Seu novo uniforme é de PR1MA! Facilitamos a sua vida!

    Agilidade e comodidade para você focar apenas no que importa... o seu time! @pr1masports e (11) 99210-4656

    Veja mais

Primatas endureceu e a chuva atrapalhou, mas CAV levou a melhor na prorrogação e se sagra primeiro tetracampeão do Chuteira


A final da 20ª edição do Chuteira de Ouro foi muito além do esperado. Se alguém projetava um duelo fácil para o invicto e 100% CAV, se enganou. Se alguém colocara o aguerrido Primatas como presa fácil, dada à dificultosa campanha que antecedeu a chegada do símios na decisão, errou.
 
Os prognósticos dos analistas de plantão caíram por terra após a decisão dramática, via gol de ouro, na insanidade da prorrogação. Se o gol de Edinho impediu que Primatas levantasse a taça do Chuteira na ocasião em que a equipe alvirrubra chegou mais perto da glória, permitiu que o Clube Atlético da Vila erguesse o caneco pela quarta vez – e sentisse um gosto ao qual Caio Fleischmann e companhia já andam acostumados: o do título.
 
Os jogadores dos dois times aqueciam enquanto uma prévia igualmente eletrizante ocorria. Vermelho e branco, da cor das vestimentas primatas, o gramado contrastava com o cinza e negro do céu, que combinava com as vestimentas do CAV.
 

A chuva que caía aglomerava as arquibancadas, dando ao espectador uma sensação de casa não cheia, mas lotada. Tieppo e os hinchas acendiam sinalizadores e lançavam foguetes, contagiando os jogadores vermelhos. Do lado da equipe favorita, o discurso de Thithi no pré-jogo era claro: é hora de manter os pés no chão. Belas palavras, sem dúvidas, mas que não previam o início de partida alucinante que estava por vir.
 
Com apenas um minuto de jogo, o Primatas saíra na frente. As equipes ainda reconheciam o terreno quando Mathe, esperto, encaixou, da esquerda, ótimo passe para Litho, dentro da área. O camisa 11 deslocou Renan com um tapa, colocando no canto oposto do goleiro. Era apenas uma amostra do que seria a partida.
 
Não que a vantagem primata tenha durado muito tempo: rápido no gatilho, o CAV reagiu imediatamente, através dos pés de seus principais craques. Vital, Thithi achou Léo Moratta na esquerda e efetuou belo passe para o camisa 10, que venceu o zagueiro e, mesmo com o ângulo comprometido, marcou o golaço do empate. Ninguém respirava. A virada aconteceria um minuto e seis segundos depois.
 
Thithi fez ótima partida e ajudou o CAV a conquistar pela quarta vez o caneco

Antes dela, uma chuva forte marcara presença. As poças talvez tenham ajudado Paulo Netto em seu chute letal de fora da área, que quicou, desviou e matou Foguinho, sacramentando a tal virada relâmpago. Entre alguns, houve a impressão que as coisas voltavam à normalidade: nada disso. Ainda que o CAV pressionasse, o Primatas se virava da melhor forma que podia, como fizera nos últimos três jogos de mata-mata, levando ainda algum perigo no contragolpe.
 
Ainda assim o volume dos caveiras era difícil de conter. Prior salvou uma bola quase em cima da risca quando Foguinho já estava fora do lance após finalização de Maurinho. Após pivô, Paulo Netto esteve perto de reeditar seu primeiro tento. Uma das melhores oportunidades de anotar o terceiro veio em uma jogada de quatro atacantes versus dois defensores, liderada por Maurinho. O camisa 8 abriu para Thithi, que arriscou uma cobertura tímida. Prior cortou usando a cabeça.
 
Apesar da garra, a postura defensiva do Primatas incomodava alguns jogadores, como Marcelo Gama, que cobrava. O CAV diversificava e tentava também de fora da área: em uma das ocasiões, Foguinho teve de sair de soco após bomba de Thithi. As mudanças vieram também na formação, com a entrada conjunta e massiva da dupla de Diegos – Orsi e Cavalcanti –, Edinho e Quinho. O próprio Quinho veio disposto a vencer Foguinho, mas, com a ponta dos dedos, o arqueiro impediu gol do camisa 14, concedendo escanteio.
 
