Seu novo uniforme é de PR1MA! Facilitamos a sua vida!

    Agilidade e comodidade para você focar apenas no que importa... o seu time! @pr1masports e (11) 99210-4656

    Veja mais

MOB leva susto no início, mas conta com Vitinho e Michel inspirados para derrubar o último invicto e conquistar a Copa Estrelato

Se o (a) leitor (a) pular para a ficha técnica ou assistir apenas o segundo tempo da transmissão pelo Facebook do Chuteira de Ouro, certamente vai pensar que foi uma decisão fácil e de um time só. O score final engana, não foi a “baba do boi”. O Bote Certo entrou em quadra para tentar fazer história e ser a primeira equipe da Copa Estrelato a levantar o caneco vencendo todas as partidas (sim, eu pesquisei este dado antes de redigir a matéria). O time encurralou o MOB por quase 15 minutos, teve duas oportunidades de sair na frente e deixar o oponente mais perdido do que surdo em bingo, mas o conjunto morreu, a “água mágica” acabou, a equipe de Gabiru conseguiu sair da “arapuca” armada por Gordiola e caminhou para sua primeira conquista dentro do universo chuteirense. O placar de 5 x 0 foi construído com facilidade a partir do momento que a equipe se impôs em quadra – e ficou barato para o Bote.


Dividindo esta final em quartos, como acontece no futebol americano e no basquete, a primeira parte foi dominada pelo Bote, mostrando suas credenciais de ser o único 100% no certame. Marcação alta e adversário sem tempo para respirar, essa era a tônica da turma azul. Parecia que o MOB ainda não estava acostumado com o tamanho da Arena Chuteira (ou Chuteirão), já que sofrera na semifinal ao derrotar o Kiwi.
 
Enquanto isso, os comandados de Gordiola trocavam figurinhas antes da primeira trama perigosa. De Marivaldo para Bita na quadra defensiva, bola chegou em Kadu até devolver o presente para o 2BC encontrar W10 sozinho na lateral. O avante evitou a saída, com direito a Rick trombar com o árbitro (isso é falta!), avançou com liberdade, mas perdeu uma chance na qual não costuma desperdiçar. O tiro parou em Seeh, à queima-roupa, o rebote ficou com Andrey, que dividiu com Negão e a redonda ficou limpa para Thiaguinho arriscar de longe, para fora!
 
Em apuros, o MOB não conseguia ter a famosa posse de bola e aplicar o seu “mobismo”. Em outra ação azul, W10 chamou a falta na entrada da área, pegou a redonda e chamou a responsabilidade (“Eu bato!”), porém, o tiro passou à direita, assustando Seeh, que só rezou. Na sequência, Andrey fugiu do ‘tackle’ de Negão, não caiu e a arbitragem deu vantagem. Bita recebeu no meio e deixou W10 na cara do gol, mas outra vez o artilheiro BC desperdiçou uma chance de ouro para abrir a contagem e Seeh foi fundamental para manter o score em branco com outro DEFESÃO à queima-roupa! Esse duelo entre W10 vs. Seeh tá bom demais!
 
O MOB só apareceu ao ataque a partir do segundo quarto da peleja. Reposição de Seeh para Michel na ponta esquerda, Bita ficou na marcação e o camisa 26 rolou para Pulga preparar o tiro de canhota. A redonda desviou levemente em Thiaguinho e saiu para corner. Era o cartão de visitas, e o time começou a ter o equilíbrio das ações graças à entrada de Alemão, que conseguiu desafogar o sistema defensivo e ajudou por demais na armação das jogadas.
 
Agora era o jogo que a galera estava acostumada a ver com os mobenses tocando a bola como queria, o tal “mobismo” estava ativado e a armadilha de Gordiola não fazia mais efeito. De Vitinho para Michel, Alemão se apresentou no corredor direito e Bob cortou providencialmente para fora. No escanteio cobrado pelo próprio 26 MOB (o cara das bolas paradas), Vitinho dividiu com a zaga, sobra de Nego e bola açucarada para Negão se consagrar – como fora na semifinal –, mas faltou cacoete de artilheiro, chutou por elevação e Marivaldo deu um leve tapa com a luva para ceder novo escanteio. É pessoal, o MOB acordou!
 
Michel seguia livre na partida! Tinha tapete vermelho para todos os lados, e o cara desfilava como nunca. Em outra ação envolvendo o avante 26, tabelinha marota com Leco naquela famosa avenida direita (alguém para ele, pelo amor de Deus!), inversão para Alemão chegar batendo e Marivaldo apenas conseguiu ouvir o barulho da pelota acertando o travessão. É melhor parar o jogo, Bote Certo! Gordiola atendeu aos pedidos – ou leu o pensamento do repórter – e pediu time out.

