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Clube Atlético da Vila bate Arouca depois de empate no tempo regulamentar e se sagra bicampeão do Chuteira; do lado de fora, choro e muita reza


O CAV é campeão! Depois de um histórico duelo com o Arouca decidido nos pênaltis após empate por 1 x 1 no tempo regulamentar, a equipe de Caio Fleischmann finalmente levou a taça para a casa de volta. Mas o grito entalado na garganta só saiu depois de mais de uma hora de angústias, muita reza e intervenção maternal.
 
Poucas vezes as arquibancadas do PlayBall Pompeia ficaram tão cheias. A torcida do Arouca (ou seria mais anti-CAV?) compareceu em grande número e entoou cânticos provocativos desde antes da partida começar. O tricolor vinha a quadra completo: Mauricio, Vitão, Barata, Netto, Mota, Dhani e Arthur Fon. Já o CAV não tinha David nem o manager Caio Fleischamann, que foi obrigado a acompanhar a partida do outro lado do alambrado, ambos suspensos; a equipe entrou com Diego Gallego, Thiago Cioffi, Diogão, Alemão, Edinho, Thithi e Luizão.
 
CAV: enfim bicampeão do Chuteira de Ouro
 
Arouca: vice-campeão do XVIII Chuteira de Ouro

Como já era de se esperar, o Arouca montou um ferrolho – com três jogadores fixos na defesa – e apostou nos contragolpes. Nos primeiros minutos, o CAV trocou bola para lá e para cá, enquanto o adversário cercava. Quando Dhani roubou na defesa e partiu em disparada, Thithi teve que pará-lo com falta. Pouco depois Luizão ganhou de Vitão na lateral e cruzou para Thithi, que foi desarmado por Barata dentro da área.
 
Diogão até chegou a balançar as redes de Mauricio aos 6, depois de ganhar duelo de Netto, mas o árbitro deu falta do marcador arouquense ao invés de dar vantagem e mandou a jogada voltar. A dupla de arbitragem não poderia ser mais antagônica: enquanto um dos dois estava disposto a deixar o jogo rolar ao melhor estilo campeonato europeu, o outro soava o apito ao menor contato físico.
 
Na sequência, Barata tentou bola longa para Brunão, que não conseguiu aproveitar o belo passe. Pouco depois a mesma dupla levou perigo ao gol de Gallego: Barata recebeu de costas e ajeitou para o camisa 31, que bateu por cima. O Arouca melhorara e Dhani deu uma bela caneta em Thiago Cioffi antes de passar para Netto, que infelizmente não acreditou na bola. Pelo CAV, Luizão era cornetado pela torcida rival sempre que tocava na bola.
 
Luizão foi marcado dentro e fora de campo e pouco fez; Arouca soube anular principais jogadas do pivô

Edinho teve duas boas chances de abrir o placar para os caveiras: na primeira ele pegou sobra de lance de Thithi, que fora desarmado pela zaga, e bateu por cima do travessão. Em seguida o 10 tentou de fora da área e Mauricio espalmou de qualquer jeito: os bombeiros foram rápidos e afastaram o perigo.
 
Já aos 20 minutos o Arouca abriu o placar. A jogada começou com belo lançamento de Netto para Barata, que alcançou na ponta direita, brigou com três e ganhou o escanteio. O mesmo Barata bateu o corner e o oportunista Brunão apareceu para escorar para dentro no primeiro pau. Festa tricolor e da torcida, que não perdeu a oportunidade de zoar o adversário. Empolgado, o Arouca mandou Gabigol para quadra; o rabisqueiro deu belo drible em Thiago Cioffi em um de seus primeiros lances e levou uma bordoada que custou um amarelo ao xerife caveira – e que foi a quinta falta da equipe negra.
 
No meio de quatro caveiras, Brunão foi mais rápido e abriu o placar

Gabigol mexeu com os minutos finais. Já aos 23 o jovem saiu em disparada e deu grande passe para Netto, que mesmo livre hesitou e demorou para bater: ele chutou em cima de Gallego, que espalmou. No rebote, Gabigol tentou fazer e a bola tirou um fino do travessão. Pouco depois o Arouca também cometeu sua quinta falta, mas o CAV não levou perigo até o apito final parcial de jogo.
 
As conversas no intervalo revelaram um Arouca vibrante, com o coração na mão, enquanto o CAV, quase sossegado, parecia ter certeza da virada: o time sempre faz segundas etapas melhores que as primeiras. A bola voltou a rolar e Gabigol levantou a torcida quando deu um chapeuzinho em Japa com a bola fora de jogo. Pelo CAV, Cioffi arriscou de fora e não obteve sucesso.
 
Com dois minutos jogados, a arbitragem não teve mais tolerância com braços deixados ao vento e mandou pra fora França e Japa, que trocaram agrados numa dividida. Ao menos a coisa ficou dentro, pois ambos saíram “trocando ideia” de boa da quadra, um dizendo que não fez nada e que o outro sim, e vice-versa. Coisas do futebol.
 
