Seu novo uniforme é de PR1MA! Facilitamos a sua vida!

    Agilidade e comodidade para você focar apenas no que importa... o seu time! @pr1masports e (11) 99210-4656

    Veja mais

Velhinhos vencem Exilados de virada e encaram o Futsamba nas quartas

Após perder a chance de subir à Prata antecipadamente, ao perder na última rodada da fase classificatória para o Lodetti e de quebra ser ultrapassado pelo Bacaninha, o Bengalas caiu para a terceira colocação do grupo e teve de disputar as oitavas de final. Favorito, o time do técnico Vitão encontrou um adversário aguerrido, que saiu na frente e se manteve vivo em boa parte da partida. Porém, no final, não deu zebra. Prevaleceu a união do time mais entrosado. Mas foi duro. O resultado mais elástico, construído na segunda metade da etapa complementar, mascara o empenho de um time valente e não diz tudo sobre o jogo.
 
Contra o toque de bola do Bengalas, o Exilados tentou a força física de seus jogadores; não deu

Sábado de chuva, chutes de fora da área no aquecimento dos times. Goleirões terão trabalho? Juizão chegou atrasado, arrancou a camisa, exibiu a pança e foi para dentro. O cenário não era o ideal, mas a promessa era de um grande jogo. E foi.
 
O Bengalas tomou a iniciativa nos minutos iniciais. Philip e Vini Costa criavam jogadas pelas laterais. Na frente, Cassio Pessoa chegava com perigo. E, pelo meio, “a velha Panella” dava suporte ao time. E as chances não demoraram para aparecer: Claudinho cruzou na direita e Philip – um pouco atrasado – finalizou para fora. Rafinha e Salva trocaram passe no meio e chamaram Cassio para a roda. Este deixou com Vini, que arriscou da intermediária. Para fora.
 
A agilidade nos passes confundia a equipe vermelha, que não abdicou de jogar. Em bolas paradas, o time do técnico Márcio Nogueira assustava. No escanteio pela esquerda, Zeca cabeceou alto. Passou perto.
 
- Se segura, malandro. Pra fazer a cabeça tem hora...
 
Salva puxou o ataque, tocou para Cassio no meio, que rolou para Vini Costa chutar na direita. Uhhhhhhh!!!
 
Mesmo controlando mais a bola, o Bengalas não estava imune ao erro. Em vacilo pelo meio, Nando ligou o ataque com Mike na esquerda, que deixou com Joca na linha de fundo para finalizar baixo e abrir o placar. Goooooooooool! Exilados: 1 a 0.
 
Lá atrás, Alê segurava a bronca. Gesticulava, peitava e erguia as sobrancelhas. Claudinho tentou furar o ferrolho vermelho cruzando na cabeça de Cassio “people”. Mas quem estava lá para cortar? Alê. Uma fera. Na raça, Claudinho insistiu e foi derrubado. Pediu o pênalti, mas o árbitro o deixou no exílio.
 
- Não foi nada. Vamos jogar! - disse a fera.
 
Jogo movimentado. Pela esquerda, Cassio dividiu no alto com Alê e, quando a fera caiu, sobrou um braço na bola. O juiz viu e assinalou. Agora sim: pênalti a favor dos velhinhos. Vini Costa caminhou em direção à topper e a pôs no limite da cal. Cabisbaixo, olhar firme nela. Chute no ângulo, sem chances para o arqueiro. Tudo igual: 1 a 1.
 
Logo em seguida, o Bengalas virou. Vini Costa, pela esquerda, soltou o tiro cruzado. Rafael espalmou nos pés de Cassio, que não perdoou. Gooooooool! Bengalas: 2 a 1.
 
E tome pressão anciã: a Panella entrou no forno. Chute rasteiro no meio, Rafael defendeu. Pato também arriscou. O chute saiu pela direita resvalando a trave. Pela direita, Vini Costa recebeu o tranco de Zeca e foi ao chão. O Bengalas tentou sair jogando rapidamente, mas perdeu a bola no meio. Nando aproveitou o vacilo e soltou uma bomba no alto. Um pulinho singelo e Robson ficou com ela.
 
A fera voltou a atacar e fez falta no meio. Quem se apresentou para cobrar? Panella. Tramontina linha inox pelo visto: o chute colocado foi no ângulo. Gooooooooooooooooolaço! Dedo para o alto: 3 a 1 no placar. A batata vermelha começou a assar?
 
- Calma lá, calma lá! Tem muito jogo pela frente!
 
Displicente, a defesa aposentada errou passe infantil em sua defesa e a bola sobrou para Joca, que teve muita vontade, claro, mas acabou não ajudando muito o time. O bico foi parar nos pés do técnico. O time aplaudiu. Compreensível. Espírito de equipe é isso.
 
No último lance do primeiro tempo, Vini Costa avançou sozinho pela lateral, driblou um defensor, deu um corte seco em outro e... Perdeu a bola.
 
