O Invictus veio desfalcado, é verdade, mas isso não foi preponderante pra derrota. O elenco do Ras, quando completo também, dá trabalho pra qualquer adversário da Prata. Aliás, é a divisão do time; essa é a nona participação. Não que os jogadores não possam almejar mais. Semestre passado, bateram na trave. Neste semestre, às vezes pode até não parecer, mas estão sem dúvida entre os candidatos para se classificar à elite. O Ras é forte!
 
O jogo começou lento. Tínhamos 4 minutos e apenas um chute de Fezolas, pra fora. Depois, um lance curioso. André, goleiro invicto, foi dar um chutão e acertou Bruno SS, que estava ali na defesa, a dois metros dele. Tá devendo quanto pra ele, Bruno? Depois, já recuperado da bolada, Bruno chamou Rernanes no contatinho, ali pela lateral. Parecia que futebol, que é bom, não haveria. Os dois compadres já estavam sorrindo um pro outro, marcando o pós-jogo, mas a arbitragem não perdoou o lero-lero e sacou a amarilla pra ambos. Na enfim cobrança de lateral, Macaulin mandou pra área e Moacyr cortou. Na segunda tentativa, Macaulin achou Marcelo VB, que ajeitou o corpo bonito mas chutou pra fora.
 
Agora, Macaulin subiu com ela dominada, cortou a marcação e mandou rasteiro, cruzado, à esquerda do gol, sem muita preocupação pra André. Raito, por outro lado, já ficou preocupado com a passividade do time, sem sair da defesa, e puxou ali um “vâmo, gente”.
 
Aos 8 minutos, o Ras inverteu a jogada, bola na meia-direita pra Fezolas mandar o torpedo. André espalmou e o rebote ficou com Pet, que errou o domínio e devolveu fácil pro goleiro invicto. Depois, Pet cobrou escanteio pela direita, Silas desviou de cabeça, ela bateu em Paulão e resvalou no travessão. Ninguém do Ras chegou pra completar. Na tentativa de resposta, o Invictus foi como deu pro ataque, Marco tentou o chute, seguido de Adrián Morales. A primeira tentativa foi bloqueada pela linha defensiva e a tentativa do segundo saiu à esquerda. Isso já com 10 minutos de jogo.
 
Aí, em bola recuada pra André, ele tentou dar novo chutão, não acertou o coleguinha dessa vez, mas acabou errando e tocando no pé de Fezolas, e o 10 não perdoou, cortou pro pé direito e bateu no canto. 1 x 0! A torcida do Invictus pediu “calma, André”, tentando dar força pro goleiro, que teve a difícil missão de substituir Léo, um dos ausentes no lado invicto da súmula. Logo após o gol, tempo pro Invictus, pra rapaziada acordar na base do grito e tapa na cara (mentira, foi só grito mesmo). “É tchau pra quem namora!”, dizia o técnico Leandro Dias.
 
No recomeço, não se sabe ao certo se foi o efeito Leandro ou foi o Bruno que voltou pra quadra, mas a postura do Invictus já foi outra. Primeiro, o dono da jaqueta 4 avançou e tocou pra finalização de Lê Raito, à esquerda do gol. No lance seguinte, Chumbão tocou pra Bruno, ele trouxe pra direita e bateu cruzado, pra fora!
 
Aos 17 minutos, na terceira chegada, já veio a recompensa. Bruno recebeu na entrada da área, avançou pela esquerda, girou em cima da bola e mandou no canto, sem chance pra Cipó. 1 x 1! Empolgando de vez a torcida, que já estava mais satisfeita a essa altura.
 
O time amarelo e azul também empolgou. Léo Chamma deu uma caneta na meia-cancha, que não deu em nada, mas foi caneta - e caneta já é alguma coisa... Depois, o Invictus conseguiu uma falta na esquerda do ataque, que demorou, diga-se, uma eternidade pra ser cobrada. Paulão, enfim, foi pra batida, firme, no meio, Cipó ergueu as mãos, deu glória e fez bem a defesa.
 
Depois, a torcida invicta ficou agitada, mas por motivos de quinta falta do time. Faustinho, do lado de fora, sem condição de jogo, tentou calmamente dizer pros juízes que isso estava errado, não tinha tanta falta assim... Os árbitros, por outro lado, estendiam a mão orgulhosamente, com o indicador da outra mão circundando imponente os cinco dedos tesos.
 
Agora, aos 21, boa roubada de Léo Chamma ainda na defesa, ele avançou pelo meio, mas o chute foi fraquinho, no meio do gol. Cipó não está acostumado com defesa fácil e acabou se atrapalhando, coube à zaga do Ras completar pra rede superior. Na sequência, o RT conseguiu rodar a bola no ataque, a sexta falta não veio, mas Léo abriu e chutou da intermediária, à direita do gol. Depois, foi a vez de Cesão arriscar pela direita, André mandou de manchete pra linha de fundo.
 
