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Time brecou o Baixada, pra tristeza do ‘pé gelado’ Dodô e alegria de muitos

Pra começar a conversa, este cronista que vos escreve ficou com bastante dúvida sobre o título da matéria. Nove em dez vezes que este texto fosse escrito, por mim ou outro(a), arrisco dizer, a manchete destacaria a primeira derrota do Baixada. Entretanto, o mérito é todo do Leleks! Então, nada mais justo destacar a vitória, e não a derrota. Eu perguntei na última crônica de um jogo do Baixada (contra o La Coruja), e a resposta veio logo: quem seguraria o Baixada? Foi a lelekada! — só não se sabe até quando...
 
Agora, sim, podemos dizer que esse foi, desde antes do começo, um jogo de sensações. A começar pelo Baixada, campeão indiscutível da última Aço, pelo que consta nos autos, sensação da Bronze, com a melhor campanha (até essa última rodada, pelo menos). Só havia perdido lá pra greve dos caminhoneiros, vejam só... Este time, porém, se apresentou desfalcado, sem Tubas e, principalmente, sem o artilheiro Beça. O capitão Guina já chegou meio cabisbaixo, prevendo o pior. O time santista ainda nem tinha entrado na quadra e o Leleks já esperava ansioso, motivado... E aí, vamos começar? Vish! Sensação de ‘vai ser hoje’!
 
A galera do Baixada colocou caneleira, meião e chuteira já em quadra. A lelekada já estava aquecida e, assim que o juiz apitou, foi pra cima. Phil recebeu lançamento quase na linha de fundo, na esquerda, tentou cabeçada, mas mandou direto na grade. O Baixada jogou esperando o Leleks. Bola agora com Pedrão, que arriscou. A redonda desviou na marcação e foi pra fora. Aos 3, os santistas tentaram alguma coisa. Taira acionou Hec no ataque. Ele tentou encobrir Victor Hugo, mas mandou também por cima do gol.
 
A sensação era que o jogo estava entregando menos do que prometeu. A lelekada prudente demais para tentar mais ousadia contra o líder, que mesmo desfalcado podia achar ali um golzinho e complicar a vida do adversário com a boa linha defensiva que tem. Tinha também uma sensação de ressaca do jogo anterior, com a torcida barulhenta contra e a favor do Interativo. Agora, mesmo sendo um jogo visto por muitos, os espectadores nutriam uma apreensão silenciosa.
 
Aos 8, o Baixada tentou em falta cobrada por Pedrinho na intermediária. O 10 de Munique mandou colocado, mas pra fora, sem perigo. Quase 10, e dessa vez demorou mais tempo que o de costume: falta um pouco mais forte em Renan, que tem o carma do jogador habilidoso de quase sempre apanhar. Guina levou o amarelo pro banco e descansou um pouco. O Baixada, aliás, quase ficou sem substituição, foi praticamente contado: entrou Loiola, o único no banco disponível. Na cobrança da falta, um lance anedótico. Matheusão posicionou a barreira e o resto da defesa, esperando uma cobrança com a perna direita. Gui Simões fez o goleiro santista pensar que, na verdade, o chute vinha da esquerda. Então, o goleiro alertou a defesa, ‘é canhoto’, e mudou a configuração tática. Quando o camiseta 8 correu pra bola, bateu... com a direita! Não deu em nada, mas realmente... essa confusão entre quem é direita e quem é esquerda chegou pra atrapalhar a cabeça do pessoal... até no futebol, vejam só!
 
Aos 11, Gui Simões chegou com condição melhor pra finalizar e Matheusão não quis saber de ser político e tirou como dava, de peito. No lance seguinte, mais uma vez o arqueiro foi bem no abafa. Passe bonito de letra de Renan, buscando de novo Gui Simões, e o goleiro chegou bem, impedindo o cruzamento e jogando o alpiste de borracha da quadra no cronista.
 
Pedrinho tentou mais uma pelo Baixada, para fazer valer a viagem. Na base da insistência, ele mandou no gol e Victor Hugo tirou com o pé. Porém, aos 15, Agi roubou a bola no meio da quadra (os santistas reclamaram falta), olhou pra arbitragem, que deu o ok, mirou o alvo e mandou rasteiro no canto direito de Matheusão, que dessa vez não teve o que fazer senão buscar lá no fundo das redes. 1 x 0!
 
O jogo seguiu da mesma forma, com a sensação de que ‘hoje tem’ cada vez mais presente. O Baixada pouco agredia, mesmo atrás no placar. Beça, o que é até óbvio, mas compreendíamos melhor àquela hora, é fundamental pro time não só marcando os gols, como também segurando a bola no ataque e fazendo ela girar ali, oferecendo perigo constante ao adversário. Sem ele, o Baixada não é um time ruim, longe disso, mas fica — ou pelo menos ficou nesse jogo — desorganizado ofensivamente.
 
Já 24 minutos jogados e, enfim, a boa troca de passes do Baixada deu o ar da graça. Loiola achou Jerry na área, com boa condição. Ele tentou de letra, mas a bola não foi na dele. No lance seguinte, Jerry não inventou, chutou três seguidas, como deu, mas todas em cima de Renan, a última indo pra escanteio. Taira acionou Guina na área, que cabeceou pra fora.
 
