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A egrégia máxima serve para ilustrar direitinho o que foi o empate sem gols entre Kiwi e Oscuro

A frase do título desta narrativa é atribuída a Vanderlei Luxemburgo e cai como uma luva para descrever o empate em 0 x 0 entre Oscuro e Kiwi – que ainda serviu para deixar ambos com chances de classificação em um grupo destinado ao Instituto. Vindos de goleadas sofridas na estreia, as equipes pouco produziram no confronto que ficará marcado pelas marcações box to box, pela disposição dos players em cada dividida, mas também pela falta de coragem de ambas as partes em arriscar um pouco mais e sair vitorioso.
 
O “vai, Kiwi, baralho” ouvido no trilar da arbitragem poderia indicar que Alemão, Luiz Gustavo, Lipe, Lum, Gorda, Guigo e Kant dariam mais pelagem à equipe que estreou sem fazer um gol sequer no GalataSarrei. Só que a situação era a mesma para Fá, Milo, Leozin, Gu, Gian, Caioba e Da Riva. O quadro oscurense inicial também estava zerado em gols pró. As únicas diferenças eram: a turma de camisa preta levou um gol a mais na rodada 1 (perdeu de 5, enquanto o adversário perdeu de 4), e não houve um “vai, Oscuro, baralho” para chamar de seu.
 
Já tinham ocorridos 3 minutos e muito estudo. Cada jogador observava a ação do adversário. Observação de Gu no cochilinho matinal gostosinho de Luiz Gustavo – na frente do rock and roll comandado por Guigo – que a zaga kiwiana travou a escanteio para alimentar a sensação de que haveria muitos tentos no match. Só que era apenas um prenúncio das solidezes dos sistemas defensivos. Pelo menos a do Kiwi, por enquanto. Milo perdeu a paciência logo depois: cansou de ver o Oscuro girar o melão e meteu a botina, que parou outra vez na zaga verde. Talvez no escanteio pela esquerda antes dos 5 minutos. O voo na segunda trave de Fá foi mais plástico que a cabeçada.
 
Momento de o folclore tupiniquim se fazer presente aos brasileiros: Saci Pererê em quadra. Era Leozin deixando o embate. Apareceria sem chuteiras no intervalo. Não voltaria mais. E o Kiwi sofrendo grande pressão. Na cobrança de lateral pela direita, Kant buscou, de cocuruto, encobrir o goleiro e abrir o placar. Era Guigo operando um milagre ao mandar pela linha de fundo! Era o Oscuro nem precisando de seus atacantes para marcar seu gol 1 no Chuteira Juniors. Desse jeito, o arqueiro kiwiense sofria com o fogo-amigo e no escanteio cedido na esquerda. De novo Fá voou. De novo a redonda foi por cima do arco.
 
Grande chance teria Lum, aos 8. Ele apareceu sem lenço e sem documento na cara de Gian. A esperteza do goleiro em sair da meta antes ajudou o Oscuro! Mesma esperteza do Kiwi em despertar e descolar um escanteio 30 segundos depois. A salada que envolveu Alemão e Gian fica difícil de descrever. Só não foi gol. Como também não foi gol – passado 1 minuto – na bomba de Gu a tiro de meta. Talvez o drible desconsertadamente sedutor antes de atirar para fora valesse um tento! Alemão está até agora procurando o camisa 4! Mas o Kiwi já tinha equilibrado as ações. Descolou até outro corner. O festival de pernas tentando afastar/chutar/dominar acabou nos pés de Lum. O 22 terá de comprar tinta branca após vandalizar rente ao travessão!
 
A peleja voltou a ser de estudos. Jogadores se resguardando provavelmente. Possível artilharia pesada a caminho. Na verdade, teve apenas o funk dançado por Lipe na frente do rock and roll. Não o Lipe do Kiwi. O Lipe do Oscuro. A zaga do Kiwi, outra vez, travou a corner o chute que era promessa de poder. O professor Tatá até pediu tempo antes da cobrança. Jogada ensaiada é o que o povo sempre espera. Teve apenas a zaga afastando, Balda perdendo contra-ataque, e o Oscuro perdendo outra vez a chance de sair da etapa 1 não zerado. No ataque, porque a defesa estava zerada. Pelo menos contra o Kiwi. Fá queria era vazar a defesa verde. Sua tentativa de longe saiu. Teve gente que ouviu o melão triscar na trave antes!
 
