no chão e cobrou a falta tocando para Barreto na direita. O MachuPichu 66 tabelou com Henry e encheu o pé mas Carioca espalmou! O rebote ainda se ofereceu para o defensor peruano, que bateu a bola na rede pelo lado de fora!
 
A energia do jogo capotou e, o que antes era um jogo bem calmo, parecia ter virado um clássico Gre-Nal em final de Campeonato Gaúcho. Mas o Madruga seguiu mais focado na confusão do que em jogar. Aos 11, logo depois de Flavinho trocar palavras carinhosas com Barreto, o MachuPichu organizou o pagode para responder na bola. Foi o próprio MachuPichu 66 quem tabelou com Dan, que participou muito bem fazendo o pivô para um chutaço no travessão!!! Entraria no ângulo!!! No lance seguinte, Dan recebeu de Biano no meio e abriu o jogo na direita. Barreto fez a conexão com Lucaneta, que cruzou da ponta para dentro da área. Quem apareceu no segundo pau foi o MachuPichu 2, que só não empurrou para dentro das redes por causa da intervenção salvadora de Barriga!
 
O ajuste que o Madruga precisava era psicológico. O pedido de tempo veio antes da cobrança de escanteio, ainda aos 11, e ajudou a apagar com um tsunami o que parecia ser a faísca de um potencial que a partida tinha de se tornar um incêndio. O chute de Henry, que saiu da esquerda para o meio depois de receber passe de Caique, anunciou algo parecido como um deja vu quando a bola voltou a rolar. Tenebrosamente para fora! O RM deu uma melhorada e pintou no ataque. Vilhena tabelou com Flavinho e mandou a bola para área. Se foi um chute ou um cruzamento, nunca saberemos. Fato é que Ornelas, que pintava por ali, não conseguiu desviar e a bola foi direto para fora!
 
No fim das contas, mesmo sem tocar fogo no jogo, o MachuPichu conseguiu surpreender o Madruga para abrir o placar. Aos 17, depois de começar a jogada trocando passes na defesa, Lucaneta infiltrou na área adversária, pela direita, para receber o lançamento de Barreto e, de costas para o gol, completar de letra, de primeira! QUE PINTURA! Golaço peruano! 1 x 0!
 
O segundo quase veio na sequência, mas a jogada individual de Vinizera parou em Carioca! O arqueiro madruguense defendeu o chute! A resposta do RM veio na roubada de bola de Flavinho. Ele foi esperto para interceptar o passe que saiu de Henry, desceu pela direita e encheu a canhota. UUUHH!! Passou pertinho da trave esquerda!
 
O placar animou o jogo. Querendo o empate, o Madruga foi para cima, mas os sucessivos erros de passe verticais fizeram o time passar ainda mais sufoco. O MachuPichu começou um verdadeiro bombardeio. Aos 20, Barreto tocou para o Biano dar um belíssimo passe de letra para Caxi ficar cara a cara com Carioca. O MachuPichu 22 até driblou o goleiro, mas acabou saindo com bola e tudo! Logo depois, Biano tentou duas vezes em sequência. Primeiro, recebendo cobrança de lateral de Barreto. Na segunda, depois da roubada de bola de Vinizera, recebeu de Caxi. Nas duas faltou pontaria e a bola passou por cima do gol!
 
Na reta final, a chance peruana veio em cobrança de falta. Barreto encheu o pé, buscando o cantinho esquerdo e Carioca foi gigante para fazer a defesa! No minuto seguinte, Caxi recebeu de Silvano e inverteu da direita para a ponta esquerda. Vinizera passou por Cesão e fez o cruzamento. A bola ficou viva dentro da área e Biano tocou para Marrom, que puxou para a direita, encheu o pé e mandou na rede pelo lado de fora!
 
Apesar de mais perto de ampliar, o MachuPichu quase tomou o empate ainda nos acréscimos. Carioca lançou direto para o ataque e conseguiu encontrar Jailson. Ele girou para cima da marcação e, cara a cara com Branco, perdeu!!! Grande defesa do arqueiro peruano!
 
O começo do segundo tempo sinalizava um jogo parecido com a reta final do segundo. O MachuPichu não fez muita cerimônia para pressionar a defesa do Real Madruga. Vilhena e Cainho apareceram no setor, desarmando jogadas e travando os chutes peruanos. A preocupação sobre o placar demorou pouco. Ninja tocou na direita para Cainho, que entregou a bola para Rafael. Ele mandou no meio do ataque para Jailson, que acabou travado por Barreto. A bola sobrou na direita para Vilhena, que conseguiu fazer o cruzamento para dentro da área. A defensiva peruana levou a melhor outra vez, com Caxi travando o chute de Rafael. O problema é que a sobra se ofereceu para Jailson, que guardou a pelota no canto esquerdo e saiu comemorando! Tudo igual! 1 x 1!
 
Deu para ver que o clima do Madruga mudou e os jogadores passaram a exalar confiança. O bom match de Rafael e Jailson no ataque continuou promissor aos 4. O próprio RM 20 desarmou Caxi, se projetou no ataque pela direita e esperou o passe do centroavante madruguense para bater cruzado para fora!
 
