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Arouca perde jogo, a linha e a vaga nas semifinais

E o Inflação segue dando motivos para sua torcida acreditar no título. No último sábado, diante do favorito Arouca, até então invicto na competição, a equipe teve sua melhor atuação em todo o torneio, culminando na vitória inquestionável por 3 x 1. Maior desafio do Inflação até agora, a partida foi emocionante, mas também polêmica e violenta. Uma das equipes mais tradicionais do campeonato se despediu desta edição de maneira bem aquém de suas qualidades, deixando explícito seu maior defeito.
 
No começo do jogo, o roteiro nem de longe se desenhava. Os primeiros cinco minutos foram de calmaria, com os dois times reconhecendo terreno. O Arouca chegou antes, com Netto, que carimbou a trave de Sandrinho, mas o Inflação já deixava clara sua proposta de jogo, de muito toque de bola. Um reforço de peso aumentava a confiança: após longa ausência, Canibal retornava para dividir o protagonismo com Negueba.
 
O time demorou um pouco mais para arriscar ao gol, e quando o fez, fez sem força, em tentativa de Gordo. Mas inaugurou o placar ao 12, após elástico absurdo de Preto no marcador e passe para Gordo cortar um e bater firme. Inflação na frente! Netto tentou um empate imediato com outro chute de média distância, mas Sandrinho foi seguro.
 
O Arouca tinha sua arma secreta, e ela surgiu aos 15: Gabigol. O jovem rabisqueiro já entrou em campo criando triangulação que resultou em passe para um sumido Arthur Fon, que bateu para fora. Fon apareceu novamente em seguida, parando contra-ataque ligeiro de Canibal com um puxão. Na cobrança de falta, Gordo pôs Marinho para trabalhar. Apesar de melhorar levemente seu time, Gabigol seria amarelado ainda na primeira etapa.
 
Arbitragem acabou sendo protagonista no lance em que Gabigol acabou expulso

Na reta final foi a vez de Negueba armar bela jogada pela esquerda e acionar André Paes, que procurou Canibal: o camisa 7 não alcançou. Fora da sua posição costumeira, Gordo fazia bem as vezes de atacante. Mesmo com poucos reservas, o Inflação terminou a primeira etapa sem maiores sustos – exceto no último lance, quando Fon roubou de Negueba e bateu por cima da meta.
 
O time laranja e negro voltou para quadra sabendo que precisaria aumentar a vantagem para evitar dramas. O tento quase saiu na primeira jogada de ataque: Canibal fintou França na entrada da área e bateu cruzado; a bola passou muito perto. Só que o empate veio muito antes do previsto: em uma jogada simples e objetiva, Gabigol dominou na lateral, cortou para dentro e bateu sem chances para Sandrinho. A igualdade estava restabelecida. O camisa 14 do Arouca seguiu botando fogo no jogo. Ele reclamou muito de falta quando foi desarmado por Nego Wé durante contragolpe perigoso.
 
O juiz não deu ouvidos, só que mesmo assim Gabigol solicitou atendimento: era migué, mas as consequências foram terríveis para o Arouca. Sabe-se lá se o árbitro autorizou ou não a volta de Gabigol à quadra, mas é certo que ele retornou e tomou amarelo pela “pressa”. O juiz não pareceu muito convicto do que fazia e demorou até entender que era o segundo do único destaque do Arouca na partida, o que implicava na expulsão do mesmo.
 
O caso gerou tumulto e Gabigol deixou a quadra genuinamente transtornado, aproveitando a imunidade da geral para falar o que pensava sobre a atuação do homem do apito. O incidente foi preponderante para o resultado, já que depois disso o Arouca perdeu a cabeça.
 
Grande conhecedora da equipe, a torcida tricolor já sabia que França estava programado para matar e foi uma surpresa o camisa 5 não ser expulso logo no primeiro lance da volta, após chegada com muita vontade em Preto. Preocupado com a bola, o Inflação voltou a levar perigo com Negueba, que finalmente bateu para o gol após pivozão clássico do camisa 10 inflacionário.
 
