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Villa Verde derrota Grano na prorrogação com gol de ouro polêmico e está na final

Nada parecia por acaso nesta última tarde de sábado. O duelo entre as villas Verde e Grano marcado para a quadra 06, válido pela primeira semifinal da 2a edição da Copa Olé Chuteira, teve de ser transferido para a 12 por conta da condição do gramado. Recém-reformada, a quadra central não estava à altura de receber duelo tão importante. Os jogadores até chegaram a se aquecer nela, mas logo se deram conta de que não iria ter jeito.  “Sem condições”, reclamou um alviverde. Então, eles arrumaram os apetrechos e caminharam na boa até o puxadinho do complexo.
 

O sol estava de rachar. A água do bebedouro, morna como sempre. Um locutor exagerava na emoção da partida que se desenrolava na quadra ao fundo. Um amarelinho chegou desesperado querendo saber se a partida já estava no segundo tempo. “Ah, ainda bem”, respirou aliviado. “O jogo está atrasado”, respondeu o mesário. A dupla de arbitragem chegou sem pressa ao local do confronto e zerou o cronômetro. Sem mais imprevistos, a bola rolou em uma das melhores partidas da temporada.
 
O alviverde havia levado a melhor contra o rival na quarta rodada – vitória por 2 x 0 – mas agora a história era diferente. Era um mata-mata e valia vaga na final. Para o Grano, além da revanche, a vitória garantiria presença no Chuteira 5 do ano que vem. E o time amarelo começou bem o jogo. Triangulava a bola no meio e atacava aberto pelas pontas. Aos 3, Tarone recebeu de Renan na ala esquerda e finalizou cruzado, mas a zaga verde afastou. Após o escanteio, o capitão Gui chutou forte no ângulo direito e sacudiu a rede pelo lado de fora.
 
Apesar do início forte do Villa Grano, quem abriu o placar foi o alviverde. Leandrinho recebeu de Gu e bateu rasteiro da entrada da área para abrir o placar. 1 x 0! O Grano reagiu e empatou logo em seguida numa pancada de Gui de fora da área. Golaço! 1 x 1!
 
O time verde não recuou e quase fez o segundo no contra-ataque puxado por Coçada. O meia tocou para Gu na ponta esquerda, que chutou rasteiro rente à trave. Na sequência, todavia, Mineiro arrancou de trás, driblou dois zagueiros e bateu rasteiro para colocar o Villa Verde na frente outra vez. Belo gol! 2 x 1!
 

Os cachaceiros da Villa não tiraram o pé e continuaram com a posse de bola no campo ofensivo. Mineiro, com cortes secos e passes de primeira, comandava a equipe no meio. Um torcedor dizia que ele estava com o capeta. O lance de perigo, contudo, veio minutos depois, quando Gu roubou a bola no ataque e soltou o tiro alto no canto direito. Luizão espalmou e evitou o terceiro. No contra-ataque, Tarone arriscou do meio e Thi, goleiro do VV, pôs pra escanteio. Ótima defesa.
 
Aos 20, Lukinhas saiu jogando rápido na defesa. Tocou para Mineiro, que abriu na esquerda para Leandrinho chutar rasteiro. Luizão rebateu com os pés e salvou o Grano no último lance da primeira etapa.
 
A equipe amarela voltou melhor do intervalo e assustou logo de cara com Gui. O capitão acertou uma bomba de longa distância, mas Thi saltou para espalmar por cima do travessão.   “É o melhor goleiro do Chuteira”, gritou um torcedor empolgado.
 
O Grano não desistiu. Renan e Tarone tentaram pelo alto e pelas pontas, mas a zaga verde (Camões e Pelé) estava atenta. E num desarme de Coçada no meio, o Villa Verde por pouco não ampliou. O meia tocou para Cauê na ala direita, que soltou o torpedo no mesmo canto. Luizão fez outra bela defesa.
 
Depois foi a vez de Zina tentar do outro lado. Desta vez o arremate foi alto e mais uma vez Luizão salvou o Grano. Não se sabe se era a magia da camisa de Cech, o talento próprio ou intervenção divina, mas o fato é que o arqueiro também estava com o capeta. E até que a sorte o decidisse deserdar, bola nenhuma ali passaria por acaso.
 
