Foi na raça que o Vikings eliminou o temido Divino e livrou a cara do Baixada de enfrentar Renanzinho, Joninhas, Negueba e cia. novamente. Dizem que o dr. Santiago já havia receitado aos meninos santistas um calmante mais forte, melhor que vodhuana, caso os divinenses avançassem. O trio ofensivo, como de costume, escovou todo o tapete, deu dor de cabeça aos defensores nórdicos até umas horas e consagrou o ‘cagado’ Bolanho. Na defesa, porém, o Divino deu espaços demais, muitas vezes não aproveitados pelos rapazes de preto, mas que foram suficientes para fechar o placar em 4 x 2 para o Vikings que, bendito seja Trivelato, vão sim à final!, sob o título ‘Bem maior que Beça’. Já vou escrevendo o artigo antes, aliás, para entregar na data!
Um semestre depois, os nórdicos chegam novamente a uma semifinal contra o Baixada de Munique. Ainda são a zebra, mas o time é diferente e o discurso é mais vencedor que no passado. Aliás, nesta Prata, e arrisco dizer em qualquer outra divisão, não há time que tenha crescido tanto de produção durante o campeonato quanto o Vikings. Se a configuração da final ainda é uma incógnita, pois os quatro times que sobreviveram até aqui são, e fizeram por merecer essa consideração, capacitados para levantar a taça, algumas constatações, pra mim ao menos, já são consensuais (se der outra coisa, é marmelada): Caique é a revelação e Cadu é o melhor técnico (desculpa aí, Leandro e Lói).
Sobre o jogo em si, a primeira tentativa, aos 3 minutos, foi do Divino. Sal pelo lado direito bateu pro gol e Bolanho fez a primeira de uma centena de defesas. O Divino seguiu tentando pressionar nesse começo, mas quem conseguiu abrir o placar foi o Vikings. Foi com Bozzolo que a jogada começou: ele levou pela direita, aos 5 minutos, e tocou no outro lado pra Lukinhas ajeitar e bater no canto direito-alto, pra fazer 1 x 0!
Aos 7, resposta do Divino com Joninhas na meia-esquerda. O 10 levou pro meio e bateu, à esquerda do gol. Um minuto depois, Sal, de novo pela direita, cortou a marcação e finalizou. Bolanho fez a defesa e os nórdicos dominaram o rebote. Depois, Renanzinho deixou com Joninhas, que chutou à esquerda do gol. Os divinenses solicitaram desvio, mas a arbitragem apontou apenas reposição do goleiro. Com 10 no relógio, Negueba levou pra direita, Joninhas pediu doutro lado. Então o jogador fez o breque e serviu o companheiro, que bateu cruzado, na trave! Na resposta, Trivelato cruzou pra Lukinhas, que desviou e também acertou a trave. Ele mesmo ficou com o rebote mas não conseguiu empurrar pro gol. Aí, no toma lá da cá, o Divino foi pro ataque e não perdoou. Renanzinho levou pela direita e bateu pro meio, Cavenco, já caindo, cavucou e fez. 1 x 1!
O jogo recomeçou e logo Negueba recuperou e acionou Joninhas, que bateu pro gol. Bolanho foi bem de novo, colocando pra linha de fundo. Na resposta, com 13 no relógio, Ronaldo Bolanho roubou ela e acelerou em Bozzolo, que deu um tapa nela buscando o ângulo direito, mas mandou pra fora! Depois, aos 15, cobrança de falta frontal para o Vikings, e Ronaldo tentou colocado, no ângulo esquerdo. O movimento de corpo pós-batida já queria levá-lo à comemoração, mas Lenarduci deu um tapa nela pra fazer a defesa e frustrar o adversário. No lance seguinte, cobrança de falta do outro lado também, Joninhas rolou pra Negueba, que chutou em cima de Bolanho. O arqueiro bateu roupa,, Andrey Profeta foi pra aproveitar, mas não obteve sucesso. Na sequência, Joninhas levou pro meio e tentou mais uma, à esquerda.
