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Alcóolatras levam virada, se recuperam no último minuto e voam para Bronze na prorrogação

Na fase de grupo deu empate: sétima rodada, 2 x 2. Desde então o A.A.A. só venceu. O Opalas tropeçou contra o HidroNG – no jogo que definiu a liderança da chave. Agora, para o vice-líder alcançar a Bronze teria de passar pelos alcoólatras. Mas antes precisava chegar no Playball, caso contrário, teríamos o segundo WO da tarde. Balãotelli e cia. já estavam no gramado. O Opalas estava preso no trânsito, em dia de greve dos metroviários e marcha para Jesus. Na bacia das almas, a caranga chegou. Um cumprimento aqui, outro aperto de mão ali. Sorriso para todo lado, até que a bola rolou.
 
O jogo começou com a Tom Maior trocando bola na defesa. Lele tocou na esquerda para Murilo. Renanzinho tentou se infiltrar no ataque, mas encontrou a marcação de Isaac. Rafael Cruz apareceu no meio, mas a zaga amarela o impediu de concluir. Guto saiu jogando com Guerra no meio. Caieti abriu na ponta esquerda, mas a bola ficou com Cacá na intermediária. Parado, caiu. Pediu falta, mas o jogo prosseguiu. Não lamentou porque Guto a retomou no meio. Pedalou e cortou para a esquerda. Chutou travado pela zaga. Na sobra, Caieti arriscou de longe e arrancou aplausos do banco.
 
O A.A.A. respondeu com Renanzinho na lateral esquerda. Avançou até a linha de fundo e cruzou a Balãotelli na área. Antes dele, Caieti afastou pra lateral.
 
- Porra! - vibrou.
 
Guto puxou o contra-ataque opala no meio até Renanzinho pará-lo. Amarelo. Guto recuou para Peixe na defesa. Guerra recebeu no meio e deixou com Isaac mais à frente. Cacá abriu na direita, mas Guerra puxou para o lado contrário e viu a meta aberta. Bateu esquisito e a bola saiu sem direção. No contra-ataque, Thi tocou para Murilo no meio, que cruzou para Balãotelli na área. A bigorna do samba não perdoou. Escorou por baixo, desviou o rumo do barbante e vibrou. Gooooool. 1 a 0.
 
Opalas fez bom jogo e ficou por segundos da grande final; os irmão Thi e Balãotelli não deixaram

O Opalas, já antes agressivo, partiu pra cima. Esbarrou, contudo, na marcação rival. Lele cortou o ímpeto da lata-velha na defesa. No banco, Renanzinho deu moral ao parceiro. No meio, Murilo dominou no peito e recuou. Chamou Thi na esquerda para armar a jogada. Não deu. Guerra recuperou. Peixe nadou e serviu Guto, de fora da área, limpar um beque pela direita e cair. O juiz fez sinal de negativo. Guerra gritou:
 
- Bate para o gol!
 
Ele mesmo fez isso, na ponta direita, e acertou a trave. Uhhhhh!
 
No contra-ataque, Murilo teve a chance de ampliar. Tabelou com Léo, o espaço apareceu e, de fora da área, bateu. Isolou.
 
Jogo aberto. Os dois times saíam para o ataque. Deco bateu colocado da esquerda, no meio do gol. Kun encaixou. Repôs rapidamente e Renanzinho cruzou rasteiro da direita. Balãotelli, na área, só esperava a bexiga chegar para estourá-la. Só que Peixe, de carrinho, estragou o arraiá. Daí Enzo ficou com o melão. Saiu jogando em velocidade com Grilo – que entrava em boa condição pela direita – mas ele não bateu. E ainda tropeçou na bola. Insistiu, porém. Passou o pé na bola, recuou para Caieti, mas Thi aliviou. Lele ligou Renanzinho no meio, que lançou Murilo na ponta esquerda. Com um toque por baixo, deixou Guerra no vácuo, mas o 1620 não perdeu a viagem e deixou o corpo no atacante. Falta.
 
- Amarelo – gritou a torcida.
 
Nada e final de primeiro tempo.
 
O jogo voltou com tudo. Guto recuperou a bola no meio e tocou para Grilo – que deixou com Enzo na ponta esquerda. Léo gritava na lateral:
 
- Não deixa chutar, Renan. Não deixa chutar – enfatizou.
 
Já era! Enzo cortou para direita e bateu forte à meia altura no canto esquerdo. A zaga não cortou e o goleirão não alcançou. Tá lá dentro! Gooooooooooooooool do Opalas! Tudo igual: 1 a 1.
 
Aí o bicho pegou! Enzo e Renanzinho dividiram no ataque aurinegro. Ambos caíram. Renanzinho ficou por lá mais um tempinho. O árbitro pegou falta do cachaçeiro. Murilo e Balão contestaram:
 
- Só não entendi a falta.
 
Falta normal, de jogo, segundo o árbitro. Enzo caminhou na direção de Renanzinho e lhe deu a mão. Ficou no vácuo. Fair play é o c*!
 
Aos 10, ótima jogada de ataque do Opalas. Enzo tocou para Guto no meio – que abriu com Guerra na frente. De Guerra para Caieti. A fera fingiu que ia bater, deu um balão no beque manguaça e bateu de primeira no meio do gol. Kun defendeu. No contra-ataque, o fósforo caiu no pé do botijão. Balãotelli entrou no ferro velho pela direita, pisou na bola e viu Murilo livre do outro lado. O passe foi certeiro. A conclusão também. Murilo só teve o trabalho de empurrar pra rede e correr para o abraço. Na frente de novo! Gooool do A.A.A.: 2 a 1.
 
