Real Paulista Classic e Cacildis marcaram suas estreias no torneio de Bronze já que ambos conseguiram o acesso da Aço no semestre passado. O time da realeza compareceu totalmente renovado, elenco e uniformes diferentes da temporada passada; já o Cacildis veio com poucas renovações e com um velho conhecido que mostrou que dará trabalho novamente às defesas adversárias. O artilheiro Cadu, com a marca de 7 gols na partida de estreia, mostrou que será o principal adversário de Berga e Lele pela briga da artilharia.
 
Por outro lado, quem sofreu com os tentos de Cadu foi o zagueiro Alemão, que de forma alguma conseguia travar o atacante quando recebia a bola de costas para o gol. E assim foi marcado seu primeiro tento. Cadu recebeu bola de arremesso lateral pelo lado direito, estufou o peito para dominar a bola, girou para o lado e esquerdo e de perda direita bateu no canto de Chico para marcar o primeiro gol.


Alemão tentou se redimir na jogada seguinte, de bola parada para o Real Paulista. O zagueiro, em cobrança de falta, quase abriu o marcador para sua equipe, mas o pequeno Rogerinho mostrou impulsão ao espalmar a bola para cima, que ainda resvalou na trave.
 
O artilheiro do Cacildis já mostrou que o seu forte é fazer o pivô e concluir de perna direita. Porém, por ser uma jogada manjada, para quem acompanha o Cacildis, parece não ser simples de bloquear esta marca registrada do camisa 8 da equipe azul. Como em um replay do primeiro gol, Cadu novamente recebe de lateral pela direita, girou sobre Alemão e concluiu novamente com o pé direito para fazer 2 x 0.
 
O Real diminuiu o que mais tarde chamaríamos de desastre com o camisa 19, Fabinho. O jogador recebeu a bola levantada pela direita e, em um tiro sem pulo, anotou 2 x 1.
 
Mas não era só Cadu que se destacava do outro lado. Todas as jogadas do Cacildis eram armadas pelo camisa 10, Gustavo Lunardi, e acabavam dos pés de Cadu às redes. Assim foi o terceiro gol. Em contra-ataque puxado pelo time celeste, Cadu disparou pelo lado esquerdo e mostrou que a esquerdinha também dá trabalho ao chutar cruzado carimbando as redes reais.
 
Pedrinho, pelo lado do Real, tentava insistentemente armar as jogadas de seu time, mas não encontrava liga ao ataque. De tanta insistência, ele mesmo tentou resolver o problema e, após receber a bola limpinha para o tiro ao gol, acertou o travessão. A pelota voltou aos pé de Mené, que arrematou e viu Rogerinho, em boa recuperação, defender.
 
Mené não se conformou e ficou postado ali na área esperando mais uma bola sobrar em seu pé. Foi o que aconteceu. Em bate-rebate na área, Maradona chutou em cima da zaga celeste. A bola sobre para Mené, que desta vez não desperdiçou. Em grande estilo concluiu de calcanhar com a bola no ar, e por sorte pegou o contrapé de Rogerinho, que ficou estático no gol, vendo a bola entrar e balançar o cordão.
 
O travessão, então, começou a aparecer mais que os jogadores de ambos os lados e parou as jogadas de ataques dos times em duas situações. A primeira com Dennys, que acertou um tiro forte do campo de defesa no poste. A segunda quase idêntica, só que desta vez foi chute de Portuga, chegando ao Real Paulista Classic após longa temporada no SPQSF, que construiu a jogada perigosa.
 
No segundo tempo, o Cacildis voltou a mil por hora e novamente encontrou o caminho da felicidade. A dupla Gustavo e Cadu, mais uma vez, entrou em ação. O camisa 10, que desfilava em campo tranquilamente, sem marcação alguma, observou a passagem do artilheiro pelas costas da zaga e tocou a ele frente a frente com Chico, que nada pode fazer a não ser ver o camisa 8 driblá-lo e converter outra jogada em gol.
 
Quando o Real Paulista imaginava que estava apenas complicada sua situação, viu o goleiro Chico sentir a coxa. Com a lesão do arqueiro, e sem goleiro substituto, Gará assumiu a meta. E não demorou muito para Cadu aparecer e fazer mais um, o quinto gol do Cacildis. Fernando Siqueira driblou um marcador pelo meio campo e bateu para o gol sem jeito, mas Cadu aproveitou para dominar a bola e colocar no canto direito do goleiro.
 
Com o domínio total da partida, o Cacildis não hesitou em marcar mais gols. Continuou pressionando no campo de ataque e deu espaço atrás. Com isso, Portuga, em uma oportunidade de contra-ataque, correu em velocidade até a intermediária da área quando foi parado por Bruno Siqueira em falta. Alemão soltou uma bomba na cobrança e diminuiu a vantagem para 5 x 3.
 
A alegria de Alemão durou apenas 3 minutos, pois Cadu girou mais uma vez em cima do zagueiro, ficou de frente para o marcador, abriu espaço para a perna direita e mandou uma bomba na trave direita. A bola ainda bateu no poste esquerdo e entrou, um golaço do camisa 8 do Cacildis.
 
No fim, o Cacildis ainda manteve o ritmo e Cadu novamente recebeu livre pelo lado esquerdo do campo e chutou no contrapé de Gará, marcando o sétimo dos celestes e sua sétima marca na partida. O oitavo dele não saiu porque Gará espalmou seu chute no canto esquerdo. Entretanto, a bola sobrou para Alemão, só que o do Cacildis, que fechou o placar em 8 x 3.
 
Pelo saldo de gols, o Cacildis é líder do Grupo A e enfrenta o Elefantes Indomáveis na 2a rodada. Já o Real Paulista Classic tenta vencer a primeira diante do Magnatas.
 
Ficha técnica

Cacildis 8 x 3 Real Paulista Classic – 1ª rodada do VIII Chuteira de Bronze

Gols: Cadu (7) e Alemão (C); Fabinho, Mené e Alemão (RPC)

Cartões amarelo: Bruno e Fernando Siqueira (C)

MVPs: 1 – Cadu (C); 2 – Gustavo (C); 3 – Pedrinho (RPC)