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Menino Gian tira Sagrado do sufoco contra Soberanos

Eram 11 da segunda etapa e o empate persistia, com um detalhe: o Soberanos fazia uma verdadeira blitz para pegar motoristas bêbados do Sagrado de surpresa. Porém, após bombardeiro sobre João Gualtieri, surgiu a esperança em novo formato, quando o recém-contratado Gian saiu de promessa para se tornar realidade e comandar a suada, mas importante, vitória por 4 x 1, que catapulta o atual vice-campeão à liderança isolada do Grupo B.
 
Com Deco triangulando com Cau e Dudu para conclusão do sagrado 15, o público já percebia a tônica do primeiro encontro da história dos times: bola no balaio e 1 x 0 logo quando os torcedores ainda secavam suas cadeiras após chuva torrencial. Daí então se pensou em massacre, goleada, surra etc. Sair perdendo para o atual vice-campeão, famoso pela sua máquina mortífera de produzir ataques, levava a esta certeza.
 
Porém, Justen, Gabão, Buru, Rick e Gaibar logo passariam a controlar as ansiedades e a trocar passes, tentando igualar as ações. Assim, ganhou a confiança do povão, que não foi privado de uma partida gostosa de assistir. Por exemplo, quando da chegada boa de Gian, em que o futuro melhor da partida foi barrado no baile em primeira instância por Gaibar, conseguiu pulseira extra, mas de novo não obteve sucesso. A zaga soberana tomou o convite para si e entregou a Gabão na direita, mas dessa vez João Gualtieri não aceitou a entrada.

 

O Soberanos sentiu que não havia nenhum bicho-papão embaixo da cama e resolveu dormir de luz apagada – prova disso foi quando Bastida tomou o chocolate da mão de Saulo pela esquerda e mandou um cruzado que levou susto a Gualtieri. No minuto seguinte, a troca de pé em pé chegou ao mais novo trintão da praça, Pipo Valente, que fez o bumbum de um soberano arder. Na volta, a posse era da soberanada, mas que não estava a fim de tomar conta da criança e a deixou com os sagrados. Usando uma varinha de condão (mentira, o repórter não conseguiu acompanhar a rápida movimentação), a bola chegou a Deco na cara de um extraordinário Victor!
 
A defesa do arqueiro soberano foi tão edificante que fez o Sagrado se emocionar. Em lateral ‘excelentemente’ cobrado para trás por Leco (mentira, Leco, pediram para eu escrever que foi você, não entre em colapso) da meia-quadra para João Gualtieri, a zaga sagrada parou para se refrescar com a garoa e deixou Rodrigo suave para encobrir o arqueiro no quicar da redonda. 1 x 1! 
 
O povão enxergou um horizonte com arco-íris tamanha intensidade dos times nos 10 minutos iniciais. O Sagrado quis a dianteira outra vez ao trocar passes para deixar Deco na entrada da área, mas o mesmo cacetar por cima. Também ganhava oportunidade de forma gratuita, como na saída soberana errada pelo meio para Gian roubar e avançar, mas este precisando tomar mais Biotônico Fontoura ao concluir.
 
A marcação soberana então melhorou e o time conquistou uma falta na entrada da área. Gabão chinelou ou na cara de Cadinho ou na de João Gualtieri – de longe, à noite, todos os gatos são pardos (o Cadinho mais que os outros). Porém, logo os sagrados se valeriam de vacilos soberanos para animar a festa. Leco foi o primeiro a tomar e avançar pelo meio para chutar à meia-altura. Momentos depois, foi a vez de Gian interceptar passe errado pela ponta direita, ser calçado, mas continuar na jogada. Nos dois casos, Victor esteve presente para salvar o Soberanos (a segunda ao deslizar no gramado).
 
Justen e Buru continuavam soberanos (trocadilhos saudáveis e pouco infames são sempre bem-vindos) na zaga e garantiram o empate da primeira etapa. Prova foi a travada na bola que Buru deu para parar arrancada de Deco. Ainda deu tempo para a troca de ideias do Soberanos chegar para Rick no meio, que jogou pro pé direito mas mandou pela linha de fundo antes do fim de um bom primeiro tempo.
 
