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Só o Mulekes separa caveiras da final; nas quartas, vitória relativamente tranquila diante do SNG

Se a projeção era de um jogo duro, na prática as coisas foram bem diferentes: no clássico das siglas, o Clube Atlético da Vila levou a melhor sobre o Se Não Guenta Por Que Veio e se garantiu na semifinal da 20ª edição do Chuteira de Ouro sem maiores dificuldades, apesar da reação rival no finalzinho do jogo. Um 5 x 3 ficou de bom tamanho.
 
A atuação coletiva do alvinegro foi mais uma vez primorosa, sobretudo nos minutos iniciais. Uma vez construída a vantagem, a equipe tirou o pé. Talvez estivessem os jogadores se guardando para as semanas decisivas, agora que restam apenas dois jogos até o tão sonhado título – o mais difícil deles já nas semifinais, contra o arquirrival Mulekes.
 
O primeiro tempo intenso do CAV foi decisivo para o resultado. Mesmo com a aguardada volta de Luis Romão, o SNG começou lá atrás e deu espaço para que o adversário levasse perigo logo nos primeiros instantes: Léo Moratta, batendo forte de fora da área, foi o primeiro a testar Papa-Burguer, que espalmou para escanteio. Após a cobrança, Esteves teve chance e bateu por cima.
 
CAV fez prevalecer seu jogo coletivo e resolveu a parada no primeiro tempo; no segundo, só cozinhou

O domínio foi se confirmando com o passar do tempo: o CAV queria construir o resultado imediatamente. Na ausência de Mike, era Léo Moratta quem cadenciava o jogo. Caio Fleischmann, desta vez, assistia do lado de fora da quadra. Foi de lá que ele viu Esteves arranjar bom lançamento para Quinho ganhar na corrida e cruzar para área, onde Moratta apareceria no momento exato par finalizar com precisão e abrir o placar.
 
Após a bela articulação, Moratta voltou a arriscar de fora da área, surpreendendo Papa, que afastou. Afiado, Esteves distribuía dribles e, com uma sainha no rival pelos lados da lateral esquerda, fez a torcida vibrar. O SNG levava pouco perigo até então, mas Bruno Zanelli, caindo pela esquerda, efetuou a primeira finalização do time. Um desvio, contudo, levou a bola para fora.
 
O time da Vila já pensava algumas mudanças quando outra bela jogada de equipe resultou no segundo gol. Desta vez foi Diego Cavalcanti quem efetuou bom lançamento; coube a Moratta apenas ajeitar com um toque de classe para Esteves, que mandou para o fundo da rede. Já com o novo quadro em campo, David costurou pelo meio e tirou de Papa com um tapa indefensável, no cantinho. 3 x 0 com apenas 14 minutos de jogo.
 
Até aí o SNG não esboçara reação, investia tudo na bola longa e facilitava a jornada do CAV – tanto que a melhor chance do time nos 15 minutos iniciais foi quando Jé errou o tempo da bola e mandou contra o patrimônio, obrigando Renan a fazer grande defesa. Já quando Romão apareceu e inventou bom passe para Dani, o goleiro contou com a sorte e viu a bola ir para fora após espalmá-la sem muita força.
 
Só que a supremacia caveira não chegava a ser ameaçada. Maurinho bateu de fora da área e quase matou Léo, que desviou involuntariamente com o corpo. Jé armou jogadaça e passou para David, que mandou por cima da trave. Mas num contra-ataque, Dani voltou a levar perigo, obrigando Renan a defender com as pernas. O camisa 7 ainda puxou outra jogada promissora, mas foi parado pela zaga em um lance onde os jogadores do Se Não Guenta reclamaram a marcação de falta.
 
O SNG até que chegou a colocar o rosto na janela no fim da primeira etapa, quase diminuindo com Felipe Augusto (após novo passe de Luis Romão), mas, nos espaços, o CAV se esparramava: Paulo Netto só não marcou o quarto antes da parada porque Papa foi corajoso e conseguiu abafar.
 