Chegamos ao minuto 18, e assim como aconteceu na eliminatória passada, o MOB abriu a contagem. Após passe errado do ataque azul, Rick tranquilizou e iniciou a trama. Michel recebeu o presente na ala canhota e, contra dois marcadores, engatou a 6ª marcha e deixou todo mundo para trás, linha de fundo e passe para o meio, onde estava Vitinho, livre, solto e muito “nervoso” para empurrar a redonda. Décimo sexto tento do camisa 82 e acho que a 10 está aposentada de vez depois do “sumiço” na semi! 1 x 0!
 
 
O Bote Certo sentiu aquele golpe no queixo, mas não tonteou e estava lúcido para buscar o empate rapidamente. Rick buscou lançar para o tumulto e a redonda explodiu em Dieguinho, que ganhou a disputa pessoal e atirou com veneno para Seeh bater roupa e a zaga afastar o perigo. Depois, foi a vez de Kadu cobrar escanteio na ponta canhota, Akin antecipou-se à marcação e tocou de cabeça, Bob desviou de leve e acertou a trave esquerda, o melão voltou para o próprio 6BC ter nova chance, mas Seeh roubou a cena pela terceira vez com um DEFESÃO no susto e Rick mandou para corner. O arqueiro mobense pediu atendimento e Gabiru parou o jogo para dar uma esfriada no rival.
 
Com a volta do break, o MOB teve a última investida na etapa inicial com um contra-ataque quase letal, que terminou com Pulga tendo a faca e o queijo na mão para anotar o segundo, mas Shunay foi o salvador da pátria e afastou para longe. Primeira etapa de dois times, com o Bote surpreendendo na metade inicial, mas perdeu o gás, deixando o MOB fazer o que quisesse na parte final.
 
Enquanto a equipe de transmissão trocava figurinhas no ‘Show do Intervalo’ com mesa tática e dando caminhos para uma reação do Bote Certo, Gordiola tentava reparar a armadilha para que funcionasse na etapa complementar. Não deu certo. Foram precisos 11 segundos para que toda a estratégia apresentada pelo treinador na pausa caísse por terra. O “mobismo” foi ativado. Além disso, foram 11 toques na bola (sim, eu contei) passando por quatro jogadores diferentes, deixando o lado azul completamente hipnotizado pela quantidade de passes. Pulga deu o kickoff, Alemão recebeu na quadra defensiva e tocou para Negão na esquerda, corte para o meio e Pulga se apresentou na ala canhota para receber o passe e telegrafar uma belíssima assistência para o artilheiro Vitinho completar com a meta escancarada. Gol 17 do camisa 82 e levar um tento nos segundos iniciais é para derrubar qualquer esquema tático. MOB com uma mão e meia na taça! 2 x 0!
 
O Bote sentiu o golpe, mas não queria entregar os pontos e até Marivaldo resolveu jogar na linha para conseguir uma milagrosa reação, tipo Marcos na partida contra o Grêmio em 2008, quando quis bancar o herói saindo da sua meta a cada ataque alviverde. Melhor para o MOB, que aproveitou que o oponente estava em frangalhos e tomou conta de vez da peleja, sem tomar sustos no seu sistema defensivo. 
 
Com 3 minutos jogados, a equipe de Gabiru colocou a vaquinha para dormir e ficou com a mão e quatro dedos na taça. Tudo começou com Pulga puxando o contra-ataque pelo meio, a tentativa de passe para Michel foi interceptada por Akin. Os dois seguiram disputando a posse do melão e o 63 MOB sofreu um carrinho por trás. A arbitragem deu vantagem e Nego aproveitou o presente para dar continuidade na trama ofensiva. Michel recebeu na esquerda, Marivaldo saiu da meta para abafar, mas o camisa 26 foi rápido ao deixar Nego sozinho dentro da área para acertar o canto esquerdo. 3 x 0!
 
Os saloneiros queriam mais! Estavam com fome! Insaciáveis! Alemão sofreu falta no meio da quadra, e, enquanto a defesa BC procurava se organizar, Rick cobrou rápido e Vitinho recebeu na ponta esquerda, tiro perigoso e Marivaldo pegou. O lado azul também queria resolver na bola parada, mas a tentativa de Thiaguinho virou field goal e a redonda foi parar na linha do trem. Se fosse futebol americano seriam três pontos e o jogo estaria empatado, mas... Já o goleirão azul continuava com a tática kamikaze de deixar a meta desguarnecida e o chute antes do meio da quadra facilitou para Seeh segurar firme. O arqueiro mobista era um espectador privilegiado na segunda etapa, faltou uma cadeira de praia, uma mesa, uma porção de camarão e aquele suco de cevada para acompanhar.
 
Tinha mais MOB no ataque! Reposição de Seeh para Negão, Leco avançou e tocou para o imparável Michel na esquerda. Sassaricada para cima de Kadu, pé esquerdo na bola e Marivaldo voou para fazer um DEFESÃO! Na sequência, Vitinho cobrou lateral na esquerda, Negão tabelou com o 82MOB e inverteu para Leco na direita. Michel apareceu livre no corredor, recebeu o passe, cortou Thiaguinho e tocou por baixo de Marivaldo, que quase tomou um frangaço. Só não foi porque a redonda perdeu força e Gui tentou afastar, porém, Pulga apertou a marcação, rolou para o meio e Negão chegou batendo com perigo à esquerda. “Stop the couting!”, gritava a torcida do BC. E o duelo nem chegara ao quarto quarto (segunda metade do segundo tempo) ainda.
 
