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Morada supera Bonde de virada e enfrenta o Lodetti nas quartas

Em partida tensa, a vontade se sobrepôs. O jogo foi truncado, saiu faísca. Nervoso, pegado, amarrado, sofrido, na marra. Assim o Morada Choque se classificou, depois de estar duas vezes atrás no placar. O Bonde dos Abelhas jogou muita bola e, se tivesse vencido, também teria sido merecedor. Mas quando o duelo é bom, a diferença está no detalhe. E foi ele quem fez a diferença.
 
O Bonde pressionou o Morada e até foi melhor, mas o ataque do choque foi mais eficiente

A peleja começou assim que o juiz apitou. Baos mostrou o cartão de visita – nada amigável – na primeira jogada de ataque dos abelhas. O chute saiu alto demais. Não tardou e o Bonde deslanchou. Dé recebeu passe de Baos na intermediária, girou e soltou a bomba no ângulo. Golaço! BDA saía na frente. 1 a 0.
 
O Morada precisou sentir o baque para entrar no jogo. A defesa se recompôs e o time errava menos passes no meio. Com a bola no pé, o futebol apareceu. França teve a chance de empatar em bola parada próxima à grande área, mas o chute saiu pela esquerda. Lele tentou uma bicicleta, mas o resultado não foi o esperado. Contudo, ganhou um escanteio. Na cobrança, tumulto na área. Bate-rebate e a bola sobrou com Farina, que bateu firme, mas a zaga aliviou. No rebote, França chutou cruzado pra empatar. 1 a 1.
 
Mal puderam comemorar, o Bonde soltou o freio. Maca pegou a bola na defesa, driblou um marcador, avançou, cortou para esquerda, driblou outro defensor e chutou firme no alto, sem chances para Muralha. Outro golaço! 2 a 1 e os abelhudos voltavam a comandar o placar.
 
Foi o choque que a patrulha precisava. Lele, até então pouco participativo, entrou no jogo. Bieo e Guhh também não se ausentaram. Farina pôs a bola no chão e tocou para Vicente Melo metê-la na área para Lele. Não chegou do jeito que ele gosta e a defesa ficou com ela, armando o contra-ataque. Nosella, no meio, cruzou para Dé, que com um toque de cabeça tirou de Muralha – a bola tocou o travessão. Uhhhhhhhhhhh!!!
 
São Paulo mostrou a que veio. A chegada dura em Dé marcou presença. Vontade é força. Garra é feio. Feio é bom. Dali veio a patada de Dé. Também não foi bonita: muito alta. Já Cezinha tem outro estilo. Melhor? Não, também não fez nada. Mas teve classe. Bola no pé, driblou um e tocou para Nosella, que rolou para Leandrinho, que por sua vez deixou com Cezinha. Este recebeu a falta de São Paulo. Amarelo para o trator. Ele disse a que veio. Dois murros no peito:
 
- Vai encarar?
           
O BDA parecia que sim. A rápida troca de passes dos abelhas mantinha o Morada no campo de defesa e dava tranquilidade ao técnico Willian Faria, que na lateral parecia gostar do que via. Nêgo pediu na direita, recebeu e inverteu com Renan de Oliveira. O zangão tentou a picada, mas nem coçou. Já pelo lado do Morada, Vicente Melo, impressionante. Foi de bico que ele aliviou a empreitada amarela. Punhos cerrados, cara fechada, peito estufado. Macho. Brabo.
 
 Tutu olhou a cena e achou por bem incorporar o espírito. Animou o time. O meia recebeu na lateral e tocou para Bieo, que deixou com Lele. De costas, o matador dominou, girou, deu um tapa na abelha e com um toque singelo tirou de Lula para deixar tudo igual. Sim, gol do Morada, do artilheiro, e 2 a 2 no marcador.
 
Melo apontou e Lele chegou junto em Leandrinho para matar a jogada do Abelhas. O árbitro marcou a falta, mas na sequência o Bonde maltratou a bola. Lele voltou com a mesma pegada do intervalo e chutou a colmeia. Dessa vez a falta foi em cima de Maca, que fechou a cara e saiu jogando com Fabrício. Leandrinho pediu e tocou para Nosella, que driblou um beque e tocou para Dé chutar colocado da entrada da área. Uhhhhhhh!
 
O jogo voltou ainda melhor. O Morada se expôs mais e o Bonde continuou com a mesma pegada, não se absteve de atacar. Os times arriscavam mais e as jogadas fluíam com mais naturalidade. A briga ficou ainda melhor. Tutu e Nosella trombaram na lateral direita. Nosella foi ao chão. Um melzinho na chupeta e ele já estava de pé. Dé, lá na frente, era a referência. Os cruzamentos, quando chegavam, levavam perigo.
 
