Realmente, a partida entre Big House e MOB não foi aquilo que o apaixonado pelo Chuteira esperava. Isso porque o duelo era tratado como a “final” do Grupo A e tinha tudo para determinar quem ficaria com a liderança da chave. Só esqueceram de avisar tudo isso para o Big House, que foi presa fácil e não viu a cor da bola. 6 a 1 e só uma hecatombe tira a liderança do MOB (critérios meramente matemáticos).
A superioridade do MOB apareceu desde os primeiros instantes. O primeiro a ter oportunidade, entretanto, foi Gold, que bateu pra fora e deu a tônica do que seria o jogo. Menos de um minuto depois, Pulga foi travado e o MOB conseguiu o escanteio. Na cobrança do córner, Vitinho aproveitou a confusão na área pra tirar o oxo do marcador com o pé direito. 1 a 0!
E se já se via um Big House nervoso, pilhado e sem brio na cancha, o gol do MOB nesse princípio só ajudou a reforçar isso. Vitinho recebeu boa bola roubada por Negão e acabou batendo de esquerda pra fora. No lance subsequente, Lorenzo foi derrubado por Rick e ficou reclamando. O Big House tentou uma jogada ensaiada que explodiu na barreira, Lorenzo ficou desesperado pedindo um toque de mão, mas o juizão nem esboçou reação.
Pulga era outro que demonstrava um bom futebol. Ele quase fez tudo certo quando saiu driblando pelo meio, só que optou por dar um biquinho ao invés de abrir na esquerda e desperdiçou bom ataque. Quem não conseguia demonstrar bom futebol era o coletivo do Casarão, que além de não jogar bola, se preocupava em reclamar muito, e o clima esquentou depois de uma chegada de Rick em Fiore. O embate dos camisas 7 foi quente e fez sair faísca de uma quadra já pegando fogo.
Parece que a “treta” motivou ainda mais o MOB. Novamente Pulga participou bem e deu passe milimétrico para Leco na ponta esquerda. Ele ficou cara a cara com Cezar e acabou parando no arqueiro. O segundo gol estava maduro. E tinha que sair da combinação Pulga + Vitinho: pivô preciso de Pulga e chute cruzado de canhota sem chances de Vitinho. 2 a 0!
Que o MOB é um time físico, os leitores do Chuteira já devem estar cansados de saber, só que de vez em quando eles acabam exagerando no vigor, como na entrada de Negão em Nikolas – deu em baixo empurrando por cima – logo após o segundo gol. O camisa 63 saiu amarelado! Na cobrança da falta, Lorenzo carimbou de novo a barreira. O dia não era do Big House.
A Sociedade Esportiva MOB marcava lá em cima, forçava o Big House a errar e merecia a vitória. A construção ofensiva do Casarão simplesmente não acontecia, vista tamanha disposição dos jogadores do MOB. Além disso, a sorte também parecia não caminhar junto. Em escanteio ensaiado para Vitinho pegar de primeira, o chute acabou saindo mascado, mas desviou no meio do caminho (cabeça de Lorenzo) e matou o goleiro. 3 a 0 e hat trick de Vitinho!!
Depois do terceiro gol, o Big House pediu um tempo e tentou mudar a postura em quadra. O time aparentava mais movimentação, mais aplicação tática e mais vontade, só que nem isso foi suficiente para incomodar o MOB. Após três minutos de uma marcação mais firme, o quarto gol veio ainda no primeiro tempo como uma ducha de água fria no Big House. Cezar rebateu o chute de Alemão e Birinho só teve o trabalho de rolar para as redes. 4 a 0 justo na etapa inicial.
O primeiro tempo seguia sendo um pesadelo pro Big House. Em novo erro de saída pelo meio, Vitinho deu pra Leco o famoso “faz e me abraça”, só que o camisa 60 ficou indeciso e acabou nem cruzando e nem chutando. As poucas chances de finalização vinham em bolas paradas. Japa teve uma de muito longe e levou perigo ao gol de Seeh, só que faltava colocar o pé na forma. Ainda apareceu mais uma chance com Alessio, mas o chute foi fraquinho fraquinho. O primeiro tempo ficou nisso. 4 a 0 indiscutível para o MOB. Um amasso.
