Seu novo uniforme é de PR1MA! Facilitamos a sua vida!

    Agilidade e comodidade para você focar apenas no que importa... o seu time! @pr1masports e (11) 99210-4656

    Veja mais

Do retiro espiritual, o Magnatas segue para as quartas de final

De Heráclito, o Magnatas tem a lição de que "Nenhum homem pode banhar-se duas vezes no mesmo rio". Assim sendo, esse Magnatas de agora é diferente daquele que foi goleado na primeira fase para o Baixada, próximo adversário, agora pelas quartas. O time, de fato, parece ter acumulado aprendizados importantes sapecada pra cá e, arrisco dizer, conseguiu até bom equilíbrio, digno de outra escola filosófica, a budista. Longe de querer entender por que o mundo é mundo, os magnatas promoveram retiro espiritual e se voltaram para dentro do próprio time e suas mazelas. “Tudo é sofrimento”, quebrou o silêncio no alto do monte da sabedoria e puxou oração Leandro Pereira. O Magnatas é sofrimento, eis uma nobre verdade — e um consenso. O caminho para cessação do sofrimento magnata tem sido percorrido em ponte remendada, mas aos poucos o time vai conquistando o equilíbrio necessário para alcançar seu próprio nirvana.
 
Vou me arrepender disso, mas usei, sim, a palavra ‘equilíbrio’, e torno a usar, em uma crônica sobre o Magnatas; já me explico. O equilíbrio veio, com ressalvas, num momento crítico da competição. O time conseguiu não só o feito de derrotar por 3 x 0 a forte equipe do Lokomotiv como o fez levando APENAS UM cartão amarelo (deve ser um recorde) e sem reclamar (já merece troféu fair play?). O equilibro apareceu também na relação ataque-defesa. Não por acaso o goleiro magnata saiu zen, sem tomar gol — apenas pela segunda vez na competição (tendo o Magnatas a segunda pior defesa da fase de grupos da Prata). Ressalvas, porque ainda parece faltar alguma maturidade para vencer o Baixada, próximo adversário.
 
Não tecnicamente, mas os senhores Mineiro e Noal ficarem de conversa sobre quem fez o segundo gol, com direito a consultar à mesa… é um tanto desnecessário... Os santistas, apesar de terem em Beça um astro-mor, têm coadjuvantes que não ligam para esse status, Pedrinho e Jerry, por exemplo, e o próprio Beça não parece ligar se vai ser MVP ou mesmo artilheiro da liga. Conta contra o Magnatas também a forma como chegará a esse jogo: sem Noal (pelo menos, segundo o próprio 99, que lamentou perder as quartas, em razão de uma viagem) e com gosto de revanche entre os dentes, contrariando a própria mudança de filosofia da equipe. Se uma coisa já ficou clara para o Magnatas, seja na Bronze passada ou nesta Prata, é que não basta vontade, sangue nos olhos, para vencer os duelos mais difíceis. Para isso, eles vão precisar, acima de tudo, de equilíbrio.
 
O Loko deu a saída, o Magnatas logo recuperou a bola, mas Gutierrez se atrapalhou, e Marquinhos ficou com ela, pra arriscar o primeiro chute do jogo, por cima do gol. No lance seguinte, Denis deixou com Marquinhos, que tentou mais uma, pra fora. Na resposta do Magnatas, Mineiro, pela direita do ataque, também errou a finalização. Depois, Paquetá antecipou e ficou com ela, tirou a marcação de Guila, que quis levar a camisa do adversário pra casa. Falta! Noal, dono da bola, se posicionou para a cobrança. "Minha!" Gutierrez também ficou por ali, se iludiu um pouco e saiu. Mineiro fingiu fazer o mesmo, mas no apito subiu pela esquerda, para receber do 99, que no fim das contas não foi fominha. A conclusão do camisa 8, da linha de fundo, porém, foi defendida por Garga, que colocou pra escanteio.
 
Logo menos, Mineiro tocou em Noal, que girou pra cima da marcação de Zezé, mas ficou no chão, a bola saiu e a arbitragem não marcou nada, provocando um sorriso de nervoso no artilheiro magnata, que apesar de tudo manteve a compostura. Já tínhamos 4 minutos jogados. Com 6 no relógio, Gutierrez tentou de longe, mas não conseguiu dar a direção certa nela, que saiu à esquerda. Depois, Paquetá e João Paulo tocavam bola na defesa, e o primeiro experimentou de longe, ela desviou no meio do caminho e Garga deu um tapa, colocando pra linha de fundo. Na resposta, Zezé, também de longe, mandou por cima do alvo.
 
