Com apenas cinco jogadores, o Elite entrou em campo sem qualquer pretensão no Chuteira, uma vez que o rebaixamento era dado como certo. O suicídio só tinha uma explicação: não perder por WO e ser punido futuramente. Homens de coragem.
O Elite ainda começou melhor. No cara e coroa. Optou pela bola. Sem saber o que fazer com ela, Papai do Axé chutou de qualquer jeito.
Não demorou muito para o baile começar. Rahal, pela esquerda, chutou alto no canto esquerdo de Diego. Na saída de bola, o Elite se embananou e deixou a peteca na mão, ou melhor, nos pés do capitão do leão azul. A fera cruzou, Toretta escorou e Carioca fuzilou. Gol do Lodetti. Porteira aberta!
Camilinho tocou no meio para Toretta. O plebeu cortou para a direita e chutou para fora. Na sequência, Lodetti recuperou a bola e tocou para Carioca, que de calcanhar preparou o terreno para o matador. Camilinho só empurrou. 2 a 0.
O Elite não conseguia ficar com a bola no pé nem por um minuto sequer. No meio, Carioca e Toretta botaram o time elitista na roda. Dih entrou na ciranda e se assanhou. Com um pitelzinho a jujuba de Irajá guardou. 3 a 0. Virou pelada. Carioca e Camilinho levaram o treino a sério. Esse lançou Toretta na esquerda, que bateu da entrada da área. 4 a 0.
O capitão também queria jogo. De três dedos, o paçoca estalou a rede dos moribundos: 5 a 0. Ficou até difícil de narrar. Não tinha jogo. A cada jogada, gol. Camilinho recebeu passe de Dih e de letra fez mais um. 6 a 0. Cinco segundos depois – isso mesmo, CINCO SEGUNDOS, nem mais, nem menos –, o que aconteceu? Gol do Lodetti. De novo, Camilinho. Dessa vez o passe veio dos pés de Bahia. Sem esforço, sem dó, guardou. Nem comemorou. 7 a 0.
13 segundos depois, Lodetti fez o segundo dele na partida, oitavo da equipe. Um tiro de fora da área. Virou disputa interna pela artilharia.
O destaque do Elite era Diego, no gol. Não deu para fugir do vexame, mas o garotinho fez o que pôde. Pela primeira vez no ataque, o Elite chegou bem pela direita com Rafael Prudente. O chute cruzado serviu para acordar Allyson, mas foi só.
Lodetti ligou o ataque com Toretta, que deu um totó pra tirar do goleiro e presentear o companheiro. Bahia só empurrou. Dih, Toretta e Bahia trocavam passes com agilidade. O filho do Bebeto entrou livre pela direita e soltou a bomba. Diego espalmou, a zaga aliviou, mas de fora da área Guga mandou o torpedo. A carniça morreu lá dentro marcando 10 a 0.
Um minuto e 17 segundos depois, Bahia ficou cara a cara com Diego. O “sangue bom” suingou, gingou e rolou para Toretta dar um tapa na macaca. 11 a 0. Pausa pra respirar.
Na volta, Bahia acendeu o cachimbo. O acarajé mandou um tirambaço da entrada da área e fechou nos 12 a 0.
Silvião resolveu fazer um favor à humanidade. O pajé deu uma prensada em Diego Gama e levou o amarelo. Com três na linha, não tem jogo. Fim do martírio para o Elite. Aliás, para todos nós.
- Chama o Lucas, lá. Vai começar a pelada.
O time do Lodetti continuou em campo batendo bola. Um treino para o duelo decisivo da próxima semana, quando o time encara o Bengalas, único time que pode impedi-lo de se classificar para a Prata na fase de grupos. O Elite só cumpre tabela diante do TNT. Jogão!
Ficha Técnica
Elite 0 x 12 Lodetti – 8ª Rodada do VII do Chuteira de Bronze
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