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Tetracampeonato coroa o time que mais levantou a taça da Calcio; Rugby lidera equipe, enquanto Thom marca o único tento na decisão por shoot out

 
A Copa Calcio tem um dono, e não necessariamente novo. Após empate por 1 x 1 no tempo normal, o Bacana foi o menos pior nas cobranças de shoot out para levantar a taça pela quarta vez na história – a segunda consecutiva. Thom foi o responsável pelo gol do título, mas Rugby foi o grande destaque da finalíssima, desarmando o ataque adversário e marcando o gol de empate (aliás, um golaço). Ao Só Tapa, fica a alegria por ter chegado à decisão e por quase derrubar o gigante Bacana.
 
Perto do Natal, a finalíssima contou com excelente público. Aliás, sem ele, talvez fosse uma decisão morna, sem tempero, já que muitos dos envolvidos no evento pensavam mais no réveillon do que na bola rolando. “Minha ‘mina’ falou: ‘você é louco, sair agora para jogar futebol?’ (risos). F**a, né, a gente joga o campeonato o ano inteiro, às vezes com ‘friaca’, muitas vezes às 23 horas. Só que chega a final, horário bom, um calor desgraçado, rapaziada toda aqui e ainda tem churrasco. Como não jogar? (risos)”, declarou o herói das semifinais pelo Bacana, Julião.
 
De um lado, a massa bacana – formada pela galera do Rachão e por outros times da Liga Chuteira de Ouro. Na outra parte, a turma de rosa e preto era puro “lê, lê, lê, ô, lê, lê, ô, lê, lê, ô, lê, lê, ô... Só Tapa” – com Bruno mais aceso que fogueira de São João. Não importava o vencedor: a impressão era de que todos os presentes eram campeões, após um semestre de jogos alternando entre o bom, médio e sofrível.
 
Os times estavam no aquecimento. Era nítida a ansiedade dos dois lados – inclusive do Bacana, acostumado a levantar a taça da Calcio. “O Só Tapa tem um atacante e um ala bons, mas confesso não ter visto eles jogarem, mas se está na final, coisa boa eles têm”, analisou Julião. Enquanto isso, Vinicius, um dos principais jogadores do ST, disse que “foi uma surpresa pra nós essa final, já que estamos com um time novo”. O ST 99 era uma das apostas para a finalíssima: “Fizemos uma campanha bem legal, tivemos pontos positivos, e acho que a proposta de jogar defensivamente para depois partir ao ataque deu certo. Penso que o Bacana irá propor o jogo mais do que a gente, mas esse é nosso estilo”, contou Vinicius.
 
O começo da decisão foi igual a muitas partidas desta edição da Calcio. Toque para um lado, toque para o outro lado, para trás, bola girando, pernas desmantelando construções de jogadas, e jogadores tentando entender a mística do momento. Paulo Netto foi o primeiro a tentar duas vezes – uma delas Natan rebateu para frente. Do outro lado, Rubão se mostrava como esperança, enquanto Vinicius quase completou de cabeça uma falta cobrada na barreira pelo atacante.

 
 
Pablo era perigoso com a camisa só tapense. Dele nasceu, primeiro, uma jogada com Rafa que Guido teve de sair ninja de sua meta; depois, obrigou o arqueiro bacana a fazer linda ponte em chute pela direita. O Só Tapa era pura adrenalina e Rubão fez 1 x 0 em falta que ele mesmo sofreu! A parte preta e rosa era pura explosão de alegria. Já a parte vinho ficou um tanto desnorteada, mas logo voltou a incentivar a equipe – que passou a ter mais tranquilidade após um pedido de tempo do professor Fê Loko. A volta foi também com Andreas: “o terror chegou”, disse o craque à beira da quadra.
 
A pressão bacana era intensa, tanto que Rafinha teve duas oportunidades até descolar um escanteio. A cobrança foi para dentro da área, onde Rugby foi espetacular ao concluir de calcanhar mesmo estando de costas, encobrindo Natan para anotar um golaço no 1 x 1! A arquibancada, agora, fervia pelos lados vinho. Por um instante, até se esquecia que era época natalina...
 
A impressão é que sairia muitos gols a partir do 1 x 1. Nada disso. Teríamos uma partida eletrizante, sim, mas mais pelas jogadas e intensidade mostrada pelos players. Fato consumado quando as duas equipes atingiram o limite permitido de faltas coletivas. Isso aconteceu depois que Paulo Netto e Gui tiveram chances para cada lado. Já Rafinha buscava bater um papo com a torcida... do ST!
 
