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Azarão em todo mata mata, equipe esbanjou categoria defensiva e eficiência nos contra-ataques, brecando o forte ataque caveira; os dois goleiros do MB fizeram a diferença e, juntamente com a aplicação tática defensiva do conjunto, superaram o favorito CAV com propriedade



My Balls: a caminho do título

FOTOS Nicolau Nemer

O My Balls mostrou que de zebra não tem nada e superou o poderosíssimo CAV na grande final da 15ª edição da Série Ouro. A atuação coletiva da equipe celeste foi novamente impecável, cedendo um gol ao CAV somente aos 20 minutos da segunda etapa, mesmo com a pressão sofrida durante os 50 minutos. Os dois destaques da partida foram os goleiros celeste. Pode-se dizer que Gabriel Viana salvou tudo no primeiro tempo, enquanto Leandrão salvou tudo no segundo, com destaque para a defesa de um chute de Caio Fleischmann à queima roupa no minuto final com os pés. O craque do CAV, Davi, foi muito bem marcado e Bruno Cruz cansou de perder gols. Pelo lado do MB, principalmente após a semifinal, muitos consideravam a ausência de Nó um fator predominante para o resultado da partida. Mesmo sem o camisa 16, a equipe azul manteve o mesmo nível das últimas partidas e acabou com o sonho do bicampeonato do CAV, que também veio desfalcado de Jorge Henrique, destaque do time até então no mata mata. 



My Balls: campeão do XV Chuteira de Ouro



Clube Atlético da Vila: vice-campeão do XV Chuteira de Ouro


Como era de se esperar, o CAV começou com a mesma estratégia utilizada nas últimas partidas – posse de bola, domínio das ações e muita pressão no ataque –, assim como o My Balls, que acreditava que o contra-ataque seria primordial para a conquista do título. Assim, quem tomou a iniciativa foi a equipe caveira, com Bruno Cruz, que recebeu de Davi na direita e chutou à esquerda de Gabriel Viana. 

A primeira finalização do My Balls veio dos pés de Lucas Manzano, que chutou fraquinho e torto, sem ameaçar Gallego. Barata caía bem pela ponta esquerda, incomodando constantemente a marcação azul celeste. Aos 8 minutos, Bruno Cruz recebeu na entrada da área, girou e bateu à esquerda. A redonda passou raspando a trave. 



Entrada em campo do CAV teve muita fumaça colorida: o atual campeão confiava no bicampeonato


Ambas as defesas trabalhavam muito bem. Pelo lado do CAV, Teté fazia de novo a diferença. No MB, Fernando Souto marcava com perfeição. A diferença nessa altura do jogo é que a equipe de Robgol estava completamente recuada, deixando o CAV chegar ao ataque com certa facilidade. A dificuldade era entrar na área ou acertar com precisão a meta de Gabriel. Aos 12 minutos, Bruno Cruz recebeu outro bom passe de Davi em velocidade e chutou forte. A pelota passou novamente raspando a trave esquerda. Logo em seguida, Marcel arriscou de longe, à direita do goleiro, que deu um golpe de vista bem sucedido. 


Bruno Cruz teve diversas chances de marcar, especialmente na etapa inicial, mas o pé não veio tão calibrado para a final


A partir dos 15 minutos, Gabriel Viana começou de fato a trabalhar. Marcel apareceu bem na área e carimbou a trave. Logo em seguida, Barata e Davi, dessa vez, acertaram a meta e obrigaram Gabriel Viana a fazer duas excelentes defesas. O MB se segurava da maneira que dava. A falta de capricho da equipe caveira no momento de finalizar estava salvando o time de Rapha Nunes, visto que a ausência de Jorge Henrique contribuía para o mau aproveitamento do ataque caveira. Vitinho, por exemplo, não estava conseguindo exercer seu papel em quadra, ficando totalmente perdido no momento de marcar e de atacar. 


Prancheta do PVC: My Balls teve como proposta fechar o time em seu campo e contra-atacar. Deu certo


Aos 18 minutos, o MB deu o primeiro susto. Fernando Souto fez grande jogada pela direita, cortou para o meio e serviu para Robgol, completamente livre. O camisa 9 chutou mal, à esquerda da meta. O CAV respondeu com Marcel, que encheu o pé da entrada da área e obrigou Gabriel Viana a fazer mais uma grande defesa. Aos 20 minutos, Robgol apareceu bem na área novamente e carimbou Vitinho, que evitou o primeiro gol da equipe azul celeste. 

Se o jogo era tenso, com domínio completo do CAV, a água fria veio aos 22 minutos, quando o My Balls encaixou o contra-ataque. Bruno Sobral recebeu no meio, ameaçou que ia tocar na direita, cortou para a canhota e chutou forte no canto esquerdo. Pelo fato de Gallego nem ter se mexido no lance, deve ter ocorrido algum desvio no meio do caminho, que acabou enganando o arqueiro. Placar aberto na decisão, e era do My Balls. 



MVP: Bruno chegou atrasado, mas a tempo de fazer o primeiro gol da partida e ser o melhor em campo na final


Se o CAV já era só ataque, perdendo a coisa só tendia a piorar. O time de Robertão permaneceu com a mesma postura após o gol sofrido, abrindo o jogo e tentando invadir a área para uma melhor finalização, mas a calma já não era a mesma. O único lance de perigo da equipe caveira nos minutos finais foi com Teté, que arriscou de longe. Gabriel Viana, mais uma vez, salvou o My Balls. 