Quando eram jogados 15 minutos, a rede balançou pela quarta vez. Alemão cobrou lateral em direção ao ataque, balão subiu e desceu, Negão tocou rápido para Michel e Alemão, que tinha iniciado a jogada na direita, apareceu livre na faixa central para avançar, dar um corte seco para cima de Andrey (“quadrado + X”) e soltar uma paulada do meio da avenida com a perna canhota. A redonda desviou na cabeça de Michel (para alguns, ele deu aquela casquinha consciente), matando qualquer reação de Marivaldo, que se preparava para executar a defesa. Esse tal de Michel quer ser MVP de qualquer jeito! Já era, pessoal, MOB próximo da volta olímpica a dez minutos do final! 4 x 0!
 
Com o título encaminhado, que tal a entrada do folclórico Caricas para mostrar toda sua malemolência e habilidade? Era o que a equipe de transmissão pedia e Gabiru ouviu as nossas preces! O camisa 9 entrou por volta dos 17 minutos e este humilde repórter soltou que só faltava ele marcar um gol. No primeiro ataque da lenda, avanço no lado esquerdo, passe para trás e Pulga não entendeu nada o que o coleguinha fez e chutou em cima da defesa. Depois, um domínio fora do normal na esquerda, cavadinha ousada na saída de Marivaldo, mas a bola passou por cima. Olha o gol amadurecendo!
 
Antes do derradeiro tento, teve também um lance plástico de Negão ao receber passe por elevação de Rick, matada no peito e uma linda bicicleta (com banco, guidão, rodas e tudo que tinha direito), mas os Deuses não queriam que o 64 assinasse a obra de arte. Então, coube a Caricas fazer as honras e passar a régua no placar aos 20 minutos. O avante 9 recebeu de Pulga e se complicou com o domínio, levando a pelota até o lado esquerdo do ataque, uma patinada pela falta de um pneu adequado, Bita desarmou, mas na sequência errou o passe, caindo nos pés de Vitinho, que teve tranquilidade de armar a jogada e rolar com todo carinho para Caricas, gol vazio, se atrapalhar na hora da finalização mas empurrar sim a redonda para o fundo do gol! Quase errou, hein!
 
O feito do Sr. Eduardo Baracat causou uma grande invasão, onde nem os seguranças conseguiram impedir a animação da galera, superando Pelé e Romário quando anotaram o gol 1000. Até Gabiru entrou para comemorar, óbvio que foi advertido com o cartão amarelo. Pode isso? Não é que o repórter cantou a bola falando que ele marcaria? MOB campeão! 5 x 0!
 
O Bote buscou o gol de honra com Fernandinho e Marivaldo, sem sucesso. Seeh fez um DEFESÃO no tiro do 8 azul, enquanto o guarda-metas atirou à esquerda. Era só questão de tempo para o tio trilar o apito pela última vez e iniciar a comemoração.
 
Em sete edições da Estrelato, este foi o maior resultado em uma decisão, superando os títulos de 11 Filhos de Francisco e Maraca quando golearam Rendeu Assunto e Vikings, respectivamente, por 4 x 1. O Bote Certo perdeu a chance de fazer história ao ser campeão vencendo todos os jogos, mas o time tem grupo para fazer boas apresentações no Chuteira 5 em diante, e quem sabe não tenhamos um reencontro com o MOB para acender uma pequenina rivalidade.
 
Por falar no campeão e na próxima divisão, as atenções estão voltadas para Gabiru e seus comparsas. A equipe tem panca e atletas decisivos para brigar pelas cabeças. O MOB encerra o campeonato com oito vitórias e uma derrota, melhor ataque (55 gols), terceira melhor defesa (14 gols sofridos), e nos prêmios individuais, Vitinho fez barba e cabelo ao ser MVP da primeira fase e levar a artilharia com 17 gols. A festa do camisa 82 só não foi completa por que Michel foi eleito o MVP da final com todo merecimento.
 
Já o Bote Certo levanta a cabeça e pensa na Copa Apertura, quando estreia neste próximo sábado em grande jogo ante o Zero 13.
 
Ficha técnica
 
Bote Certo  0 x 5 S.E. MOB – Final da VII Copa Estrelato
 
Gols: Vitinho (2), Nego, Michel e Caricas (MOB)
 
Cartões amarelos: Kadu (BC); Birinho e Gabiru – técnico (MOB)
 
MVPs: 1 – Michel (S.E. MOB); 2 – Vitinho (S.E. MOB); 3 – Alemão (S.E. MOB)
 
MVP das Finais: Michel (S.E. MOB)
Comentários (0)