Canibal voltou ao time depois de longa ausência e foi decisivo para o Inflação chegar às semifinais

Preto, aliás, tomou amarelo ao revidar golpe de França; pelo Arouca, Everton foi amarelado na mesma ocasião. O Inflação seguia melhor e Canibal criou bom lançamento para André Paes, que foi até a linha de fundo e quase encontrou Gordo na área; Marinho tirou. Na jogada seguinte, Negueba aplicou bela caneta no marcador e deu passe em profundidade para Canibal surgir e recolocar o Futebol e Samba na frente. Marinho colaborou com o segundo gol do Inflação.
 
Já o Arouca seguia irreconhecível: mesmo com Fon, Dhani e Netto em quadra, a equipe parecia não encontrar o caminho. As linhas seguiam muito distanciadas e, o que é pior, os jogadores desciam o sarrafo. Era cedo quando Barata cometeu a quinta falta do time. Na cobrança, Canibal exigiu defesa de Marinho, que deu o rebote para Preto isolar grande chance. A corneta amiga não perdoou.
 
Veio outra parada técnica e França, inspiradíssimo, deixou a mão na cara de Canibal. Seria a sexta, mas o juiz efetuou uma recontagem e constatou que ainda era a quinta! A falta não deu em nada, mas demorou pouco até que Barata cometesse nova infração. Negueba foi para a bola, mas Preto pediu a responsabilidade. Azar o dele, pois Mauricio saiu disposto a dizimar a canela do rival, sendo sumariamente expulso.
 
Novo shoot out e dessa vez Negueba falou “é minha”. Mas, na hora H, o camisa 11 isolou: era o momento perfeito para o Arouca reagir. Mas isto não aconteceu: no lance seguinte Canibal fez grande jogada na direita e cruzou na medida para Negueba cabecear para o gol. Era o terceiro! 3 x 1! Faltavam apenas os acréscimos; a partida estava encaminhada, tal como a classificação para as semifinais.
 
Só que o Arouca esboçou uma reação. Fon exigiu defesa de Sandrinho, e Dhani, livre, quase fez de cabeça após Cesinha ajeitar. No contragolpe do Inflação, Negueba passou na esquerda como quis e serviu Canibal, que chegou a marcar, mas não valeu: o árbitro pegara falta de França, que desta vez enfim foi expulso. Novo shoot out e Canibal na bola: ele tentou pedalar e perdeu o domínio, deixando a bola sair. Houve reclamações que a falta, por ser a oitava, deveria gerar cobrança de pênalti, ao invés de tiro direto.
 
Arouca perdeu a cabeça e a linha, deixando o fim do jogo com três expulsões e cinco cartões amarelo

Ainda havia espaço para mais cenas lamentáveis. Marinho saiu do gol e resolveu dar tesoura voadora em Gordo na lateral e foi amarelado. Seria um novo shoot out e Negueba quis se redimir, mas o juizão avaliou bem o risco do camisa 11 precisar amputar a perna após a saída do goleiro e terminou o jogo antes mesmo da cobrança.
 
A partida seguinte decretaria o Primatas como adversário dos vencedores nas semifinais. Ou seja: teremos um finalista inédito e, por que não?, inesperado. Até onde os guerreiros do Inflação podem chegar?
 
Ficha técnica
 
Inflação 3 x 1 Arouca – Quartas de final do XX Chuteira de Ouro
 
Gols: Gordo, Canibal e Negueba (I); Gabigol (A)
 
Cartões amarelo: Nego Wé (I); Arthur Fon, Everton, Gabigol, Netto e Marinho (A)
 
Cartões vermelho: França, Gabigol e Maurício (A)
 
MVPs: 1 - Canibal (Inflação); 2 - Negueba (Inflação); 3 - Gordo (Inflação)
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