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Seis gols derrubaram o líder do Grupo A da Série Prata nas quartas de final

Motivação não é algo tangível. Até para quantificá-la é preciso analisar outros fatores, como entrega, raça e concentração. No duelo entre Bengalas e Kansado, ficou evidente qual equipe estava precisando do resultado e quem entrou em campo com a Série Ouro garantida.
 
A postura dos laranjas não fez justiça à primeira colocação do Grupo A da Série Prata, quando deixaram para trás equipes do quilate de Fúria, Lodetti e TCM. Logo nos minutos iniciais, a dobradinha sonolência & desatenção culminou em desvantagem relâmpago, ao bater de frente com a raça kamikaze do time que buscou incansavelmente o gol.
 
O poder ofensivo do Kansado não apareceu, em compensação o do Bengalas funcionou perfeitamente

Logo no primeiro minuto, falta para o Bengalas e a dobradinha Pato e Leonardo começou a funcionar. O camisa 9 rolou para o 18, que trouxe para a perna canhota e bateu cruzado, por baixo do goleiro Luongo, que nada pôde fazer. E quem esperava uma reação, viu na vontade do time aurinegro (que joga de branco) a soberania na partida. Quatro minutos depois, outra falta aumentou o placar. Desta vez, Pato não tocou para ninguém, encheu o pé e encontrou uma brecha na barreira para anotar o segundo gol do Bengalas.
 
Minutos depois do segundo tento, já era clara a diferença motivacional das equipes. O Kansado pouco criava com Vitinho e Labate, situação inversamente proporcional à de Leonardo e Philip, que municiavam o ataque bengaleiro com passes venenosos e chutes de fora da área.
 
Aos 12 minutos, o terceiro golpe. Wé, que já fazia partida espetacular na marcação, roubou a bola no meio-campo e serviu Leonardo, que partiu com a bola dominada e bateu de canhota, cruzada, no contrapé do goleiro. A vibração do camisa 18 coroou o momento de sua equipe, que cresceu muito após tantos problemas dentro e fora de quadra.
 
O primeiro tempo terminou com apenas duas oportunidades criadas pelo Kansado: uma com o capitão Paolo, que partiu sozinho pela esquerda e bateu forte para a defesa de Bruno Dantas; a segunda foi o chute forte de C. Labate, que desviou na zaga e quase enganou o arqueiro.
 
Na segunda etapa, os laranjas pareciam ter tomado uma bronca de seu capitão, que não estava nada contente com o rendimento dos comandados. Se houve ou não uma discussão, a postura do Kansado melhorou e o time voltou mais empenhado para a disputa. Logo nos primeiros minutos, Vitinho colocou Labate cara-a-cara com o goleiro, mas Bruno levou a melhor em saída com o corpo fechando o ângulo do arremate.
 
Com a vantagem no placar, o Bengalas se deu ao luxo de poupar seus titulares. Aos poucos, Pato, Philip, Leonardo e até o capitão Salva foram deixando o campo. Da equipe que começou o jogo, apenas Bruno Dantas, o ótimo goleiro, ficou para segurar a vantagem no placar.
 
E os suplentes mantiveram o nível, mesmo sem conseguir atacar tanto assim. Claudinho e Felipe mostravam intimidade ofensiva, mas a marcação dos Raphas Liguiça e Kfouri conseguia levar vantagem, dando maior liberdade para Viana e Vitinho se lançarem ao ataque.
 
Mas, no melhor momento do Kansado, a sorte premiou o time que mostrava mais vontade. Em contra-ataque, Felipe recebeu lindo lançamento de Panella e abusou da técnica diante do goleiro. Cara-a-cara, deu uma cavadinha e encobriu o goleiro Luongo, que já deitava o corpo para dividir a bola com o rival.
 
O gol fez com que o Kansado fosse para cima, deixando a defesa desguardada. Em algumas oportunidades, Bruno teve mesmo que fazer boas defesas, com os pés e com as mãos, mas com titulares voltando ao jogo, o Bengalas retomava aquele ritmo frenético do início e prometia aumentar o placar.
 
Precisando da posse de bola e exagerando em faltas bobas, o Kansado fez a sexta falta já nos acréscimos, em lance polêmico que o árbitro enxergou agressão de Rapha Kfouri em Ritolê. Na cobrança de shoot out, o próprio Ritolê partiu com a bola dominada e trouxe para o lado esquerdo, esperando a chegada de Pato pela direita. O camisa 9 se antecipou à marcação e completou pro gol já em cima da linha.
 
Se a frente do Bengalas foi genial, a defesa não ficou por menos e parou os velozes homens do Kansado

Na saída de bola, o ataque kansado errou e novamente Ritolê apareceu livre. Tendo apenas o goleiro a sua frente, o camisa 19 fez a finta com o corpo e deixou a perna para receber a falta. Chance clara e manifesta de gol, mas que resultou apenas em cartão amarelo para o goleiro. Com o goleiro fora de jogo, Viana foi para a meta do Kansado e não pôde evitar o sexto gol. Com Ritolê partindo para o shoot out e batendo de direita, no canto esquerdo do goleiro, impondo um pneu ao campeão do Grupo A.
 
Final de jogo. O Kansado provou que a vaga garantida para a próxima divisão deixou o grupo satisfeito demais e sem vontade para batalhar pelo título. Em contrapartida, o Bengalas teve uma partida ideal, como manda o manual. Goleiro, zaga, meio, ataque e até o banco de reservas funcionando em harmonia, provando que um time bem motivado pode ser muito mais forte.

Pós-jogo

Após a partida, Philip e Leonardo juntaram-se para falar do ótimo desempenho do Bengalas. “Como você já sabe, o time vem mostrando união e, reforçados, temos equipe para bater qualquer um aqui”, afirmou o camisa 11. “A gente sabia que seria difícil, mas que com força máxima nosso grupo ainda é um dos mais fortes. Vamos chegar fortes”, ponderou Leonardo.
 
Já o capitão Paolo, do Kansado, enfatizou que seu time não tem respeitado fatores táticos e que, de fato, a motivação para um jogo que “não vale nada” foi bem menor. “A gente sabia que não precisava vencer, isso deixou a molecada mais leve e tirou a concentração de muitos deles. Tivemos um jogo aquém do que podemos mostrar”, analisou o zagueiro.
 
Ficha técnica

Bengalas 6 x 0 Kansado – Quartas de final do XI Chuteira de Prata
 
Gols
:  Pato (2), Leonardo (2), Ritolê e Felipe (B)

Cartões amarelo: Claudinho e Guilherme (B); Rapha Linguiça e Luongo (K)
 
Cartão vermelho: Rapha Linguiça (K)

MVPs: 1- Pato (B); 2- Leonardo (B); 3- Wé (B)
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