- Sozinho não dá, preá!
 
O Exilados voltou com sangue nos olhos. Pela direita, Joca chutou cruzado rasteiro (não foi de bico!) e assustou.
 
- Boa garoto, boa garoto!
 
Mais retraído nos primeiros minutos da etapa complementar, o Bengalas cadenciava mais a partida. No entanto, Vini Costa atiçou a cobra. Um bico do meio tirou o sossego do goleiro exilado.
O Exilados era só ataque. Nando cruzou na área para Zeca, de costas, cabecear. Parrudo, não é qualquer um que encara a criança. Mas até que a defesa amarela não se saiu mal na tarefa. Fechados, os velhinhos conseguiam segurar o ímpeto de quem queria sair do exílio e voltar à partida.
 
O jogo ganhou em intensidade e os árbitros não amoleceram. Mike dividiu com Claudinho na esquerda. Pronto. Foi o estopim para a confusão. O jogador amarelo deixou o gramado com o supercílio sangrando. Os anciões partiram para cima do árbitro pedindo a expulsão do jogador exilado.
 
- Cotovelada, professor. Vai deixar passar?
 
Sereno, o árbitro disse ter visto uma dividida forte, mas agressão não. Saldo: amarelo para Mike e o jogo seguiu. Enquanto isso, Salva e Róbson seguravam as pontas na fila do INSS.
 
Ânimos inflamados. Talvez fosse a hora de pôr a bola no chão, acalmar os nervos e cadenciar o jogo. Não, não era hora para esta babaquice. A partida esquentou. Pegou fogo. Que bom!!!
 
Alê, a fera, recuperou a bola na defesa e tocou para Leonardo Fons cruzar na medida para Zeca diminuir de cabeça. 3 a 2. Róbson ficou na bronca:
 
- Ninguém ajuda!
 
Vai cadenciar? Não, vamos jogar bola. Falta perigosa na entrada da área vermelha. Quem vai cobrar? Adivinha? Inox? Não, dessa vez foi Vini, que também bateu colocado. A bola foi de encontro à trave direita. Depois na esquerda. E saiu. Uhhhhhh!!!
 
Bengalas segue firme e forte, na expectativa de subir e ter a "negra" com o Lodetti

Panella dava uma força à defesa. Buscou espaço, não encontrou. Então, ele deu um bico para fora da área. A bola ficou com Nando, no meio, que não soube muito bem o que fazer com ela e o Bengalas a recuperou. O que aconteceu? Gooooooooooooooooooool do Bengalas. Salva, na esquerda, bateu cruzado. A bola ainda bateu na trave antes de entrar.
 
E para que os velhinhos pudessem ir jogar damas na praça, Pato selou a classificação. Panella cobrou lateral e o meia soltou um qua-qua-quá de primeira no canto direito. Bengalas: 5 a 2.
 
O Exilados ainda tentou descontar com Alê no final da partida. A fera acertou um canudo do meio e o chute passou perto. Muito perto.
 
- Essa bola não entrou? Perguntaram alguns vira-latas no aquecimento atrás da grade.
 
O Bengalas gastou o tempo até o árbitro apitar o final da batalha. Festa da velhaguarda, classificada para as quartas de final; resignação no exílio.
 
Na saída do campo, Joca apontou a ausência de suplentes como ponto-chave na derrota. “O que fez a diferença foi que a gente tinha um reserva e os caras estavam com o time inteiro.” No entanto, o meia reconheceu a superioridade do adversário. “Eles têm um toque muito bom. Envolveu a gente e nos cansou muito rápido. A técnica dos caras é bem melhor. A gente já sabia que era difícil vencer”, ressentiu. Já olhando para a próxima temporada, Joca se diz esperançoso. “Agora é remontar o time e quem sabe com todo mundo de volta a gente consiga alcançar a Prata ano que vem.”
 
No lado amarelo, Cassio Pessoa destacou a força física do adversário e apontou a principal qualidade da sua equipe. “O importante é que a gente está conseguindo manter a cabeça no lugar e tocar a bola, que é o forte do nosso jogo.” O atacante também falou sobre a expectativa do time na sequência da competição. “O grande objetivo é subir para a Prata, obviamente que se vier com o título, melhor.” E ainda deu uma leve cutucada no Lodetti. “Na verdade, seria a nega porque no semestre passado a gente ganhou; agora eles. Então, vamos ver quem vai sair campeão”, brincou.
 
Ficha Técnica 
   
Bengalas 5 x 2 Exilados – Oitavas de final do VII Chuteira de Bronze
 
Gols: Vini Costa, Cassio, Panella, Salva e Pato (B); Joca e Zeca (E)
 
Cartões amarelo: Alê e Mike (E)
 
MVPs: 1 – Cassio Pessoa (B), 2 – Vini Costa (B),  3 – Joca (E)
Comentários (0)