Seu novo uniforme é de PR1MA! Facilitamos a sua vida!

    Agilidade e comodidade para você focar apenas no que importa... o seu time! @pr1masports e (11) 99210-4656

    Veja mais

Tricolor bate Divino nos pênaltis após duelo eletrizante e chega às quartas de final

O Arouca está mais uma vez entre os oito finalistas. No último sábado, contra o Divino, a equipe conquistou uma gigantesca vitória que só saiu na disputa por pênaltis, após empate por 2 x 2 nos 50 minutos regulamentares cheios de todos os ingredientes sempre presentes nas decisões que envolvem o tricolor: reviravolta, insanidade, raça e confusão.
 
Afinal, o que se esperar de uma equipe que entra em quadra ‘energizada’ pelas palavras de Galizé? (nada menos que delírio). O resultado foi uma equipe pilhada logo nos primeiros minutos de partida. Dhani reclamou bastante da marcação, mas a primeira chance do Divino saiu após uma falta cometida por ele na ponta esquerda. Padilha entrou para bater, mas a barreira se agigantou. Pouco depois, o modelo Vitão deixou a mão no rosto de Jonas em lance sem bola, mas o juizão deixou passar.
 
Claro que também se jogava futebol. O Arouca marcava no campo de ataque e trocava a bola com mais desenvoltura, com Thi fazendo o papel de pivô e criando algumas triangulações interessantes com Dhani e Arthur Fon. Do lado do Divino, boas chances foram criadas em chute de Dany (Mauricio fez a defesa) e depois em tentativa de Guilherme, que desarmou o defensor rival no lado esquerdo e quase meteu no ângulo do goleiro.
 
Só que seria o Arouca quem abriria o placar, pouco antes da marca dos 10 minutos: o Divino vacilou na saída de bola, Arthur Fon aproveitou e, mesmo um pouco distante do gol, arriscou um chute quase rasteiro que saiu certeiro e sem chances para Robson, que se jogou, mas não alcançou.
 
O segundo tento veio mais ou menos cinquenta segundos depois. O Divino rapidamente perdeu o controle da bola após a saída, permitindo que Fon fosse lançado na direita, servindo Vitão, que invadia a área, com um passe açucarado. O camisa 2 carimbou e o Divino pediu uma parada para gerir o momento complicado. 2 x 0!
 

A reação laranja precisava ser instantânea, e foi: mal os times retornaram,  Jonas diminuiu, após sucesso do ‘abafa’ que o Divino começava a fazer em cima da defesa do Arouca. Douglinhas pressionou, ganhou e a bola sobrou nos pés do seu companheiro, que guardou. 2 x 1!
 
O mesmo Douglinhas puxou contragolpe perigoso dois minutos depois, sendo derrubado por Mota: Guilherme fez que bateria direto, mas optou por uma jogada ensaiada e tocou em Padilha. Postado na área, o camisa 15 não tomou conhecimento do congestionamento diante do gol de Maurício e tocou com calma para empatar. 2 x 2!
 
O Arouca não estava entendendo nada e tomou um sufoco no fim da primeira etapa, quando Douglinhas, Lucas e Jonas já gostavam bastante da partida – o último, inclusive, só não marcou o do virada porque Maurício mandou um de seus chutes traiçoeiros para escanteio, pouco antes do apito que chamou o intervalo.
 
Para a segunda etapa, o Arouca voltou diferente, com Thi em uma posição bem mais recuada que na primeira e Barata ajudando o comando de ataque. Aos poucos o time voltou a se acertar, com Leandro levando perigo de fora da área e Dhani dando trabalho. O camisa 30 fez fila em uma das jogadas, foi parado por falta de Douglinhas e a bola sobrou para Thi, que chegava na área na hora para quase marcar o terceiro.
 
Habilidoso demais, Jonas levou outra mãozada – desta vez de Leandro –, mas seguiu incomodando a defesa arouquense. Leandro, inclusive, quase se desentendeu com a torcida do Divino, que chiava em um dos cantos da arquibancada. O clima esquentava e, quando o camisa 6 tentou responder seus detratores na bola, mandando um verdadeiro petardo, Robson se esforçou e foi buscar.
 
Com Thi na zaga, o tricolor português passou a tomar menos sustos, ainda que Douglinhas tenha tido ótima chance após passe de Mogi (que não jogou a primeira etapa): sua conclusão de letra parou mais uma vez nas mãos do goleiro. Pouco depois o Divino cobraria um suposto pênalti sobre Joãozinho, mas o professor não deu bola.
 
O gol também não saía do lado do Arouca, mas o futebol da equipe fluía até que bem. Dhani escapava pelas pontas com relativa facilidade e Thi volta e meia aparecia como elemento surpresa. Em uma das jogadas da dupla, Thi fez a ultrapassagem na direita, recebeu de Dhani e bateu; o Arouca não retomou o vantagem por questão de centímetros.
 
Reclamando bastante com a arbitragem, o Divino começou a entrar na pilha com o aproximar do fim da partida. Como de costume, Jonas cobrou empenho de seus companheiros menos raçudos. Já Douglinhas chegava com mais perigo, forçando inclusive um amarelo para Brunão após deixar o adversário para trás em jogada de ataque.
 