Na segunda etapa, o MOB optou por deixar seus principais jogadores descansando um pouco no banco de reservas e o jogo deu uma equilibrada. Mesmo assim, o Big House pouco conseguiu fazer. Via o MOB trocar passes com facilidade e seguia sem inspiração ofensiva. As bolas paradas eram a única esperança e a melhor chance até então veio com Enzo, que chapou a sobra do escanteio na rede pelo lado de fora. Muito pouco pra quem fazia sua última partida na fase de grupos e sabia que, confirmado o resultado, não dependeria mais das suas forças para se classificar.
O MOB deixou seus principais jogadores descansarem por mais ou menos uns 10 minutos, o que não pesou no resultado, mas era notória a queda de desempenho na ausência de Vitinho. As melhores chances do Big House vieram nesse período. A primeira com Gold, que roubou a bola pela esquerda e chutou pra fora. Na sequência, o próprio Gold arriscou voleio e também errou o alvo. O aproveitamento do Big House nas finalizações era algo assustador.
Como falado antes, o MOB diminuiu o ritmo do primeiro tempo, é verdade, mas em nenhum momento se desinteressou pela partida, muito pelo contrário. Alemão chegou pela ala esquerda e obrigou Cezar a fazer a defesa mais bonita do jogo. Quase o quinto gol! Por parte do Big House, parecia que o time não estava tão focado. Lorenzo, um dos destaques da primeira fase, esteve muito abaixo e não conseguiu conduzir sua equipe. Ele teve excelente chance dentro da área, após escorada de Luquinhas, porém não conseguiu finalizar.
Assim que Vitinho voltou pra quadra, o MOB voltou a exercer mais perigo. Logo de início ele já tentou uma jogada parecida com a do terceiro gol, só que acabou travado. Menos de um minuto depois, Rick deu uma entortada no marcador e fez Cezar espalmar nos pés de Vini, que aproveitou para deixar sua marca. 5 a 0!
Depois desse tento, o jogo caminhou para aquela verdadeira pelada uniformizada. Faltavam ainda uns 10 minutos e o Big House não demonstrava nem ao menos um pouquinho de fome para tirar o saldo, parecia apenas cumprir tabela. Japa tentou chute de longe e viu a bola fazer um pinball dentro da área. Esboçou uma reclamação de mão na bola e logo se conteve.
O MOB, por sua vez, jogava sem peso nenhum e trabalhava na tranquilidade. Negão quase anotou o sexto em uma bomba do campo de defesa. A bola beliscou a trave e saiu. Na sequência, Alemão tirou bola em cima da linha e evitou o gol de Cembra. Impressionante como tudo dava certo para o MOB. Pulga escorregou sozinho e perdeu a chance do sexto gol, só que não precisou nem de um minuto para se redimir e finalmente balançar as redes. Ele veio trazendo da direita pra esquerda e bateu rasteiro para ampliar. 6 a 0, fora o baile!
O MOB não conseguiu terminar o jogo sem sofrer gols, com o famoso clean sheet. Isso porque, em uma bola que até agora ninguém sabe se entrou ou não, o juizão deu gol para Alessio e o Big House anotou seu gol de honra, gol que pode ser o último da equipe no torneio. E ficou nisso! 6 a 1 para o MOB e a certeza de um final de ano feliz! Do lado do Big House, uma atuação para esquecer 2020 e a certeza de precisar iniciar 2021 já secando seus adversários.
Ficha técnica
Big House 1 x 6 S.E. MOB – 6ª rodada da VII Copa Estrelato
Gols: Vitinho (3), Birinho, Vini e Pulga (MOB); Alessio (BH)
Cartões amarelos: Negão, Birinho e Caricas (MOB); Gustavinho (BH)
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