Da Riva daria gás aos minutos finais. O Oscuro trabalhou bem a jogada, rolada atrás à chegada do camisa 42. Guigo se esticou como borracha para não ver sua meta exposta e jogou a escanteio! Este cobrado, Da Riva desviou de cuca. Talvez Caioba não tenha dormido bem na noite anterior: conclusão fraca nas mãos de Guigo. Talvez o Oscuro também não quisesse marcar. Quem sabe ceder um tento então. Tinha a posse da bola na sua quadra e trocava passes. Deram todo espaço para Torkar vir com o jato do Rocketter nas costas e cacetar o melão pela esquerda. O peito de Gian deve ser o do Superman após a defesa! Com o intervalo babando...
 
A confirmação: na troca de lados, Leozin desfilou na frente da arquibancada descalço. Não voltaria mais tanto quanto o sono do Kiwi. Pelo menos no recomeço com pressão total. Alemão até saltou após escanteio. Linha de fundo foi o destino da cabeçada. O Oscuro não queria perder o ritmo. Respondeu com Da Riva sofrendo falta. Caioba ignorou e levou a falta vencida aos limites. Guigo foi espetacular na defesa a escanteio!
 
“Aí não sai!” Era Alemão incentivando seus companheiros. Eles travaram bom duelo com os oscurenses pela posse do melão na ala esquerda. Nítida cena que personificaria o que seria o empate sem gols. Eram 4 minutos e Balda pensou que poderia ser o herói. Imagina só o Balda abrir o placar e correr para a foto de braços abertos. “Primeiro gol do Kiwi no Chuteira Juniors é de Balda” seria a manchete no Instagram do Chuteira de Ouro. Sua zaga ajudou fazendo o lançamento. A zaga adversária afastou no pé do kiwi 10. Decão já estava na meta oscurense para frustrar os planos de Balda. Encaixou tranquilamente o fraco chute.
 
Alemão e Fá disputavam ótimo duelo particular aos 5 minutos. Empate entre eles. Desempate apenas nas faltas coletivas. O Oscuro vencia por 3 x 0. Cedo ainda, tinham mais 20 minutos. O povo já se animava. Poderia vir gol de shoot out em breve. Veio apenas a pressão kiwi na saída oscura. Thida aproveitou para mandar o bico. Decão outra vez teve moleza. E o Kiwi teve outra chance depois. Outra troca de passes. Outra chance que Lum mandou por cima do arco. Lum que resolveu ser garçom. Serviu Thida. Thida pisou para a chegada de Lipe. O problema de Lipe efetivamente não era o número 11 estampado nas costas após a bola raspar o arco!
 
Nervosismo definia o momento. Minuto 11 e sem perspectiva de quem inauguraria o marcador. Quem marcaria seu primeiro golzinho no certame! Era necessário! Até porque o Instituto já tinha cinco e marcaria mais cinco sobre o GalataSarrei. GalataSarrei que sofreu cinco, mas marcou três e já tinha marcado quatro na estreia. Outra vez o professor Tatá pediu tempo pensando nisso. Voltou com contra-ataque como trunfo! Milo estava com o melão. Thida o puxou pela cintura. Talvez para evitar a glória do outro. Talvez para ensinar ao povo como se dança. Talvez para ver Lum responder e trazer a glória ao seu time: a zaga oscura estava bem atenta ao gingado do camisa 22 antes da bomba endereçada! Eram 15 minutos, e assim ficaria até o minuto 21.
 
Hora das últimas tentativas. O Lipe do Oscuro recebeu passe em contragolpe. Ginga pra lá, ginga pra cá. Mas o cruzado rasteiro foi a tiro de meta. Então o Kiwi pediu uma pausa. Nova expectativa do povo. Nova frustração. O Lipe do Oscuro fez a galera delirar! Drible para deixar Torkar com as nádegas no chão e arrancar ao estrelato! Conseguiu apenas uma onomatopeia de lamentação do povo com seu chute perigoso à linha de fundo! O último lance era de Luiz Gustavo. Graças ao passe – milimétrico entre a linha defensiva oscura – de Thida ao kiwi 80! A hora tão esperada dentre os 50 minutos anteriores chegaria! Quem chegou primeiro foi Caioba, entretanto! Aliviou para escanteio e segurou o 0 x 0 – no jogo em que o medo de perder afobou a vontade de ganhar.
 
Terá de ser diferente na rodada final. O Oscuro contra o GalataSarrei. O Kiwi contra o Instituto.
 
Ficha técnica
 
Oscuro 0 x 0 Kiwi SP – 2ª rodada do Grupo D do Chuteira Juniors
 
Cartões amarelos: Thi (O); Balda e Thida (KSP)
 
MVPs: 1 – Da Riva (Oscuro); 2 – Lum (Kiwi SP); 3 – Fá (Oscuro)

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