Com já 11 minutos, novamente Gutierrez tentou resolver de longe, e essa passou com perigo até, por cima do gol. Na reposição, Garga ligou direto com Neto no ataque, que até dominou, mas a arbitragem já apontava toque na rede superior e, portanto, só lateral para o lado azul. No lance seguinte, Neto foi buscar atrás e puxou contra-ataque, para abrir em Dennis pelo lado esquerdo, ele tentou o chute, mas Paçó chegou travando a bola e comemorando bastante.
 
Depois, aos 13, Paquetá subiu ao ataque e tentou encobrir Garga, mas mandou pra fora. Antes da galera chiar, ele bateu no peito e já assumiu a culpa. Pausa para adendo: estava consultando as estatísticas e o sr. Pedro Paquetá não fez nenhum gol até agora! E eu, leviano, chamando o Mineiro de reserva dele! Se não fizer um antes do torneio acabar, ‘acobou’ também a paz. Na resposta, Marquinhos acionou Neto, que dividiu com Leandro Pereira. O goleiro magnata levou a pior, mas ficou com a posse da bola, ao menos. O jogo seguiu e Paquetá descolou belo lançamento pra João Paulo, pelo flanco direito. O camisa 22 dominou e buscou o canto, mas ela saiu.
 
Aos 16 minutos, Neto foi pra resolver sozinho e avançou sobre a defesa magnata. Só foi parado — e derrubado — com falta. Ele mesmo foi na cobrança, aos olhos atentos de Dodô Almasi e sua lente intrometida, no meio da quermesse. Sai daí, rapaz! O artilheiro loko cobrou com capricho no canto esquerdo, mas Leandro Pereira voou nela e estragou a gravação! Pode cortar e mandar pra casa do arqueiro, que certamente vai querer guardar essa. O Lokomotiv tentou em dois escanteios seguidos, permaneceu no ataque, e Neto até teve nova chance, mas não pegou nela como pretendia e a bola ficou fácil para Leandro.
 
Com 20 minutos no relógio, Marquinhos tentou mais um chute e mandou por cima, sem perigo. O jogo, morno no final do primeiro tempo, não parecia querer proporcionar muitas emoções. O Magnatas, entretanto, já com muitas peças trocadas, voltou a crescer na partida. Crescida essa que se mostraria, mais à frente, fundamental para a vitória. Primeiro, Renato Leme tabelou com Deda pela direita do ataque e bateu cruzado. Zezé colocou a cabeça no meio do caminho, a bola desviou nele e foi pra fora. Depois, com já 23 minutos, Rafinha tocou no pivô para Zulu, que ajeitou para Deda bater, por cima! No lance seguinte, trocaram, Deda quem serviu Zulu, que bateu endereçada. Garga espalmou pra linha de fundo! E o Loko pediu, bem, o tempo que lhe cabia, pra segurar a onda do adversário.
 
Na volta, ainda teve espaço para João Paulo, único titular que permanecia em quadra pelos azuis, insubstituível, arriscar de longe e obrigar Garga à nova intervenção. Na resposta, Juninho jogou na área e Barleta subiu pra fazer de cabeça, mas pegou errado, aparentemente de ombro. Ainda assim quase encobriu Leandro que, humilde, não entrou de salto, mas conseguiu saltar o suficiente pra ficar com ela. E assim fomos para o intervalo.
 
Logo com 1 minuto no segundo tempo, os ‘reservas’ magnatas justificaram a permanência após o intervalo. Renato Leme tocou em Rato pela esquerda, que centrou em Deda, pra empurrar pro gol, mas Garga defendeu! Na resposta, aos 3 minutos, Dennis recebeu pela esquerda do ataque, Zezé veio avoado da defesa, pra passar e receber, mas o 11 tocou do outro lado para Juninho chutar pra fora!
 