A marcação do Bonde funcionava. Pelo meio, o Morada encontrava dificuldade. Nas laterais, França e Bieo tentavam penetrar, mas esbarravam no esquema tático amarelo. Lele tinha dificuldades em receber a bola.
 
Um tempo para resenha. O tempo passava e os times sabiam que era tudo ou nada. Um gol agora praticamente selaria a classificação. Na volta do lero-lero, as trombadas foram recorrentes. França e Maca não se esconderam. No banco, Samucka dava apoio moral:
 
- Vamos lá, vamos lá! 
 
Lele não ouviu, mas obedeceu. Do meio ele enfiou um bico no canto esquerdo. Lula espalmou nos pés de França, que chutou seco sem chance de defesa. Segundo dele na partida, virada do Morada. 3 x 2 e choque nos abelhas. Ou seria pânico na colmeia? O Bonde se agrupou para um ataque coletivo. O tempo era inimigo. Baos avançou com tudo até ser barrado pela defesa de choque. Falta. Renan abriu pela direita, mas não recebeu. Leandrinho chutou firme e Muralha defendeu. No rebote, Rick cortou da esquerda para o meio, mas antes de finalizar foi travado por ele: Vicente “No Country For Old Men” Melo.
 
- Eeeeeeeeé, porraaaaaaaaaa!
 
O tempo era curto e o Bonde o perdia ainda mais a cada vez que perguntava quanto restava. Foram 13 vezes. Cometia erros até então não vistos: passes curtos incompletos, faltas desnecessárias. Leandrinho tentou articular o ataque com Guilherme Araújo na lateral e acabou cedendo o contra-ataque. Melo tocou para França, que em boas condições se preparou para finalizar. Vai ampliar? Dessa vez não vou comentar.
 
Lula lançou Leandrinho no ataque, que deixou com Araújo na esquerda. O zangão tocou para Maca, que devolveu. Araújo bateu de primeira, mas o chute saiu à direita de Muralha.
 
Tensão nos minutos finais. Maca empurrou França na lateral e, em cima do lance, o árbitro marcou a falta. Perigosa. Zóio jogou na área e a zaga amarela afastou. Cezinha recebeu no meio e tocou para Leandrinho jogar o pepino na zona de perigo. A defesa azul aliviou, mas logo em seguida a bola sobrou para Rick, de frente para o gol, perder ótima oportunidade de empatar. O chute rasteiro no meio do gol facilitou a defesa de Muralha.
 
Bieo inverteu a jogada com São Paulo, que furou. O Abelhas não aproveitou e Lele a  recuperou. De frente para o gol, o matador perdeu um gol fora do comum.
 
Bonde, eliminado, saiu reclamando da arbitragem; Morada, classificado, já pensa no Lodetti

O Bonde ainda teve um último ataque para tentar o empate. Cezinha tocou para Fabrício jogar o perigo na zona da morte. Muralha esmurrou a bola para fora da área. Pronto. Ao som do apito final, a Morada entrou em delírio. Morada Choque classificado.
 
Revoltado, imediatamente o Bonde foi para cima do árbitro. Leandrinho e Dé pediram pênalti na jogada, alegando que Nosella fora empurrado na área.
 
- Aprende a apitar - disse Leandrinho.
 
O técnico Willian Faria comprou a briga dos comandados e não poupou críticas à dupla de arbitragem. “Meu jogador está saindo com o joelho roxo”. Ele também reclamou da falta de acréscimo: “Ele disse que terminou com 27. Mentira. Foi com 26”, indignou-se.
 
Na saída de campo, Leandrinho apontou as oportunidades desperdiçadas e o goleiro adversário como fatores primordiais para a derrota. “Não faltou nada, não. O goleiro deles estava bem”, limitou-se a dizer.
 
Vicente Melo falou sobre o “sonho” de chegar aos finalmentes. “O nosso time já está junto há dois anos. Era um grande sonho chegar às finais do Chuteira e este ano, se Deus quiser, vamos conseguir”, falou confiante.
 
O Morada encara agora o Lodetti, um dos favoritos ao título. Parada duríssima. Promessa de jogão. Quem vai levar a melhor?  A resposta é no próximo sábado, às 13:30.
 
Ficha Técnica
 
Morada Choque 3 x 2 Bonde dos Abelhas – Oitavas de final do VII Chuteira de Bronze
 
Gols: França (2) e Lele (MC); Maca e Dé (BdA)
 
Cartões amarelo: São Paulo e França (MC); Leandrinho e Maca (BdA)
 
MVPs: 1 - Vicente Melo (MC), 2 - França (MC), 3 - Maca (BdA)
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