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Giba comanda reação do Camaro e arranca empate diante do Cacildis em jogo que parecia perdido

Eis um duelo que reuniu dois times que nunca haviam se enfrentado antes: o Cacildis, que subiu após as saídas de Bacana e Bacaninha, e Camaro, eliminado nas quartas de final do XII Chuteira de Prata. Agora o objetivo deles é o mesmo e, embora seja muito cedo para saber, pelo que fizeram em campo, podem acreditar.
 
1o lance importante: Léo Souza carrega a bola pelo meio. Olha pra um lado e pro outro. A zaga rival está posta. O zagueiro toca para Alemão, que se livra da marcação e chuta no alto pra abrir o placar. Cacildis: 1 x 0.
 
... dois minutos e dezenove segundos depois, um bon-vivant apareceu na janela do décimo primeiro andar do edifício “Vila das Caldeiras” com um binóculo na mão e um cigarro “Camel” na outra. Ele procurava avistar a águia da Rota em sua inspeção vespertina desnecessária e acabou fixando por um instante a atenção na quadra 10. Passados quarenta e dois segundos, porém, perdeu o interesse e não voltou a ser visto. No andar de baixo uma senhora calva de delicadeza estremecida vestia pijamas do Animaniacs, tomava café puro e tirava fotos dos trilhos. Enquanto as hélices giravam e a íris fechava, entre uma tragada e um novo embarque, Léo Souza roubou a bola no meio. Bolinha ficou com ela e cruzou na área para Matheus bater de peito de pé e estufar a rede. Mais um gol do Cacildis.
 
O Camaro tocava bem a bola no meio. Rico e Giba se movimentavam no ataque. No entanto, o time azul era mais perigoso. Matheus acertou belo chute de fora da área. A bola beliscou a trave esquerda e a torcida segurou o grito.
 
O Cacildis continuava pressionando. Na falta pela esquerda, o capitão cobrou em cima da barreira. O Camaro não conseguiu sair jogando e Bruno Marques roubou. A marcação apertou e a bola sobrou para Alemão, que chutou de fora da área no canto direito para marcar o terceiro do Cacildis.
 
Então, o Camaro reagiu. Na jogada individual, Giba avançou pela esquerda e bateu cruzado. A bola desviou na zaga azul e enganou Rogerinho. Gol do Camaro!
 
Só que o Cacildis queria mais. Bruno Marques tocou no meio para Alemão ajeitar e bater no meio do gol. Sbragia espalmou e no rebote Matheus soltou a bomba. Ela ainda desviou na zaga amarela antes de entrar. O crédito foi pra ele: Matheus. 4 x 1.
 
E assim foram os 18 minutos iniciais de jogo: bons ataques, gols. O Camaro ia pra cima na raça e o Cacildis não tirava o pé – o meio era mais azul. Giba tentou outra jogada individual no ataque e perdeu a bola. Pedrão a retomou e ganhou escanteio cobrado por Rica na área. O capitão desviou de cabeça e ela saiu por pouco, à direita da meta.
 
Os cervejeiros teciam comentários sem-graça atrás das grades laterais. Vez ou outra passava um desavisado perguntando o placar e quem estava jogando. 19.739 bolinhas de borracha invadiam a passarela que divide as quadras 9 e 10. Gérson preencheu o último espaço vazio do engradado e pediu ajuda para colocá-lo acima dos outros quarenta e oito, divididos em seis colunas de 2,18m de comprimento por 1,64m de altura. Paola recebe 1.554 telefonemas por mês, dentre os quais 23 são enganos e menos de um oitavo converte-se, de fato, em aluguéis. Para azar do Natalino, do Valdomiro e do Batista, 1.470 pombos sobrevoam o complexo semestralmente e pelo menos três quartos retornam. 738 kg de carvão são importados da China anualmente, o que representa um gasto equivalente a três semanas e dois dias de funcionamento. 27.693.894 Kwh garantem os 1.248 jogos noturnos no primeiro trimestre do ano e os executivos da AES pedem desconto no bar.
 
Vitinho começou a jogada de trás. Tocou para Vina no meio, só que Matheus roubou e abriu na esquerda para Bolinha soltar a pancada no alto. Sbragia pôs pra escanteio e impediu o quinto tento azul. Bela defesa.
 