Aos 17, em nova falta pró-Vikings, Lukinhas bateu forte, e Lenarduci fez a defesa. Trivelato tentou aproveitar o rebote, mas mandou em cima do goleiro. Na sequência, mais uma falta cometida pelos divinenses. A mesa avisou, é a quinta, e os juízes levantaram o braço exibindo a palma orgulhosa. Do outro lado, o Divino apertou de forma consciente, Renanzinho recuperou a bola sem cometer infração, pela esquerda do ataque, e cruzou na entrada da área pra Negueba chegar batendo. Bolanho tocou nela, mas não conseguiu evitar a virada! 2 x 1! Na marca dos 19 minutos jogados.
No lance seguinte, quase mais um, quase que replay. Negueba recuperou pela direita e acionou Renanzinho, que deixou essa para Profeta, na entrada da área. Já caindo, ele não conseguiu pegar direito na bola. Na resposta, os nórdicos se mandaram pro ataque e Veto abriu na direita para Ferrari, que bateu cruzado, buscando o canto-alto, mas ela saiu! Logo depois, ela sobrou com Trivelato, do outro lado, mas ele também errou o alvo. Eles continuaram no ataque, e Pedro Franco acertou o gol, mas em cima de Lenarduci. Fácil pra ele. O Vikings tomou gosto pelo tiro ao alvo, e no lance seguinte Ferrari tocou pra Lukinhas, que bateu bonito na bola, levando muito mais perigo dessa vez ao gol de Lena, que aproveitou bem a ‘chance’: bela ponte do goleiro divinense, colocando pra escanteio!
Agora, com já 24 minutos de bola rolando, Pedro Franco vacilou na defesa, Andrey Profeta tomou dele e tocou atrás pra Léo bater no canto direito. Bolanho foi nela e evitou! No final, deu tempo ainda de Renanzinho bagunçar pelo lado esquerdo da defesa nórdica e tocar pro meio pra Andrey que seguiu ela em Léo, pra chegar batendo, à direita do gol! Fim de primeiro tempo e o goleirão Bolanho deu um chutão pra rede superior, pra deixar claro a insatisfação com a linha defensiva. Tão pensando o quê?!
Começo de segundo tempo, e os divinenses continuaram tirando o sono de Bolanho, que não foi ouvido pelos companheiros de linha (da próxima vez, chuta a bola na cara). Andrey Profeta, pela esquerda, testou o goleiro logo cedo, com nem 1 minuto completo. Bolanho foi nela, que ainda bateu na trave e ficou com ele. (Ca)gado demais! Do outro lado, a vontade de Renanzinho era tanta que ele chegou à quarta falta individual e foi advertido. Não pode! Pedro Franco cobrou, da meia quadra, por cima do gol. No lance seguinte, a juizada deu recuo de Rafinha, para delírio do camisa 16. Lenarduci acalmou a rapaziada pra colocar geral na barreira, e até ele mesmo foi lá dar um reforço. Lukinhas bateu forte e acertou o goleiro, mas a pelota desviou e saiu. Enquanto os nórdicos lamentavam, o Divino tentou surpreender, com Johnny pelo lado esquerdo, em chute cruzado, pra fora do gol!
Aos 6, Trivelato recuperou ela e avançou, Mendes passou avoado, pedindo, mas o artilheiro arriscou direto e errou. Na jogada seguinte, ele tentou de novo resolver e carimbou a defesa. Mendes estava lá de novo, sem receber a atenção que merecia. Depois, enquanto Serginho, o papai torcedor, Baixada de carteirinha, divagava sobre como o time do coração ia “derrubar o Divino”, Lukinhas tabelou com Trivelato e, já dentro da área, desperdiçou! Na sequência, na marca dos 7 minutos, Trivelato empatou a partida! Medalhas também para Pedro Franco, pois quando a bola saiu pela esquerda do ataque foi o camisa 12 que pegou ela e cobrou rapidinho pra Trivelato escorar e acompanhar, atento, o caminho da glória, devagarinho, no canto direito do gol defendido por Lenarduci! Depois, foi só parar em frente os vilões do apito e apontar pro número da camisa. Anota aí, 2 x 2!
Do outro lado, Joninhas quase acabou com a festa do Vikings num piscar de olhos. Antes da pálpebra cair, Johnny pela esquerda rolou do outro lado e o 10 bateu forte, mas viu Bolanho salvar o Vikings! Depois, o goleiro nórdico começou a aparecer também mandando na ligação direta nas costas da defesa divinense. A primeira foi pra Fernandinho, que ainda desacelerou, esperou ela pingar e acertou a rede por fora. Na resposta, Renanzinho rabiscou, mais liso que repórter do Chuteira na sexta-feira, saiu da marcação pela ala esquerda e bateu cruzado! Essa parou na grade, literalmente, presa entre os desníveis das ferragens.
