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Inspirado, Veras se reabilita com propriedade e vê Primatas jogar a vida para não cair na rodada final

Minas Gerais certamente é o estado brasileiro onde mais fatos significativos aconteceram em 2014. É de lá que vieram os dois principais candidatos à presidência do Brasil, que viveria suas eleições no domingo pós-rodada do Chuteira. De lá também vem o Cruzeiro, atual campeão brasileiro de futebol, que caminha a passos largos rumo ao bicampeonato. E foi em Belo Horizonte que a Seleção Brasileira, que recentemente havia faturado um título de expressão, passou por seu maior vexame em todos os tempos, sendo "hepta-goleada" pelos alemães na Copa do Mundo. O que tantos temas desconexos têm a ver com uma simples partida do Chuteira de Prata? Veremos a seguir.
 
Pois bem: apenas com base na análise fria dos números, qualquer jornalista definiria o duelo entre The Veras e Primatas como a peleja dos dois maiores cavalos paraguaios do Grupo A da Prata. Após ótimos começos de campanha, as equipes pagaram 14 reais ao PlayBall e simplesmente estacionaram na tabela. Os azuis-grenás vinham de 3 derrotas consecutivas, enquanto o time de Gui Fenômeno, com o cartaz de ser o atual campeão da Bronze - assim como a Seleção havia ganho a Copa das Confederações não muito tempo atrás - acumulava 4 fracassos em série. Logo, era provável que alguma das sequências negativas fosse quebrada nesta penúltima rodada, e esperava-se que o jogo fosse tão acirrado quanto o tão comentado pleito das urnas no dia seguinte, entre os mineiros Dilma Rousseff e Aécio Neves. Uma disputa palmo a palmo, voto a voto, gol a gol, like a like. 
 
No entanto, se há uma palavra que não pode qualificar o que acabou sendo o jogo, esta é "equlíbrio". Foi neste momento que a partida deixou de ser comparável às eleições e tornou-se algo semelhante à semifinal da Copa. O que a torcida presente testemunhou foi um absolutamente inesperado massacre do The Veras, que parecia embalado em busca da classificação e cresceu sobre a nítida insegurança e má sorte dos rivais naquela tarde – sem contar os desfalques.
 
Após um início com mais posse de bola e uma aparente soberania nas ações, o Primatas errou feio na saída de bola, entregando a redonda nos pés de Victor Petreche, de cara com Mathe, improvisado no gol diante da ausência de Foguinho. Após quase perder o domínio dela, Vitinho rolou para trás e Renatinho fuzilou para abrir o placar, logo aos 3 minutos. Estava inaugurado o pesadelo de Gui Fenômeno e seus amigos.
 
O esquadrão símio procurou não se abater e criou bela jogada em que Rafinha recebeu livre e se viu frente a frente com Ariel, o goleiro improvisado do The Veras, que operou um milagre, esticando a mão já no chão e evitando o empate certo. Os planos de reação do Primatas, no entanto, foram por água abaixo quando Renatinho tabelou com Victor, que bateu forte para o rebote de Mathe, que veio nos pés de Kinho, que só teve o trabalho de empurrar para o gol vazio e anotar o 2 x 0. O mesmo Kinho, logo em seguida, teve a frieza de dar um passe de Playstation à la Toni Kroos, nas costas da defesa do Primatas, para Victor, em seu dia de Thomas Müller, marcar o terceiro do Veras.
 
Com o placar amplo, o time azul-grená rodou seu elenco enquanto o Primatas procurou juntar os frangalhos e correr atrás do prejuízo, com o bom time que tem. Após Pedro e Nico perderem boas chances de gol pelo time do rolo de macarrão, no contra-ataque foi a vez de Litho aproveitar cochilo da zaga do Veras e arrematar com tremenda classe para diminuir o prejuízo antes do final do primeiro tempo. O placar marcava 3 x 1, mas a verdade é que o Primatas não havia ainda conseguido esquentar o jogo e tampouco oferecer real ameaça de empatar o confronto. Seria necessário correr riscos ou forçar erros.
 
Na segunda etapa, com boa participação de Litho, os símios começaram a todo vapor, com três finalizações que passaram rente à trave do chamado "time do carisma". Mas, como certa vez bem disse o falecido cantor, poeta e skatista Chorão: "cada escolha, uma renúncia, isso é a vida". Tamanha ofensividade abriu um buraco imenso entre o meio-campo e a defesa do Primatas, e o The Veras parecia ter os jogadores certos para aproveitar. Em lance de escanteio, o inspirado Renatinho quase marcou o gol mais belo da rodada, aplicando uma bicicleta surpreendente e exigindo grande defesa de Mathe. Àquela altura, qualquer gol seria fatal, e ele veio em mais uma bonita jogada do trio ofensivo azul-grená: um alucinado Kinho rolou para Victor na lateral, esperou a devolução e fez o corta-luz para o brocador João Claudio anotar o seu, de bico.
 
A partir daí, a tensão foi embora e o prélio tornou-se totalmente franco, com um lado quase abdicando de defender. Pedro cobrou lateral nos pés de João Claudio, que devolveu. O camisa 10 do Veras ajeitou driblando um marcador e mandou um foguete seco no canto: 5 x 1 e fatura liquidada. Ainda restavam 10 minutos a serem jogados e o The Veras não tirou o pé. Em um lindo contra-ataque, a bola passou pelos pés de 5 jogadores azul-grenás em apenas 7 toques e terminou com a conclusão de letra do canhoto Nico. O sétimo e derradeiro tento de misericórdia veio no último lance, quando Cucio saiu em disparada desde o campo de defesa, driblou um adversário e tocou cruzado para Victor completar para as redes vazias do Primatas. Final: 7 x 1, e um quê de Brasil x Alemanha, até pelo quão inesperado foi o placar tão elástico. 
 
Após o jogo, o capitão Pedro comentou: "Hoje tivemos estrela. Foi um jogo atípico, já que não costumamos ter placares elásticos". Com o resultado, o "alemão" The Veras se reabilitou no campeonato, se classificou e agora se prepara para o clássico contra os co-irmãos do MachuPichu. Por outro lado, o Primatas completa sua quinta derrota consecutiva e amarga a penúltima posição. Na última rodada, joga a vida contra o SPQSF, num duelo eletrizante em que ambos os times têm chance de classificação e de rebaixamento.
 
Ficha técnica

The Veras 7 x 1 Primatas – 8ª rodada do XII Chuteira de Prata


Gols: Litho (P); Vitinho (2), Kinho, Renatinho, Pedro, João Claudio e Nico (TV)

Cartão amarelo: Tom (P)

MVPs: 1 – Vitinho (The Veras); 2 – Kinho (The Veras); 3 – Renatinho (The Veras)
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