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Abrindo a temporada 2023 da coluna, Douglas Almasi foge dos rótulos magnânimos vazios e busca capturar a essência do que o Chuteira busca desde 2006, quando foi criado – e é aí que você pode se aproximar e se diferenciar

Sábado começa o mais diferente campeonato amador de futebol society das Américas. Porque ostentar um slogan do passado – "o maior" – caiu em desuso diante ao crescimento orgânico de concorrentes na parte organizacional de outros torneios. A mudança para "diferente" dialoga mais com a realidade da Liga Chuteira de Ouro F7, de volta com o mesmo esquema: bom futebol e bola na rede acima de todos, diversão acima de tudo. O jogador que for "diferente" em 2023 fará o diferencial à sua equipe.
 
O mundo clama por algo notável em seus discursos cruzados pela globalização internética. "Seja diferente", "faça a diferença", "seja a diferença", "nem bom nem pior, apenas diferente"... e por aí vão as 'dicas' para você se encaixar nas próximas duas décadas. O simples não atrai; o comum não seduz. Se destacar no meio de uma horda de bilhões de contas interligadas on-line requer mais ousadia. "Faça algo diferente". Não à toa as estruturas conservadoras sentem-se atacadas quando abaladas por atitudes, decisões, ações e resultados geradas pelo "diferente". Porém, tratando-se da mais diferente liga amadora de fut7 das Américas, a simplicidade é o grande diferencial.
 
Exemplo prático: Olimpo, mais uma vez, campeão da divisão Prata de uma Copa Apertura (na edição 10 dessa vez). Goleou com autoridade o Real Baixada por 5 x 2 em uma final que só teve semblante de decisão a partir da última metade do embate. O que fez a turma outrora liderada por Marcelo Pimentel – e agora mais comandada a mão de ferro por Censon (outro experiente olimpiano) – de tão diferente para tornar a finalíssima sossegada? O simples. Começou antecipando, por exemplo. No primeiro de abril, após derrotar, na preliminar, o Sanjamaica – nas semifinais –, boa parte do elenco do Olimpo foi descansar e comemorar na arquibancada. Um dos jogos que aconteciam era Real Baixada x Lapiros, a outra semifinal. O RB venceu (nas cobranças de shoot out) após 5 x 5, mas a bola parada foi a dor no calcanhar de Aquiles de seu sistema defensivo. De olho nos lances, os olimpianos. 
 
O fato de estudarem o jogo de seus futuros adversários – algo tão trivial de simples quanto valorizarmos o ar que respiramos – facilitou à estratégia proposta e executada por Morollo, Yuji, Saha, Juncal, Vitinho e demais jogadores do Olimpo, em especial dois deles: Thiaguinho (e sua tripleta) aproveitando a desatenção vermelha e preta, e com Cachoeira assumindo o papel definitivo de maestro olimpiano. 
 
Quem realiza a leitura desta Contra-Ataque pode estar descontente com o exemplo. A questão do privilégio por ser levantada. Fará sentido se levarmos em conta que o elenco do Real Baixada é de Santos. O deslocamento para a zona oeste paulistana é um desafio. Por isso os jogos do RB costumam ocupar os últimos horários. Porém, quem disse que a sociedade tolera quem não faz algo diferente? Neste caso, há pessoas também se lembrando que existe a possibilidade de inscrever 25 jogadores, dois membros para a comissão técnica, além de os parceiros-olheiros poderem contribuir na busca por informações. Ninguém, nem um único sapien ligado ao Real Baixada, poderia ter comparecido para acompanhar e anotar detalhes do jogo Olimpo x Sanjamaica? Seria um diferencial.
 
A questão do estudo é o segredo do sucesso para qualquer equipe. Além de observar ao vivo, qualquer jogador pode se informar sobre seu(s) adversário(s) através do jornalismo da Liga Chuteira de Ouro F7. Principalmente com as ricas e detalhadas matérias de cada jogo, nas quais os repórteres captam jogadores e sistemas táticos adotados durante a reportagem. Pronto, já fará a diferença. Porém, existem outras formas de ser diferente. Veja suas atitudes quanto a compromisso e pontualidade.
 
Quem joga a Liga Chuteira de Ouro F7 tem de realizar outras atitudes. Quanto a compromisso, não é somente o chutado e surrado discurso do "eu pago então eu quero jogar" que deve ser corroído dos subconscientes contaminados por outros discursos: é perceber que esse compromisso assumido é a sua palavra de honra! E se você achou que seus interesses estariam acima dos interesses do escudo que defende, não firmou um real compromisso! Quanto à pontualidade, bem, o próprio nome explica: como você está em relação à questão do relógio, do pagamento da sua mensalidade na data combinada com os managers do time, sua pontualidade em sua preparação etc.? Por mais que pareça a metáfora da personagem de Jamie Lee Curtis em Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, o tamanho desses bichos não é tão grande assim: são suas atitudes diferenciadas que farão a diferença.
 