Quando todos lembraram que se tratava de um jogo de futebol, a bola voltou a rolar com Romulo tendo chance de cabeça. O atacante seria importante logo em seguida, ao ver Natan tirar com a mão saindo da área e levando um amarelinho! Na cobrança do shoot out, Rafinha tinha à frente o improvisado Gabriel Pernambuco. Moleza, pensou quase todos os presentes. O próprio Rafinha deve ter pensado o mesmo provavelmente, tanto que encarnou Carlinhos de Jesus e sambou diversas vezes na frente do goleiro que não era goleiro. Ah, Rafinha, o carnaval é só em fevereiro, amigão! Pernambuco parou o bacana 11!
Um tanto desnorteado, passaram-se alguns segundos e novamente Rafinha era protagonista. Dessa vez, porém, ao passar o rodo em Rubão e conceder shoot out ao Só Tapa. A esperança mudara de lado na arquibancada e, dessa vez, a parte preta e rosa já acendia os rojões sem barulho (os animais de estimação agradecem)! Afinal, era Rubão quem cobraria a infração. O povão já abria a garganta quando viu o chute no canto ir pela linha de fundo! Guido comemorou muito, enquanto o banco só tapense pedia tempo técnico. Porém, já era hora do recreio.

Os players retornaram à quadra e não empolgaram o público nos primórdios da segunda etapa. Nem Andreas chamando dois para o baile fez a peleja esquentar: Gattuso travou Romulo lindamente na jogada do dançarino bacana. Coube aos árbitros colocarem lenha na fogueira então: a falta sobre Romulo no bico esquerdo da área só tapense foi dentro ou fora? Para o mundo, foi dentro... O árbitro anotou lance perigoso (pé alto) e anotou a falta pessoal, colocando a bola no bico da área. Certo mesmo é que o professor Fê Loko ganhou um convite para assistir ao restante da final nos braços de sua galera! A falta, bem, Demehur quase a isolou, enquanto o liso Pablo puxou contragolpe e fez Cezinha ser mais um convidado a acompanhar a dramática finalíssima na arquibancada.
 
O Bacana se defendeu bem durante o tempo que teve apenas cinco jogadores de linha. O Só Tapa não sabia o que fazer com o melão e os experientes bacanas pedirem um break quando faltavam apenas 10 segundos para retornar o jogador a substituir Cezinha. A volta ainda foi quente, tanto que foi a vez de a arbitragem pedir tempo técnico. Era a arquibancada passando dos limites...
 
O Bacana retornou da pausa fora do protocolo mais incisivo. Queria o tetracampeonato ali e agora! Na jogada de Romulo, com Julião dando a letra, quase Rafinha marcou se não fosse Natan! Rafinha, Julião, Paulo Netto... o Bacana abriu várias frentes para fazer o gol do título, mas quem segurou a bronca foi Rugby! O autor do gol era um gigante a cada desarme, destacando-se em meio a muitos outros bons jogadores que fatalmente levariam prêmios para casa. Por exemplo, se não fosse o zagueiro interceptar de cabeça lançamento de Natan para Rubão no comando do ataque só tapense, as emoções das cobranças alternadas de shoot out seriam evitadas!


 
Dois nomes que eram promessas estavam apagados. Os neons não brilhavam para Thom e Vinicius. Foram destaques no certame inteiro, exceto na final – mesmo assim, o ST 99 teve chance de ser ‘o cara’, tanto quanto Rubão ao chinelar na trave! Demehur também teve oportunidade em cobrança de falta antes de mais uma parada técnica, dessa vez pelo lado só tapense. O time até voltou melhor – como em jogada de outro apagado, Ciro –, mas sofria nos contra-ataques (Natan teve de chegar antes de Romulo após cruzamento de Andreas). Demehur, com falta cobrada na trave, fechou o tempo regulamentar! Era o desfibrilador entrando em ação para decidir o campeão!
 
Nas arquibancadas, show garantido: a festa das duas torcidas era digna de uma finalíssima! A empolgação passou para os jogadores, mas aqueles que ficam na meta! Todos já davam como favas contadas a cobrança de Andreas: Natan defendeu com o pé! Com Rubão a certeza era mesma: Piero abafou! Com Romulo seria gol, pensou o torcedor bacana: tiro de meta! Gui poderia ser o man of the match após tantos erros: foi mais um a se equivocar ao tentar driblar Piero mas jogar na rede pelo lado de fora! Quem apareceu foi o sumido Thom, que fez até o público desconfiar: à meia altura, como manda o figurino! 1 x 0! Nos pés de Renatinho ou o empate ou o a perda do caneco: Piero defendeu e garantiu o tetracampeonato do Bacana na Copa Calcio!
 

Ficha técnica
 
Bacana 1 (1) x (0) 1 Só Tapa – Final da X Copa Calcio
 
Gols: Rugby (B); Rubão (ST)
 
Cartões amarelos: Rugby e Paulo Netto (B); Natan e Rubão (ST)
 
Cartões vermelhos: Fê Loko – técnico e Cezinha (B)
 
MVPs: 1 – Rugby (Bacana); 2 – Pablo (Só Tapa); 3 – Paulo Netto (Bacana)

 

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