Seu novo uniforme é de PR1MA! Facilitamos a sua vida!

    Agilidade e comodidade para você focar apenas no que importa... o seu time! @pr1masports e (11) 99210-4656

    Veja mais

Foi o maior placar envolvendo o clássico. CAV debulhou e Mulekes comprova que precisa de terapia já

A expectativa era de um grande jogo, mas a semifinal entre CAV e Mulekes foi decepcionante. Não por culpa dos vencedores, vamos esclarecer: jogando mais uma vez por música, a trupe de Esteves e Léo Moratta fez 7 x 2 sem maiores dificuldades e agora tem apenas o surpreendente Primatas pela frente.
 
Já o Mulekes, meus amigos… é difícil de explicar. Nesta temporada, mesmo enquanto vencia, o time não convencia. Mas no último sábado a apatia chegou a níveis nunca vistos –parecia que havia seis Paulo Henrique Ganso em quadra. Em nenhum momento a supremacia negra chegou a ser importunada. Jogadores-chave saíram de quadra falando poucas e boas. O que parece faltar nesse time é terapia – a maioria ali já entrou (mais uma vez) derrotada contra o atual campeão.
 
Contribuiu para a situação o fato do CAV abrir o placar muito rápido. As equipes ainda reconheciam a quadra e o clima quando Leó Moratta pegou muito bem na bola e emendou cruzamento cheio de curvas para Paulo Netto surgir no segundo pau e, aproveitando lentidão da defesa, fazer o 1 x 0. Moratta tentou mais um pouco tempo depois, cobrando falta, mas Alemão defendeu.
 
Ainda havia muito tempo e o Mulekes ensaiou uma iniciativa. VB, da entrada área, pôs Renan para trabalhar. A equipe caía pelas laterais e o CAV esperava, impávido. Desviando espertamente chute de Pipo, Vitinho quase empatou, mas a bola foi caprichosa e saiu pela linha de fundo. Sob marcação cerrada, tiki-takar no campo de ataque não era fácil. O controle de jogo ainda estava nas mãos do adversário.
 
Goleiro Alemão pagou geral ao fim do jogo; jogar sem vontade é melhor nem jogar

O banco do CAV começou a se movimentar para o rodízio implementado pela equipe nas últimas rodadas. Antes que os cinco novos jogadores entrassem, os cinco da quadra marcaram o segundo. Desta vez foi Paulo Netto quem efetuou o cruzamento e Léo Moratta que finalizou – de peito! – para dentro gol. Belo gol do camisa 10, que saiu após desequilibrar, voltando apenas eventualmente depois.
 
Abusado, David já veio para a quadra distribuindo sainhas nos rivais, enquanto, no Mulekes, Vitinho corria por seis. Alemão cobrava vontade enquanto David levava perigo, ora rabiscando na esquerda, ora chutando rasteiro, com perigo. Só que o terceiro veio dos pés de Jé, que viu brecha para colocar, da entrada da área, a bola no cantinho de Alemão. Gol!
 
O Mulekes precisava de reforços, e eles vieram: Matheus e Mazete surgiram, mesmo que atrasados. Mas antes que a dupla adentrasse a quadra, o quarto gol saiu. Contando com ajuda do ex-muleke Diego Orsi, que roubou a bola e fez o passe, Esteves invadiu a área, deu drible seco em Alemão e fez o seu primeiro. Virou passeio?!?, perguntaria Galvão.
 
Verdade seja dita: não saiu mais no primeiro tempo porque o CAV tirou o pé. Tocando a bola, mas apenas em seu campo de defesa, nunca passando a linha de meio de campo com facilidade, o Mulekes não parecia se dar conta da situação. Mas Alê Bianco teve boa chance de diminuir, recebendo bola infiltrada, só que Renan foi mais rápido ao sair do gol e afastou o perigo. Na última jogada, Luquinhas foi para lá e para cá na esquerda e buscou o ângulo, mas mandou para fora.
 
CAV teve imensa facilidade e fez quatro só no primeiro tempo; do outro lado, um bando de PH Ganso

Houve chamada de atenção no intervalo, e ela surtiu efeito na mulekada, mas não o suficiente. Ainda assim, a equipe voltou um pouco melhor e Matheus quase diminuiu depois do time finalmente encaixar uma troca de passes, contando com participação de Alê Bianco e Pedrinho (que destoou, positivamente, do resto da equipe), mas Matheus finalizou para fora. Na tentativa seguinte, Bianco completou para fora cruzamento de Matheus.
 
Apesar da leve melhora, faltava vibração para o Mulekes. O time jogava em silêncio, não marcava pressão, não repunha a bola logo. A partida, com o tempo, foi ficando sonolenta, apesar de Piffer quase entregar a rapadura para Mazete em certa altura do segundo tempo. Substituindo Renan, Gambetta fez boa defesa em chute de Fê Amato.
 
O CAV ainda não voltara para a segunda etapa, e os espaços iam surgindo. Vitinho saiu livre diante de Gambetta e optou pelo passe ao invés de tentar o primeiro, deixando para o vácuo. Na sequência a jogada deu certo: Vitinho enfiou no meio da zaga para Fê Amato receber e diminuir o placar. Pela primeira vez, o Mulekes tinha pressa.
 
A resposta do CAV foi mandar David para a quadra e, pouco depois, trocar todo o time mais uma vez – algo que só ele pode se dar o luxo de fazer. Deu certo, pois bem na volta do tempo técnico que deveria ser o da definição da tática muleke para o empate, Esteves surgiu embaixo das traves para completar chute do polivalente Diego Cavalcanti. Gol! 5 x 1!
 
CAV chega como favoritíssimo antes o Primatas e pode ser o primeiro tetracampeão da história do Chuteira

Faltavam dez para o fim e, a partir daí, os derrotados perceberam que não havia mais saída. Fê Amato chegou a diminuir para 5 x 2 após belo chute da esquerda, mas foi só. Bispo cometeu a quinta falta e deixou o time em situação difícil no único momento em que um gol poderia incendiar tudo. Ficou fácil para o CAV, que levou perigo com Cioffi e depois com Esteves, que, tabelando com David, quase marcou um golaço.
 
Mas a dupla estava muito afiada! David fez boa jogada e achou Esteves, que fez cruzamento na medida para Japa, de cabeça, mesmo com a zaga na cola, colocar lá dentro. Craque do jogo, seria Esteves quem fecharia o placar, com novo golaço: o camisa 8 recebeu da esquerda, dominou bonito, chutou e… 7 x 2! Avassalador, era o CAV na final.
 
“Os caras não chegam”, reclamou Alemão na saída, cobrando raça do outrora campeão. O Mulekes poderá entender ter uma aula do assunto se assistir o Primatas – que venceu o Inflação sob pressão na outra semifinal – na grande final. Os primatas talvez não superem o CAV, mas também não devem deixar a quadra com gosto de vexame na boca.
 
Ficha técnica
 
CAV 7 x 2 Mulekes – Semifinal do XIV Chuteira de Ouro
 
Gols: Esteves (3), Paulo Netto, Léo Moratta, Jé e Japa (C) ; Fê Amato (2) (M)
 
Cartão amarelo: Luquinhas (M)
 
MVPs: 1 - Esteves (CAV); 2 - David (CAV); 3- Léo Moratta (CAV)
Comentários (0)