A liderança é o sonho de consumo de todas as equipes. Vaga garantida para o acesso à próxima série e não ter a pressão de ter de vencer todas no mata-mata. Em teoria, pode parecer mais difícil manter a regularidade necessária para manter-se na primeira posição, mas é um caminho menos perigoso que arriscar todo campeonato em um jogo eliminatório.
 
Vislumbrando essa possibilidade, Divino e Monstros entraram em campo podendo assumir o topo da classificação. E a partida realmente fez justiça ao que estava em jogo. O início foi melhor para o time laranja e azul dos monstros, que levou perigo ao gol de Lenarduci com as boas finalizações de Fagner, dono da camisa 9. Pelo lado do Divino, Marchione era quem mais ameaçava a meta de Mão, goleiro seguro e de bom posicionamento.
 
Na sequência, Zoio e Desenho esbanjavam entrosamento, tabelando nos arredores da área adversária, mas sem condições claras de finalizar. E foi dos pés do ótimo finalizador Fagner que saiu o primeiro gol. Em lance rápido pela direita, o atacante aproveitou a brecha na marcação e soltou um foguete, a bola sobrou para o camisa 7, Zoio, que chutou novamente para abrir o placar.
 
Com o gol sofrido, o Divino teve que se lançar mais ao campo de ataque, deixando ainda mais espaço para o ataque monstruoso. E foi de Fagner a jogada mais plástica da primeira etapa. Apesar de não estar em plena forma física, o atacante recebeu passe pelo alto e tentou um lindo chute de fora da área, bem defendido pelo goleiro adversário.
 
A resposta veio dos pés de Douglinhas, atacante rápido e habilidoso, que deu trabalho ao arqueiro Mão após bom arremate no canto esquerdo. Ao contrário do que se viu nas últimas rodadas, o Divino não conseguiu traduzir em gols as chances criadas, o que refletiu a dificuldade da equipe em conseguir diminuir a vantagem do rival.
 
O segundo gol do Monstros nasceu em uma jogada de Desenho, camisa 10 cerebral, mas que em algumas vezes some da responsabilidade, deixando o time sem o toque final para deixar os companheiros frente a frente com o goleiro adversário. Em belo chute de fora da área, o armador aumentou a vantagem. E com este gol e a combinação de resultados, o Monstros chegava à segunda colocação, deixando para trás justamente o rival da partida.
 
China marcou o gol de honra, mas a reação do Divino freou nas mãos do goleiro adversário. Mão defendeu de longe, à queima roupa, em cobrança de falta. O arqueiro estava em dia inspirado, abusando da elasticidade e mostrando todos os recursos que a posição necessita.
 
Na segunda etapa, o Divino voltou melhor e Douglinhas seguia ameaçando. Com velocidade e habilidade, o camisa 19 infernizou a zaga monstruosa, que resistiu bravamente às investidas. Com o cansaço afetando as duas equipes, a precisão já não era a mesma e as chances reais de perigo ficaram escassas. Só aos 18 minutos da etapa complementar que o goleiro Mão voltou a operar um milagre: após chute de Felipe, Douglinhas desviou com o lado externo do pé e a bola quase enganou o goleirão, que teve tempo de dar dois passos para trás e se atirar na direção da esfera.
 
A única mancha da partida foi o comportamento vergonhoso de alguns jogadores após o apito final. Jogadores do Monstros que não souberam vencer e derrotados do Divino que não aceitaram perder quase chegaram na agressão.
 
Mas, ao final da partida, melhor para o Monstros, que assumiu a segunda colocação e na próxima rodada enfrenta o Rabisco, às 15h30. Já o Divino agora ocupa a terceira colocação e entra em campo novamente, às 16h30, diante do Voando Baixo.

Ficha técnica

Divino 1 x 2 Monstros – 4ª rodada do III Chuteira de Aço

Gols:  Zoio e Desenho (D); China (M)

Cartão amarelo: Carlos Santos (M)

MVPs: 1- Fagner (M); 2- Desenho (M); 3- Douglinhas (D)