Do ladro rubro, Prior foi a cara da raça e vontade; já Gama era a cara da técnica e precisão do contra-ataque

Quinho tentaria outras duas vezes, ambas a média distância e com relativo perigo. Com o tempo, o jogo ia se restringindo ao campo de ataque do CAV; quando com a bola, o Primatas não sabia exatamente o que fazer. Suspenso e solitário, colado na grade próximo ao seu banco de reservas, o suspenso Gui Fenômeno assistia à partida tenso e tentava coordenar seu time a distância. A torcida também fazia parte e vibrou muito com um bloqueio importante de Mario Júnior sobre Quinho, que impediu o terceiro gol do alvinegro.
 
O apoio das arquibancadas teve um efeito inesperado sobre Marcelo Gama, o Imperador branco do Chuteira. Instado pela geral, o camisa 19 – que até então sofria adiantado e muito distante do resto da equipe – disparou na esquerda, venceu o marcador com firmeza e desceu o pé em um chute cruzado e destruidor, que entrou no único canto possível do gol de Renan. Tudo estava igual novamente!
 
O “a gente faz a hora que quiser” atrapalhava o CAV, que demorou até sentir o golpe de Gama. Tanto que a zaga, no fim da primeira etapa, permitiu que o artilheiro dominasse dentro da área e batesse. Para sorte de Renan, o tiro não saiu como esperado. Ainda assim, o clima na saída para o intervalo não era exatamente tenso: o time seguia confiante. Do lado primata, a escolha foi se mexer até o alambrado para ouvir as palavras do Fenômeno.
 

Com a saída do técnico Almir no decorrer da semana prévia, Caio Fleischmann assumiu o comando ao lado do
machucado Mike; pelo Primatas, Gui Fenômeno, suspenso, de fora fazia o que podia para orientar seus jogadores

 

A segunda etapa começou já repleta de pequenos estranhamentos entre os jogadores nas laterais, e com o CAV mandando Cioffi e David para a quadra. O resultado foi aparentemente veloz, com Piffer quase marcando em bomba de fora da área, que ainda desviou antes de sair pela meta de Foguinho. Mas o restabelecimento da vantagem primata viria antes, fazendo com que todos que assistiam considerassem a possibilidade de uma surpresa pela primeira vez.
 
O terceiro gol, como bem se podia imaginar, veio dele, Marcelo Gama. Dessa vez oportunista, o atacante surgiu bem dentro da área para completar batida de lateral capciosa de Tom. A finalização foi forte e o placar mudou para 3 x 2. Pouco depois, em uma inversão competente, Rodriguinho achou Mario Junior em posição de anotar o quarto, mas o avante errou. Ainda assim, era o melhor momento do Primatas na partida.
 
No CAV, a expectativa era empatar sobretudo através de David na esquerda, mas Prior dificultava muito a vida do ligeiro ponta. Da beirada da quadra, Caio e Mike, que dirigiam a equipe com a saída de Almir, mostravam os primeiros sinais de tensão. Mas, aos poucos, o time ia se ajeitando e conseguindo girar a bola apesar do gramado molhado e escorregadio.
 
Avançando até a linha de fundo, Esteves arriscou cruzamento perigoso, mas Rodriguinho levou a melhor. O camisa 9 tentou jogada semelhante pouco depois, mas arriscou para o gol, parando desta vez em Foguinho. Esteves parecia imune à então intensa marcação símia e, aos 10, surgiu livre na área para receber passe de Paulo Netto e finalizar com estilo, tirando do goleirão. Tudo igual novamente! 3 x 3!
 
O CAV voltava a crescer e Léo Moratta voltou para o jogo, obrigando Prior e Mathe a se esforçarem por dois. Os pedidos de atenção na saída de bola não surtiam efeito, e a equipe rifava muitas vezes de forma desesperada. A esperança de que a pelota caísse nos pés de Gama quase virou realidade após três lançamentos infrutíferos, mas Léo Moratta apareceu na hora certa para barrar a tentativa do rival. Quando uma triangulação primata deu certo, Antoniazzi recebeu na área e bateu para fora.
 