Claro, impossível não tratar da relação "diferente" e "arbitragem". Sem hipocrisias.
 
Os árbitros são ruins e bons tanto quanto eu sou ruim e bom colunista. Simples assim.
 
De uns anos para cá, trabalhando como anotador em jogos, consegui finalmente compreender essa relação de ódio e ódio entre jogadores para com a arbitragem. Pura balela quando as partes estão dispostas à paz e à harmonia. Se a sua paz for ser agitado e agitar as outras pessoas (no caso, os árbitros), bem, semanticamente você já se encontra em conflito. Quando a palavra 'paz' é levantada, pense em 'jogo jogado'. Para o 'jogo ser jogado', compreenda que a maturidade nos pensamentos e atos antes, durante e depois de cada jogo é o grande diferencial!
 
Durante a fase final da X Copa Apertura, em março, pude experienciar o que se passa nos bancos de reservas. Cada equipe tem sua particularidade. Consegui observar definitivamente que os suplentes enchem mais os nervos da arbitragem do que quaisquer outras pessoas! Farei o recorte do campeão da Divisão Ouro, o The Homer. Na dura semifinal ante o Roleta Russa, um dos árbitros estava atrasado devido a eventos na cidade de São Paulo e acabou substituído por outro. O substituto era conhecido pelos the homerzistas, que o chamavam pelo nome inclusive. Tudo de forma respeitosa. No intervalo, mudança na arbitragem: saiu o substituto e chegou o titular. Na etapa final, o comportamento do The Homer foi diferente: tratar a se indispor com o titular. O time passou toda a etapa final lutando para buscar e reverter um 0 x 3 para a façanha de um 4 x 3! Porém, a conta pelo "buzinasso" nos primeiros minutos do segundo tempo no ouvido do titular chegou bem alta: 4 x 4 no último lance, num minuto que, supostamente, já havia transgredido o período de acréscimos. Porém, a prerrogativa para começar e encerrar um jogo é toda da arbitragem, e o TH teve uma segunda chance após vencer nas cobranças decisivas.
 
Para a finalíssima, fez o 'diferente': só abrir a boca quando mandado! Ao encarar o Soberanos – que disputará a 31ª Série Ouro a partir de sábado –, além do plano tático e disposição de Giro, Guigassu, Luisinho, Ruivo, entre outros, resolveu colocar uma mordaça em quase todos. Falavam apenas o técnico Marcão (dessa vez sem pesar tanto na orelha da arbitragem) e os "que sabem falar com árbitros". Importante ressaltar essa frase, pois esse é o grande diferencial de times vencedores. Para o Torce Contra levantar o bicampeonato da Série Ouro foi necessário que seus jogadores fossem mais que talentosos: tinham que saber lidar com os árbitros independentemente do andamento do jogo. A tal 'malandragem' para se comunicar com a dupla de arbitragem é conquistada com observação e maturidade. 
 
Quer ser diferenciado como jogador ou equipe dentro da Liga Chuteira de Ouro F7? Experimente situações opostas a que se acostumou a fazer. Individualmente, faça uma reflexão quanto ao seu comportamento dentro e fora de quadra:
 
- Você mais ajuda ou atrapalha os gestores de sua equipe com seus comentários e posturas? 
 
- Em quadra, dramatiza ou não com qualquer marcação de árbitros? Suas ações ajudam ou atrapalham a boa condução do jogo pela arbitragem?
 
- Nos bastidores, está devendo sua parte em algum pagamento proposto com a diretoria do time que te abriu as portas? 
 
- Tendo tempo sobrando na vida, você chega bem antes ou em cima da pinta do horário do jogo?
 
- Quando entra em quadra, sabe os nomes dos árbitros que irão comandar o espetáculo ou simplesmente o chamam de "professor" ou "chefe"?
 
- E você que se dirige à(ao) anotador(a), chama essa pessoa de "mesa"? 
 
- Tem noção que joga a Liga Chuteira de Ouro F7 dentro de um complexo de quadras com outro nome?
 
- Ao me encontrar, saberá dizer se sou o Douglas ou o Lucas?
 
Se está alheio a essas e outras questões, bem-vindo ao famigerado e condenado 'mundo do igual'. Sua permanência nele é muito comemorada por poucos.

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