Não faltou emoção no confronto que envolvia duas equipes na parte de baixo da tabela. Jogo brigado, muito falado, com bastante “mimimi” pelos dois lados e não poderia faltar bola na rede. O AE Ipiranga esteve muito perto de conseguir sua primeira vitória na competição, saiu atrás, virou e abriu dois tentos de vantagem, mas viu os três pontos irem para o ralo com o Banzelona buscando a igualdade no finalzinho. O 3 x 3 não muda em nada na classificação de ambos.
A peleja começou com os dois times abusando da vontade. Assim, os erros de passes/finalizações foram inevitáveis. Quando resolveram colocar a pelota no chão, conseguiram arrancar o “uhh” da galera que acompanhava na parte externa da quadra (sim, não adianta pedir que não fiquem por lá). Santana recebeu na ponta direita e preparou o tiro cruzado, mas Thigas conseguiu se esticar e mandou para a linha de fundo. A resposta ipiranguense veio na bobeada de Leonardo na quadra defensiva, GR estava esperto e soltou o torpedo, passando muito perto da meta defendida por Rudge. Fechando a série, outra ação banzelonista com Poladian cobrando falta de longa distância. Thigas bateu roupa e a defesa afastou o perigo. Parecia que teríamos um jogo animado.
Antes do primeiro tento da tarde, outra vez o Ipiranga no ataque e GR aproveitou um bumba meu boi dentro da área verde e deu um biquinho na redonda, mas ela beijou o poste. Por pouco, hein! Quando eram jogados 8 minutos, o ataque aéreo do Banzelona resolveu entrar em ação. Pelo lado direito, Santana levantou para o tumulto e Poladian parou no ar (feito helicóptero, beija-flor e Dadá Maravilha) ao desviar de cabeça e mandou no canto direito de Thigas. Luê e jogadores do Ipiranga reclamaram com a arbitragem de carga do camisa 9, mas prevaleceu a marcação de quadra. Bola na rede e sobrou para você, Thigas, buscar a redonda no fundo do balaio. 1 x 0!
O duelo era quente, com excesso de faltas e cartões para todos os lados. Haja trabalho para os homens do apito! Até os 13 minutos, foram distribuídos cinco cartões amarelos (Banzelona 3 x 2 Ipiranga), e rapidamente o Banzelona ficou pendurado em infrações e qualquer incidente causaria o temido shoot out. E foi que aconteceu. Aos 15, Lupera sofreu falta e Luê pegou a bola, chamou a responsabilidade, respirou e partiu para cobrança. O camisa 69 teve tranquilidade, esperou a definição de Rudge e colocou no meio da meta. Controlem os ânimos, galera do colete! 1 x 1!
Quatro minutos depois, o Ipiranga virou a mesa, graças a mais uma infração adversária. Santana estava ansioso para retornar, entrou sem autorização do árbitro, e como já tinha levado amarelo instantes antes, foi acompanhar o resto do jogo fora da quadra. Haja falatório, pessoal inflamando nos corredores e mais um shoot out para Luê cobrar. Novamente o 69 ipiranguense teve muita tranquilidade para cutucar no canto direito de Rudge e... 2 x 1!
O Banzelona pediu tempo e voltou ensaiando uma pressão na reta final do período. Rafael alçou a redonda no meio do furdunço e Poladian subiu no terceiro andar para desviar de cabeça, mas errou o alvo. No último lance da etapa, Nicolas arrancou pelo lado esquerdo, preparou o tiro e passou à direita. Fim dos 25 minutos iniciais.
Bola rolando para a etapa final e o lado verde da quadra teve duas oportunidades de igualar o marcador. Pelo flanco direito, Barcellos levantou na medida para Poladian subir o Terraço Itália e cabecear no contrapé de Thigas, mas por centímetros não tivemos o tento do Banze. No ataque seguinte, Juli envolveu a marcação adversária, preparou o tiro, que contou com desvio da zaga, e novamente o arqueiro ipiranguense torceu para que a pelota saísse.