Na volta, as coisas foram um pouco diferentes. Apesar da volta de Léo Moratta e Quinho, que fizeram grande primeiro tempo, foi o SNG quem começou mais ousado. Sandrinho teve chance importante, mas bateu fraco demais. Felipe Augusto também teve oportunidade onde saiu livre, mas tomou um toco do zagueiro.  Aos poucos o time laranja ia criando chances, mas as perdia logo em seguida.
 
Sem se impressionar, o CAV só espreitava a ocasião para dar mais um golpe. Ele veio aos 5, quando Diego Cavalcanti alçou Esteves, que invadiu a área e serviu Jé com a maior facilidade do mundo. Desmarcado, o camisa 8 só empurrou. O 4 x 0 virou 4 x 1 no lance seguinte, quando Rafa revidou de fora da área com um belo toque e diminui o marcador. O gol não acalmou os ânimos da equipe que ia sendo derrotada: saiu faísca durante a conversa no tempo técnico.
 
Com a pelota rolando novamente, Moratta quis o ângulo e não acertou por pouco. Em nova boa jogada de Esteves, Yan saiu bem do gol e evitou o quinto com grande defesa. Mas o SNG estava mais atento e seguiu levando perigo, primeiro com Felipe Augusto, que desperdiçou chance incrível ao tentar driblar Gambetta (que substituíra Renan) e depois em chute de Ligeiro, que passou rente a trave.
 
A pressão laranja não surtia os resultados esperados e diminuiu quando o time chegou à quinta infração. Não demorou muito até que a sexta acontecesse, em falta de ataque. David foi para a cobrança do shoot out, mas Yan não caiu na finta do camisa 7 e defendeu. O SNG seguiu tentando com o individualista Ligeiro, Léo e também Luis Romão, mas a defesa do CAV dava conta do recado: Cioffi e Diego Sol não queriam saber de brincadeira.
 
Tricampeão CAV eliminou o tricampeão SNG e agora pega, nas semifinais, o tricampeão Mulekes

David teve oportunidade de se vingar de Yan pela defesa do shoot out em contragolpe surpresa do CAV, mas o goleiro levou a melhor novamente. Só que quando o camisa 7 deu bom passe para Diego Orsi mandar aquele tapa consciente, a vitória caveira foi decretada. Em nova tentativa de Maurinho, Yan tratou de evitar o sexto tento. O goleiro ainda teria que trabalhar mais um pouco – como quando a zaga parou e deixou Jé entrar livre na área, parando também no camisa 3.
 
O segundo gol do SNG saiu em uma cobrança de falta rápida que caiu nos pés do esperto Fabinho. A situação ainda não assustava o CAV, mas enquanto Moratta dava dribles humilhantes e levantava a arquibancada, a equipe chegava à quinta falta. A sementinha do eu acredito no coração do SNG brotou quando Tejeda, com novo tapa, anotou o terceiro…
 
… e começou a crescer forte quando David fez a sexta falta, originando novo tiro direto, desta vez para o SNG. Mas Gambetta saiu bem e evitou que Luis Romão fizesse o quarto. Não haveria tempo para o quinto, de toda forma, pois a o apito final veio logo em seguida. Poderia ser mais caso o CAV não tirasse o pé, mas o 5 x 3 foi justo.
 
O roteiro não deve se repetir na semifinal: tirar o pé contra o Mulekes normalmente não deve ser uma opção. Fala-se de final antecipada, ainda que Primatas e Inflação discordem. O CAV chega com mais moral, sem sombra de dúvidas, mas se a máxima do “em clássico não há favoritos” vigora no futebol, não há motivo para ser diferente no Chuteira de Ouro.
 
Ficha técnica
 
CAV 5 x 3 SNG – Quartas de final do XX Chuteira de Ouro
 
Gols: Léo Moratta, Esteves, David, Jé e Cioffi (C); Rafa, Fabinho e Tejeda (S)
 
Cartões amarelo: Jé (C); Allan (S)
 
MVPs: 1 - Léo Moratta (CAV); 2 - Esteves (CAV); 3 - David (CAV)
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