Tanto o Xoras quanto o Toque Me Voy buscavam a segunda vitória no campeonato para embalar de vez. O jogo em si foi muito disputado, quase uma guerra. No total foram 14 faltas para 4 gols, dois de cada lado, e um castigo ao Toque, que jogou mais e melhor mas viu Mingo igualar nos minutos finais o placar.


O primeiro tempo começou com muito estudo por parte das duas equipes. Ninguém queria se expor muito, o que fez prevalecer mais o medo de tomar um gol do que a vontade de fazer. Mesmo assim, coube ao Toque a iniciativa ofensiva, já que tinha um considerado número de jogadores no banco diante da escassez do outro lado.

Claudinho acertou uma cabeçada despretensiosa na margem da área, mas que acertou o travessão e assustou o goleiro Igão. Logo depois, Roberto também acertou o travessão, só que não usou a cabeça como seu companheiro e sim uma pancada de perna direita. Depois foi a vez de Tony Garrido acertar um chute cruzado difícil, obrigando Igão a colocá-la para escanteio com mais uma boa defesa.

Só dava Toque. Claudinho recebeu pela esquerda, dominou e, com o zagueiro à sua frente, achou um espaço vazio e chutou de bico no lado esquerdo de Igão, aos 17 minutos, para tirar o zero do placar.

O Xoras não se abateu e foi para cima em busca do empate. Pato bem que tentou, mas Natan salvou em cima da linha. O primeiro tempo terminou com Igão sendo o jogador mais acionado da partida, e o Toque com leve superioridade no volume de jogo no setor de meio de campo.

O segundo tempo começou e, após chute cruzado, Mirim chegou de carrinho só para encostar nela, mas chegou atrasado e a bola se perdeu pela linha de fundo. Nos redondos cinco minutos, Igão efetuou defesa e a bola ainda bateu na trave, mas sobrou para o sempre bem colocado e oportunista Claudinho fazer o segundo dele na partida.

Com 2 x 0, parecia que o jogo estava decidido. O Xoras não teria forças de buscar o resultado, muito menos o Toque conseguiria entregar um jogo todo favorável a si. Eis que o imponderável entra em cena. O Xoras cresceu e passou a assustar. Matheo, em cobrança de escanteio, chegou batendo e quase diminuiu aos 11 minutos.

O Toque passou a exagerar nas faltas visando parar o ataque do Xoras. O problema é que se esqueceram que, do outro lado, havia Mingo, um exímio cobrador de faltas. Aos 19 minutos, falta na entrada da área. Como o time do Toque já havia excedido o número de infrações, foi anotado o tiro de 9 metros. Mingo, com categoria, diminuiu a 2 x 1.

Com o gol, o Xoras se animou e passou a abusar dos dribles, forçando inteligentemente as jogadas para buscar um outro tiro direto. Até que ele surgiu, aos 21 minutos. O Toque reclamou muito com a marcação dessa falta. Os jogadores tentaram passar confiança a Zé Mario, na esperança de um milagre do goleiro, mas Mingo bateu e não perdoou: 2 a 2.


O time do Toque tinha a vitória nas mãos, mas abusou das faltas e foi castigado. A solução agora é buscar esses dois pontos perdidos contra o Corleone, no próximo sábado. O Xoras, que chega a 4 pontos, jogou no erro de seu adversário e somou um ponto que certamente não estava contabilizado antes do jogo diante da quantidade enorme de ausências. Na 5ª rodada, o Cachorro Velho é a bola da vez.

Ficha técnica

Xoras 2 x 2 Toque Me Voy – 4ª rodada do VII Chuteira de Bronze

Gols: Claudinho (2) (TmV); Mingo (2) (X)

Cartões amarelo: Gui Teixeira (X); Silas, Marximelo e Tony Garrido (TmV)

MVPs: 1 – Claudinho (TmV), 2 – Roberto (TmV), 3 – Mingo (X)