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Bacana aproveita erros do Sagrado e, com muita vibração e vontade, é tricampeão da Calcio!

 
O Bacana é tricampeão da Copa Calcio! A volta do time às competições do Chuteira no ano passado vem rendendo bons frutos. Finalista do Chuteira Master, campeão do Chuteira 5, na última quinta-feira foi a vez de levantar a taça da 9ª edição da Copa Calcio, após vencer o Sagrado por 6 x 4 num jogo para lá de emocionante.
 
Em 10 minutos, o Bacana fazia 3 x 0, aproveitando as falhas do adversário. Foi a postura que um muito receoso técnico Marcelão confirmou à reportagem momentos antes do jogo. “Eu vou jogar atrás, no erro do Sagrado”. Assim o fez e assim conseguiu a vantagem, que foi minada até o início do segundo tempo por um Gabi em noite de longa inspiração. Quando veio o 3 x 3, o Sagrado tinha tudo para virar e vencer, só não teve pernas, e por isso acabou castigado por um velocista Andreas, novas falhas individuais e batendo de frente a um time empurrado por uma centena de torcedores e muita vibração e experiência.
 
A final era a esperada pela maioria. O Sagrado fez uma primeira fase regular, com apenas duas derrotas (uma delas ao próprio Bacana). O Bacana foi mais irregular, com 3 derrotas e 2 empates, jogando conforme a tabela, a necessidade, encarando contusões e rodando muito o elenco. Na real, jogou pro gasto para passar de fase e apenas não cruzar com o Sagrado antes da final – isso era explícito no discurso da direção: Sagrado? Só na final. Deu certo.
 
Apito inicial e bola rolando. As primeiras chances reais de gol foram do Sagrado – e que chances! Gabi na direita apertou o botão nitrogênio, deixou Demehur e Rugby comendo poeira até chutar cruzado uma paulada pra fora. Depois, em jogada de Leco com Deco na esquerda, a bola foi rolada para Pipo na entrada da área. Chute de primeira bonito no alto que Guido desviou bem e salvou, mandando a escanteio. O goleiro teria uma noite daquelas.
 
A hora do espanto chegou. Falta boba de Leco em Demehur no meio levou a chute rasteiro deste direto. João montou mal a barreira e viu a bola vir cruzada pro outro lado. Ele caiu e não achou nada. Falha do goleirão! Bola na rede! 1 x 0! O gol foi o gatilho para o Sagrado se perder por completo. Zizu tirou de sua defesa e a bola caiu para Thom no meio. Ele matou e esperou a vinda do camisa 5, que passou pelo meio em disparada sem marcação. Recebeu, deu dois toques na bola e mandou o tiro dois metros após a linha do shoot out. A bola quicou no caminho e inexplicavelmente morreu lá dentro! João não achou nada. Foi tão bizarro que é até possível que tenha havido um desvio no meio do caminho, como disseram alguns. Fato é que o Bacana fazia 2 x 0 e ia engolindo o Sagrado!
 
Eram ainda apenas 8 minutos de jogo e o Sagrado buscou a reação. Gabi foi lançado por Leco pela esquerda e tocou na saída de Guido no carrinho. A bola passou raspando a trave e o goleiro acertou o atacante fora da área, que queria a falta, ignorada pela arbitragem. Em escanteio, bola pra Cadinho e toque pra Beça na entrada da área. Ele chutou um tanto quanto fraco e fácil para Guido, no meio do gol, que bateu roupa e Gabi chegou tocando pro gol no rebote mas em cima de Guido!
 
O Bacana teve a chance do terceiro gol quando Thom escapou de corte de Beça e deu um toque de classe olhando pro outro lado visando Romulo. Apesar de a bola ter desviado em Pipo e atrasado a jogada, Romulo segurou, prendeu, girou e ajeitou para batida rasteira de Thom que João voou bem no seu canto direito e evitou o pior.
 
O segredo do Sagrado era Gabi pelas pontas. Numa arrancada pela esquerda, ele passou por Rugby mas Thom tirou pra escanteio. Pela direita, ele recebeu de Beça tomando bola de Iuri e cruzou alto, do lado oposto, para batida quase em cima da linha da área de Pipo. Um meio voleio que foi pro chão e subiu muito antes de atravessar a linha de fundo por cima. Pipo até parecia atacante: do meio, ele armou o chute mas acabou dando um belo passe para Deco livre na área. Ele matou e girou com muita rapidez, tanta talvez que acabou caindo sozinho na hora do arremate, que saiu muito fraquinho para as mãos de Guido.
 
Deco tomou de Andreas em sua defesa e rolou para Leco armar e lançar na corrida para o mesmo Deco, que foi um segundo mais lento que Guido. Uma afastada de Rugby atrás passou raspando a trave de João. A torcida soltou o “uuhhhhhhhh”. Porém, aos 11, a torcida soltou o “eeeeeehhh, c*” em gol de Zizu, fazendo 3 x 0. A jogada foi um primor de habilidade e velocidade: da recuperação de Rugby desarmando Beça, a disparada de Zizu de trás passando pelo lançamento de bola de Romulo para o mesmo Zizu em velocidade já no campo de ataque sem marcação alguma, e fechando com chute certeiro na saída de João, foram exatos 6’41 segundos ! 3 x 0 na conta!
 
