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Mulekes guilhotina Bode e dá mais um passo rumo à final

Havia a expectativa que o Bode se mostrasse um rival à altura do Mulekes, dada a campanha que os caprinos vinham fazendo até aqui, mas os rubro-negros não são favoritos ao caneco à toa – e o 6 x 0 nas quartas contra um dos melhores times da Ouro prova isso.
 
O mais interessante da vitória do Mulekes é que ela foi conquistada pelo ‘segundo quadro’, se é que isso existe por aqueles lados. Isso porque, durante uns bons 15 minutos, a partida foi bem parelha. Com os dois lados completos, o que se via era um jogo bastante lúcido.
 

Com churrasquinho e o pagodão rolando soltos nos arredores da quadra 14, o Bode tratou de mostrar seu traquejo ofensivo, marcando a saída de bola na área adversária. O abafa quase deu certo em algumas ocasiões, como em tentativa de Sacola barrada por Thiaguinho. O aperto serviu para o Mulekes mostrar que sair de situações adversas com a bola no pé é uma de suas principais habilidades.
 
Os dois times, a bem da verdade, apostavam em uma estratégia semelhante de jogadores híbridos, que atacam e defendem com a mesma constância e qualidade. No Mulekes, onde todos fazem isso há anos, havia Pedrinho, Thiaguinho, Victor Cruz e Rafinha. No Bode, as mesmas características em Sacola, Orley e Romulo.
 
Na batalha pelo meio de quadra, a primeira finalização ao gol do Mulekes só saiu aos 10, com o craque Gian obrigando Piero a espalmar. Na sequência, Orley teve uma boa chance pelo Bode, após arrancar sozinho, mas ganhou apenas um escanteio após bater estranho e ver defesa de Kiko.
 
O momento cabal da partida foi aos 15 da primeira etapa. Todos os jogadores do Mulekes saíram, com exceção de Pedrinho. No Bode, algumas mudanças também foram feitas, como as entradas de Gallego e Julio Cesar. Uma vez mexidos, a diferença entre os dois lados ficou evidente.
 
O Mulekes fez 2 x 0 em uma jogada muito característica: o golpe duplo rubro-negro. Funciona assim: o time faz um gol e logo em seguida outro, com o adversário ainda grogue por conta do primeiro.
 
Quem abriu o placar foi Leco, após Piero defender chute de Vitinho em lance de Caique. O camisa 9 dominou o rebote, limpou com calma e fez. Segundos depois da saída de bola, mais um: agora foi Vitinho enfiando em profundidade para Pedrinho sair livre e tirar de Piero com tranquilidade.
 
Orley pediu para o Bode manter a cabeça no lugar que nada estava resolvido. Não adiantou: antes dos 20 o terceiro já saíra, agora com VB achando bom passe para Dudu deixar o seu, em jogada bem semelhante com a do segundo gol.
 
Após Iuri cair sozinho na marcação de Dudu, Cauê até voltou para o jogo. Acontece que o mal já estava feito, e o Bode já estava praticamente deitado, ainda que não quisesse admitir. Antes do fim da primeira etapa Vitinho fez mais um após sair livre na frente de Piero graças a um passe de Gian. 4 x 0!
 

Veio a segunda etapa e o Bode tentou emplacar uma blitz para tentar ao menos uma derrota menos feia, mas a zaga de Pipo e amigos não passou dificuldades. No contragolpe do Mulekes, Victor Cruz acertou a trave.
 
Quem também começou a se destacar foi Dudu, que atormentava a defesa rival. Após receber passe do camisa 7, Gian parou em Piero mais uma vez. Pouco depois Dudu arrancou amarelo para Túlio. Apanhando mais que o Neymar no Uruguai, Dudu ia aos poucos engordando a contagem de faltas do Bode.
 
Em uma delas Thiaguinho fez a cobrança e o goleirão deu rebote nos pés do oportunista Leco, que não perdoou. 5 x 0 e tons de tragédia para os caprinos. Enquanto Mascherano xingava Dudu, Cauê e Romulo voltaram para a quadra a fim de evitar vexame maior.
 
Dudu tomou mais algumas ao longo do segundo tempo, a ponto de o próprio banco do Mulekes pedir para ele sair. “Pra que se machucar?”, perguntavam os colegas. O camisa 7, contudo, parecia ter um plano. A bordoada de Cauê foi a sexta e deflagrou o shoot out para o Mulekes.
 
O próprio Dudu foi para bola e bateu alto. Na comemoração, de frente para o banco do Bode, o jogador engatou uma dancinha à moda Sterling finalizada com a degola típica de Henrique Ceifador. Pronto. Cauê, Mascherano e Moita ficaram ensandecidos. Dudu teve de ir para o banco escoltado pelos colegas.
 
A discussão que se seguiu eclipsou o apito final. Caique e Thiaguinho mostraram bons pontos ao lembrarem que Dudu havia apanhado a partida inteira e que o Bode também gostava de dar uma zoada quando goleava. Os caprinos alegaram que a postura de Dudu fora falta de respeito.
 
Foi um final atípico para as partidas do Mulekes, normalmente tranquilas até demais. Na semifinal, o time pega o TáLigado, adversário relativamente mais fácil entre os quatro finalistas. A expectativa por uma final contra o Nois Que Soma já é palpável.
 

 Ficha técnica
 
Mulekes 6 x 0 Bode - Quartas de final do XXIII Chuteira de Ouro
 
Gols: Leco (2), Dudu (2), Pedrinho e Vitinho (M)
 
Cartões amarelos: Dudu (M); Cauê, Túlio e Romulo (B)
 
MVPs: 1 - Dudu (Mulekes); 2 - Vitinho (Mulekes); 3 - Leco (Mulekes)
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