O CAV voltou para a segunda etapa com uma mudança: a entrada de André Plec. O camisa 22 entrou para ser a referência no setor ofensivo do time e ocupar a área adversária. O primeiro lance de perigo da segunda etapa foi, como não podia deixar de ser, da equipe caveira, com Marcel, que recebeu de Davi na ponta direita e mandou por cima da meta de Leandrão, que entrou para substituir Gabriel. Seria possível trocar um goleiro que tinha fechado o gol? O MB assim o fez, e não se arrependeu. 



Homens do jogo: Se o CAV não levou o título, muito disso se deve aos goleiros Gabriel e Leandrão (acima)


A pressão era toda caveira. Davi arriscou da esquerda, e Leandrão fez uma defesa incrível. O MB respondeu com Fernando Souto, que arrancou sozinho em um contra-ataque rápido e acabou chutando fraquinho, em cima de Gallego. O clima da partida esquentou após uma confusão fora de quadra envolvendo a comissão técnica do MB e jogadores de ambas as equipes.


Craque do título do CAV no semestre passado, Davi foi bem marcado e praticamente não jogou


A marcação da equipe celeste estava tendo sua melhor atuação em todo o campeonato. A raça era elemento essencial para a bem sucedida até então missão de segurar o CAV. Aos 10 minutos, André Plec invadiu a área e chutou em cima de Leandrão. Em seguida, Marcel e Davi fuzilaram o arqueiro, que foi soberano nos dois lances. O CAV chegava, mas uma muralha estava a sua frente. Seria preciso mais capricho nas conclusões para vencer o arqueiro. 

E se o CAV tropeçava no toque final, o My Balls tinha muito claro o que fazer. Além de se defender muito bem, a ideia era contra-atacar muito bem. E aos 12 minutos isso voltou a acontecer, rendendo um placar de 2 x 0. Daniel Dias arrancou e invadiu a área pela esquerda. Ele ameaçou chutar, enganando Gallego, e tocou com categoria no canto direito, marcando um golaço e deixando o time celeste com ampla vantagem com pouco mais de 10 minutos para o fim. 



No contra-ataque, o tiro fatal: Daniel Dias tocou na saída de Gallego para fazer 2 x 0


O que já era tenso ficou mais ainda. O CAV não mudou seu jogo e seguiu pressionando, mas já demonstrava certo desânimo. Isso só mudou quando Vitinho e Caio Fleischmann voltaram à quadra, dando gás e mais velocidade ao time, e funcionou. A equipe caveira começou a levar muito mais perigo. Bruno Cruz perdeu mais um gol, após receber completamente livre na esquerda de Caio. Logo em seguida, o camisa 18 voltou a ficar sozinho no ataque, e desperdiçou mais uma boa chance. 

A partir dos 17 minutos, o desespero tomou conta da equipe caveira. Gallego já atuava como goleiro linha; o MB começou a valorizar as faltas com certa catimba, o que deixava o clima do jogo ainda mais tenso. Aos 20 minutos, Caio Fleischmann apareceu na área e aproveitou cruzamento de Bruno Cruz para desviar e finalmente vencer Leandrão, diminuindo para 2 x 1. 



Marcel marcou bem e chegou ao ataque, mas não foi o suficiente para levar o CAV ao empate


O gol acordou o time, que sentiu muito a marcação sobre Davi, que pouco fez durante toda a partida. Dois minutos depois do gol, o mesmo Caio Fleischmann apareceu de novo, e exatamente no mesmo local de onde o camisa 11 fez o primeiro gol. Jogada idêntica que ele desviou bola oriunda da esquerda. Dessa vez, Leandrão fez o milagre do jogo, pegando à queima-roupa com os pés. 


Acostumado a ser campeão, desta vez o goleiro e capitão Gallego teve que se contentar com o troféu de vice



Alegria e muita vibração na comemoração: goleiro Gabriel (com a taça) era dos mais empolgados


Para coroar a atuação do arqueiro, a última investida caveira foi com Vitinho, que driblou a marcação e carimbou nada menos que o rosto de Leandrão. Era sinal que a bola não ia mesmo entrar, e assim foi até o apito final dos árbitros, que veio a decretar um título baseado na superação dos jogadores na marcação dentro de quadra, na inteligência dos contra-ataques e, por que não?, na experiência de segurar o jogo e ditar o ritmo – tal qual o Boca Juniores diante do Corinthians no Pacaembu na última Libertadores –, como fez com Zenite nas semifinais e CAV na final. 


Início complicado e classificação no sufoco: a zebra azul deu as caras no mata mata e faturou o caneco


A comemoração da equipe envolveu a entrada das mulheres, que inclusive ajudaram na entrega das medalhas aos atletas. Foi a coração de um semestre turbulento inicialmente, mas cuja trajetória foi corrigida a tempo. Mesmo com atuações abaixo do esperado na fase de grupos, a equipe soube jogar a fase final de maneira perfeita, envolvendo todos os seus adversários com sua estratégia. O My Balls mostrou que retranca também ganha título, assim como vários selecionados italianos ao longo dos anos, assim como muitos outros campeões do próprio Chuteira de Ouro. A dita zebra azul provou que a zebra pode ser sim mais que mero coadjuvante. 


Nó, o herói da semi, estava suspenso da final e sofreu do lado de fora até a hora de poder comemorar


Ficha técnica

FINAL DO XV CHUTEIRA DE OURO

15 de junho de 2013, quadra 14, 17h

My Balls 2 x 1 CAV

Gols: Bruno Sobral e Daniel Dias (MB); Caio Fleischmann (CAV) 

MVPs: 1 – Bruno Sobral (MB); 2 – Daniel Dias (MB); 3 – Fernando Souto (MB) 

MVGs: 1 – Leandrão (MB); 2 – Gabriel Viana (MB) 



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