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Magnatas empata no último segundo, despacha Elefantes na prorrogação e está na Prata

Foi as luzes se acenderem que o clima de revanche tomou o ar. Desta vez o Magnatas não contaria com o artilheiro. Autor dos dois gols na vitória da segunda rodada, Tangerina foi expulso no duelo contra o Leões, pelas quartas de final. Prior, que jogou no gol naquela oportunidade, cedeu lugar a Frajola, que vem sendo destaque nesses playoffs.
 
Alcançar a semifinal já significava um avanço para as duas equipes. Na última temporada, nem ao mata-mata o Elefantes chegou. O Magnatas rodou nas oitavas e agora queria mais. Queria Prata. Do outro lado a recíproca era verdadeira. O Primatas assistia com o copo cheio.
 
Cumprimentos iniciais e bola em jogo: Elefantes teve a vitória nas mãos, mas deixou escapar em 5 minutos

Rafinha, que não dá murro n´água, cortou o cruzamento de Thomas na defesa e quase enganou o esperto Spiga. O arqueiro evitou que o placar fosse aberto com menos de um minuto. Repôs no pé de Stefan, que tocou no meio para o chute de longe de Daniel Teske, por cima do gol. Sabatim saiu jogando na zaga e tocou para Patrick no meio. Rafinha ficou com ela, cortou para a direita e bateu cruzado – a bola passou perto da trave esquerda.
 
Disputa na lateral esquerda: Sabatim x Stefan. O magnata cortou por baixo, cedeu lateral ao rival e ouviu elogios de Rafinha:
 
- Excelente, Sabatim! Excelente!
 
Teske tocou no meio para Joca deixar Cadu, livre, na direita. O paquiderme até tinha tempo de dominar e caprichar, mas pegou de primeira e a bola subiu demais. Joca pedia: - “Calma! Calma!”
 
Rafinha armou o contra-ataque. Fez ótima jogada pelo meio, quando driblou dois elefantes até Thomas pará-lo na bola. A torcida magnata chiou:
 
- Ah, vai falar que você não viu?  – gritou um torcedor.
 
- Não viu o quê?  – questionou o malandro.
 
- A tesoura!
 
Rafinha ainda mirava o árbitro quando Stefan bateu do meio, meio despretensiosamente. Frajola aceitou e a rede balançou. Nem Stefan acreditou! Que isso, Frajola! Goooooooooooool do Elefantes: 1 a 0.
 
O Magnatas não sentiu o golpe e a impressão que passava era de que a qualquer momento assumiria a rédea. Teve algumas chances para isso. Primeira: Entini tocou para Rafael Antônio bater rasteiro do meio. Spiga espalmou. Segunda: Leandro tocou para  Antônio, que sofreu falta próxima à área. Lucas Costa soltou o tiro e quase vibrou. Não fosse a trave direita... Sabatim ainda insistiu e arriscou, por cima do gol.
 
Depois foi a vez de Marcucci. “Vai, Caio”, ouviu. Só que Bruno ficou com ela. Não por muito tempo, porém. Patrick, na raça, cortou pra lateral. E Rafinha? Dividiu no ataque e caiu. Deixou o campo carregado por dois companheiros. Balançou a cabeça para a fisioterapia e aturou a piada do parceiro:
 
— Isso é osteoporose!
 
As torcedoras do Elefantes sorriram, mas queriam que fosse verdade. Sentado no banco, o craque disse que ia para o jogo:
 
— Vai dar, sim – assegurou.
 
Enquanto isso Gariglia dava um duro danado. Roubou a bola no meio e tocou para Rafinha, o Antônio, na lateral direita. Ela veio rasteira, no meio do gol. Spiga estava lá.
 
— No alto, Rafinha! No alto! – gritou Tangerina do lado de fora.
 
No outro lado, só bola parada. Thomas rolou e Joca bateu em cima da barreira.
 
— O time dos caras é o número 6 (Joca) – gritou Tangerina, que já enchia o saco, ao ponto do próprio time pedir um “tempo”.
 
A providência do professor foi amarelar Wismity, que tampouco parava quieto. De bom grado ele não recebeu. E respondeu:
 
—Você é cego?  – ironizou. Em cima de mim lá você não deu.
 
E foi assim que o primeiro tempo chegou ao fim, neste clima nada amistoso.
           
O segundo começou com Rafinha recuperado. De um Rafinha para outro. Na esquerda, Antônio trouxe para dentro e bateu rasteiro no canto direito. Spiga nela! No lance seguinte, Lucas Costa mandou o balaço de fora da área. Outra vez, Spiga!
 
O Magnatas jogava melhor, já vinha melhor – justiça seja feita. Porém, mesmo melhor, esmoreceu e se calou. O lance foi confuso. Lucas tocou na linha de fundo para Bruno chutar. Ela veio fraca e Frajola, outra vez, vacilou. Tangerina esperneava: “A bola saiu! Saiu! Não acredito! Ela saiu, porra!” Saiu ou não saiu? Até Frajola consentiu:
 
— Não sei se saiu ou não saiu. O fato é que falhei. Duas vezes – reconheceu.
 
