Seu novo uniforme é de PR1MA! Facilitamos a sua vida!

    Agilidade e comodidade para você focar apenas no que importa... o seu time! @pr1masports e (11) 99210-4656

    Veja mais

Azuis chegam à terceira final no Chuteira atrás do primeiro título

O sol castigava os atletas que se aqueciam minutos antes de a bola rolar para primeira das semifinais do XVI Chuteira de Prata. O Real Madruga, que cambaleou no início da competição, que vinha agora de quatro vitórias, dentre elas o despacho nas quartas do invicto Morada Choque, pretendia retornar à elite do Chuteira depois de duas temporadas na Prata. O Invictus, que também começou o torneio com tropeços e se acertou na reta final, chegava confiante após eliminar o forte Império Celeste nas quartas e queria disputar a Ouro pela primeira vez na história.
 
O público dividia as atenções entre a partida e a churrasqueira. Os tambores começaram a tocar. A turma do Villa Verde comemorava o título da Olé|Chuteira no lado de fora. Barça e Real se juntaram para homenagear a Chapecoense no Camp Nou. E o árbitro, pontualmente, apitou o início da peleia.
 

O Invictus começou forte e quase abriu o placar na ótima jogada de Donato. O beque roubou a bola no campo de defesa, livrou-se de dois marcadores, arrancou livre pelo meio e ficou cara a cara com o goleiro Matheus, que fechou o ângulo e espalmou o arremate para a linha de fundo. No escanteio, Dennis concluiu de primeira na área e Matheus defendeu no reflexo, salvando o Real pela segunda vez.
 
Após a pressão inicial, o Real organizou o setor defensivo e soltou o time. Zaron e Rafa organizavam o ataque pelo meio. Gui e Russo, aberto pelas pontas, invertiam posições para confundir o adversário. Com toques de primeira e saídas rápidas de trás, o time conseguiu perfurar a zaga adversária e não tardou a abrir o placar em duas jogadas de bola parada. Na primeira, Zé cobrou o escanteio na área. Rafa Ornelas dividiu com o goleiro Kurata e levou a melhor. Aí foi só empurrar pra dentro e correr para o abraço. 1 x 0! Menos de dois minutos depois, em jogada similar, Zé cobrou lateral no ataque para Gui, que chegou desviando no primeiro pau, deixando atônita toda a defesa amarela. 2 x 0!
 
A equipe de Leandro Dias não se deixou abater pelos boatos de que todo escanteio na zaga era gol do Real e partiu pra cima do rival. Paulão arrancou pela esquerda e chutou forte para o gol. Raito, na área, no meio do caminho (a bola ia para fora) tentou consertar o soneto mas devido à força que veio a escorada dele fez a bola subir demais. O Madruga respondeu no contra-ataque puxado por Russo. Aliás, puxado e completado pelo camisa 4. Russo pegou no campo de defesa e foi avançando sem ser molestado. Abriram o tapete vermelho e ele foi até, a poucos passos da área, rolar no cantinho de Leonardo e marcar mais um 3 x 0 em menos de 10 minutos!
 

Outra vez, o Invictus não se acuou. Moacyr fez boa jogada pela direita e rolou para a batida de Orellana da entrada da área. Ela saiu à direita e assustou. Leandro aplaudiu e pôs o time pra frente. Depois do terceiro, o Real recuou e o Invictus passou a ditar o ritmo. Derek, Renatinho e Daddá trocavam passes no meio. A bola circulava, mas não saía daquela faixa intermediária. Vitinho tentou a jogada individual pela esquerda, mas perdeu a bola para Zaron, que cadenciou o jogo com passes para Gui e Rafa no campo defensivo.  
 
O técnico Leandro pedia para a equipe sair da marcação. O Real queria o final da primeira etapa. “No meu deu, hein, professor!”, pressionou Wagnão, o comandante azul. Antes do intervalo, porém, o Invictus chegou novamente com perigo. Renatinho carregou pelo meio e tocou para Daddá na ala direita. O atacante tocou para Derek centralizado chutar cruzado. Vilhena cortou pela linha de fundo. E o escanteio não precisou ser batido porque o árbitro assinalara o final do primeiro tempo.
 