Não por muito tempo. A resposta foi imediata. Guerra tocou para Caieti próximo à área rival. O craque dominou, ergueu a cabeça, ajeitou e bateu colocado no ângulo direito, lá onde a
bezerra mija. Ela ainda bateu na trave antes de entrar. Goooooooooooooooooolaço do Opalas: 2 a 2.
 
Aos 13, um lance inusitado. Lattes lançou Caieti na área, que desviou de cabeça e quase enganou Roberto Leal.
 
- Que paçoca, hein, goleiro – gritou um torcedor.
 
O A.A.A. foi para cima. Primeiro com Léo, que finalizou da esquerda e quase foi para o abraço. Depois com Lele, que deu uma patada de fora da área e explodiu a trave esquerda. Uhh!
 
Tempo técnico.
 
Thi cobrou lateral da esquerda na área. Balãotelli tentou uma bicicleta, mas não achou nada. Assim como Lele, que levou o drible de Grilo. O inseto cruzou da linha de fundo, rasteiro. A intenção era que ela chegasse para Guerra na esquerda.
 
- Acabou, acabou – gritou um torcedor.
 
Léo cortou por baixo e calou a galera. Murilo ficou com ela na defesa, trouxe para a direita, driblou um chevrolet, avançou e não parou mais. Bateu da entrada da área no cantinho direito. Lattes rebateu com os pés. A bola subiu e a zaga GM afastou. Caiu no pé de Guto, que tocou para Guerra na lateral esquerda. Lele chegou forte e o derrubou. Leal, na bola. Nada de falta; só lateral. Caieti tocou na área para Guto chutar cruzado e acertar a trave esquerda. Uhhh! Na sobra, Caieti insistiu. A torcida se levantou. A zaga afastou.
 
Ainda de pé, a torcida vibrou. Peixe saiu jogando com Guto – que tocou em profundidade para Grilo na ponta direita. De lá veio a batida cruzada, rasteira, no canto esquerdo. Tá na rede! Goooooool do Opalas. Olha a virada! 3 a 2. Que jogaço!
 
Renanzinho assumiu a bronca. Com a bola no pé, puxou para a esquerda e bateu. A zaga tentou impedi-lo. Não foi preciso. Alto demais. Ele lamentou por um instante. No seguinte reclamou de falta na jogada. O árbitro se sentiu ofendido e o amarelou. Era o segundo. Vermelho, então. Renanzinho deixou o campo esbravejando. É a terceira expulsão do jogador no campeonato.
 
Foi então que o balão subiu. Esse sim chamou a bronca para si. Começou com Léo, que trocou passes com Murilo já no ataque. A irmã chegou. A zaga chegou junto, mas o espaço já estava aberto. E foi do jeito que deu. Rasteirinha, lá no cantinho direito. Lattes se esticou e chegou a tocá-la, mas não o suficiente para evitar o pior. Ela entrou devagarzinho, no último lance da partida. Goooool do A.A.A.: 3 a 3. Na comemoração, esmurrou o peito e encarou Deus e o mundo:
 
- Aqui é nóis, porra!
 
Fim do tempo regulamentar. Balãotelli caiu no gramado, ofegante.
 
- 10 minutos. Golden gol. Se ninguém marcar, três pênaltis para cada lado – disse a mesária.
                                                       
Porém, não foi preciso nem de um minuto. Ele mesmo, a fera. A bigorna do samba. O sabão em pó vencido que só não tira mancha de freada abrupta. Vem comigo: saída de bola do A.A.A., Balãotelli recebeu na direita e chutou no meio do gol. Lattes espalmou e a bola sobrou para Thi na área. Ele quase se atrapalhou, mas tratou de ajeitá-la e, de bico, mandou pra rede e correu para o abraço. Quatro murros no peito. Arrancou a camisa. O time se aglomerava no meio. Lucas só nos flashes. Gooooooool do A.A.A.! É o da vitória! O da Bronze! O da final!
 
Marrento, Thi sacou a camisa aos 30 segundos da prrorogação para comemorar a Bronze e a final

Do lado de fora, Renanzinho xingava. Soltou os berros no ar, quando passava pelos Monstros que assistiam à partida na arquibancada. Alguns deles não gostaram e foram tirar satisfação. Pronto: começou a final! O que não está nem aí para a balança e o rapper batiam boca com Renanzinho. O clima fechou.
 
- Vocês ficam torcendo contra – disse Renanzinho.
 
- Eu não estava torcendo contra. Só estava assistindo. Mas o cara passa por nóis e fala um bagulho desses não tá certo, mano – respondeu o rapper.
 
O portão que dá acesso ao gramado permanecia fechado. A galera na grade, aos poucos, se dispersou e o tumulto acabou. Pelo menos por enquanto. Sábado dia 14 tem mais. A batalha já começou. É final: Monstros x A.A.A.
 
Ficha Técnica
 
A.A.A. 3 (1) x (0) 3 Opalas – Semifinal do III Chuteira de Aço
 
Gols: Balãotelli (2), Murilo e Thi (A); Enzo, Caieti e Grilo (O)
 
Cartão amarelo: Renanzinho (A)
 
Cartão vermelho: Renanzinho (A)
 
MVPs: 1 – Balãotelli (A); 2 – Caieti (O); 3 – Murilo (A)
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