Ela entrou. Devagarinho. Goooooooooooooooooooooooooooooooool do Elefantes: 2 a 0.
 
Rafael Antônio levantou a moral magnata. Armou jogada pela esquerda e rolou para Lucas Costa, monstro, chutar. Spiga! Rafinha, um minuto depois, tocou para Antônio lançar Costa na esquerda. Dentro da área, ele mandou de primeira. Por cima do gol. Pressão magnata!
 
Mas com o Elefantes não dá para cochilar. Uma trombada daqui, outra dali. Se bobear a gente pimba. É Joca! Joca da roça! Do arraiá! Começou com Stefan, é bom que se diga. Lucas pediu e deixou com o caipira. De fora da área, ele tentou colocar na boca do palhaço. Mas ela não entrou. Um pouquinho mais pra baixo a namorada ganharia um ursinho de pelúcia.
 
Agora, bom mesmo na sanfona é Rafa Antônio. Driblou um elefante já na área rival, passou o pé na bola e recuou para a batida alta de Lucas Costa. Uhhh!
 
E dá-lhe pressão! Patrick tocou para Lucas Costa cruzar. Sabatim a aguardava na área. Ela vinha toda, toda. No meio do caminho André Dias a esbarrou com a mão. Aí foi aquele samba do crioulo doido na área! Pênalti! Pênalti!
 
— Até que enfim você viu alguma coisa – gritou Tangerina.
 
Só que não foi pênalti. Foi fora da área. Bem ali na linha que separa a tangerina da mexerica. Lucas Costa não quis nem saber. “É comigo mesmo!” E soltou a bomba. Na barreira.
 
A pressão continuou. Caio cruzou da esquerda. Patrick subiu na área e meteu a testa nela. Spiga fez linda defesa e arrancou suspiros da arquibancada, até de quem não era torcedor.
 
— C*! O que foi isso? Que defesa!
 
— Bota aí, disse um: a lá Gordon Banks!
 
O que a bebida nos faz ver! Mas, de fato, que defesa! Se parasse por aí... Mas não, não. Ele ia em todas! 27 segundos depois, Caio tocou para Rafinha chutar cruzado da esquerda. Spiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiga! Paulo Gonzales também tentou. Spiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiga!
 
Tentou, mas quem conseguiu foi o Elefantes. Sabe aquele clichê, né? Pois é. Joca puxou o contra-ataque pela esquerda. Cruzou para Lucas bater do meio. Frajola espalmou e André Dias, na sobra, não perdoou. Gooooooooooool do Elefantes: 3 a 0 aos 19 minutos.
 
Parecia que era a gota d´água. Parecia. Mas ainda tinha muita água pra passar debaixo da ponte. Depois de tanto insistir, a recompensa. Finalmente! De Caio para Rafinha. De Rafinha para Lucas Costa. Essa não deu para Spiga. O cruzamento veio da direita e a fera mandou pra dentro. Goooooooooooooooooooooooooool do Magnatas. Spiga segurou a gorda para atrasar a reposição. Lucas Costa tentou tomá-la. Sabatim chegou e a arrancou à força. O juiz achou a ação truculenta e o amarelou.
 
— Você não faz nada – reclamou o presidente – Os caras ficam amarrando o jogo e você não faz nada.
 
Então deixa com quem faz. Não é Lucas, que dominou no peito pela esquerda e avançou. Patrick a roubou, mas o elefante não deixou por menos e parou a jogada. Falta. A sexta. Shoot out. Agora, sim: é Rafinha! Deu um tapa na bexiga e, na saída de Spiga, bateu forte no canto esquerdo e sacudiu a rede. Goooooooooool do Magnatas.
 
Só faltava um, mas o tempo se esgotava. Jogava a favor do Elefantes, que teve a chance de decretar a vitória com Joca. Pecou pelo preciosismo. A jogada foi de Lucas, após passe de Stefan. Ele passou por um magnata e deixou com Joca. O dono do rancho deu uma paçoca num magnata e viu a meta livre – mas só por um instante. Ao invés de bater, cortou para direita, limpou e bateu. Tarde demais. Frajola repôs com Caio. De Caio para Gonzalez. De Gonzalez para Rafael Antônio. De Rafinha para Pires. De Pires para o gol. Chute cruzado da direita. Spiga encaixou. Tangerina perguntava quanto tempo restava.
 
— 25´13´´ - respondeu o coronel.
 
Foi o suficiente. Na bacia das almas, o Magnatas empatou. Começou com Rafinha no meio. Depois com Antônio, que cruzou da esquerda na medida para Lucas Costa escorar de peito para o gol e levantar a galera. Gooooooooooooooooooooooooooooooool do Magnatas. Tudo igual: 3 a 3.
 
Bateu no peito e correu em direção à torcida adversária. Os companheiros o abraçaram. Leandro e Wismity invadiram o campo e foram expulsos. A partida pegava fogo. Era a hora do gol de ouro! Morte súbita cai melhor!
                                                 
O Magnatas vacilou porque sofreu gols bobos; o Elefantes porque não segurou o resultado. Agora, contudo, não havia espaço para erros. Vacilou tá fora. É Prata ou a temporada por água abaixo. A bola rolou e o pau comeu.
 
