Seu novo uniforme é de PR1MA! Facilitamos a sua vida!

    Agilidade e comodidade para você focar apenas no que importa... o seu time! @pr1masports e (11) 99210-4656

    Veja mais

Rappers seguem sem vencer na temporada

Clima ameno, rodinhas da fé em cada lado, dupla de arbitragem a postos, estava tudo pronto para a bola rolar pela 4a rodada do Chuteira de Prata, a terceira para Bronx e Raça. E o que se viu foi um jogaço na primeira etapa, um segundo tempo mais cadenciado e as duas equipes, com virtudes semelhantes e um objetivo em comum, atrás da primeira vitória no torneio.
 
O Bronx começou melhor. Telles e Deko incomodavam a zaga adversária. Oyama e Curvello davam sustentação atrás e Theo Borelli, o Cunha, pedia calma no meio. Ninguém estava nervoso, era apenas a agitação inicial de pôr a bola no chão e mostrar ao rival a que veio logo de cara. Aos 5, Deko quase abriu o placar em jogada individual na intermediária ofensiva. Cortou para dentro e bateu rasteiro no canto esquerdo. A bola resvalou na trave e a zaga italiana afastou.
 
Dois minutos depois, porém, não teve chororô. O craque recebeu em condição parecida ao lance anterior e não perdoou. Chutou rasteiro na saída do goleiro Frisão e abriu o placar para o Bronx: 1 x 0.
 
Só que em dois minutos o Raça virou. Primeiro com Matheus. João lançou. Raphinha ajeitou no meio e a fera deixou tudo igual. Depois foi a vez de Fábio Love receber na direita e bater de bico da entrada da área para colocar o Náutico na frente: 2 x 1!
 

A alegria pernambucana durou pouco, porque o Bronx retomou a dianteira em duas jogadas capitais. Aos 9, Theo Cunha dominou na direita, girou e mandou o tiro cruzado para empatar: 2 x 2! Em seguida, Deko dividiu na área com o beque e a bola encobriu o goleiro Frisão. Intencional ou não, bola na rede e Bronx em vantagem outra vez! Muda o disco. Do frevo ao rap, de Alceu a Tupac, o artilheiro mandou a letra: Bronx 3 x 2 Raça.
 
E quando o jogo pegava fogo, tempo técnico. Os times se concentraram no ritmo do baião rimado, do repente empolgado e da festa arretada. A partida voltou no gás e o Raça igualou novamente. Matheus Assumpção fez boa jogada pelo meio e tocou na esquerda para Raphinha tirar do alcance de Carlão. 3 x 3!
 
Mas aí o matador apareceu outra vez. Manacorda tocou na frente para Deko, que trouxe para a esquerda, invadiu a área, driblou o arqueiro e só faltou entrar com bola e tudo. Gol do Bronx! 4 x 3!
 
Um gol atrás do outro fica difícil acompanhar. Até parece que não teve nada além disso. Mas o fato é que os times queriam isso mesmo: bola pra frente e vamos ver no que dá. O jogo fervia e a torcida assistia a um dos melhores primeiros tempos da temporada.
 
O Raça não arredou o pé e na jogada iniciada por Maiko na defesa, o empate. Matheus tabelou no meio com Love. Xexa infiltrou-se entre a marcação na área e desviou chute cruzado para deixar tudo igual outra vez. 4 x 4 e era ainda o primeiro tempo!
 
A história se repetia. Gol do Raça, revide do Bronx. Frevo no Recife, rap em Nova York. Carnaval e negócios, grana e cachaça, Sinatra e Gonzaga, Glauber e Allen. Era o Deus e o diabo na terra do sol. Até quando o ritmo duraria, bem, a depender dos artistas enquanto a bola corresse mais que os homens.
 
Recuado, Raphinha ajudava a melhorar a saída de bola dos pernambucanos. Oyama e Pets arriscavam de longe. Telles também tentou, mas a mira não estava afiada. Chama o camisa 9 para resolver? Não. Maiko e Rafa cortaram as tentativas no alto e na terra. Sem mais nada a dizer, um minuto de descanso para os artistas comporem uma nova canção.
 
