Os russos chegaram muito interessados no jogo do Vingadores, que empatara na prévia, abrindo caminho para o G-6. E assim foi – o Roleta bateu o SPQSF após 4 derrotas seguidas, complicou mais a vida do rival e permanece no G-6, deixando o suspense para a rodada final, quando parece decidir com o SNG quem vai ao mata-mata. Para tanto, pode ter uma ajuda do próprio SPQSF, que precisa vencer de qualquer maneira o Vingadores (e ainda torcer contra o Med) para não cair. E se isso acontecer o Roleta já comemora sem jogar.
 
 Com a bola rolando, as primeiras chances russas vieram de Felipe, ora desviando cobrança de falta ora buscando o ângulo. Nessa altura já se percebia algo importante para o jogo: o SPQSF tinha muita dificuldade para sair jogando. O Roleta, por sua vez, tinha Cunha como motor dos (contra)golpes. O Que Se Foda respondia normalmente através de Di Dicredo, primeiro completando jogada de Rica e em seguida tentando de biquinho. De fora, Marinho também teve sua chance. No mais, o Roleta era um pouco mais perigoso, passando muito perto em cabeçada de Cunha e depois com chutes de Thozinho e Douglão. Quando Cunha arranjou grande passe para Douglão abrir o marcador, Gama realizou belo desarme.
 
Mas a chance mais clara dos roleteiros no primeiro tempo foi perdida por Thozinho: o camisa 8 recebeu bola alçada da defesa e avançou livre rumo ao gol de Vini, que saiu, cresceu e fez o atacante rival bicar para fora. Depois Vini defenderia cabeçada de Cunha, desta vez completando cruzamento de Francisco.
 
Apesar do domínio rubro-negro, o SPQSF teve duas situações claras de gol no minuto 25: primeiro com Rubão, que isolou bola redonda na cara do gol após escanteio; depois com Dicredo, que quase marcou um golaço após chapéu no goleiro. A definição não veio com tanta força.
 
A etapa virou e, na volta, o SPQSF começou a se desesperar – Gui Novaes, inclusive, quase foi expulso após chegada mais forte em Richard. Melhor para o Roleta, que finalmente abriu o marcador aos 5, com Affelay: ele recebeu da ponta direita e bateu rasteiro, no cantinho de Vini. 1 x 0! Di Dicredo tentou reação automática, mas Edu defendeu de manchete. Para dar uma quebrada de ritmo, o Roleta pediu tempo. Na volta, o Que Se Foda gastou a última falta que poderia fazer.
 
Quem se destacava pelo lado alviverde era Vini, que garantiu a igualdade momentânea após tentativa perigosa de Cunha e, logo em seguida, rebote de Brian. No ataque, Gui Novaes teve a oportunidade de empatar e de repente incendiar a partida, mas acabou batendo em cima de Edu. Di Dicredo era outro que seguia tentando, sem muita sorte.
 
No lado russo, a mensagem era clara: era preciso matar a partida. Brian tentou mandando uma cobertura, mas Vini impediu. O goleirão só não contava com o faro de gol da lenda Catatau (que inclusive foi muito lembrado durante o jogo do TáLigado mais cedo): o camisa 7 completou chute de Francisco que talvez até entrasse por si só e depois correu para o abraço. Era o segundo! No lance seguinte, Thozinho serviu Francisco para que este fizesse o seu, mas Vini defendeu bonito.
 
Precisou que Catatau surgisse mais uma vez para sacramentar o resultado: seu chute, ironicamente, passou por entre os braços de Vini, que, mesmo assim, tivera grande atuação. Com três gols de desvantagem, o SPQSF parou de vez, facilitando bastante a vida dos rivais. Cunha só não fez o quarto em shoot out porque Vini estava lá.
 
Na rodada final, o SPQSF precisa bater o Vingadores, que luta pelas duas últimas vagas contra Roleta e SNG, que se enfrentam, e torcer pro Med perder do Nois Que Soma. Os russos podem se classificar até com um tropeço, desde que o SPQSF faça sua parte.
 
Ficha Técnica
 
Roleta Russa Olímpico 3 x 0 SPQSF – 8ª rodada do XXI Chuteira de Ouro
 
Gols: Catatau (2) e Affelay (RRO)
 
Cartões amarelo: Affelay (RRO); Gui Novaes e Rodi (S)
 
MVPs: 1 - Cunha (RR Olímpico); 2 - Di Dicredo (SPQSF); 3 - Felipe (RR Olímpico)