O MachuPichu não ficou paralisado, esperando seu próximo gol cair do céu. Como de praxe, Barreto começou a jogada, que passou pelos pés de Vinizera, Marrom e Silvano, até chegar aos pés de Biano. O MachuPichu 99 mandou a bola para dentro da área para encontrar Marrom outra vez. O peruano 9 tocou para trás e Caxi chegou fuzilando a meta. Carioca com a pontinha dos dedos! O goleiro madruguense desviou para fora!
 
Aos 6, Cainho fez falta em Caxi na faixa central de ataque peruana. Barreto bateu procurando a trave direita para fazer a jogada ensaiada. Vinizera estava no setor e desviou para o gol, mas Ninja foi um verdadeiro NINJA para tirar a bola em cima da linha! QUAAAASE!!!!
 
A partir daí, as faltas foram ficando mais frequentes e acabaram atrapalhando o ritmo do jogo. E para piorar, nenhum dos times conseguiu aproveitar para levar mais perigo na bola parada. O MachuPichu foi chegando aos 10. Biano tocou para Henry repetir a dose e mandar mais uma para o espaço. Na jogada seguinte, depois de receber de Caxi, o MachuPichu 33 serviu o 99, que acabou travado pela defensiva madruguense. A bola espirrou e sobrou na área para Caique, que não conseguiu direcionar a sobra e mandou para fora!
 
Ai ai ai ai ai ai ai ai ai ai ai ai ai. Tomar um banho de chuva? Não era Vanessa da Mata quem estava na G-14, mas o grito de Rafael, depois de sofrer falta de Caxi, na ponta direita, parecia o de alguém cantando esse clássico da MPB a plenos pulmões. Passado o momento musical, Lucas assumiu a cobrança da falta e fez Branco trabalhar para espalmar!
 
A defesa do Madruga, com Ninja, Vilhena e Barriga, foi importante para a manutenção do empate até a metade da etapa final, mas também foi fundamental no ataque, para mudar o rumo do jogo. Aos 17, Ninja entregou a bola para Vilhena, que resolveu se aventurar carregando a bola para o ataque. Ele tabelou com Jailson, que fez o pivô e ofereceu uma bola redondíssima para o RM 3 meter um balaço no ângulo direito e virar o placar! 2 x 1!
 
Com um pouco mais de calma, fôlego e sorte, o Madruga poderia ter ampliado a conta nos minutos seguintes, mas as jogadas com Jailson, melhor do jogo até então, não trouxeram os resultados necessários. Também faltou caprichu ao MachuPichu. As oportunidades se tornaram escassas e, quando Lucaneta encontrou Dan na esquerda, o peruano camisa 2, mandou por cima do gol, sem perigo.
 
Para somar na dificuldade de buscar o empate, Vilhena ainda operou um milagre. Aos 20, Lucaneta deu um bom passe para Vinizera invadir a área, cara a cara com Carioca, e bater entre as pernas do goleiro. O RM 3 apareceu em cima da linha para impedir a rede de balançar!! Inacreditável!
 
A reta final foi se complicando para o Madruga. Além do cansaço, o time precisou se preocupar com um possível shootout depois que a bola bateu na mão de Barriga. Não deu para segurar! Já aos 25, Lucaneta tocou no meio para Caique, que estava completamente livre. Ele tocou na esquerda para Vinizera, que bateu cruzado. Henry apareceu na pequena área e teve que chutar duas vezes para escapar de Lucas e estufar as redes! Tudo igual! 2 x 2!
 
O empate não era necessariamente ruim, mas o Madruga não desanimou e quase se recolocou à frente no placar. Jogada bem entrosada de Flavinho com Ornelas para o RM 9 receber no meio e soltar um canhão. O desvio de Caique foi o suficiente para evitar que Branco trabalhasse. A bola bateu na trave!!!
 
Já no lance seguinte, o MachuPichu foi trocando passes para abrir espaços até a bola voltar no meio de campo para Caique. Ele tocou no meio para Henry, que mandou a bola para o meio da área. Vinizera apareceu para bater no cantinho direito e desvirar o placar! Que final maluco! 3 x 2!
 
E ainda tinha mais por vir! Mal deu tempo de comemorar toda a história de superação e raça do MachuPichu. O Madruga conseguiu arranjar um lateral na direita. Vilhena mandou para dentro da área e Ornelas apareceu no segundo pau para cabecear e deixar tudo igual outra vez! Que jogo, amigos! 3 x 3!
 
O gol de empate de Ornelas foi praticamente o último suspiro da partida, para a tristeza dos espectadores, que certamente queriam assistir só mais 5 minutinhos para ver no que ia dar. O empate deixa a situação dos dois times bem igual. Ambos na meiuca da tabela com um ponto, sonhando em alcançar Loloverpool, Vendetta e Parceradas, mas preocupados com a disputa com Juvena, Interativo e Olimpo.
 
Ficha técnica
 
MachuPichu 3 x 3 Real Madruga – 1ª rodada do Grupo B do XXXI Chuteira de Ouro
 
Gols: Lucaneta, Henry e Vinizera(MP); Jailson, Vilhena e Ornelas(RM)
 
Cartões amarelos: Tedas e Caxi (MP); Ornelas e Rafael (RM)
 
MVPs: 1 – Vilhena (Real Madruga); 2 – Lucaneta (MachuPichu); 3 – Jailson (Real Madruga)

Comentários (0)