No final, ainda deu tempo de Léo Chamma dar bom lançamento pra Raito na esquerda do ataque, meio sem ângulo ele tentou o chute, Cipó foi nela, quase passou, mas conseguiu dar o tapa pra evitar o gol. Assim chegamos ao final da primeira metade da laranja futebolística.
 
No primeiro bom lance do segundo tempo, que foi sem dúvida mais interessante de se ver, Léo Chamma deu um belo lançamento pra Bruno, ele protegeu a chegada dela e seguiu acompanhando de perto até a linha de fundo, sem deixar o adversário se aproximar, dali ele tocou no meio e Raito chegou batendo, à direita do alvo!
 
Do outro lado da quadra, boa resposta do Ras. Léo levou pela esquerda e tocou em Fezolas, que gingou e tocou à direita do gol. Lá e cá! Em novo ataque do Invictus, Paulão acionou Bruno, que cortou e bateu, Cipó defendeu com o pé! Tudo isso com 2 minutos de segundo tempo. Aí foi só os olhos dos espectadores brilharem que o jogo deu uma caída de novo. Caída suficiente pra arbitragem parar o que estava fazendo pra amarrar a botina de Cipó. Que coisa linda, cara! É muito mais que futebol! É futebol society!
 
Depois, aos 8 minutos, a bola rebatida pela zaga invicta sobrou com Fezolas próximo à linha de shoot out. Ele arriscou dali mesmo, e ela beliscou o travessão e saiu. Na sequência, Adrián Morales recebeu no comando de ataque e foi levando pro pé direito, Cipó acompanhou. Quando o 16 invicto tentou bater, o goleiro do Ras defendeu com o pé. No rebote, Marco perdeu!, por cima.
 
Daí, Rernanes levou pelo meio e achou Fezolas pela esquerda. O 10 fuzilou cruzado, estufando as redes e colocando o Ras novamente à frente. 2 x 1! Tínhamos pouco mais de 10 minutos jogados. Aos 13, depois de bate-rebate, a bola sobrou com Lê Raito na entrada da área, ele tentou bater colocado, e ela saiu à direita.
 
Agora, bom pivô de Silas pra Macaulin chegar batendo, André fez a defesa, colocando ela pra linha de fundo. O próprio Macaulin foi na cobrança de corner, mandou pra Cesão, que cabeceou pra nova defesa de André. A bola ainda ficou perigando por uns instantes por ali, mas ninguém conseguiu empurrar pra rede. Do outro lado, Cipó também trabalhava bem. Bruno tocou pra Léo Chamma pela esquerda, que chapou cruzado e o goleiro do Ras espalmou pra escanteio.
 
Com quase 19 no relógio, Rernanes acionou Marcelo VB, que bateu cruzado e acertou a trave! Depois, um bolinho de jogadores se formou para combinar a canção. Eles cantaram “hoje vai ter uma festa, bolo e guaraná…” e a dupla odiada assoprou as velinhas. “Eu desejo não ter nunca mais dor de cabeça com a boleiragem do Chuteira”.
Depois de a galera perder tempo cortando o bolo, e repetindo, Raito recebeu na linha de fundo, tentou o chute, mas Cipó fechou a porteira. O relógio já marcava 26 minutos.
 
No lance seguinte, Zé cobrou lateral pra Fezolas, que tentou desviar de letra, mas ela saiu com S de sem força e ficou fácil pra André. No finalzinho, sem efetividade do lado invicto, veio o gol derradeiro do Ras, pra matar o jogo. Ligação direta de Cipó com Macaulin no ataque, que girou pra cima da marcação e mandou pro meio. Pet, embaixo das traves, só empurrou! 3 x 1!
 
No fim de feira, Moacyr se mandou pro ataque, mas nem pegou na bola. Deu tempo ainda de uma tabela de Léo e Pet no ataque do RT. Léo bateu cruzado, buscando o contrapé de André, que conseguiu fazer a defesa, evitando o quarto gol, mas não a derrota. O Invictus pega agora o Absolutos. Já o Ras, que com a vitória colou nos dois, ali no meio da tabela, terá merecido descanso.
 
Ficha técnica

Invictus 1 x 3 Ras Time – 3ª rodada do XXI Chuteira de Prata
 
Gols: Bruno SS (I); Fezolas (2) e Pet (RT)
 
Cartões amarelos: Bruno SS e Adrián Morales (I); Rernanes e Theo (RT)
 
Cartão vermelho: Favilla (RT)
 
MVPs: 1 - Fezolas (Ras Time); 2 - Bruno SS (Invictus); 3 - Macaulin (Ras Time)