Aos 12, falta frontal, sofrida por Renanzinho. Ele mesmo ajeitou pra cobrança, enquanto os nórdicos entravam com recurso junto ao STJC, de justiça chuteirense, claro, especialista em analisar qualquer faltinha... Joninhas chamou a responsa e bateu, mas a responsabilidade de passar por Bolanho era muito grande pra qualquer um naquele dia. O chute do 10 foi com vontade, mas desviou nas pernas do goleiro e saiu! Na chegada seguinte, Renanzinho tocou em Joninhas na linha de fundo, que centrou pra Negueba chutar. Ela desviou no meio do caminho, foi no pé de Bolanho e subiu pra mão do arqueiro, que fez pacto com a Xuxa, não é possível!
O Vikings pediu tempo, e o técnico Cadu deu corda em Fernandinho. Aos 16, ele cortou bem a marcação já na entrada da área e bateu forte. Lenarduci salvou, mas o rebote ficou com Breezy, que só empurrou. Nova virada, 3 x 2! O Divino ficou em choque, junto com a torcida e a banca de apostas, enquanto Trivelato deixou com Breezy, que bateu pro gol. Ela desviou e ficou com Fernandinho, dentro da área, mas quando ele virou pra mandar pro gol e aumentar a vantagem, Lena já travava em cima, com o pé, evitando prejuízo maior!
Aí Renanzinho deu uma caneta maravilhosa em Trivelato, que a gente não pode deixar passar (diferente do avante, que não fechou as pernas a tempo), mesmo que a janela tenha sido pra trás e sem sequência produtiva — além de, por não ser um desafio de drible, infelizmente, não valer ponto. Depois, aos 18, nova tentativa de Joninhas, que Bolanho colocou pra escanteio. Joninhas mesmo foi na cobrança e arremessou pra Negueba escorar na primeira trave na direção da segunda. Cavenco não conseguiu chegar pra completar! Do outro lado, Fernandinho tentou chute, à direita do alvo.
Com 19 no relógio, Joninhas abriu na esquerda para Negueba, ele levou pro meio e bateu, pra fora, mas teve desvio. Léo cobrou o corner para Renanzinho, que devolveu pra ele arriscar mesmo sem ângulo, errar e se lamentar. Depois, com 21, o Vikings cometeu falta, e Lenarduci, batendo o desespero, arrasando o coração, já queria que fosse a quinta. O arqueiro questionou a mesa sobre isso, que por sua vez disse que era a terceira ainda. “As outras foram no primeiro tempo, né…”
Aos 24, com o Divino precisando buscar o resultado, quem teve gás pra chegar foi o vikings Bozzolo, que bateu pro gol. Lena espalmou e a defesa divinense dominou a redonda. Na resposta, Joninhas tocou para Guinho, que bateu pra mais uma participação de Bolanho. No lance seguinte, o goleiro jogou mais uma bola nas costas da defesa, pra Lukinhas, que dominou na entrada da área, girou e bateu, pra matar o jogo! Mas ainda não, essa saiu à direita e parecia que ia fazer falta… Do outro lado, na bagunça de ‘vamo tentar empurrar essa danada de qualquer jeito pra dentro’, Guinho tentou e não conseguiu, ela ia sobrando pra Andrey Profeta, que teve que dividir com Bolanho e nessa cometeu infração. Se dependesse do goleiro, ele ficava por ali mesmo, mas avisaram que ia ter cerveja e que hoje ele não pagava de jeito nenhum!, então ele se levantou. De pé, ele viu Lukinhas recuperar na defesa e lançar Trivelato, pela direita. O atacante bateu pro meio e fez ela chegar em Fernandinho, que tocou por baixo de Lenarduci! E assim acabou! 4 x 2!
Vikings na semifinal, pra derrubar o Baixada! O Divino, que deixou escapar a classificação direta à Ouro contra o mesmo Baixada duas semanas antes, volta a disputar a Prata no semestre que vem.
Ficha técnica
Vikings 4 x 2 Divino – Quartas de final do XXI Chuteira de Prata
Gols: Lukinhas, Trivelato, Breezy e Fernandinho (V); Cavenco e Negueba (D)
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