Que continuaria na segunda etapa tão envolvente quanto foi na primeira. Wilsola orientava seus jogadores debaixo do seu guarda-chuva (talvez buscando ensaiar para encenar o mesmo papel de Gene Kelly em Cantando na Chuva). O problema é que apenas um jogador assimilaria seus ensaios, depois de uma onda soberana que pairou sobre a área sagrada.
 
Começou na tabela rápida entre Gaibar e Bastida – Cadinho estava esperto e cortou o cruzamento. Depois com Bastida (para fora) pela direita, e fechou com Gabão parando em defesa rasteira de João a escanteio – na cobrança da direita, Rick tentou, mas Gualtieri com certeza assistiu à performance de Jack Nicholson em Um Estranho no Ninho antes da partida para salvar o Sagrado! No contragolpe, Salgado bem poderia ter afastado a nuvem soberana ao ter vento para jogar nela...
 
Gabão teve oportunidade, Gaibar também, e na saída equivocada da defesa sagrada, Bastida girou por cima. Isso tudo aos 7 minutos, provocando um único, mas sábio, comentário no alambrado, o famoso “quem não faz...”. Buru continuou nas insistidas soberanas (Leco não deixou), depois Cadinho escorregou (faz parte) pela direita para Bastida cruzar (se não fosse Pipo...), e com o calor na temperatura da quadra enquanto a garoa caía, o Soberanos pediu tempo. Obviamente não para sair do sufoco, mas para tentar converter o sufoco em tento.
 
Realmente era um sufoco que o Sagrado levava. O guarda-chuva de Wilsola não surtiu efeito de novo após a pausa e Rodrigo recebeu bolão na esquerda para mandar rasteiro, com Gualtieri não querendo saber do sabão e mandando a escanteio. O goleiro defenderia cabeçada de Gabão instantes depois – após lateral rápido pela direita. Rodrigo quase concretizou a blitz ao pegar, de primeira, escanteio da esquerda cedido por Gian, mas sua chance saiu com perigo.
 
Logo surgiu a estrela. Até então apagado, um tanto acanhado por ainda se enturmar com a nova galera e com a nova cor de manto, Gian avançou pela esquerda, tocou no pivô e recebeu na direita para desempatar e aliviar o sufoco sagrado. 2 x 1! Imagina aquela cerveja geladinha no calor do Rio de Janeiro em pleno verão, mas daí vem um cidadão e joga água quente para misturar. Talvez essa tenha sido a sensação do time de Rafa e Zoghbi no gol de Gian.
 
O Soberanos teve sua chuteira aberta no bico e ainda por cima deixou desandar sua maionese. Em saída errada da zaga verde, Gian deixou Salgado bem doce, mas Victor saiu deslizante e salvou o que seria inevitável. Ainda faria defesa espetacular para parar canudo pelo meio de Cau, mas depois só viu o sagrado 6 dominar e tocar para a promessa que desponta nos gramados da Calcio: Gian mandou no ângulo direito para Victor apenas acompanhar com os olhos. 3 x 1!
 
Zé Fuzioka cornetava do lado de fora: “Deco na reserva é sacanagem”. A campanha do jessense pela presença do sagrado 13 não surtiu efeito, pois foi Leco que meteu caixa, após troca de passes, para liquidar a fatura. 4 x 1! Ainda teve chance para o próprio Leco (e depois para o mesmo cortar escanteio, com o Soberanos reclamando mão na bola), e para Bastida fazer o pivô ao chute mascado de Gaibar, onde o brilho individual de Gian ensinou que a bola pode punir quem não define logo suas oportunidades. 
 
Ficha técnica
 
Sagrado 4 x 1 Soberanos – 2ª rodada da X Copa Calcio
 
Gols: Dudu, Gian (2) e Leco (SA); Rodrigo (SO)
 
Cartão amarelo: Zoghbi (SO)
 
MVPs: 1 – Gian (Sagrado); 2 – Rodrigo (Soberanos); 3 – Gabão (Soberanos)
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