Goleiros Mauricio e Diego foram os melhores em campo, com defesas impressionantes e decisivas

O Arouca jogava por uma bola e sua defesa se postava bem, dificultando a vida dos atacantes rivais. Luizão recebeu de costas, tentou o giro e bateu muito mal. A entrada de Cauê não somou quase nada ao time. A torcida do Arouca, ainda que cedo, já tirava sarro e cantava “CAV da Gama”. Arthur Fon ainda teve chance de ampliar para o Arouca depois de belo passe de Barata, que desarmara no meio, mas bateu fraco.
 
Pouco depois foi a vez de Diogão deixar Luizão cara a cara com Mauricio, mas Barata deu um “toco” no camisa 9 e desarmou-o: caveiras pediram pênalti. Diogão tentou por conta própria no lance seguinte: ganhou de Barata na lateral esquerda e bateu bonito, mas acertou o travessão. Para dar mais fôlego ao time, Dacal mandou Henry para o jogo.
 
Recuado no segundo tempo, Diogão conseguiu segurar a velocidade de Dhani e Gabigol com ótimos desarmes

Quando Gabigol deixou o marcador para trás na corrida e saiu cara a cara com Thiago Fernandes – que substituira Diego Gallego no intervalo – o goleiro não viu outra opção que não derrubar o camisa 14 arouquense. O juizão não titubeou e mandou o goleiro do CAV para fora, com o vermelho, já que era o último homem, obrigando Gallego a voltar. A cobrança de falta não levou perigo.
 
Já dizia o ditado que há males que vem para o bem, e foi isso que o CAV aprendeu na prática quando Diego Gallego realizou um milagre, uma defesa digna de Gordon Banks: Dhani deu passe em profundidade para Gabigol, que escapou na esquerda e voltou para Dhani, que invadia a área, bater a queima-roupa. A defesa de Gallego foi absurda – pegando a bola no meio do gol à meia altura quando voltava em recuperação após o cruzamento – e garantiu o CAV vivo. No lance seguinte o goleiro deu uma de Neuer e saiu da área driblando Gabigol.
 
Nova parada técnica e o CAV voltou sabendo que o tempo estava se esgotando. Do lado de fora já se ouvia um tímido grito de olé. Thithi tentou da entrada da área, mas não pegou bem na bola. Henry fez bela finta na direita e invadiu a área, mas Vitão e Arthur Fon caíram para cortar. Mota respondeu pelo Arouca, mas Gallego estava lá. O CAV seguiu pressionando, dessa vez liderados pela velocidade de Henry, mas a defesa do Arouca fazia bem o seu papel.
 
O relógio já marcava 24 minutos quando Gabigol, no campo de defesa, dividiu com imprudência e acabou chutando o adversário na gama de afastar. O Arouca pediu uma solada no lance, mas a falta era pro outro lado – e era a sexta, o que significa shoot out. Do banco saiu a ordem de Dacal: “Henry bate”. Alguns jogadores do Arouca deram a dica a Mauricio: “Ele vai cortar para a direita!”, e foi isso mesmo que o camisa 7 do CAV fez. Cortou para a direita, tirou do goleiro, quase perdeu o domínio da redonda, perdeu o ângulo... mas conseguiu, com um toque certeiro, mandar a bola para dentro! Era o empate, em cima da hora!
 
Henry entrou no segundo tempo e bateu o shoot out salvador que levou jogo à prorrogação

Só que o jogo iria até 29, conforme anúncio do árbitro aos bancos de reserva. Mota recebeu de Arthur Fon dentro da área e pôde recolocar o Arouca na frente, mas Cidrão desarmou sem falta, apesar das reclamações tricolores. Gabigol, que sofria muito com a marcação individual de Diogão, deu uma no zagueirão e quase levou Galizé à loucura: uma falta colocaria tudo a perder. A mesma insanidade acometeu Netto, que deu um empurrão no adversário bem em frente ao árbitro, que fez vista grossa e deixou bem claro que não marcaria mais nada. Edinho ainda tentou de fora da área e Mauricio quase se complicou, mas a bola saiu. A última chance no tempo regulamentar veio dos pés de Diogão, que encobriu o gol rival batendo forte.
 
Teste pra cardíaco
 
A decisão foi pro gol de ouro e continuou emocionante. Thithi ganhou de dois na esquerda e arriscou; Mauricio defendeu com o pé enquanto o ponta do CAV sentia a perna. Pelo Arouca, Dhani serviu Arthur Fon, que saiu em condições, mas bateu em cima de Gallego. Edinho cometeu a quinta falta do CAV, bem cavada por Vitão, e, assim como o Arouca, o CAV também não poderia mais cometer infrações. Barata ajeitou bonito para Arthur Fon, que chutou forte e quase fez: a bola saiu.
 