Se perdendo de 2 x 0 era ruim, imagina com este gol? Na hora Cacá pediu tempo. O que se passava com o atual campeão? O papo rolou e o Bacana voltou mais recuado e deixando o Sagrado com a bola. No contra-ataque, quase marcou mais um quando a bola chegou a Zizu na direita e deste um tiro cruzado que passou muito perto do ângulo oposto. Romulo, que em termos comportamentais não aprende, se desentendeu com Dé e na ida ao ataque deu uma ombrada no adversário. O juizão deu amarelo para os dois. Do banco, teve gente ainda gritando: “Não precisa, Romulo”. Não mesmo.
 
Deco e Pipo apareceriam em duas boas oportunidades. Na primeira, Deco recebeu de Gabi, cortou para dentro da direita e mandou rasteiro forte. A bola passou perto. Na outra, Leco lançou da defesa pra entrada de cabeça do irmão. Desvio perfeito e defesaça de Guido no alto para escanteio! Quando Pipo mandou rasteiro pra área e Gabi não chegou a tempo de completar, o Bacana pediu tempo, aos 19. Na volta, Cadinho tomou de Mala e ligou Deco, que desperdiçou num chute rápido com efeito que Guido tirou de soco pra frente.
 
Renatinho bateu falta e João defendeu bonito no alto antes de ser afastada. Já Mala tomou de Leco ao tentar rolinho e avançou até chutar fraco, fácil a João. Lateral para a área, Deco subiu e ganhou de dois no alto ao cabecear pro chão. Guido pegou de novo. Ele não pegaria, entretanto, a próxima bola, numa jogada magistral de Leco lançando por cima da defesa pra corrida de Gabi caindo pela esquerda. Gabi correu e pegou de canhota, por baixo das pernas do goleiro, e fazendo 3 x 1!
 
O apagão do Sagrado no início da etapa foi compensado por apagão do Bacana no final da etapa. Só isso explica o que viria a seguir: João afastou bola de sua defesa com bicão que virou lançamento pra Deco na esquerda. Ele matou, virou e viu Gabi entrando pela direita. Bola pra ele, que ainda teve tempo de cortar pra dentro e tirar Renatinho antes de mandar o cacete nela de canhota. Sim, senhores! 3 x 2 no placar!
 
O Bacana entrou em choque e a sorte foi que já estava nos acréscimos, tanto que uma falta frontal mal marcada de Leco que Renatinho rolou para a ponta esquerda não deu sequência porque o árbitro apitou fim de primeiro tempo. O Sagrado criou muitas chances e desperdiçou, muito em função da boa participação do goleiro Guido (quem é Herbal?). Foi punido por falhas individuais e voltou ao jogo pela habilidade de Gabi. Com 3 x 2, o jogo estava de novo completamente aberto. Como reagiria o Bacana?
 
O segundo tempo começou com Andreas dando trabalho a Cadinho. Iuri recebeu de Demehur no pivô e chamou Pipo para o baile. Foi quase uma valsa toda até o giro e chute pra fora. Leco lançou da defesa e Tureba apareceu de cabeça na marca do pênalti para despachar a bola por cima para o alambrado. Zizu, o Paulinho do Bacana, foi pra frente, recebeu, abriu a Thom na ponta direita e entrou na área para escorar o cruzamento. Pena que a bola passou na frente dele sem conseguir o toque.

O que veio em seguida é daqueles lances de genialidade, quando se vê o craque agindo e improvisando por instinto, sem pensar. Deco meteu bola alta pra Gabi na esquerda, quase na linha lateral. Zizu na marcação à frente dele. A bola passou por cima e quando Zizu virou para ver onde a bola ia, Gabi já tinha matado de peito voltando a bola pra dentro do campo e correndo para dentro do área, de onde soltou no canto, entre Guido e a trave, para marcar um gol de placa! Faz chover, Gabi! 3 x 3!!!
 
Com um empate assim, era natural que o time crescesse e pressionasse, com o Bacana sentindo o golpe após abrir 3 x 0. Só que o que rolou foi bem o oposto: o Sagrado sentiu o cansaço do esforço e Deco com Gabi foram para o banco. Na mudança, o time não engrenou e seria castigado com 3 gols em menos de 5 minutos. Antes, contudo, a chance da virada foi concreta, mas Deco perdeu gol que não costuma perder ao receber de Pipo na entrada da área após recuperação do zagueiro com Salgado no meio. Ele chutou e Guido salvou com o pé.
  
O Sagado ficou na bronca no contra-ataque que Deco recebeu na esquerda e foi trombado por Rugby, indo ao chão na lateral da área. Queriam a falta não marcada. Então veio o gol que decidiria o jogo. Leco e Beça não se entenderam no meio, Romulo ficou com a bola, deu pra Iuri na esquerda e foi pra área completar o cruzamento. Nem Cadinho nem Beça cortaram e 4 x 3 na conta!
 