O Real adiantou a marcação na segunda etapa e não deixou o Invictus ficar com a bola. Jogava como se estivesse zero a zero, ao menos este era o lema entoado pelo banco. Miral roubou na defesa e saiu jogando com Paulinho no meio, que abriu a Caio Heleno na direita avançar até a bola sair. Não deu. Em seguida, Caio passou no meio de dois beques e sofreu falta na esquerda. Zaron cobrou cruzado e ela saiu com perigo.
 
O Invictus respondeu com o trio Orellana, Renatinho e Paulo, o Manolio. Aos 6, foi Orellana quem recuperou no meio e tocou para Renatinho – que tentou cruzar para Donato na área – mas Miral chegou de trás para cortar. Paulinho armou o contra-ataque e lançou Zé aberto na ponta direita. A fera bateu forte cruzado e a bola saiu por cima do travessão. Uhh!
 
Aí Rabelo começou a jogada de trás. Raphinha pediu no meio e tocou na frente para Orellana. O meia tocou na direita para Renatinho, que chutou para fora. “Porra, faz o gol, c*”, esbravejou Orellana.
 
O relógio corria e o Invictus deixava a calma de lado. Não bastassem as chances desperdiçadas, o castigo veio a tiracolo na jogada que começou nos pés de Rafa. O matador avançou pela esquerda e ganhou o lateral. Na dúvida, quem cobra é sempre Zé. Mas foi Gui a cruzar e Zé a desviar para a rede. Era o quarto do Real, o primeiro do lateral, que caminhou lentamente para o banco com a camisa encharcada e sob os aplausos dos companheiros para se jogar no gramado e contar os minutos que faltavam para o Real se classificar.
 
Orellana sabia que a barra estava pesada, mas não deu a missão como impossível, pelo contrário, e tentou definir sozinho. Veio com ela na direita, cortou um marcador e soltou a bomba por cima da meta. Passou perto.
 
Paulão sofreu falta dura na linha de fundo e resmungou. “Isso é só amarelo?”, questionou ao árbitro. Raito cobrou a falta, mas o lance não deu procedimento já que a zaga azul afastara o perigo. Zaron pegou o rebote e avançou livre pelo meio. Cara a cara com o goleiro, tocou para Saulo na direita, que só teve o trabalho de empurrar para dentro. 5 x 0!
 

A fera não se deu por satisfeita e, logo na sequência, após rolinho acidental de Cesão no meio de campo, ajeitou e mandou o torpedo de longe. Kurata não alcançou. A rede sacudiu. Saulo olhou para o céu e se lembrou do avô, falecido na quinta-feira. Era o sexto do Real, o segundo dele! E o Invictus praticamente se entregou.
 
Seis minutos depois, para fechar o duelo com chave de ouro, em um ataque rápido pela esquerda, o Real descolou o escanteio. E como não podia ser diferente, Zé cobrou alto na área e Zaron cabeceou no canto esquerdo para marcar o sétimo e dar início à festa.
 
Bispo entrou para motivar o Invictus a cuidar da honra. Rabelo, cabra macho, fez das tripas coração no meio. Foi pra cima da marcação e bateu cruzado da intermediária. A zaga afastou. Ele pegou a sobra e emendou de pé trocado, mas, outra vez, a defesa azul interpelou.
 
Na reta final da partida, o Invictus desistiu da bola e foi para o físico. Bispo entrou duro em Caio e levou o amarelo. Raito chegou forte em Gui e foi para o chuveiro mais cedo. Paulão contestou a expulsão. “Agora você trouxe o vermelho”, provocou a arbitragem. Os companheiros o contiveram no banco. O juiz apitou e o Real comemorou.
 