Em seguida foi a vez de Luizão dar belo passe para Cidrão, que invadiu a área, preparou o chute e perdeu para Dhani, que cortou com um carrinho certeiro. Era muita raça do camisa 30, destaque do Arouca na temporada. O lance mais incrível da partida aconteceu quando Barata cobrou lateral da direita para dentro da área: Gabigol recebeu e virou uma bicicleta incrível no primeiro pau, só que o dia era de Gallego, que fez nova defesa estupenda e salvou a pátria! Incrível! Seria um verdadeiro gol de ouro se a bola entrasse.
 
O jogo seguiu nervoso, tensão pura dentro e fora da quadra. Alemão deu boa bola para Edinho no meio, que bateu rasteiro, em cima da zaga. Depois Edinho recebeu do escanteio livre e bateu muito alto, desperdiçando uma das melhores chances da prorrogação. Gabigol e Diogão seguiam travando o duelo particular: apesar da bicicleta minutos antes, o defensor ia levando a melhor sobre o jovem atacante, que fazia de tudo para cavar faltas.
 
O jovem Gabigol foi um tormento para a defesa do CAV, especialmente o Thiago Cioffi e o goleiro Diego, que...
 
... operou, entre outros milagres, uma defesa após bicicleta dentro da área à queima roupa

Luizão mandou bola venenosa de fora da área e Vitão tirou quase em cima da risca. Dhani e Gabigol tentaram contragolpe pelo Arouca, mas Diogão apareceu na hora certa para cortar. Nos minutos finais, foi a vez de Mauricio brilhar: primeiro quando Henry cortou o marcador, invadiu a área e bateu, para defesa do goleiro pelo alto. Na jogada seguinte Edinho recebeu passe de Luizão e mandou pro gol, mas o arqueiro do Arouca defendeu com as pernas e garantiu as cobranças de pênalti.
 
Loteria decide caneco
 
Durante a escolha dos batedores, o CAV parecia abatido. “Levanta a cabeça!” foi a palavra de ordem, enquanto os jogadores trocavam informações sobre as habilidades de Mauricio pegando pênaltis. No lado do Arouca, Galizé defendia que independente do resultado a equipe já era vencedora: “A gente está aqui jogando bola porque gosta”.
 
Decidiu-se que o Arouca começaria batendo e o primeiro a ir para a bola foi Netto. O camisa 25 tomou muita distância e bateu forte... no travessão! O CAV começara em vantagem.
 
Cauê iniciou as cobranças do CAV e deslocou Mauricio, que sorria para desconcentrar o camisa 13 caveira: bola no ângulo esquerdo, goleiro caindo para a direita.
 
Vitão foi para a segunda batida do Arouca e também bateu na direita, deslocando Diego Gallego. 1 x 2. Thiago Cioffi, no segundo pênalti do CAV, bateu firme, sem chances para Mauricio, que nem se mexeu.
 
Se Arthur Fon errasse o CAV seria campeão, mas o camisa 42 do Arouca bateu forte, no meio. Gallego defenderia se ficasse apenas parado.
 

Enquanto Netto, pelo Arouca, abriu a série de penalidades e mandou por cima do travessão,...
 
...o experiente Luizão foi o incumbido de fechar a sequência anotando o seu e dando o título ao CAV

A decisão ficou nos pés de Luizão. O camisa 9 teve toda a calma do mundo para colocar a bola no canto esquerdo de Mauricio e garantir o título para o CAV, que partiu para a festa. A comemoração só ficou completa quando o portão foi aberto e a torcida, a criançada, a cachorrada e o Caio Fleischmann – muito festejado pelos jogadores – entraram em quadra para levantar a taça.
 
Desacreditado no início da temporada, o Arouca fez campanha de recuperação e mostrou que ainda tem muita força e tradição. Chegar à final foi uma grande vitória ao time do capitão Vitão, que jogou com inteligência e esteve próximo do título por um bom tempo. Além disso, foi o único time capaz de tirar pontos do CAV na temporada, que conquista o título de forma invicta, mas não mais com 100% – feito que seria inédito dentro do Chuteira.
 
Troféu de campeão: há dois anos CAV chegava perto e não conseguia

O bicampeonato caveira veio depois de três semestres de frustrações chegando à beira da praia – duas derrotas em final (My Balls e Mulekes) e outra em semi (Mulekes). A qualidade técnica e física do time é indiscutível, tanto que era apontado por 10 a cada 10 jogadores adversários como o melhor elenco da competição. A se pensar assim, deu a lógica na grande final – só que não faltou sofrimento e angústia aos caveiras, especialmente Caio Fleischmann, que do lado de fora chorou, convocou os deuses de sua mãe e até rezou quando o time mais precisava. E não é que deu certo?
 
Vitão, capitão tricolor, recebeu troféu de vice-campeão; time foi muito além do esperado

Ficha Técnica
 
CAV 1 (3) x (2) 1 Arouca – Final do XVIII Chuteira de Ouro
 
Gols: Henry (C); Brunão (A)
 
Cartões amarelo: Thiago Cioffi (C); Netto (A)
 
Cartões vermelho: Japa e Thiago Fernandes (C); França (A)
 
 MVPs: 1 – Diogão (CAV); 2 – Barata (Arouca); 3 – Gabigol (Arouca)


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