O time amarelo respondeu no final da primeira etapa. Paulinho tocou na direita para Cesinha, que, já quase sem ângulo, concluiu baixo. Rogerinho espalmou e a zaga azul aliviou.
 
O Camaro voltou forte na segunda etapa. Paulinho pedia atenção a Vitinho no meio. Vina se mexia na frente e Cesinha arriscou alto no centro do gol. Rogerinho espalmou. Na sequência, o Cacildis parou a jogada na esquerda. Giba ajeitou. Chutou forte no cantinho direito pra diminuir o marcador. Gol do Camaro!
 
Dois minutos e trinta segundos depois, Bruno Marques fez falta em Cesinha na entrada da área. Giba de novo. Soltou a bomba. Bolinha tirou em cima da linha. Mas a bola pegou nas costas de Rogerinho caído e entrou. Gol do Camaro!
 
O Cacildis acordou. Paulinho perdeu a bola no ataque. Gustavo Lunardi tocou para Matheus na esquerda. Vitinho cortou de carrinho, na bola, e o juiz apitou. Garib rolou e Alemão bateu forte à meia altura no canto esquerdo. Sbragia encaixou. O Cacildis insistiu com Bolinha, que finalizou no canto direito para outra boa defesa de Sbragia. Na sobra, a zaga afastou.
 
Pelo lado amarelo, Giba cobrou lateral na direita, após breve impasse na interpretação do sinal que o árbitro fazia com as mãos. A bola caiu nos pés de Vitinho no outro lado, que mandou um tiro no travessão. Logo em seguida, Giba desperdiçou a chance de empatar. Livrou-se da marcação de Bruno Marques, que reclamou de falta na jogada, e ficou cara a cara com Rogerinho. O arqueiro saiu nos pés do matador, que tentou encobri-lo, mas o chute não saiu legal. A bola voltou pra ele e dessa vez tirou do goleiro, mas a bola saiu à esquerda, tirando tinta da trave.
 
O Camaro pressionava. Recuado, o Cacildis segurava as pontas. O momento era do time amarelo. Em rápida triangulação, Cana abriu na ponta direita. Braga cruzou na área para Giba, que apareceu entre a zaga para concluir de bico no meio do gol. No reflexo, Rogerinho espalmou. Que defesa!
 
Ele não desistiu. Na terceira tentativa, não perdoou. Recebeu de Rico na direita e bateu rasteiro. Dessa vez, Rogerinho não deu pra Rogerinho. Era o quarto de Giba. O quarto do Camaro. Tudo igual. 4 x 4. Jogão!
 
No final da partida, o Cacildis ainda teria a chance de voltar à frente no placar. A jogada começou com a falta no meio campo, próxima à lateral direita. Léo Souza deu um totó nela. De costas para a marcação, Matheus ajeitou para Alemão na direita, que limpou e bateu forte à direita do gol.
 
O Cacildis se recuperou da goleada na estreia; evoluiu. No final das contas, o resultado pareceu justo pelo que os times fizeram em cada tempo: Cacildis no primeiro e Camaro no segundo. Entretanto, pelas circunstâncias, o empate foi ruim para o Cacildis e bom para o Camaro, que teve de correr atrás do placar. Destaque para Rogerinho e Sbragia, que não tiveram culpa nos gols e evitaram que seus respectivos times saíssem de campo derrotado.
 
 Na próxima rodada, o Cacildis vai atrás da primeira vitória contra o Império Celeste e o Camaro encara o Primatas. Isso é só o início. Aperitivo do que está por vir. Nunca se pode prever o incerto, mas alguns jogos deixam brecha para projeções. Esse é um deles. Ali na frente os caminhos se cruzam.
 
Ficha técnica
 
Camaro 4 x 4 Cacildis – 2ª rodada do XIII Chuteira de Prata
 
Gols: Giba (4) (CAM); Matheus (2) e Alemão (2) (CAC)
 
Cartão amarelo: Paulinho (CAM)
 
MVPs: 1 – Alemão (Cacildis); 2 – Giba (Camaro); 3 – Matheus (Cacildis)
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