O confronto voltou do intervalo na mesma batida. Por pouco o Raça não virou na jogada de Matheus pela esquerda. O repentista cruzou rasteiro na linha de fundo e Sobrinho chegou um pouco tarde para completar. Na sequência, Gui Simões driblou um rapper na entrada da área e chutou rasteiro no canto direito. Carlão espalmou pra escanteio.
 
No lado alvinegro, Oyama ia e voltava pra lá e pra cá. Chutava de longe, marcava, sugeria o que fazer, um xerife. O time, todavia, já não conseguia bailar com tanta ousadia. Não chegava com perigo, ao passo que o Raça cadenciava a bola na defesa e apostava nos contra-ataques em velocidade. Estariam eles satisfeitos com o empate? Pelo que a partida vinha se desenhando até aqui, injusto não seria, mas a tabela os forçava a ambicionar a vitória.
 
Giaco e Rafa finalizaram de longe e Carlão defendeu. Aos 8, Raphinha, de peixinho, quase virou. E, pouco depois, Fábio Love voltou a dar o ar das graças na área ao estufar a rede e chamar o rival para a festa. Virada do Raça: 5 x 4!
 
Aí Deko chamou a responsa. Dominou na intermediária, cortou o marcador e bateu colocado no alto – Frisão defendeu. O artilheiro pôs as mãos na cintura e, cabisbaixo, lamentou. Jogo que segue.
 
Matheus puxou contra-ataque pelo meio, mas Giaco não o acompanhou. Abreu deu um chapéu na defesa e se enrolou. Curvello ficou com ela no meio e tocou para Telles aberto na esquerda. O atacante deixou com Deko na frente, que girou e bateu rasteiro no canto esquerdo – Frisão encaixou.
 

Matheus dominou com o peito – ou com o braço – no ataque e o juizão paralisou. A fera contestou e levou um chega pra lá de Curvello. Oyama içou a bola na área, Deko subiu e não achou nada. Um paraguaio se aproximou da mesa e perguntou quem vencia. Surpreso com a resposta, desabafou: “Que pena, cara. O time deles é muito bom, não sei por que ainda não engrenou na temporada”. Havia tempo.
 
Telles roubou a bola na defesa e tocou na esquerda para Oyama. O ala tentou passar pelo marcador e ganhou o lateral. Só que Natale recuperou e saiu jogando na ponta com Xexa, que cruzou na área para Matheus, sozinho, desperdiçar chance incrível de ampliar.
 
A dois minutos do fim, o Bronx era só ataque, mas na manha, sem desespero. Fechado, o Náutico não se apavorava e saía jogando com a bola no pé, salvo Giaco, que vacilou e cedeu lateral de graça ao adversário. Bola levantada na área. Tudo ou nada para o alvinegro. A zaga alvirrubra afastou. O árbitro apitou. E o Raça conquistou os primeiros pontos no torneio. 5 x 4. Fim de papo.

Aspas

“A gente jogou muito desorganizado, apesar do bom primeiro tempo. Os caras ganharam, mérito deles, mas nós jogamos muito mal. Foi a nossa pior partida até aqui, sem dúvida.” – Telles, atacante do Bronx.
 
“Organizamos o time, tanto que não levamos gol no segundo tempo. Não foi o nosso melhor jogo, estamos em busca disso, mas já houve avanço em relação aos primeiros confrontos” – Felipe, meia do Raça.
 
Como fica?
 
A primeira vitória na competição tira o Raça da parte de baixo da tabela e já o coloca dentro do G-6. Para seguir na toada terá de passar pelo Império Celeste na próxima rodada. O Bronx segue sem vencer na temporada, mas terá outra chance de interromper a sequência negativa neste sábado contra o lanterna Abusados.
 
Ficha técnica
 
Bronx 4 x 5 Raça – 4a rodada do XVI Chuteira de Prata
 
Gols: Deko (3) e Cunha (B); Matheus, Fábio Love (2), Raphinha e Xexa (R)
 
Cartão amarelo: Deko (B)
 
MVPs: 1 - Deko (Bronx); 2 - Raphinha (Raça); 3 - Fábio Love (Raça) 
Comentários (0)