Fechando a rodada da Série Bronze, a melhor desculpa para o fraco futebol apresentado entre Séloco e Derrubada seria o frio. Mas quem assistiu à partida sabe que não passaria de uma desculpa. A equipe branca e verde tinha a chance de seguir sonhando com a vaga direta à Prata, mas o empate sem gols diante de um dos lanternas do grupo praticamente matou as esperanças da equipe, que agora fica a 5 pontos de distância do líder Camelo. A coisa podia ser pior, pois o Derrubada, brigando para fugir do rebaixamento, perdeu gols e a vitória seria justa.
O Derrubada começou o jogo fazendo o que deveria ser feito: chutar a gol. Tomi arriscou para testar o goleiro Piero, que agarrou sem problemas. Joezinho ainda tentou nova jogada de ataque em cobrança de falta que Piero defendeu no reflexo.
A primeira chegada do Séloco foi com Gallego, que interrompe troca de passes rubro negra e arriscou de longa distância, mas sem preocupações para Pedro Mé, novamente improvisado no gol. Mais Séloco no ataque: Renato cobrou lateral pela esquerda mirando Calderaro, que tentou uma puxeta, como diriam os velhos amantes do futebol, mas a bola se perdeu pela linha de fundo.
Em seguida, foi a vez de Calderaro armar a jogada e acionar Rockero na frente, que não contava com a boa saída do gol de Pedro Mé. Aos 16 minutos, o Derrubada cometeu a 5ª falta e precisou tomar muito cuidado para não dar a oportunidade do shoot out. Em ataque da equipe verde, talvez a melhor chance de gol do Séloco no primeiro tempo, Rodrigo viu cruzamento chegando em sua direção depois de cobrança de escanteio na segunda trave mas, ao invés de dominar e colocar pra dentro, preferiu saltar e tentar o voleio. A bola espirrou no seu pé e saiu para fora.
O jogo era lá e cá, de fato, mas as equipes pareciam ter se esquecido de como fazer gols. O Séloco ainda tinha as melhores chances, como quando Monicao cobrou o escanteio e Renato cabeceou livre, obrigando Mé a fazer linda defesa. Ainda antes do final do primeiro tempo, o Derrubada teve ótima oportunidade com Henricão. O chute de longe acertou o travessão e arrancou gritos de “uuuh” de quem assistia ao jogo.
O segundo tempo voltou e nem pareceu que houve uma pausa. As equipes voltaram ainda mais alucinadas para tentar marcar um gol. O fato de ter virado o segundo tempo no 0 x 0 começou a deixar as equipes nervosas. Leonidas entrou e logo começou a dar dor de cabeça para a defesa do Séloco. O pivô e camisa 9 rubro negro foi o principal responsável pelos lance de ataque da sua equipe na etapa. A melhor delas nasceu com Leonidas pela direita, que cruzou e deixou China completamente livre na área e sem goleiro. O chute, no entanto, foi para fora. Incrível. Joezinho tentou o cruzamento para Henricão, mas Piero fez a defesa. Leonidas não aproveitou o rebote e chutou para fora.
O Séloco era só defesa até então no segundo tempo, sofrendo pressão e acuado. Mará mandou o capitão Garotto a campo para aumentar a presença ofensiva na área loca. Mas era Leonidas o homem mais perigoso. Ele arrancou pelo meio e fez o passe em diagonal para Favilla, que, ao tentar o arremate, parou em defesa de Piero.
Calderaro e Rodrigo tomavam a iniciativa pelo Séloco e eram os responsáveis pela maioria das jogadas de ataque do time. Gallego se destacava atrás, evitando que o Derrubada pudesse abrir o placar. A essa altura o empate era o melhor resultado. Quem abrisse sua defesa perderia o jogo. Nos últimos 5 minutos, as equipes passaram muito tempo tocando a bola, parecendo com medo de atacar e sofrer o contra-ataque. A única jogada mais aguda veio com Calderaro, que decidiu arrancar pela diagonal mas acabou perdendo o ângulo e saiu pela linha de fundo.
Ambas as equipes deixaram o campo no “oxo” e com a consciência de que foi um dia atípico. Ao Séloco, frustração de ver o Camelo disparar. Ao Derrubada, a sensação de que podia ter vencido. Na 8ª rodada, o Séloco joga contra o Bacaninha; o Derrubada tenta respirar contra o líder Camelo.
Ficha técnica
Derrubada 0 x 0 Séloco – 7ª rodada do VIII Chuteira de Bronze
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