Seu novo uniforme é de PR1MA! Facilitamos a sua vida!

    Agilidade e comodidade para você focar apenas no que importa... o seu time! @pr1masports e (11) 99210-4656

    Veja mais

Lodetti vence confronto equilibrado e está a um passo de fazer história

Três vagas já haviam sido definidas antes da bola rolar na quadra 14. Restava uma. E ela ficaria com o vencedor da segunda semifinal, que reuniu dois times com bons retrospectos em jogos decisivos, mas que agora só um, pela primeira vez, chegaria à elite do Chuteira. Na temporada passada, o Lodetti, primeiro campeão da Aço e campeão da Bronze no ano passado, deixou escapar por pouco.
 
Depois de cambalear na fase preliminar e voar no mata-mata, o Vingadores tentava repetir os feitos de 2013, quando chegou à final da Aço e na Bronze, mas, quem sabe, com outro desfecho dessa vez.
 
Não foi uma partida recheada de belos lances, grandes jogadas de ataque e chances de gol – talvez por isso, o placar, dessa vez, traduz bem o que foi o jogo – decidido naqueles acertos e erros que fazem toda a diferença.
 
Começou com a bomba de Bettoni da intermediária. Ela explodiu na trave e, no rebote, Paolo tabelou com Guga e bateu rasteiro na saída de Guerra – que defendeu com os pés. O Lodetti ficava mais tempo com a bola, mas tinha dificuldade de passar pela linha defensiva do Vingadores, que apostou nos contra-ataques no início da partida. Vini roubou a bola de Guga na lateral esquerda, avançou com tudo e bateu cruzado já quase sem ângulo. Raphael Dias, técnico vingador, se animou, mas a bola saiu.
 
Enquanto o forró comia solto lá fora e o chapeiro se desdobrava para deixar a brasa no ponto, dentro de quadra o jogo esquentava. Guga cobrou lateral na entrada da área para Toretta, de voleio, bater forte no canto direito. Guerra defendeu em dois tempos.
 
Thigana se movimentava no ataque, mas a bola não chegava. O Vingadores tinha dificuldade em criar – e quando tentava, Bettoni impedia o avanço. Ganhou dividida pelo alto na zaga, roubou bola no meio de campo e uma hora arrancou firme da defesa, deixando dois catimbeiros para trás – Beto ergueu os braços no lado de fora do gramado, pedindo providência – só que ele não passou do terceiro argentino. Então, Thigana puxou o contra-ataque pela esquerda. A vontade era tanta que nem cogitou cruzar para Vini, sozinho, na direita, e finalizou autoconfiante pra fora. Raphael Dias aplaudiu; Vini lamentou.
 
Melhor chance que Toretta ninguém teve. A bola quicou e ele bateu de peito de pé, daquele jeito. Só que ela subiu. Depois, ele insistiu pela esquerda: cortou um marcador e chutou em cima de outro. Na sobra, tentou tocar de calcanhar para Carioca, e a zaga afastou. 
 
O Lodetti insistia. Dih cruzou na área e Paolo cabeceou no travessão. Na sobra, Carioca chutou em cima de Guerra e perdeu a melhor chance de abrir o placar, a última no primeiro tempo.
 
O Vingadores voltou para a segunda etapa mais ofensivo. Thigana bateu alto da intermediária e Allyson espalmou. Raphael Dias gostou do que viu e chamou Vini de volta ao campo. “Vai pra cima! Vai pra cima!”, incentivou. No outro lado, Paolo bateu fraco da intermediária e Guerra segurou. Dois minutos mais tarde, na bola parada, Bettoni soltou o canudo e assustou. 
 
Aí vieram as polêmicas...
 
Luis Gustavo tentava a jogada pela direita pra cima de Carlos Roberto, que o impediu de passar. O árbitro apitou falta. Na lateral, os jogadores do Vingadores foram cobrar o moleque travesso que se levantava, dizendo que ele havia se jogado. Carioca chegou para tirar satisfação (“o time inteiro de vocês em cima do garoto não tá certo...”) e por um instante os atletas bateram boca.
 
