O Bacana confirmou favoritismo para conseguir seu segundo triunfo seguido na Aço, ao bater por tranquilos 2 x 0 o Fúria e, ainda por cima, alcançou a liderança do Grupo A, juntamente com o IMZT, com 6 pontos. O Fúria estacionou na 7ª colocação com apenas 1 conquistado. Demehur e Julião fizeram a festa bacana, que vai cada vez mais encorpando rumo à vaga direta para a Bronze.
Vindo de uma convincente vitória por 9 x 1 sobre o Belini, o Bacana tinha pela frente o Fúria, que havia empatado na estreia com o Ex-Trelas em 4 x 4 e, portanto, tratou de impor seu ritmo logo no começo.
Após o trilar inicial, os jogadores do Bacana trocaram passes curtos em sua área; em contrapartida, e talvez sonolentos por jogarem em pleno feriado de 7 de setembro às 08h50, os do Fúria apenas observaram quando Fê Loko centrou a bola do meio da quadra até Demehur, que da entrada da área bateu no canto direito de Paulinho. 1 x 0!
Se os atletas do Fúria ainda estavam dormindo, os do Bacana estavam mais do que ligados, pois nos 3 minutos seguintes encurralaram os sete adversários atrás da linha do meio de quadra, mas também não aproveitaram essa vantagem tática para aumentar o placar. Só aos 4 minutos que os rubro-negros obrigaram Herbal a trabalhar. Felipinho recebeu de Fabricio na intermediária e, mesmo de longe, bateu sem muita força, o goleiro do Bacana foi ao chão apenas para apanhar a bola.
O excesso de tranquilidade do Bacana começou a dar moral para o adversário, pois cada vez mais os jogadores do Fúria iam acertando passes e desvencilhando-se da marcação. Totalmente livre, Robinho recebeu na intermediária e armou a bomba, e se não fosse Demehur jogando-se ao solo para travar o chute, o empate poderia ter saído. Na sequência, Robinho tentou novo chute, mas Gabrielzinho interceptou e afastou o perigo.
Ao perceberem que não conseguiam penetrar na área, o Fúria começou a apostar em arremates de longa-distância, como no chute de Douglas Luiz, mas a bola nem chegou perto da meta, a defesa afastou sem correr riscos.
Cansados de verem os adversários dominarem as ações, os atletas do Bacana voltaram a impor o ritmo. Pimenta enxergou Demehur livre dentro da área e fez o passe, o bacana 10 girou e bateu, mas Paulinho correu para cima do adversário e afastou a bola depois da explosão. Logo depois, Demehur serviu Fê Loko, que caminhou até a intermediária e disparou o torpedo, a bola passou rente ao travessão e por muito pouco não encobriu Paulinho. Após a reposição, Fê Loko apanhou a bola na defesa e fez um passe em profundidade a Demehur, que não havia voltado do ataque, surpreendendo completamente o Fúria, pois a bola foi nas costas da defesa. Ao notar Paulinho saindo da linha para dar-lhe combate, Demehur deixou a bola passar e mandou de letra, mas o goleiro conseguiu afastar e armar o contra-ataque: Klebão recebeu do arqueiro e, do jeito que a bola chegou na intermediária, mandou a bomba, sendo defendida espetacularmente por Herbal!
O Bacana aproveitou ter mais posse de bola e tentou aumentar o escore na metade da primeira etapa. Do lado do Fúria, brilhou a estrela de Paulinho - que fez uma grande sequência de defesas milagrosas. Sacola recebeu um lançamento e chutou sem deixar a bola tocar o solo, mas Paulinho mandou para escanteio. Na cobrança, Fê Loko mandou uma cacetada, donde Paulinho mais uma vez afastou, a bola acabou caindo nos pés de Gabrielzinho dentro da área e o chute de queima-roupa foi espalmado para a quadra. Logo depois, o Bacana teve um ataque frustrado, e a bola pererecou na sua intermediária. Três atacantes do Fúria correram pelos lados da quadra, esperando que um deles recebesse a bola e passasse para um dos companheiros, mas Herbal foi mais rápido e, de primeira, mandou a bomba. A bola ia entrar no canto esquerdo de Paulinho, mas infortunadamente para o Bacana, seu próprio atacante, Julião, quis tocá-la e surpreender o arqueiro, a intenção tomou efeito contrário e a bola foi para fora.
Na sequência ambos os times partiram para a ‘trocação aberta’, isto é, ataques e contragolpes em que seus goleiros trabalharam, mas sem muito perigo. Até que, aos 25, Klebão mandou potente chute de fora da área, mas foi travado pela defesa, a bola sobrou para Felipinho que mandou um torpedo, mas Herbal se esticou todo e foi buscar.
Na volta do segundo tempo, o Bacana retornou com Piero no gol, que acabou dando sequência ao bom trabalho desenvolvido por Herbal. De repente, sem qualquer motivo aparente, os jogadores de ambos os lados começaram a trocar jogadas ríspidas, travando bolas com mais força, como se quisessem ferir os adversários. Numa dessas, os árbitros pararam o jogo e advertiram Fê Loko com cartão amarelo, além de falar aos dois times que não admitiriam confusão.
Sanado o imbróglio, Gabrielzinho passou por Duglas Luiz, deu um corte seco em Kaue e bateu firme, rente à trave direita de Paulinho - era um prenúncio do que estava por vir. Depois disso, a troca de jogadas ríspidas voltou a reinar na quadra, mas sem muita violência como do início. O próprio Bacana quis esquecer esse incidente e voltou a jogar bola. Sacola apanhou uma bola e caminhou até a intermediária, nisso, três adversários cercaram-no e, antes que tivessem chance de tomar-lhe a bola, o atacante inclinou o corpo para a esquerda e bateu de pé direito. Uma linda curva que surpreendeu a todos, e a bola caprichosamente beijou a trave esquerda de Paulinho e foi para fora.
Gabrielzinho estava mesmo com fome de bola. Minutos depois, o atacante partiu em velocidade, aplicou um traço desconcertante que deixou Tche Tche estendido no chão e bateu cruzado - na esperança de encontrar Julião, que se estirou todo para concluir: o atacante entrou no gol, mas a bola não.
O ataque do Bacana não dava sossego ao Fúria. Em cobrança de escanteio, Fê Loko passou justamente para o atacante que estava com três zagueiros ao seu redor, mas que mesmo assim conseguiu sobrepor-se. Julião subiu mais do que todos e cabeceou como manda a cartilha: de cima para baixo. A bola entrou no canto esquerdo de Paulinho. 2 x 0! A partir daí, o jogo ficou morno, com o Bacana satisfeito com o resultado - até porque, o adversário não apresentava real perigo de reação, além de não conseguia romper a defesa.
Já perto do fim, Douglas Luiz reclamou em altos brados com Robinho, acusando o companheiro de ‘andar em quadra’ e, portanto, deveria sair se não estivesse a fim de jogar. Robinho não esboçou defesa. Ao apito final, foi embora sem falar muito com os companheiros.
Ficha técnica
Fúria Futebol Moleque 0 x 2 Bacana – 2ª rodada do XII Chuteira de Aço
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