Viela e Só Nois mostraram pouca objetividade e não saíram do 1 x 1. Aliás, pouco fizeram para mudar o empate no placar. O resultado manteve os dois onde estavam na tabela: os amarelos fora e os tricolores dentro da zona de classificação. Com um gol em cada tempo de jogo, a partida não foi uma das mais empolgantes para quem compareceu à beira da quadra. O fato é que, se ambos os times almejam algo a mais no certame, precisarão se esforçar mais.
A partida demorou, e muito, para engrenar. Os dois times não conseguiam criar situações de perigo e nem chegarem à meta contrária para fazer uma finalização. Ambos os times perdiam a bola para seus adversários ainda longe da área ou simplesmente entregavam-na com passes errados. Outro fator que pesou na demora do bom futebol é que os atletas passaram boa parte do início trocando e-mails, telefones e outras gentilezas para saírem após a partida.
Até que Rhenan cobrou uma falta violenta, que ultrapassou a barreira e obrigou Caíque a mandar para a lateral. Em seguida, Marcelo quis abrir o marcador também em cobrança de falta. O camisa 10 bateu de muita distância, da intermediária, Allysson espalmou de volta a jogo. Logo depois, Raphinha, que tanto gostou de perder tempo em confraternizar com seus amigos do Viela, acabou lhes dando um presente de grego: shoot out a favor do Só Nois. O camisa 9 deu dois tapas na bola para o lado direito, e quando Caíque saiu, Raphinha acertou seu canto direito, abrindo o placar. 1 x 0!
Minutos depois, Marcelo bateu uma falta não muito forte em direção ao gol do Só Nois, só que não forte o suficiente para furar a barreira e a bola ficou com o adversário. Depois, Diego teve uma chance de ouro, ou melhor, duas, de aumentar a vantagem. Recebeu livre dentro da área e mandou para o gol sem fazer a mira, Caíque foi para cima dele. Na sobra, o próprio camisa 2 arrematou novamente em cima do arqueiro. França levantou uma bola na área e Raphael conseguiu subir mais do que todo mundo para cabecear para o lado direito da meta, só que para fora.
A pontaria estava um tanto descalibrada do lado do Viela. Marcelo puxou um contra-ataque que poderia resultar em gol, pois da direita para o centro fez o passe a Fabinho, que chutou de qualquer maneira no centro da meta, onde justamente estava Allysson, que fez a defesa tranquila. Não demorou muito e Raphinha teve outra chance de aumentar. Recebeu completamente livre dentro da área e bateu fraco, no canto esquerdo de Caíque, que foi buscar sem problemas.
Hirata tomou a bola Galo no meio da quadra, mas ao invés de conduzir a bola até mais perto da meta, pois não havia ninguém à sua frente, com exceção do goleiro, resolveu chutar de onde estava e a bola foi por cima do gol. A partir daí foi um festival de chutão para frete, bola indo para as laterais, defesas e ataques não se entendiam, ou seja, tudo o que não se deve ver no futebol. Os atletas ignoraram as recomendações dos homens de preto e continuaram conversando para marcar a balada de logo mais.
Seja como for, os dois lados não pareciam muito preocupados com a partida, a não ser, talvez, o Viela, pois estava perdendo e não queria levar uma derrota para casa, só que não se esforçava o suficiente para mudar este quadro. Já o Só Nois também não aproveitava as suas parcas chances criadas, já que tropeçava em suas próprias chuteiras e, para garantir a vitória, era preciso vencer suas limitações táticas e técnicas. O nervosismo era tanto de ambos os lados que toda área da quadra ouvia o que ambos os times planejavam para o segundo tempo.
No trilar do recomeço, a partida começou como na etapa anterior, com longos minutos sem ter algo de relevante para relatar: muito chutão sem direção, dribles em que os dribladores passavam e a bola ficava, passes errados, arremates em linha da meta... só faltou gol contra.
Até que Galo cantou mais alto e apanhou a bola para cobrar uma falta na entrada da área. O camisa 7 correu e bateu forte, a bola varou a barreira mal formada e aninhou-se na rede, entrando no canto esquerdo de Caíque. 1 x 1! Para se entender melhor o nível apresentado pelas duas equipes, os dois gols saíram de cobranças de bola parada, pois fazer a bola entrar na meta em jogadas de pé em pé ou com dribles ia ser algo difícil de se ver.
França até tentou, com uma tabelinha que deixou Marcelo na entrada da área em condições de marcar, mas o camisa 10 bateu de chapa em cima de Allysson, que ficou com a bola. Depois de um mar de minutos sem mais nada que fizessem para mudar o quadro, a partida chegou ao fim. Não só pelo empate, mas era nítida a insatisfação dos atletas frente ao futebol apresentado.
Ficha técnica
Viela 1 x 1 Só Nois – 5ª rodada da V Copa Estrelato
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