Saulo foi tirar satisfação com o rival e foi repelido. “Vá comemorar com o seu time”, gritou Vitinho. Zé cumprimentou um a um e acalmou os ânimos. Leandro Dias reuniu os atletas e pediu a palavra. “Nós perdemos, engole”, consentiu o treinador. “Não precisa bater boca. Seguiremos adiante”. Minutos depois, de cabeça fria, analisou a derrota: “Não digo que daria para vencer, mas levamos três gols de escanteio e perdemos três chances na cara do gol”, lamentou.
 
O curioso que quem só olha o placar pode ser levado a concluir que a semifinal foi um verdadeiro massacre, mas não foi isso o que aconteceu. Apesar da vitória inconteste, durante vários momentos viu-se um equilíbrio em campo, ora com um, ora com outra equipe tomando a iniciativa. O Real abriu o placar nos primeiros minutos, e isso ao certo tranquilizou o elenco no decorrer do jogo, mas não é só.  
 
Alguns personagens merecem destaque. Gui fez o diabo com a bola nos pés na primeira etapa. Na bola parada, Zé deixava algum companheiro na cara do gol. Zaron comandou com maestria os lances capitais. Saulo apareceu para definir um placar já bem encaminhado. São fatores que resumem a melhor atuação da temporada e justificam a merecida final da Prata. Será a terceira disputa por título do Real Madruga no Chuteira. Em 2013, na Bronze, perdeu a final para o Lodetti; em 2014, na Prata, para o Bengalas. No segundo semestre de 2015, de volta à Prata, foi eliminado na semifinal pelo Real Paulista Classic. Agora, o time chega com moral para disputar a Ouro pela terceira vez, mas desta vez espera chegar lá com a faixa de campeão.
 

Aspas

“O nosso maior problema foi a falha de marcação nas laterais. Tomamos dois gols assim no início do jogo e aí complica correr atrás do placar em uma quadra grande. É muito mais fácil jogar quando se está à frente no placar. Tendo que sair para o jogo, ficamos expostos e por isso levamos uma lavada. Tentei jogadas individuais – algumas vezes dá certo, outras não, é do jogo. Cheguei este ano no Invictus e achei que não éramos um time para cair, como todos diziam. Demonstramos isso em campo. Ganhamos de equipes contra quem muitos imaginavam que perderíamos de goleada, por exemplo, o Primatas. Eu acho que entraremos fortes na próxima temporada e espero que nos vejam como uma equipe com potencial de brigar na Ouro, e não como um candidato à Bronze” – Orellana, meia-atacante do Invictus.
 
“Começamos mal o torneio, com campanha para ser rebaixado, mas conseguimos três vitórias na reta final e nos classificamos em 4º. Passamos pelas oitavas, eliminamos o time que estava invicto nas quartas e entramos nesta partida com a moral muito elevada. O time voltou a se unir e o resultado você está vendo em campo. A gente tinha um problema sério que era jogar em quadra grande, apanhávamos muito. Treinamos com equipes da Ouro nesta quadra e encaixamos um esquema. Treinamos muito e acredito que solucionamos o problema. Goleamos hoje uma equipe que consideramos muito boa. A bola parada é decisiva, principalmente no society, em que o jogo é muito rápido. Mas eu não acredito que ela resuma a nossa vitória, afinal, tirando os dois primeiros gols, todos os outros surgiram de jogadas criadas. Estamos preparados para o que der e vier. O que a gente fez hoje é digno de jogar a Ouro porque meter 7 x 0 não é pra qualquer um” – Saulo, autor de dois gols na vitória do Real Madruga.   

Ficha técnica
 
Invictus 0 x 7 Real Madruga – Semifinal do XVI Chuteira de Prata
 
Gols: Rafa Ornelas, Gui, Russo, Zé, Saulo (2) e Zaron (RM)

Cartão amarelo: Vilhena (RM)

Cartão vermelho: Raito (I)

MVPs: 1 – Saulo (Real madruga); 2 - Zé (Real Madruga); 3 - Zaron (Real Madruga)
Comentários (0)