No ataque agora, Renan tentou acionar Deliba no lado direito, mas a bola bateu nele e sobrou fácil pra Matheusão. No final, ainda deu tempo de Jerry e Loiola trocarem passes novamente. A bola se apresentou pra Jerry, mas Victor Hugo saiu bem e desviou pra linha de fundo. Fim de primeiro tempo!
 
Segundo tempo começou com o Baixada tentando primeiro. Bola para Loiola, que de costas pro gol tentou o desvio de letra. Victor Hugo saiu bem no abafa, mandou a bola pra linha de fundo e vibrou bastante!
 
Aos 5, Taira sofreu falta, deu um grito não compatível com a pegada, e a torcida pegou no pé. Jerry bateu bem, buscando o ângulo, mas Victor Hugo foi bem na ponte pra defender. No lance seguinte, o empate do Baixada. Lateral cobrado pro meio da área, a bola passou por Guina, mas não por Loiola, que dominou e, sozinho, fuzilou, pra desespero do goleiro, que reclamou muito com a defesa. 1 x 1!
 
Os santistas se empolgaram e foram pra cima. Aos 7, bola de novo com Loiola, que recebeu no meio e acionou Jerry, na direita. Ele bateu cruzado, rasteiro, e Victor Hugo esticou o pé pra afastar o perigo.
 
Aos 8, seguia o Baixada em cima do adversário. Dessa vez, coube a Agi tirar o perigo dali. Dois bons cortes seguidos. Depois, Chuqui deu mole e levou uma caneta de Jerry, que não conseguiu dar sequência. Os santistas continuaram no ataque, com Pedrinho, na direita. De novo, Agi foi lá e resolveu, mandando pro mato!
 
Mais Baixada! General encontrou bem Jerry, na esquerda do ataque. Victor Hugo abafou bem o chute, bloqueando de peito. No lance seguinte, quinta falta do Leleks. Torcida anti-Baixada decepcionadíssima – formada em sua maioria pelo elenco do Lokomotiv -, sentindo que a lelekada não daria conta. Metade da segunda etapa a jogar, com os santistas em melhor momento e podendo ter a qualquer hora chance em shoot out. Sensação era que o time de Munique, mesmo com os desfalques, ia levar mais uma!
 
A fatídica falta foi batida apenas depois de parada técnica. Foi um lance emblemático, que mudou novamente os rumos da partida. Pedrinho rolou no meio pra Hec chutar forte. Era o gol que colocaria o Baixada na frente, premiando o melhor momento do time e o deixando em situação confortável para o resto da partida. Quis o destino que Guina, quase em cima da linha, tentasse se esquivar mas a bola batesse em sua canela e saísse, evitando o gol do próprio time.
 
Na sequência, o vento que começou a soprar a favor da lelekada virou temporal. Foram dois escanteios seguidos para os vermelhos. No primeiro, domínio de Renan, que mandou pro gol, a bola não foi com muita força, mas, pererecando, quase enganou Matheusão. Na segunda tentativa, Phil acionou Gui Simões, que bateu cruzado, sem chance pro arqueiro do BM. 2 x 1!
 
Já estávamos com 17 jogados, e a esperança de ver a derrota do Baixada voltou a encher os olhos daqueles que secavam o time. Quem acreditava nos santistas, sabia que o caminho mais fácil era forçar um shoot out. “Cava a falta!”, pediam desesperadamente.
 
Aos 21, Victor Hugo saiu errado e a bola sobrou com Hec, na entrada da área, mas o goleirão se recuperou bem e defendeu com o pé. Quase 23 minutos, mais uma chegada com vontade de Guina. Segundo amarelo e vermelho pra ele! O camiseta 4 concordou com a marcação, cumprimentou a arbitragem e saiu de quadra. Os espectadores mais crentes que nunca de que a tristeza de uns, e a alegria de muitos, se avizinhava. Dodô escondeu a camiseta que ganhou de presente da rapaziada grená.
 
A confirmação veio logo em seguida. Deliba recebeu a bola na intermediária e soltou na ala direita para Chuqui bater cruzado e matar o jogo! 3 x 1! Ainda deu tempo de Renan emendar dois dribles na marcação e forçar mais um amarelo pro Baixada, para Hec. Fim de partida. Vitória muito comemorada, merecidamente, pela lelekada! E também uma derrota que não foi tão lamentada assim pelos santistas. Guina comentou até que foi bom. Famigerado ‘perdeu no momento que dava pra perder’, né, capitão...
 
O Baixada caiu pra segundo, já que o Lokomotiv ganhou mais uma, e vai medir forças agora justamente com o trem bala da ZN, tentando recuperar a ponta. O Leleks enfrenta o Invictus, que vive situação parecida no torneio: os mesmos quatro jogos disputados e a possibilidade de encostar nos líderes — que têm um jogo a mais — e brigar ainda pelo passaporte sem escalas rumo à Prata.
 
Ficha técnica
 
Baixada de Munique 1 x 3 Leleks – 5ª rodada do XVII Chuteira de Bronze
 
Gols: Loiola (BM); Agi, Gui Simões e Chuqui (L)
 
Cartões amarelos: Guina e Hec (BM); Agi (L)
 
Cartão vermelho: Guina (BM)
 
MVPs: 1 – Agi (Leleks); 2 – Renan (Leleks); 3 – Gui Simões (Leleks)

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