 
Passado o catimbó, o lance capital. Paolo e Ulisses se pegavam na área azul – puxão de camisa era o que ocorria na zona. O professor alertara Ulisses que não estava curtindo a farra. O ultimato era para cessar o agarra-agara – o que não aconteceu. Então, ele apitou o pênalti. Revoltados, os jogadores do Vélez discutiram com o árbitro. Dennis dizia que a bola não estava em jogo e França Jr., por outro lado, que o puxão se dera com os dois envolvidos. A arbitragem não voltou atrás. Bettoni ajeitou. Cobrou forte no centro do gol. 1 x 0.
 
Depois do gol, o Vingadores se desconcentrou um pouco e passou a errar mais – cedendo espaços. O Lodetti aproveitou. Após cobrança de lateral, a bola desviou na zaga azul e ficou com Guga. Carioca abriu, mas ele trouxe até a intermediária e bateu cruzado. Guerra não alcançou e a rede balançou. Gol do Lodetti! 2 x 0!
 
Nervoso, o Vingadores foi pra cima contra o tempo. Aí não tem esquema tático, estratégia, porra nenhuma; é ir pra cima do jeito que der. Coração na chuteira e pressão no árbitro. Vini declarou com veemência ter sido solado. O árbitro ignorou. Francois executou o passe longo para Beto na esquerda, que não dominou.
 
A melhor chance para descontar veio logo em seguida: shoot out. Thigana se prontificou. Avançou e, na entrada da área, na hora do corte ao goleiro, Allyson esticou o braço e desviou a bola do camisa 10. O banco do Vingadores não pôde crer. Primeira chance desperdiçada.
 
Pouco depois, outra oportunidade! Claudinei sofreu falta lá atrás. Shoot out! Agora, vai! Dessa vez, Vini assumiu. Deu dois toques nela. Allyson fechou o ângulo do matador. Vini bateu rasteiro. Allyson pegou. Duas chances jogadas fora, que podiam ter colocado um 2 x 2 no placar.
 
O Vingadores tocou o barco. Não desistiu, mas já consentira que estava difícil. Talvez, nem com um milagre. Oportunidade teve, Allyson barrou. Dennis tentou. Fafa isolou. E quando a maré não está pra peixe é torcer pra não ficar pior.
 
Aos 18, o Lodetti desperdiçou a chance de matar o jogo em lançamento para Paolo, que entrava livre na área, mas, na hora do arremate, Carlos Roberto, com um toquinho por trás na bola, o impediu. No final, Francois tentou pela última vez. Avançou só. A zaga branca abriu e ele bateu rasteiro da entrada da área. Fora. Fim de jogo. Festa dos leões! Pela primeira vez, o Lodetti está na Ouro!
 
O Vingadores pode estar frustrado pela derrota, mas tem do que se orgulhar. Depois da campanha irregular na fase de grupos – perdeu mais do que ganhou – despachou bons adversários nos confrontos eliminatórios e se despede da competição tendo feito um jogo duro, decidido nos detalhes – sobretudo nas próprias falhas – contra um time que fez por merecer o acesso, e que já vinha sendo cotado para ingressar à elite há tempo.
 
O Lodetti reescreve a história. Campeão da Aço e da Bronze, o time do técnico Negão pode chegar à Ouro tendo conquistado todas as outras divisões, a trilogia perfeita, algo inédito na história do Chuteira. Para isso, precisa vencer o Roleta Russa Olímpico no próximo sábado. Última prova antes do verdadeiro desafio.
 
Ficha Técnica
 
Lodetti 2 x 0 Vingadores – Semifinal do XII Chuteira de Prata
 
Gols: Bettoni e Guga (L)
 
Cartões amarelo: Ulisses e Carlos Roberto (V); Toretta e Luis Gustavo (L)
 
MVPs: 1 - Bettoni (L); 2 - Paolo (L); 3 - Alemão (V)
Comentários (0)