Joca deixou o seu mas perdeu a chance o final; castigo veio no shoot out

Sabe aquele momento em que é preciso tomar uma decisão? Certa ou errada, é preciso tomá-la. Incerteza é uma m*; ferra tudo. Como quando o telefone toca e não queres atender. É importante, mas relutas. Quando desistes, atendes. A linha cai. Na segunda tentativa, já estressado, não há como te esconder. Estás lá. Sabem disso. Atendes e tens uma surpresa. Não ganhas m* alguma. Não é a sogra, mas o sogro. Ele é bacana, mas não hoje. Não está bêbado, mas chato. Pensas que é corno, mas só podes estar errado. A sogra já não tem mais libido; sabes por experiência própria. Foi há dois meses, nas bodas de Ouro da dona Carmen e do seu Djalma. Um casal feliz. Contudo, não os inveja. Gastas 24 minutos levantando a moral do atleta, com sucesso. Só tocam no assunto uma única vez, dez meses depois, e riem. Riem até dizer chega. Despedem-se. Recordas, então, que no meio daquela conversa enfadonha ao telefone o velho deixou no ar que vira a cena patética. Queres negar para si, mas não adianta. Sim, ele vira tudo. Mantivera-se calado e assim ficou. Desde então, começas a sentir cumplicidade pela figura, como se carregasse uma dívida de gratidão jamais cobrada. Três anos e quatro meses depois, já divorciado, decides aprender gaita, um desejo de infância. A professora é Renata. Não se apaixonas, não a convidas a sair, limita-se a aprender o ofício. A evolução é lenta, mas não há compromisso com a perfeição. As aulas são noturnas, uma vez por semana e duram 1h15min. Às vezes, parecem passar mais rápidas; noutras não têm fim. Queijo na mesa, vinho para ti, água para ela – Renata é abstêmia. A décima sétima aula transcorre como as dezesseis anteriores até os treze minutos finais, quando, subitamente, desandas a tocar, sem parar. O que, por vezes, era um sacrifício torna-se excitante. Renata entra no clima e a sinergia musical desbrocha.  A aula excede três horas e vinte e sete minutos. A carona é aceita. A moradia não lhe é estranha. Não resta dúvida quando o dono aparece na janela. Dona Carmen, já não muito lúcida, repousa no quarto. Entre pedaços de bolo de cenoura mergulhados no café com leite e conversas melancólicas com seu Djalma, dá-se conta de que o ex-sogro está bem. Melhor do que a ex-esposa, por sinal. Neste instante, sentes inveja e conforto, mas, mais do que isso, uma estranha sensação de que nada é obra do acaso.
 
É hora do vamos ver! Olha a trombada: Stefan tocou para Daniel na ponta esquerda. As torcedoras se levantaram. Frajola não deixou passar. O Magnatas saiu jogando em velocidade com Sabatim, que tocou para Patrick lançar Gonzalez na ponta esquerda. Spiga saiu do gol e ficou com ela. Thomas tentou a jogada com Richard em seguida. Lucas Costa a roubou e Lucas o parou. Falta. Shoot out!!! Rafinha assumiu. Deu um toquinho nela. É agora! Spiga saiu e tentou fechar o ângulo. Inútíl. Veio o tiro, lá no ângulo esquerdo. Pow! A rede balançava e a fera corria para junto da torcida na grade! Goooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooool do Magnatas! Que virada! 4 x 3. Magnatas é Prata!
 
As torcedoras consolavam, mas o abatimento era claro. Nem por isso, porém, os elefantes deixaram de reconhecer o mérito rival:
 
- Não adianta reclamar. Tomamos a virada. Levamos dois gols em um minuto... Fazer o quê?  – consentiu Stefan.
 
Nesta temporada, os Elefantes não incomodarão mais. Mais uma vez o Magnatas derrota o Elefantes. Foi assim na fase de grupo. Agora falta pouco, muito pouco para o título. Mas o pouco que falta será o mais difícil. Para levantar a taça, o Magnatas terá de passar pelo Primatas. A rivalidade acirrou-se com as declarações de Sabatim e Tieppo. A hora da verdade é neste sábado. Quem vencerá? Quem será o campeão do VIII Chuteira de Bronze? Nada de apostas. É esperar acontecer.
 
Ficha Técnica
 
Magnatas 3 (1) x (0) 3 Elefantes Indomáveis – Semifinal do VIII Chuteira de Bronze
 
Gols: Rafinha (2) e Lucas Costa (2) (M); Stefan, Bruno e André Dias (EI)
 
Cartões amarelo: Lucas Costa e Wismity (M); André Dias (EI)
 
Cartões vermelho: Leandro e Wismity (M)
 
MVPs: 1 – Lucas Costa (M); 2 – Rafinha (M); 3 – Rafa Antônio (M)
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