CAV teve posse e mais chances, mas Primatas soube marcar e levou perigo nos contra-ataques

A chuva dava uma trégua, mas dentro de quadra o tempo fechava. Paulo Netto foi amarelado após chegada forte em Tom, e o Primatas, na base da ligação direta, exigia atenção 100% de sua defesa. Após articulação com Quinho, Léo Moratta foi ligeiro e quase marcou desviando com o peito. De volta à quadra, Thithi chegou muito perto após passe de Japa. Com muitos espaços, Japa ainda achou belo passe para Esteves após jogada solo, mas o companheiro não pode alcançar. Um gol do CAV se desenhava, ainda mais quando Foguinho repôs quatro bolas seguidas nos pés da equipe negra.
 
Justiça seja feita, o goleiro se redimiu pouco depois, efetuando grande defesa em tentativa de Diego Orsi, após Japa servir de garçom mais uma vez. Os mesmos personagens repetiram o lance um minuto depois, e dessa vez Orsi acabou isolando boa oportunidade de evitar o drama da prorrogação, mesmo dentro da área. Thtihi ainda arranjou tempo de ser amarelado quando faltavam segundos para o final. O tempo extra se confirmou quando Mathe bateu a última oportunidade do Primatas de se sagrar campeão no tempo regulamentar para fora.
 
O tempo de intervalo foi curto, e o Primatas voltou com uma postura mais defensiva. Ainda assim, o time tinha ousadia e Marcelo Gama tentou do meio de campo mesmo. Se esse gol saísse, haveria invasão, mas a bola desviou e foi para o escanteio, que não rendeu em nada, ainda que Gama tenha levado perigo suficiente para gelar os corações alvinegros.
 
No segundo minuto do tempo complementar, a pressão inicial do Primatas deu lugar ao volume incontestável do CAV. Após seus minutos fora, Thithi voltou para a quadra e liderava a esquadra, mas Prior-peito-de-aço, do outro lado, afastava todas. Até o momento fatídico que Edinho levantou a mão…
 
Na prorrogação, já sem pernas, o Primatas queria a bola em Gama para, num chute, tentar decidir

Até então tímido na partida, o camisa 20 foi gênio. Ao mesmo tempo que pedia a bola para o maestro Thithi, Edinho passava nas costas da defesa, que não foi sequer de acompanhar. Depois de recuperar a bola de Mario Junior, que por sua vez tinha recuperado na defesa e tentado sair jogando com Litho, o 11 do CAV acertou o passe e deixou o companheiro na cara do gol: bastou um toque para encerrar o XX Chuteira de Ouro e sagrar o CAV campeão. TETRAcampeão!
 
A derrota não apagou os ânimos do Primatas, que, após uma jornada dantesca pelas divisões inferiores nos últimos dois anos, encerrou 2015 como uma das mais poderosas do Chuteira. Teve até quem encontrasse motivo para tirar onda.
 
Nada que ofuscasse a festa caveira. Da arquibancada, Balãotelli e Torcas eram dois dos que vibravam, indicando o que poderemos ver de novidades no ano que vem. Dentro das quatro linhas, Caio Fleischmann fazia a festa com seus amigos. "Hoje sim, hoje sim, hoje não", cantavam em resposta às provocações que vinham de fora. A campanha não foi 100%, visto que a final terminou empatada no tempo regulamentar, mas quem se importa? O Clube Atlético da Vila já é o time mais vitorioso do Chuteira.
 
CAV mostrou que tem torcida, e dos grandes rivais A.A.A. e Futsamba

Ficha técnica
 
CAV 3 (1) x (0) 3 Primatas – Final do XX Chuteira de Ouro
 
Gols: Léo Moratta, Paulo Netto, Esteves e Edinho (CAV); Marcelo Gama (2) e Litho (P)
 
Cartões amarelo: Paulo Netto, Thithi e Piffer (CAV); Prior e Antoniazzi (P)
 
MVPs: 1 - Thithi (CAV); 2 - Marcelo Gama (Primatas); 3 - Prior (Primatas)
 
Comentários (0)