O Divino tentava replicar a marcação pesada que o rival lhe impunha, mas errava muitos passes, o que dificultava qualquer esperança de virada; mais estranho ainda, parecia que os melhores jogadores do time nunca estavam juntos dentro de quadra: sempre faltava alguém. Quando Douglinhas conseguiu furar o bloqueio amarelo e azul e achou passe para Guilherme, Mauricio se esticou todo e pôs para fora.
 

O cheirinho de prorrogação já se tornava evidente, mas o Arouca quase resolveu as coisas no último lance do tempo regulamentar: Mota puxou contra-ataque fulminante, acionou Leandro na esquerda e o camisa 6 fez o passe para Fon invadir a área e bater. Passou perto. O gol de ouro era uma realidade.
 
Marinho assumiu a responsabilidade do gol arouquense e as duas equipes voltaram para a batalha, que seria dividida em dois tempos de cinco. Na primeira jogada boa da etapa extra, Dhani botou na cabeça de Leandro, que testou sem muita convicção. Pouco depois Fon se infiltrou bem na defesa divina, mas pegou com o pé que não era o seu.
 
O revide veio com tentativas de Guilherme e também Ramalho, mas os alaranjados não tinham melhor sorte. A cautela, contudo, era palavra de ordem nos dois lados – tanto que os primeiros cinco minutos passaram num instante. Dhani teve a oportunidade de matar as coisas de vez, mas Robson impediu. Na volta à quadra, o Divino trocava um jogador quando a bola rolou e,  com sete jogadores de linha em campo, se fosse na NFL haveria penalidade. O Arouca, maroto, aproveitou para pilhar a arbitragem, mas a troca rolou e o fato só serviu para inflar a tensão no ambiente.
 
Mandando bem na contenção e arrumando espaço para armar o time, Thi deu um rolinho plástico em Guilherme pouco antes do Divino cometer sua quinta falta com Douglinhas (a contagem de faltas se mantem durante a disputa do golden goal). Mas o clima só esquentaria definitivamente pouco depois, quando Jonas escapou no contra-ataque pela esquerda e escapou de sarrafo de Fon, que veio para matar a jogada. Ele perdeu a bola logo em seguida e aí tiveram início as famosas cenas lamentáveis – muito bololo, todo mundo chegando para agitar, muita falação, xingamentos nada de voltar o futebol. Destaque para os ‘duelos’ Di x Thi e Galizé x Douglinhas – dos quatro mais exaltados, só o último não foi expulso. Melhor jogador em campo até então, Di e Thi deixaram a quadra e, com a ajuda daquele torcedor que não quer ver nada além de confusão, o bate boca se estenderia aos corredores. De dentro, uns queriam sair. Lá fora, logo a paz retomou, permitindo que dentro o árbitro seguisse com a peleja.
 
Os deuses do futebol impediram que justamente Douglinhas decidisse o destino da partida após tudo voltar ao ‘normal’: Joãozinho disparou na esquerda e achou cruzamento certeiro para o camisa 10, que aguardava no meio da área, livre. A bola veio à meia altura e foi impressionante ver ele chapar meio de canela para fora! Não conseguiu virar o corpo para jogar a bola ao ângulo de 90 graus, fazendo-a sair a 45 e, assim, errando o alvo. Alguns viram a jogada como presságio, mas o Arouca não teve melhor sorte no lance seguinte (o último com bola rolando), quando Barata saiu de Joãozinho e bateu, acertando a trave.
 
Tudo seria decidido nas penalidades, batidas no gol oposto ao estacionamento. O sorteio definiu que o Arouca começaria batendo e Vitão pediu a bola. O camisa 2 fuzilou e acertou ângulo. Parece que treinou a semana inteira bola só lá na coruja. A cobrança de Mogi foi igualmente forte e alta: Marinho não teve chances e o marcador ficou em 1 x 1.
 
Mota também mostrou calma e fez, após batida segura. Já a torcida do Divino prendeu a respiração após batida de Douglinhas, que bateu no travessão, no chão e saiu – mas a bola entrou, assinalou o juiz. Fon efetuou a última cobrança da série regular pelo Arouca, também enchendo o pé e sem nenhuma chance para Robson. 3 x 2.
 
Tudo seria decidido pelos pés de Guilherme. Se na cobrança de Douglinhas o travessão ‘colaborou’, na seguinte o Divino não teve a mesma sorte. O camisa 6 encheu o pé, a bola explodiu no poste superior e o Arouca partiu para a festa. Fim de linha para o Divino, dono de uma campanha notável em sua primeira participação na Ouro. Eis um time que veio para ficar na elite.
 
Já o Arouca vai testar a tal mística da camisa que entorta varal contra o Fora de Série, valendo vaga nas semi. Vale lembrar que os dois já se encontraram na primeira fase desta edição, quando os azuis levaram a melhor e venceram por 5 x 3. Eis algo que se pode deixar de lado – mata-mata é outra história.
 
 Ficha técnica
 
Arouca (3) 2 x 2 (2) Divino - Oitavas de final de XXII Chuteira de Ouro
 
Gols: Arthur Fon e Vitão (A); Jonas e Padilha (D)
 
Cartão amarelo: Brunão (A)
 
Cartões vermelhos: Thi e Galizé (A); Di (D)
 
MVPs: 1 - Thi (Arouca); 2 - Arthur Fon (Arouca); 3 - Douglinhas (Divino)
Comentários (0)