Agora, já com 6 no relógio, Paquetá cobrou falta, ela desviou e saiu em escanteio. O próprio Paquetá foi no arremesso e achou Rato, no meio da área, livre pra cabecear e fazer, mas a conclusão foi por cima do alvo! Do outro lado, Juninho lançou Mark nas costas de Sabatim — um novo homem, tranquilo, só repetindo mantras que aprendeu com Jack Nicholson, mas ainda marcando bobeira, às vezes, em vez do adversário. O camisa 6 dominou e bateu cruzado. Leandro Pereira salvou! Na sequência do lance, Mark teve nova chance de frente para Leandro, mas mandou em cima do arqueiro, em chute da entrada da área. No lá e cá, quem acabou se dando melhor foi o Magnatas. No revide dos azuis, Deda pelo lado direito bateu pro meio da área, e Zulu desviou de letra, no canto esquerdo, pra fazer 1 x 0! Com 8 minutos jogados.
 
O Loko não desanimou e, já no lance seguinte, Marquinhos cobrou lateral no comando de ataque com Mark, que deixou ela passar para ir atrás e concluir. Leandro Pereira apareceu bem novamente para manter a vantagem mínima para o Magnatas! No lance seguinte, Marquinhos carregou pela esquerda e tentou centrar em Neto, mas a bola escapou dele e ficou de novo com Leandro.
 
Com 12 minutos no relógio, Deda e Zulu saíram, missão mais que cumprida, para dar lugar novamente à Gutierrez e Noal. Dois minutos mais tarde, Rato roubou a bola na meia-quadra e acionou Noal, que por sua vez soltou em Paçó, pela direita, mas o 13 bateu pra fora. Aos 16, o próprio Noal tentou resolver sozinho, mas o arremate saiu à esquerda!  Do outro lado, Noal exagerou na vontade, derrubou Neto e foi descansar um pouco. Mark cobrou a falta em cima da barreira. Na sequência, Lokomotiv ainda no ataque, Marquinhos dividiu com a defesa, e ela saiu espirrada por cima do gol. No contra-ataque rápido, Paquetá armou o chute, mas foi travado por Zezé. No lance seguinte, Zulu, fazendo hora-extra por conta do amarelado Noal, tocou atrás em Paço, que bateu cruzado e ela saiu à direita do gol!
 
Agora, aos 21 minutos, o Loko saiu jogando errado. Gutierrez ficou com ela e finalizou. Na trave!, ela ainda tocou em Garga, mas para sorte do arqueiro, não entrou. No lance seguinte, Paçó tocou em Noal, já de volta, louco pra marcar. O artilheiro da Prata virou o corpo e tocou com capricho no canto esquerdo. De novo, ela preferiu a trave!, e dessa vez passou por trás de Garga suavemente, sem tocar no goleiro. O 99 saiu sorrindo, sem acreditar que poderia passar em branco naquela tarde.
 
Com 22, Noal recebeu no comando, dividiu com Guila, levou pro meio e bateu, em cima de Garga, que defendeu com o pé! No lance seguinte, Gutierrez rolou pela direita e Mineiro bateu cruzado. Garga foi nela e fez a defesa! O Magnatas seguiu insistindo. Agora, Mineiro buscou Noal no pivô, o 99 deu um tapa nela, que se apresentou de volta para Mineiro bater cruzado e… ver Noal completar pro gol já embaixo das traves! 2 x 0! Já na chegada seguinte, entretanto, Mineiro recebeu em ligação direta de João Paulo, girou pra cima da marcação e tocou na saída de Garga, pra fazer o dele, 3 x 0!, e matar o jogo.
 
No final, Marquinhos ainda deu uma caneta linda em Gutierrez, que não podia passar em branco aqui, mas o chute, já da linha de fundo, foi na rede por fora! No lance seguinte, Neto, em cobrança de falta pela esquerda, chutou em cima de Leandro Pereira. O rebote ficou com Paolo, que concluiu por cima do gol. No último lance, Rafinha pisou para Noal chegar batendo, mas foi em cima de Garga, que fez a defesa. Fim de jogo e fim da linha para o Lokomotiv. O Magnatas segue para o matadouro. Terá pela frente o Baixada, do qual levou uma senhora goleada na primeira fase: 9 x 3, com esses 3 sendo de Noal. Sem Noal, será 9 x 0? Eles prometem que não.
 
Ficha técnica
 
Lokomotiv 0 x 3 Magnatas – Oitavas de final do XXI Chuteira de Prata
 
Gols: Zulu, Mineiro e Noal (M)
 
Cartões amarelos: Noal (M); Guila e Juninho (L)
 
MVPs: 1- Mineiro (Magnatas); 2- João Paulo (Magnatas); 3- Zulu (Magnatas)

Comentários (0)