E no contra-ataque, o empate. Gui calibrou o pé e acertou outra pancada no canto direito, sem chance para Thi. Aí foi só correr para o abraço. Tudo igual novamente! 2 x 2! Jogão!
 
A partida pegou fogo com os dois times buscando o ataque e, na medida do possível, se expondo atrás. Renan cortou um marcador na esquerda e bateu cruzado. O arremate saiu mascado, mas saiu próximo à trave. O VV respondeu com Coçada, também pela esquerda. A fera chutou colocado no canto oposto e Luizão se esticou todo para ceder o escanteio.
 

Aos 14, a jogada certeira, o grande momento, o início do fim. Gu dominou no meio. Avançou, limpou um beque, trouxe para a canhota e disparou o rojão no ângulo direito para estufar a rede, beijar o escudo e vibrar com a torcida na grade. Não deu para Luizão desta vez! Golaço do Villa Verde! 3 x 2!
 
O Villa Grano foi com tudo pra cima. Restavam dois minutos. O sol não perdoava. A dupla de arbitragem, compenetrada e com pouco disposição ao diálogo, deixava o jogo rolar. Relevava uma ou outra entrada em nome do futebol aguerrido. Não queria saber de cai-cai e recusava a função de proteger craque.
 
A torcida alviverde pedia o fim do jogo e deixava a entender que alguém fazia uso de um viagra por dia. Não era Raspanti, que, no finalzinho, dominou no meio e chutou colocado no canto direito para empatar a foda. É isso mesmo! 3 x 3! Os cachaceiros revisaram, então, o pedido e passaram a cobrar acréscimo. O professor não quis assumir a bronca e decretou o final da peleia. A partida seria decidida na prorrogação, com gol de ouro, ou morte súbita, como queira chamar.
 
Os técnicos retiraram o terço do bolso ou da imaginação. Promessas fizeram de modo que se tudo desse certo cumpririam a penitência que fosse, menos ficar um tempo sem... não, isso não queriam nem pensar. Com a cachaça na mão e a rima na ponta da língua, a torcida verde fez a sua parte. No campo, os jogadores esconderam o abatimento e tentaram esquecer que a vaga na final escapara por pouco. Mineiro teve a chance de lavar a égua na área, mas Luizão não deixou.
 
No outro lado, o azar de um, ou a sorte do outro, impediu que a conclusão de Chuqui entrasse. Ela bateu na trave e voltou nas mãos de Thi, que a agarrou e não quis mais soltar. No contra-ataque, o desfecho polêmico, o chute fatal, a síntese do confronto, a dúvida mortal. Tarek soltou a bomba da intermediária. A bola explodiu no travessão e... (quicou dentro, quicou fora) ficou viva na área. Os jogadores do Villa Verde correram em direção a Tarek para comemorar; os do Grano partiram para cima do árbitro, que validara o gol. A torcida alviverde invadiu o gramado e iniciou a festa. Raspanti pressionava o juiz em vão.
 

E assim chegava ao final a grande peleja, com uma incerteza que alimentará discussões eternas. O que sucedeu nos instantes seguintes à batida no travessão – acerto preciso ou erro fatal –, o lance que definiu o destino das equipes na temporada, terá sempre duas versões. O Grano garante que a bola não entrou e que ouviu a confissão do próprio rival. O Verde nega e jura de pés juntos que ela entrou, sim. O repórter distraído tampouco tem a coragem de cravar se, afinal, a maldita entrou ou não. Esta dúvida mortal pairará no ar.
 
O fato é que o Villa Verde está na final. Já o Grano deixa a competição de cabeça erguida, ciente de que fez o que podia para chegar à grande decisão e que, se não está nela, pode ter certeza, foi obra do acaso.
 
Ficha técnica
 
Villa Verde 3 (1) x (0) 3 Villa Grano – Semifinal da II Copa Olé|Chuteira
 
Gols: Leandrinho, Mineiro, Gu e Tarek (VV); Gui (2) e Raspanti (VG)
 
Cartões amarelos: Gu (VV); Salles (VG)

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