Nitidamente o Sagrado estava exausto em campo. Sem movimentação, Leco prendia a bola atrás querendo lançar e não achava pra quem. Ainda conseguiu um tiro de Dé que ficou na zaga antes de Andreas receber na ponta esquerda, dançar na frente de dois marcadores e mesmo assim achar Romulo no pivô, que pisou e ajeitou para o mesmo Andreas avançar pra dentro da área e meter no canto. Beça e Leco deixaram-no passar e chutar sem incômodo algum! 5 x 3 e comemoração no alambrado com as 103 pessoas que estavam ali vibrando com o Bacana!

No banco, Cacá já não sabia o que fazer. Sem pernas, o time era castigado após uma reação espetacular. Fora, Deco e Gabi se aprontaram para voltar e ouviram a pergunta: “Quer descansar mais?” “Sim”, respondeu Gabi. Extenuado, o craque do time esperou sair o sexto gol, dando adeus a qualquer esperança de bicampeonato. A falha da vez foi de Cadinho. Ele perdeu para Andreas na esquerda de sua defesa e só pode acompanhar de longe o atacante avançar e meter por cima, na saída de João. 6 x 3 e tchau tchau!
 
Da arquibancada, iluminadores eram acesos e davam um tom rubro à final. O som era um só: “O campeão voltou, o campeão voltou”. Matheus e Cezinha entraram para dar aquela experiência e logo o segundo fez falta em Gabi, que bateu direto e acertou a cara de Thom. Ela foi pra lateral e voltou para a área, onde Deco matou e teve nova chance, mas mandou muito fora com desvio. Em escanteio, Deco cabeceou pro chão e parou em Cezinha, voltou pra ele e parou em Matheus. A bola saiu da área e chegou a Tureba, que bateu com desvio em Iuri para fora.
Andreas deu rolo em Gabi e levantou a torcida, que já gritava “é campeão” e ensaiava um “olé”. Após o drible, meteu pro gol de longe e João agarrou. Thom cortou passe de Pipo na defesa, deu de Zidane na lateral e jogou para a área para Andreas se consagrar, mas João conseguiu a defesa parcial e Tureba (ou seria Dé?) chegou bicando pra longe quando ela ia entrando no rebote do mesmo Andreas. O sétimo gol teve outra vez no quase, em contra-ataque puxado por Matheus na esquerda para conclusão de Thom da entrada da área para fora! Do banco, alguém suplantou a atuação de Matheus: “São os 5 melhores minutos da vida do Matheus jogando”.
 
Quer mais gol perdido? Pois tem mais! Iuri saiu no contra-ataque em segunda marcha e conseguiu achar Romulo, que perdeu a passada e não pode concluir com a saída de João. O jeito foi esperar alguém para a batida – e este alguém foi Andreas pela esquerda. Sozinho, matou no bico da área, adiantou um metro e chutou no travessão tendo apenas Gabi debaixo do gol!!!
 
O Sagrado pouco chegava e já não tinha gás. Ia na base da raça, como em lance de Salgado na área, deixando Cezinha passar batido no carrinho e ficar no chão, mas chutando sem ângulo em cima de Guido. Ou então na base da vontade, como em gol de Deco, seu 13º no campeonato para garantir a artilharia isolada, ao escapar de duas enxadadas de Iuri, cortar para dentro tirando Cezinha e metendo na rede. Gol! 6 x 4 aos 22 minutos!
 
Cezinha deu carrinho e parou contra-ataque promissor do incansável Deco, levando amarelo. Pipo bateu rasteiro e mal, e a bola foi cortada para a lateral. Um recuo de Demehur só não virou assistência pra Deco porque Guido saiu e bicou antes da conclusão. Iuri ainda isolaria entrando pela esquerda e o mesmo fez Deco recebendo lançamento de Leco pela direita.
 
Já eram os acréscimos, a torcida já cantava “Está chegando a hora”, o Sagrado sabia-se derrotado e o Bacana sentia a vibração vinda das arquibancadas e do banco de reservas, este com 14 jogadores mais técnico. O apito final foi mera formalidade, apenas o anúncio oficial de que já podiam parar de correr atrás da bola e comemorar o título, o tricampeonato da Copa Calcio!
 
Muita festa, torcida em quadra, fogos, fumaça e especialmente alegria. O Bacana, definitivamente, voltou. E desta vez levantando taça atrás de taça. Coube a Romulo receber o caneco, com Thom sendo escolhido o melhor jogador das finais.
 
Todo o receio de Marcelão pré-jogo se dissipou. A noite prometia ser longa e feliz. Só faltou mesmo o churrasco, este sim adiado para uma próxima vez. Para o tetra, quem sabe.
 
Ficha técnica
 
Bacana 6 x 4 Sagrado – Final da IX Copa Calcio
 
Gols: Zizu (2), Andreas (2), Romulo e Demehur (B); Gabi (3) e Deco (S)
 
Cartões amarelos: Cezinha, Romulo e Mala (B); Salgado, Beça, Dé e Tureba (S)
 
MVPs: 1 – Thom (Bacana); 2 – Gabi (Sagrado); 3 – Guido (Bacana)
 
MVP da final: Thom (Bacana)

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