Em ritmo de treino, o Soberanos bateu o Ressaca por 5 x 2 pela abertura da Aço. Tendo construído uma vitória cômoda ainda na primeira etapa, o time apenas administrou a vantagem obtida no segundo tempo para começar sua campanha com o pé direito. Gaibar e Gabão balançaram a rede duas vezes cada e acabaram como destaques do jogo.
Mal o árbitro deu início à partida e o Soberanos já tentou impor sua superioridade. Com segundos de bola rolando, Rick arriscou do meio da quadra, obrigando o jovem goleiro Bene a afastar de susto com o pé. A bola acabou indo para fora. Em cobrança de escanteio, Gaibar subiu mais do que todo mundo e cabeceou para o fundo da rede. 1 x 0! O próprio Gaibar tratou de aumentar a vantagem, isso logo aos 9 minutos. 2 x 0!
Com 10 minutos, Bene era o mais atuante, pois sofria um constante bombardeio em sua meta, e nem seus companheiros de defesa conseguiam impedir as ações do ataque do Soberanos.
Em desespero por estar atrás no placar em tão pouco tempo, os jogadores do Ressaca partiam para o tudo ou não, mas era um verdadeiro ‘Deus nos acuda’ quando perdiam a bola, pois os atacantes sempre pegavam a defesa ausente nos contra-ataques ou de cuecas nas mãos. Foi em mais uma dessas ocasiões que os soberanos ampliaram. Gabão recebeu livre na intermediária adversária e arrematou forte no gol de Bene, que nada pôde fazer para evitar o 3 x 0!
Já com o placar praticamente definido, seria de se esperar que o Soberanos puxasse o freio de mão, mas os alvirrubros tinham outros planos. Aos 8 minutos, Bene afastou a bola com os pés, estando estirado ao chão. Era tudo que Gabão queria: ao apanhar a bola, o atacante a chutou sem ainda que Bene tivesse condições de defesa. 4 x 0!
Neste momento, não seria estranho se Victor, goleiro do Soberanos, quisesse pôr uma poltrona ou uma cadeira de balanço embaixo de suas traves e simplesmente assistir ao jogo, pois o mesmo sequer havia defendido uma bola. Condição esta que ainda perduraria ao longo do jogo.
O Ressaca parecia mesmo estar em outro mundo, pois o ímpeto que mostrava para o ataque, faltava na hora de defender. Aos 21, Zoghbi aproveitou que Bene espalmou bola na intermediária, sem que seus companheiros estivessem por perto para ajudá-lo, e a tomou. Na sequência, o atacante cortou para o meio e mandou uma bomba no canto esquerdo. 5 x 0!
Com cinco gols de saldo e nenhum sofrido, o Soberanos voltou para o segundo tempo mais relaxado, mas o Ressaca veio com outro vigor, com a nítida esperança de que a recuperação era possível.
Nos 5 minutos iniciais, Victor trabalhou pela primeira vez no jogo, quando interceptou um potente chute de Raphinha que ia entrar no canto direito do gol. Numa troca de passes do ataque do Soberanos, Gaibar ficou livre para tentar fazer o sexto, mas Bene saiu da meta e conseguiu impedir. Porém, na sequência da jogada, Buru pegou a sobra e bateu forte, colocado, mas Bene recuperou-se e conseguiu defender.
Só apenas aos 9 minutos que o Ressaca conseguiu diminuir o marcador. Teus aproveitou que Victor havia soltado bola em seus pés e mandou-a para dentro do gol. 1 x 5! O jogo prosseguiu, mas num ritmo de dar sono, com poucas chances criadas pelos dois lados.
Aos 21 minutos, Ângelo, que não é o Miguel, desenhou uma bela aquarela no quadro, isto é, na quadra, quando recebeu lançamento vindo de cobrança de lateral e mandou um voleio de rara habilidade e extrema beleza. A bola aninhou-se na rede após ultrapassar o canto direito de Victor. 2 x 5!
Reanimados pelos gols, os jogadores do Ressaca partiram para cima. Raphinha tentou fazer o dele, quando bateu forte de muito longe: se não fosse Victor ao espalmar para a linha de fundo, o Ressaca teria diminuído ainda mais. Depois desse lance, a partida não apresentou mais grandes possibilidades de mudança no placar e as duas equipes pareceram conformar-se com o resultado.
Ao fim da partida, Victor comentou como explicará ao ‘roupeiro’ do clube que não vai mandar o uniforme para ele lavar, já que nem suou: “É complicado falar isso pra ele, mas tirando o calor, o Soberanos fez com que eu não precisasse suar no jogo, por isso, ele vai folgar”. O goleiro ainda sentenciou sua preferência se é melhor permanecer assim, pouco ameaçado, ou quando tem muito trabalho com os atacantes adversários. “Para mim, tanto faz. Quando a gente trabalha e faz o que gosta, mostra que a equipe está empenhada em fazer o melhor”, escapou pela tangente Victor, substituto do lendário Gordoaranha - agora de volta ao La Coruja.
Ficha técnica
Soberanos 5 x 2 Ressaca – 1ª rodada do XII Chuteira de Aço
Gols: Gaibar (2), Gabão (2) e Zoghbi (S); Teus e Ângelo (R)
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