Aos 7, Jotapê foi carregando a bola no setor esquerdo, partiu para cima da marcação e deixou Poladian na saudade. O 20 ipiranguense mandou uma bicuda, rasante e sem chances para Rudge, que se esticou todo no canto direito, mas não encontrou nada. A primeira vitória estava perto para os lados do Ipiranga! 3 x 1!
A partida caiu um pouco de produção e Giafo foi o segundo jogador do Banzelona a se retirar do recinto. As faltas foram se acumulando, e quem ficou pendurado foi o Ipiranga. Será que teríamos shoot outs até o final? Luê partiu para cima de Leonardo, deixou o adversário na saudade e mandou uma sapatada, mas Rudge executou boa defesa. Era a derradeira chance do Ipiranga no jogo e, faltando mais de 10 minutos para o apito final, o Banzelona pediu tempo.
A parada surtiu efeito, e a turma verde partiu cima na base da raça, coração e muito jogo aéreo. Da quadra defensiva, a um passo da faixa central, Barcellos fez lançamento milimétrico para Poladian ganhar outra vez pelo alto, no contrapé e Thigas novamente rezou para que passasse longe de sua meta. Quase o segundo! Aos 16, o 9 banzelonista dividiu com o guarda-metas ipiranguense dentro da área, Nicolas pegou a sobra, mas chutou em cima de Lupera, que salvara em cima da linha, mas o rebote voltou para o camisa 3, que não desperdiçou nova oportunidade ao empurrar no canto esquerdo. O Banzelona estava vivo! TEEEEEEEEMOS UM JOGO! 2 x 3!
O segundo tento inflamou o lado banzelonista. A preocupação e a sensação do empate estavam no semblante da turma ipiranguense, que não tinha força para reagir. A pressão continuou, e após o cruzamento de Nicolas, Poladian precisou escalar o Everest para tocar de cabeça, mas Thigas fez um DEFESÃO, um milagre e quase o score foi alterado! Na sequência, o 9 banzelonista mostrou que também sabe usar os pés e, após boa jogada pelo corredor canhoto, deixou dois defensores na saudade, cortou para o meio e mandou uma sapatada à esquerda da meta preto/rosa.
Tem mais! Rafael levantou para o meio do pagode, Poladian parou no ar e obrigou Thigas a executar boa intervenção. Parecia que a pelota não entraria e os três pontos iriam para o Ipiranga, mas quando o relógio chegou aos 25 minutos, não teve jeito. A festa junina invadiu o mês de dezembro com festival de balões para todos os lados. “Balão subiu e desceu, torcida brasileira”, já dizia o saudoso Fiori Gigliotti, e após chutão de Barcellos, Rafael esperou a zaga errar o bote, dominou e acertou o canto esquerdo de Thigas. O empate veio! Na raça e até o fim! 3 x 3!
O resultado pode não ter sido bom para os dois lados, e embora os “mimimis” que acontecem durante a peleja, foi um bom jogo e com emoção até o apito final. Gostamos disso! Vamos manter isso aí! Ambos os times terão muito trabalho pela frente e o lado ipiranguense chegou a dois pontos em quatro partidas. O time folga na jornada 5 e retorna às quadras daqui duas semanas. Do outro lado, Banzelona chegou à metade do percurso e continua com saldo devedor na tábua de classificação. Na próxima rodada, o pessoal do colete verde terá a missão de parar o GalataSarrei VC, que vem de duas derrotas e disposto a sair da crise.
Ficha técnica
Banzelona 3 x 3 AE Ipiranga – 4ª rodada do Grupo B da VII Copa Estrelato
Gols: Poladian, Nicolas e Rafael (B); Luê (2) e Jotapê (I)
Cartões amarelos: Leonardo, Giafo e Santana (B); GR, Pit, Luidão e Luê (I)
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