Os desavisados de plantão tomaram um susto quando Fê Rampazo apareceu na quadra 5 com a camisa 16 tricolor do Arouca, ao invés do habitual azul bebê do Zenite: quis o destino que o primeiro jogo do rapaz no novo clube fosse justamente contra o ex-time.
O ex-craque zica bem que deixou o seu, mas quem roubou a cena na rodada de estreia foi Rapha Hulk, que fez três ainda no primeiro tempo, garantindo uma bela vitória por 6x2 e jogando o Zenight para a liderança do grupo B. Um bom começo de fase para quem quer um 2018 diferente.
Vale observar que a vitória não veio de forma fácil, apesar da atuação esmagadora no primeiro tempo. Cesinha e o goleiro-líbero Leo Ballestero também foram fundamentais para os três pontos, além de Hulk. Expulso no fim da partida, o camisa 32 começou o primeiro tempo com a bola toda.
O primeiro dele veio aos seis, depois de duas tentativas já perigosas. Hulk recebeu de costas, protegeu de dois defensores e fez bom giro, batendo firme para marcar o primeiro do Zenite no torneio: 1x0. Para evitar o segundo do homem, Maurício teve que sair da área (em lance onde Hulk vinha livre, leve e solto), usando a mão para desviar a bola mesmo que em região proibida. O juiz foi parceiro e não deu amarelo para o veterano arqueiro.
A cobrança (cavadinha) de Dutra foi no travessão, mas aos 10 Hulk chamou a responsa mais uma vez. Dessa vez a zaga arouquense ajudou, errando saída de bola e deixando nos pés do camisa 32, que, claro, não perdoou: 2x0. Um minuto depois viria o terceiro.
Desta vez a bola para o atacante foi alçada lá do campo de defesa. Dih bem que tentou brigar no alto, mas o Harry Kane negro subiu mais e escorou para a rede: terceiro do Zenite, três vezes com Hulk. Atordoado, o Arouca pediu tempo.
Fora do banco, Netto chamou o time para conversar e promoveu mudanças. Vieram o tal do Rampazo, Vitinho, Carioca e Juliano, que chegou arrepiando os adversários tanto quanto o rival Michel fazia pelo lado do Zenite. O Arouca melhorou, mas Hulk seguiu levando perigo quando recebia a pelota.
Aos poucos o domínio deixou de ser azul. Ballestero teve que fazer grande defesa em finalização de Vitinho com participação de Juliano e Rampazo. Já na primeira finalização de Rampazo, o gol veio: ele recebeu de Guilherme, conseguiu o giro mesmo com a área cheia e bateu no meio. Ballestero caiu no canto. “Não acredito que tomei gol dele”, brincou o goleiro, durante o intervalo.
Os zicas acabaram o primeiro tempo com cinco faltas e com Ballestero tendo que fazer boa defesa em cobrança de falta do criativo Matheus. Mauricio também trabalhou, evitando que Hulk deixasse o quarto dele após drible desconcertante em Mota.
Com a mudança de tempo mudou também a história do jogo: era hora do Arouca dar um sufoco no rival. O tricolor voltou com a formação “titular”, incluindo jogadores como Fon e Paraguay. Em novo chute de Matheus, Ballestero quase deixou escapar. Depois foi a vez de Fon tentar fila, mas parar na zaga. A pressão foi aumentando no decorrer da segunda etapa.
Após se estranhar com França, Rapha Hulk passou dois minutos fora, assim como o rival. Nesse meio tempo, Matheus surgiu de novo e fez mais um, para botar fogo no jogo: o camisa 6 recebeu na direita, fugiu de falta do marcador e deu belo tapa, tirando de Ballestero e deixando a vantagem do Zenite em um gol.
Quando Guilherme fez pivô para Juliano bater, exigindo defesa difícil de Ballestero, o xerife Michel ficou brabo e cobrou atenção de geral. As coisas ficaram ainda mais preocupantes após Hulk tomar vermelho direto após chegada em Rampazo (o juiz alegou uso do braço).
Para sorte do Zenite, a estrela de Cesinha brilhou na hora certa. Ballestero realizou mais uma reposição de bola cirúrgica e achou o camisa 33 no lado direito do campo de ataque. O chute de Cesinha não saiu perfeito, mas foi bom o suficiente para matar Maurício, ampliando a vantagem para 4x2.
Estava morta a reação do Arouca. Não demorou muito até que Cesinha fizesse o quinto - mais de longe desta vez, e com um chute no ângulo dez vezes mais bonito que o primeiro. 5x2 para o Zenite. Matheus ainda insistiu, assim como Guilherme, mas Ballestero se segurou.
Coube a P.O fechar a conta, em lance inusitado: o camisa 77 “roubou” na cara dura o gol de Fábio Henrique (o maestro zica entrou no decorrer do jogo), após este receber livre pela esquerda e tirar de Mauricio. A bola já estava entrando quando o oportunista empurrou para dentro. Só rolou perdão porque sábado foi aniversário de P.O.
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